quarta-feira, 4 de maio de 2011

QUANDO O ÚLTIMO BEIJO NA BOCA DA MULHER NÃO É LEMBRADO.



Aconteceu num sábado no delicioso recinto da sauna do aprazível Clube Piracuama. Como é de praxe lá estavam reunidos todos os assíduos freqüentadores da sauna. Tanto é que lá estavam os moradores de Campos de Jordão, como os de Taubaté e Pindamonhangaba. Enquanto uns faziam “sauna” outros cuidavam do churrasco e os mais afoitos jogavam truco. A alegria era geral e contagiante. As cervejas das mais variadas marcas corriam de mão em mão aplacando a sede após o deleite de alguns minutos dentro do recinto encalorado. Quando eu estava tomando a minha “gelada” me veio na cabeça um pensamento que me deixou encucado, que foi o seguinte: “QUANDO FOI A ÚLTIMA VEZ QUE VOCÊ BEIJOU A BOCA DE SUA MULHE?”. Matutei um pouco na questão e sem mais nem menos resolvi fazer a pergunta aos diletos amigos: homens casados e pais de filhos ( alguns solteiros, mas, namoradores) e, sem respirar, num supetão lancei a pergunta no ar...
Passou-se um tempo enorme. A pergunta caiu no meio de todos como se fosse uma granada prestes a explodir. Todos me olharam como se eu fosse de outro planeta e estivesse falando uma língua desconhecida, quem sabe, de Marte. Uma mariposa voou rente a cabeça do Dito Mortadela e o barulho do esvoaçar das asas trouxe os amigos à realidade. Pedro Baiano foi o primeiro a se pronunciar e disse após engolir um naco de torresmo: “ Pô, cara, que pergunta mais traiçoeira...” e continuou a mastigar. Após alguns minutos, quando notei que o constrangimento se fez presente nos meus queridos companheiros de sauna e ia dar o assunto por encerrado, do fundo do rancho ouvimos o vozeirão do Mário Pereba que disse, sem tomar ar, de um sopro só: “ Eu me lembro, e foi no carnaval deste ano; mais precisamente na terça-feira gorda...
-Você beijou a boca da Marcolina?, perguntou seu cunhado, Zé Paçoca.
“ Bom, deixa eu terminar... nós estávamos em Ubatuba, na Praia Grande, no último quiosque, quando eu, erguendo os olhos do jornal “Lance”, que estava lendo, presenciei minha “patroa” se afogando numa onda violenta...
- E, você continuou lendo o jornal?, perguntou o debochado Silvino Tatu.
“ Imediatamente, continuou ele, corri para o mar, tirei a “patroa” com uns solavancos e a deitei na areia da praia...”
_ Já estava morta?, alguém perguntou.
“ Quando vi que saía água pelos beiços e estava estrebuchando, resolvi fazer um “ boca –a-boca” e num repente colei minha boca em sua boca”.
_ Isto não um beijo romântico... Ah.Ah,Ah, riu gostoso o Zézão.
“Pode não ser, mas que eu me lembre foi a última vez que “beijei” minha querida “patroa”.
Assim não vale, falei, contendo o riso.

Moral da Crônica: Os maridos e namorados andam deixando muito a desejar com suas consortes e companheiras. Basta um “Don Juan” qualquer oferecer umas flores; um poema; um beijo na mão; um elogio; um piscar de olhos para o início de um romance e, aí, não adianta querer matar este ou aquele.
É bem melhor prevenir, do que remediar.
Em tempo: O reverso da medalha também se aplica às mulheres.

Nenhum comentário:

Postar um comentário