quarta-feira, 28 de abril de 2010

SÃO TANTAS AS DESILUSÕES...

São tantas as desilusões...
Desilusões que se assemelham a seixos
Seixos inertes, rudes e escarpados que ferem
Ferem-me os pés causando horrendas feridas
Feridas que sangram e alimentam famintos vermes
Vermes que se enrodilham na carne nauseabunda
Nauseabunda são as moscas que pululam frenéticas
Frenéticas e vorazes as desilusões devoram-me a alma
Alma que por séculos e séculos se viu atormentada
Atormentada pelas tantas desilusões
Desilusões de querer ter sido sem nunca ter sido
Sido apenas um alguém que imaginou um dia Ser
Ser e somente Ser... nada mais que ser um homem
Homem atormentado pelo desejo de existir
Existir um norte por onde mirar e caminhar
Caminhar por vales fecundos e não por sendas repletas de cardos
Cardos que ferem o corpo e alma sem dó nem piedade
Piedade peço ao Deus supremo e oro de joelhos
Joelhos rotos e feridos pelo tanto ajoelhar nos seixos
Seixos que forram a trilha por onde devo viajar
Viajar sem sentido de se sentir o que realmente se é
É a sina que ora vivo por pensar que um dia fui
Fui sempre um espectro marcado pelas desilusões
Desilusões do amor que nunca quis por um instante de mim se apossar
Apossar dos meus sonhos que povoam as noites insones e frias
Frias sinto as mãos que sempre abarcaram o vazio
Vazio de sentimentos que olvidaram o meu coração
Coração idiota que sempre creu naquilo que nunca existiu
Existiu promessas vãs como fiapos de pele compridos
Compridos são os rios que me conduzem e que nunca se cruzam
Cruzam os meus caminhos apenas as desilusões
Desilusões... Ah, são tantas as desilusões.

terça-feira, 27 de abril de 2010

TERCEIRA LIÇÃO POÉTICA: POSSE DE BENS MATERIAIS

Eis mais um tópico que atormenta os que ganham pouco e devem muito: A posse de bens materiais, como se isso fora a coisa mais importante; a solução para tantos males ( que são criados por eles mesmos) e que a não posse destes bens causam transtornos de comportamento e desavenças entre aqueles que os rodeiam. ( cont.)

SEXO & HIPERTENSÃO

Quem aconselhou foi o Ministro José Gomes Temporão, do Ministério da Saúde: " Fazer sexo diminui a pressão arterial." È sabido por todos, desde a tenra adolescência e, hoje, infelizmente até por jovens impúberes de que o sexo quando bem feito, bem executado é um exercício de grosso calibre, portanto, ótimo para queimar calorias. Até aí, tudo bem! Sem novidades!
O problema está naquilo que o Ministro não se ateve, ou seja, ignorou em sua esplêndida oratória de palanque. A hiperternsão, mal silencioso e que mata sem avisar é mais frequente em pessoas da terceira idade e, em sua maioria aposentados. Sabemos que no Brasil o aposentado mal ganha para o seu sustento e que a maior parte do seu pequeno salário é consumido em remédios, principalmente o que combate a pressão alta. Agora, se nós aposentados formos seguir à risca o conselho do Ministro, isto é, fazer sexo e mais sexo para diminuir a hipertensão o "bicho pega"( às vezes ou quase sempre não pega) no que tange aos gastos financeiros. Fazer sexo com frequência na terceira idade vai consumir além das camisinhas ( sexo seguro só com camisinha), o uso ininterrupto de VIAGRA e afins, pois, os "jovens" da terceira idade não são de "ferro" ( claro que já foram um dia) e, com isto dilapidar ainda mais o parco salário. Sr. Ministro, a sua atitude é louvável, mas, como superar esta dificuldade?, bom, vão aí três sugestões minhas:
1a. Aumentar consideravelmente o salário dos aposentados;
2a. Distribuir o milagroso comprimido "azul" junto com camisinhas gratuitamente;
3a. Autorizar o "SUS" a internar seus conveniados nos PS onde o "jovem" casal da terceira idade ficaria por algumas horas recebendo "Viagra" e afins, junto com o soro fisiológico, praticando o salutar exercício da procriação (embora não mais procriem), saindo após, com a pressão nos conformes, ou seja, 12 & 8.

Ah!, acabei de medir minha pressão: 15 & 9... Oh!, dúvida cruel: Tomo 1 comprimido de Vasopril ou corro pra casa da minha querida companheira? e, é claro sem o " comprimido azul".

segunda-feira, 26 de abril de 2010

SEGUNDA LIÇÃO POÉTICA: O SONHO DE SE VIAJAR

Todos nós, humanos e mortais que somos, sonhamos sonhos mil: alguns realizáveis e outros irrealizáveis. Sonhar, até hoje pelo que se lê em artigos científicos, é uma primazia do " Homo sapiens". Dizem os filófos de que " O homem que não sonha, não vive; vegeta!", e de que " O homem é do tamanho dos seus sonhos!", ou, "Todo homem deve correr atrás do seu sonho!"
De todas as centenas e centenas de sonhos que o ser humano carrega pela sua vida, sem dúvida alguma, o de VIAJAR, povoa com mais intensidade o seu cérebro.Quem nunca se quedou em tardes faceiras, balançando numa rede, em sonhos de "viajar e conhecer novas plagasn?", de percorrer locais e caminhos nunca dantes percorridos?, de vislumbrar novas paisagens e territórios exóticos?, de deparar extasiado com o fascínio exercido por antiquíssimas construções inexplicáveis?, ou de descansar o corpo moído pelo trabalho numa alcova de uma cidade famosa um hotel cinco estrelas?... Viajar é muito bom, mas... Fica caro, muito caro viajar hoje em dia. Apesar das ofertas e pacotes de facilidades oferecidos pelas empresas de viagens quase sempre, ou sempre, fica apenas na vontade ou no sonho. Adentrar num navio que oferece comodidade e requinte mais perfeitos do que um hotel cinco estrelas, ou embarcar em um avião intercontinental ou mesmo num ônibus leito, está fora de cogitação para a grande maioria da população brasileira... mas é possível, sim, viajar e muito viajar, desde que você dê rédeas aos seus pensamentos e crie ações que permitam descobrir novos mundos, novas paisagens, novos costumes e novos mistérios... De que jeito?, deve estar se perguntando o caro leitor e, eu explico e dou as "dicas" nesta 2a. lição:
a- Lendo bons livros de aventura (custam mais barato do que uma passagem aérea) você poderá conhecer lugares nunca antes imaginados e, atuar como coadjuvante do personagem principal e viver "in loco" a magia dos territórios descritos;
b. Assistindo aos mais variados filmes: romance, aventura, ficção, drama ( custa mais barato do que uma passagem de ônibus leito) você conhecerá o mundo sem sair de sua poltrona no aconhego do lar e ao lado dos queridos familiares;
c. Dedicando algumas horas na frente do computador, acessando a Internet, você terá à sua frente o mundo por um custo baixíssimo.
Mas, se você ainda insiste em viajar, ou seja, em não ficar parado, estático, na sala de casa ou de um cinema eu lhe afirmo sem medo de errar de que você tem pela vida toda, desde o nascimento até o presente momento, viajado incessantemente e, não uma viagenzinha qualquer, mas, sim, uma viajem de proporções siderais. Como?, ora é só você pensar que faz parte de um planeta que gira e viaja pelo UNIVERSO desde que o mundo é mundo. Durante as 24 horas do dia o planeta Terra gira em torno do seu eixo ( movimento de rotação) e nos 365 dias do ano dá uma volta completa em torno do SOL ( movimento de Translação). Você teve a felicidade de estudar estes movimentos nos bancos escolares, portanto, não é nenhum bicho de sete cabeças. Durante estas viagens você é passageiro privilegiado, pois, não paga nada e se desloca de segundo em segundo em lugares diferentes neste nosso infinito UNIVERSO. Assim, concluindo, afimo de que ganhando pouco e devendo muito, somos viajantes do UNIVERSO... Sonhamos em viajar e, viajamos; basta para isso termos um pouco de poesia em nosso âmago.
Boa Viagem!

terça-feira, 20 de abril de 2010

1a. LIÇÃO POÉTICA: O DOM DA RIQUEZA

Quando Deus no início do "Tudo", fez o homem, ele o dotou de todos os atributos necessários para viver, ou melhor, para sobreviver. Devemos lembrar de que no início, as condições de vida eram as mais insalubres possíveis, mas, a despeito dos sofrimentos e alegrias vividos, o homem seguiu seu caminho impelido pelas duas leis básicas do Universo: " A Procriação e a Sobrevivência." Com o passar do tempo ( muito tempo) o homem foi evoluindo, sempre em prol de cumprir as duas leis enunciadas. Assim é que, do ar livre, sujeito às intempéries e desgastes naturais da brutalidade do ambiente, passou a morar em cavernas. Agora, já podiam desfrutar de um ambiente mais aconchegante e protetor; nas cavernas o fogo ardia mais e, o calor tornava-os mais propícios a relacionamentos mais intímos e duradouros: Uma riqueza conquistada com muito sofrimento e mortes sem fim. Sempre, edificados e fortes pelas duas leis básicas da vida, conquistaram territórios e expandiram seus domínios, procurando sempre locais acessíveis à vida, que lhes dessem a melhoria na qualidade de vida e, assim, formaram grupamentos mais fortes e heterogêneos e fizeram as primeiras choupanas: outra riqueza conquistada após muitos anos com muito sacrifício e tenacidade. Dando um salto maior no tempo, encontramos o "primitivo homem", agora já moderno e astuto vivendo e morando em casas edificadas ao abrigo das intempéries da natureza nas cidades: outra riqueza. Das péssimas condições de vida de milhares de anos atrás, ainda impelidos pelas duas leis supremas do universo, o homem se tornou " moderno" e passou a desfrutar com maior ênfase de tudo aquilo que o Universo oferece de bom, bastando apenas saber extraí-lo e, para isso, Deus, aprimorou sobremaneira a inteligência: outra riqueza, dando a cada um o seu quinhão, o que raramente se distancia muito dos parâmetros estabelecidos para o homem. Assim, de ganho em ganho; de vitória em vitória, o homem moderno se viu possuído de todas as riquezas necessárias e simples para a sua sobrevivência. Se nos compararmos hoje com os nossos antepassados veremos o quanto Deus nos enriqueceu. Somos, sim, milionários, em dons concedidos por Aquele que nos criou e criou o Universo... Mas, muitos não compreendem o que receberam e ficam lamentando o que não tem e que o seu próximo tem; lamuriando e muitas vezes odiando o seu destino. Ora, o que se tem é aquilo que se merece ter, pois, a todos foi dado as mesmas condições de vida, isto é, somos todos iguais, ou seja, somos dotados da mesma constituição fisiológica e do mesmo cérebro ( em raras exceções alguns os tem para mais e outros para menos; é a exceção, não a regra), bastando apenas colocar em prática os devidos dons. É evidente que alguns alcançam o sucesso financeiro com mais facilidade ou dificuldade do que outros, mas, de uma maneira ou de outra eles tiveram de ir à luta, pois, como sabemos desde os tempos de nossos avós, nada cai do céu. Para uns a riqueza se constitui em estar de bem consigo mesmo; de se ter paz íntima juntamente com os familiares; de se gozar de uma excelente saúde; de se ter um grande e delicioso amor, enfim, de se ter o básico para viver a vida plena no início, no meio e no fim de sua jornada. Para estes, que não amealharam riquezas materiais aqui da Terra, que ganham pouco e devem muito, fica esta primeira lição: O DOM DA RIQUEZA.

Espere com paciência a noite em que o céu estiver vestido com o seu manto negro incrustrado de miríades de estrelas luminescentes; deite-se então com indolência na relva verde, macia e perfumada de um jardim; deixe com sofreguidão que o ar impregnado dos perfumes das flores silvestres penetrem em suas narinas; permita que a aragem fresca da noite envolva o teu corpo
causando de instantes em instantes leves arrepios; submeta todo o teu " Eu" ao fascínio e sortilégio dos encantos que moram no negrume da noite; entregue-se sem escrúpulos às carícias mais ardentes e sedutoras produzidas pelo roçar das folhas macias da grama na pele tépida; ouça com maestria os acordes maviosos e exóticos dos seres noctívagos... Quando assim o tiver feito pegue uma régua ( de 30 cm) e fitando a Via Láctea risque um quadrado e, então dentro dele você terá para si só, veja bem, para si só, um bilhão ou um quatrilhão, ou vários quatrilhões de ESTRELAS, astros magníficos que só a ti pertencem e, você, bilionário, agora, será motivo de inveja dos demais mortais que em riqueza não chegam aos teus pés... A tua riqueza é astronômica e o melhor que você pode fazer para conservá-la é deixá-la onde está, pois, em nosso planeta anão, todos os bancos reunidos não tem cofres suficientes para guardá-la. Apossando-se desta riqueza com sensibilidade poética certamente você meu caro amigo ou amiga viverá como rico; ganhando pouco e devendo muito.

BRASÍLIA ... 50 ANOS

Hoje, a capital federal, Brasília, completa 50 anos. Ainda é uma "criança" perante as cidades seculares que estão esparramadas pelo nosso Brasil. Não a conheço, mas, quem a conhece diz se tratar de uma belíssima cidade, toda planejada em sua infraestrutura com avenidas largas e amplos jardins, onde o verde prevalece. Foi idealizada pelo excelente Presidente da República Juscelino Kubstchek que colocou seu sonho nas mãos de dois homens que além de gênios gozavam a primazia de serem artistas: Oscar Niemeyer e Lúcio Costa. No Planalto Central, numa região árida nasceu a bela cidade, construída que foi por milhares de brasileiros oriundos das mais diversas regiões da Nação e que foram apelidados carinhosamente de " Candangos". Hoje, Brasília é cantada em verso e prosa pelos seus monumentos de arquitetura ousada e pelo povo bravo e hospitaleiro que nela vive. Nesta data festiva, deixo de falar de alguns forasteiros que nela habitam, como aves sazonais, que vem e vão e, que só fazem por denegrir seu nome. Deixo para outra oportunidade elencá-los, mesmo porque falar dos mesmos enegrece esta memorável data.
Parabéns Brasília pelo seu aniversário.

segunda-feira, 19 de abril de 2010

10 LIÇÕES POÉTICAS PARA VIVER COMO RICO, GANHANDO POUCO E DEVENDO MUITO!

A partir de hoje, estarei a cada dia, durante 10 dias, escrevendo para os meus bloguistas, uma lição poética para, como diz o título: " VIVER COMO RICO, GANHANDO POUCO E DEVENDO MUITO". No começo, quando me veio esta idéia num sonho, pensei em quanto seria difícil encontrar 10 lições que ensinem a viver como rico, ganhando pouco e devendo muito. Por diversas noites e dias, quedei-me a pensar em como atingir este objetivo, pois, é notório que só se vive como rico quem ganha muito e nada deve, ou, se deve, tem $$$ para saldar seus compromissos e viver em paz.
Desde que o mundo é mundo, quando o homem das cavernas inventou a moeda de troca ( no início), o ser humano vem lutando árduamente para alcançar a riqueza. Assim é que, das mais variadas maneiras, ele se lança de corpo e alma na difícil missão de "ganhar dinheiro" e desfrutar das benesses que o " vil" metal proporciona. Às vezes passa a vida toda nesta batalha e acaba sucumbindo no dia certo de sua vida, sem nunca ter alcançado esta façanha e, deixa este planeta como chegou: sem nada!
O meu intento é deixar estas 10 lições poéticas para as pessoas que lutaram incessantemente pelas coisas que a riqueza proporciona e não as alcançaram. ( É o meu caso).
Para que estas "lições" exerçam transformação nas pessoas, é imprescindível que as mesmas possuam alta sensibilidade e vontade de ser feliz, já que a felicidade é um dom maior que todo ser humano busca, indiferente de ser rico ou não.
Hoje, fica registrado este prólogo. Amanhã, prometo, escreverei a primeira lição.

O RATO QUE RUGE!

Era uma vez, num casarão, alguns ratos estavam passando por apuros; amedrontados e acovardados pela presença de um gato que ficava diuturnamente de tocaia na frente do buraco da toca dos trêmulos roedores habitantes de esgotos e imundas vielas. A situação estava insustentável quando um dos roedores teve a idéia de pendurar no pescoço do terrível felino um chocalho, pois, argumentou, assim que o inimigo chegar a gente escuta o barulho e foge. É claro que a idéia foi logo aceita por todos, mas... Ficou a pergunta no ar: "Quem de nós vai pindurar o chocalho no pescoço do inimigo?" Fez-se silêncio na toca e claro, ninguém se apresentou para a missão suicida. Assim, por esta fábula, podemos deduzir de que rato é sempre rato e nunca vai se transmudar em leão. Pode até rugir, mas continuará a ter medo, ou seja, a ser sempre rato.
Caso idêntico aconteceu e está acontecendo na cidade maravilhosa, ou seja, no Rio de Janeiro. Como sabemos a cidade está insfestada de "ratos" de duas pernas, que circulam livremente pelos becos, vielas e esgotos tanto das favelas quanto das regiões mais valorizadas, infestando os moradores decentes com seus cheiros nauseabundos; impregnando tanto o ar quanto as residências com suas tendências pestilentas: Roubo, tráfico, suborno, assassinatos, falcatruas...
Um destes ratos pertencente a "casta" mais nobre viu-se de uma hora para outra perseguido e jurado de morte por uma facção contária a sua e teve num atentado sobrevivido, porém, ocorreu a morte de seu filho de 17 anos( sorte ou castigo?). Trata-se de Rogério Andrade, sobrinho do bicheiro Castor de Andrade e chefe da máfia de caça-níqueis da cidade maravilhosa. Já condenado em anos anteriores a 18 anos de prisão( cumpre a pena em liberdade) por formação de quadrilha armada, corrupção ativa e contrabando veio a público pedir proteção à polícia como se cidadão honesto fora. Ora, seria o cúmulo a polícia carioca atender tal pedido, mesmo por que, além de bandido, ainda possue como sabemos uma arsenal muito mais poderoso do que a que detém a força policial. É o "rato" que ruge... mas, na hora que a coisa fica feia, guincha baixinho e corre tentando se esconder debaixo da proteção da força policial legalmente constituída. Acredito e todos os cidadãos de bem deste nosso Brasil acreditam que as autoridades policiais da cidade maravilhosa não darão a mínima por tal pedido esdruxúlo, mesmo porque, se assim o fizer, será a mais completa desmoralização do poder público constituído. Vamos deixar o "rato" pendurar o chocalho no pescoço do seu inimigo e, quem sabe, assim uma ninhada de ratos pestilentos, deixará de existir.

sexta-feira, 16 de abril de 2010

HUMANO, DEMASIADO HUMANO

O livro "Humano, Demasiado Humano" é uma genealogia do pensamento moderno.
Nietzsche analisa os mais diversos aspectos do pensamento de sua época e procura estabelecer uma ligação entre o passado bárbaro da humanidade e o estado em que se encontra o pensamento filosófico, científico, religioso de sua época( século XIX) e tenta vislumbrar as perspectivas para um progresso do mesmo num periodo pós-moderno da Europa e da humanidade inteira.
...
Humano, demasiado humano é um livro de história, sem ser história; é um livro de filosofia, sem ser preferencialmente filosofia; é um livro de vida, vida espiritual, vida intelectual, vida racional, vida presente, vida humana.
Ciro Mioranza

Friedrich Wilhelm Nietzsche nasceu em Rocken, Alemanha no dia 15 de outubro de 1844.
Atingido por crises de loucura em 1889, passou os últimos anos de sua vida recluso, vindo a falecer no dia 25 de agosto de 1900, em Weimar.
Nietzsche era dotado de um espírito irrequieto, perquiridor, próprio de um grande pensador. De índole romântica, poeta por natureza, levado pela imaginação, Nietzsche era o tipo de homem que vivia recurvado sobre si mesmo.
Emotivo e fascinado por tudo o que resplende vida, era ao mesmo tempo sedento por liberdade espiritual e intelectual; levado pelo instinto ao mundo irreal, ao mesmo tempo era apegado ao mundo concreto e real; religioso por natureza e por formação, era ao mesmo tempo um demolidor de religiões; entusiasta defensor da beleza da vida, era também crítico feroz de toda fraqueza humana; conhecedor de si mesmo, era seu própio algoz; seu espírito era campo aberto em que irromperam as mais variadas tendências, sob a influência de sua agitada consciência.
Espírito irrequieto e insatisfeito, conciência eruptiva e crítica, vivia uma vida de lutas contra si mesmo, de choques com a humanidade, de paradoxos sem limite. Assim era Nietzsche.
.............

PRINCIPAIS OBRAS:

A gaia ciência (1882
A genealogia da moral (1887)
Além do bem e do mal (1886)
A origem da tragédia ( 1872)
Assim falava Zaratrusta (1883)
Aurora (1881)
Ecce-Homo ( 1888)
Humano, demasiado humano (1878)
O anticristo ( 1888)
O caso Wagner ( 1888)
Opiniões e sentenças misturadas ( 1879)
O viajante e sua sombra ( 1879)
Vontade de potência ( 1901)
.................
Afccionado que sou pelo grande filósofo Nietzsche, adquiri com alegria toda a sua obra e, sempre que possa degusto-a com 0 maior prazer.
Hoje, deixo registrado alguns pensamentos do livro em epígrafe. Espero que o amigo leitor também aprecie o renomado escritor.

166. O público

O povo não exige nada mais à tragédia que ser bem comovido para poder aliviar-se uma vez ao menos pelas lágrimas; o artista, pelo contrário,vê a tragédia nova, encontra sua satisfação nas invenções e nos artifícios técnicos engenhosos, no tratamento e na divisão do assunto, no novo jeito conferido a velhos motivos, a velhas idéias. Sua atitude é a atitude estética diante da obra de arte, aquela do criador; a primeira descrita, que considera unicamente assunto , é aquela do povo. Do homem que fica entre ambas não terá nada a dizer, não é povo nem artista e não sabe o que quer: por isso sua satisfação é confusa e medíocre.

319. Bom escritor de cartas

Aquele que não escreve livros pensa muito e vive numa sociedade que não o satisfaz, poderá em geral ser um bom escritor de cartas.

519. A verdade com Circe *
De animais o erro fez homens. A verdade estaria em condições de refazer do homem um animal?
* Homero narra na obra Odisséia que a feiticeira Circe transformou os companheiros do herói Ulisses em porcos.

530. Gênio Tirânico
Quando, numa alma, um prazer incoercível desperta e não cessa de alimentar o fogo, então um talento até mesmo medíocre( nos políticos, nos artistas) se torna aos poucos uma força quase irresistível.

Para saber mais sobre Nietzsche leia o romance de Irvin D. Yalon: " Quando Nietzsche chorou".
Assista tambem o filme de mesmo nome.
Estou às ordens para emprestar todos os livros citados.

quarta-feira, 14 de abril de 2010

DUDU NOBRE REJEITA BOMBOM

Está na mídia: o famoso cantor carioca de samba, Dudu Nobre recusa " Bombom". Tá aí uma notícia que mexeu comigo, pois, todos sabemos o quanto " Bombom" é uma iguaria dos deuses.
Desde criança que sonhamos em comer "bombom". Quem não se lembra com saudade dos deliciosos "Diamantes Negros". Eram irresistíveis. O problema é que não tínhamos "cacife" para comê-los. Toda noite, me lembro, dormia e sonhava que estava comendo um " bombom". Era uma fantasia de criança que ficava só na vontade.. Depois, já adolescente, ganhando uns trocados, reservava um pouco dos mirrados $$$ para comer um "bombom"; claro, nunca equiparados ao "Bombom" recusado pelo famoso artista. Creio que o sambista se empanturrou de "Bombom", pois, chegar ao cúmulo de trocar a fechadura da porta para que a delicioso manjar não lhe chegasse às mãos pode ser esta a explicação e, tudo aconteceu depois da Páscoa, quando sabemos que os mais privilegiados se lambuzam de " Bombom". Quisera eu ter às mãos o "Diamante Negro" recusado pelo colega do Zeca Pagodinho; com certeza iria devorá-lo com requintes de um mendigo esfomeado.
Ah, pelo sim, pelo não, a partir de hoje deixo a porta da minha casa entreaberta... quem sabe o " Bombom" recusado pelo Dudu Nobre, resolve aparecer, trazido por um coelhinho até mim e, então poderei realizar as minhas fantasias de criança, ou seja, dormir apertando junto ao peito o delicioso "Bombom" enjeitado pelo não "Bombolatra" Dudu Nobre.

terça-feira, 13 de abril de 2010

DIA DO BEIJO

Hoje, nós, poetas e românticos e demais mortais, comemoramos o DIA DO BEIJO. Creio que de todas as infindáveis comemorações pelo ano a dentro esta é uma das mais significativas. Realmente quem não gosta de um beijo? ( Acho que só Jesus não gostou do beijo de Judas). Um beijo, não importa se dado com amor ou com amizade, só vem para aumentar a nossa auto-estima. É claro que o beijo dado e recebido com amor, paixão e desejo tem mais sabor... mas, de qualquer modo, um beijo é um beijo e, sempre trás consigo consequências benéficas. Caro leitor ou leitora, beije, beije e beije, não só hoje, mas todos os dias do ano. Beije com amizade; beije com carinho; beije com paixão... nunca deixe de beijar, mesmo que receba o apelido de "beijoqueiro ou beijoqueira", é bem melhor do que ser chamado de insensível; ríspido ou mal humorado... Ah. só não beije como Judas... ninguém merece.
Um beijo com amor para minha companheira, Edna.
Um beijo fraterno em todos os meus amigos bloguistas!

quinta-feira, 8 de abril de 2010

RIO DE JANEIRO... UMA TRAGÉDIA ANUNCIADA

Rio de Janeiro, cidade maravilhosa, cantada em verso e prosa pelos poetas e artistas espalhados pelo nosso Brasil, vê-se hoje de luto. Centenas de vidas se perderam dentre lama, barro e entulhos. Assistir pela televisão tão grande e bárbara catástrofe, faz-nos sentir o quanto somos pequenos e insignificantes perante a mãe Natureza. Já há de muito que tragédias como esta vem acontecendo em lugares impróprios para se residir: Morros e Vales ladeados ou envoltos por condições inadequadas quem gerem segurança. Assim é que, hoje, vivemos a tragédia do Rio de Janeiro, Niterói e cidades periféricas. Casas rudimentares sem a mínima estrutura são erguidas sem planejamento ou assistência dos órgãos públicos e amontoadas vão se espalhando pelos morros e encostas. Constituem o que se chama de " Favelas" que se espalham como se foram formigas em um formigueiro sem "rainha". O caos se estabelece e cada um se vira como pode. Não existe acompanhamento por parte dos órgãos assistenciais, saúde, higiene e educação do poder público, que , aliás, representado pela sua imensa maioria por corruptos, se preocupam sómente e tão sómente em roubar, deixando a classe menos favorecida entregue à sua própria sorte, ou melhor, ao azar. Alguns dias de chuva e a tragédia se consumou.
Não precisa ser cientista, arquiteto ou engenheiro para saber que em lugares assim é mais provável vivenciar tragédias do que um clima de segurança. Há alguns meses tivemos a tragédia de Angra dos Reis e, o que foi feito pelas autoridades municipais, estaduais e federal?,nada, a não ser brigar por "roialtys" e ficar anunciando sem fim os benefícios do tão cantado "PAC" ( o filão de ouro das empreiteiras) mas, de concreto mesmo em benefício da classe menos favorecida, NADA!
Que Deus em sua infinita misericórdia se apiede de tantas almas sofridas ( parentes que se foram) e ilumine a cabeça dos políticos para que encontrem uma solução urgente para resolver o problema de moradia nos morros cariocas e das demais cidades de nosso querido Brasil.
Estou triste por tanta tragédia em tão pouco tempo!