segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

SOBRE COSTUMES E CONCEITOS

É muito difícil versar sobre costumes e conceitos, visto que, cada um é cada um e, que duas pessoas não pensam iguais mesmo que sejam gêmeos univitelinos. Assim é que vivi uma experiência que veio corroborar o que penso a respeito: " As pessoas em sua maioria implicam com aquilo que sai do lugar comum, isto é, emitem conceitos corretivos como se donos fossem da verdade. Não aceitam que se quebrem regras ou conceitos já tidos e havidos como certos e, assim procedendo se tornam juízes de causas que não lhes dizem respeito. O que aconteceu comigo?, deverá estar perguntando com extrema curiosidade o querido leitor e, eu lhe respondo:
Por muitos anos sofri de doença renal. Para ser mais preciso, Cálculo Renal. Tal adversidade me levou a operar o Rim direito 3 vezes e alguns anos atrás por motivo de uma " pedra" que teimava em não se desalojar do ureter, fui obrigado a usar uma sonda " duplo J" por vários meses e a tomar diariamente antibióticos fortíssimos. Convivi com esta " pedra" por dias e noites a fio; tive muitas cólicas e aborrecimentos até que num feliz dia, em São paulo o Dr. Renato Panhoca a tirou e me deu a paz, me livrando do martírio. Enquanto estava com a " pedra" as pessoas amigas e familiares se condoíam da minha situação, porém, encaravam com normalidade o meu desconforto. Ser portador de uma " pedra " no rim, não as chateavam e nem as agrediam. Diziam; " É normar carregar uma " Pedra" no rim. Muita gente já passou e passa por isto.", ou seja a sociedade encara como mormal uma situação de doença.
Pois bem, um belo dia, resolvi colocar uma "pedra" na orelha, ( agora tinha duas) mais precisamente um brilhante e custou muito $. A partir de então começaram os meus problemas. Tanto pessoas do meu circulo mais íntimo, quanto amigos chegados e distantes passaram a me criticar como se eu tivesse cometido um crime infame, sem perdão.( raras pessoas aceitaram a quebra de uma morma: homem colocar brinco) . Convivi com mais esta pedra até o dia em que achei que devi tirá-la. Por minha livre e expontânea vontade. Deste breve desabafo fica a seguinte conclusão: As pessoas se sente bem em se solidarizar com a dor, mas, não se sentem à vontade em compartilhar com a felicidade.
Aos navegantes e donos de uma moral ( ou falsa moral) aviso: Vou colocar a "pedra" renal que tanto tempo me atormentou em um brinco e, após, pendurá-l0 em minha orelha.
Ah, o melhor de tudo é que não precisarei usar antibióticos, só um galho de arruda atrás da outra orelha.

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