Dizes-me a todo instante com a face crispada
Que melhor seria se nunca tivesse me amado.
Que tudo seria mais fácil se amor nunca houvesse,
Que amar-me constitue-se num terrível e pesado fardo.
Digo-te a todo instante com o coração constricto
Que amar-te me faz um homem triste e solitário
E que melhor seria ter a dor da saudade por lenitivo
Do que tê-la a todo instante, tendo por leito, o calvário.
Amas-me, amo-te, amamo-nos... Oh! grande amor inconsequente,
Calcado em reflexões tolas; remorsos inúteis, sentimentos abstratos,
Subterfúgios para o nada... Subterfúgios para um amor ignavo.
Dizes-me a todo instante, tendo os lábios frementes:
_ Te amo... Te amo... Digo-te, tendo o coração e os lábios frios:
_ Te amo... Te amo... Palavras que dão vida aos nossos subterfúgios.
( Do livro: Confidências da Alma, pg 28 - 1a. edição - Aldo Aguiar)
sexta-feira, 23 de julho de 2010
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