terça-feira, 30 de agosto de 2011

RODA-GIGANTE



Roda gigante que roda imitando doidos ébrios
Impelida pelos eflúvios que exalam das bocas
Que se beijam ávidas por beijos nas carícias loucas
Dadas pelos amantes sob o manto do negrume sidéreo.

Balouçam pelos ares almas e corações apaixonados
Desprendidos do perigo que paira na altura estonteante.
Oh!, criaturas, que desdenham a cautela e excitantes
Pendem para os lados e frente e explodem em doces afagos.


Bancos outrora frios e agora cálidos e aconchegantes,
Abrigam casais repletos de alegria, amor e desejos,
De um porvir risonho inundado por um oceano de beijos.


Roda-gigante que roda a despeito do meu olhar suplicante
De girar, girar e girar pelo espaço e noite do meu querer.
Roda-gigante – peço-te: gire, e não se importe como meu sofrer.




Nenhum comentário:

Postar um comentário