quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

PITICO & CONGONHAS DO CAMPO & POETA

Esta é de arrasar com qualquer ser mortal ( ou imortal, como eu, que pertenço à Academia Taubateana de Letras). E, o assunto se refere a mim.
Desde tenra idade que tenho o maior sonho de visitar as cidades históricas de Minas Gerais e vivenciar "in loco" a nossa história; respirar o ar que Tiradentes respirou; sonhar nas noites de luar com Marília de Dirceu; ler à sombra dos casarões os versos líricos de Tomás Antonio Gonzaga; rever em pensamentos os momentos fatídicos da Conspiração; escutar dentre as sombras da noite os discursos de Cláudio Manoel da Costa; sofrer com o povo quando das notícias da "derrama"; Sentir o cheiro da relva que penetrou em tempos idos nos poros afogueados de Chica da Silva; pisar nas pedras onde os cavalos riscaram as ferraduras com caixas de ouro em seus lombos e... conhecer e reverenciar as estátuas esculpidas por "Aleijadinho"... o meu mais reverenciado sonho. Tenho 66anos e por " COISAS DA VIDA"ainda não realizei este meu maior intento.
Bom, a que se deve tudo isto?
Explico: No natal um grande amigo meu foi com sua querida esposa até Juiz de Fora, na casa de parentes comemorar as festas natalinas. Até aí,nada demais. Acontece que ele levou o seu cão: um vira-lata; um rafeiro do mais puro sangue plebeu. Um andante das noites e que por isto vive todo arranhado e machucado; parece mais com uma ratazana; O rabo é fino e cheio de marcas até parece que sofre de vitiligo... Os dentes cariados já não conseguem mastigar um naco de carne.
Não caça nada, pois, além de surdo, quase não enxerga. Para finalizar: Se fosse humano estaria morando na fila do SUS . Este é o PITICO.
O que me atazanou? Quando em Minas Gerais o amigo comprou uma revista para sua querida esposa se distrair até chegar à cidade. Atrás dela viajava com muita indolência o Pitico. Sentado comodamente no banco traseiro do carro sobre uma caixa: pra ele contemplar a paisagem mineira. Quando por uma rajada de vento a revista se desfolhou e sobre o Pitico caiu a folha onde estava uma reportagem sobre as famosas estátuas. Relata o amigo que imediatamente o cãozito passou a ganir e assim foi até o final da viagem.
Como ele não parava de ganir e com a pata dianteira mostrava a folha onde estavam as estátuas, ele pode deduzir que o aprendiz de cão queria a todo custo ir conhecer as obras de arte "in loco".
Para resumir: Meu amigo levou o vira-lata até Congonhas do Campo. Lá chegando conduziu o afortunado cão para conhecer as estátuas. Conta ele que o Pitico ao ver as grandiosidades esculpidas por Aleijadinho ganiu longamente e abanou o rabo centenas de vezes.
Desmoralizado perguntei ao amigo:" Ele mijou no pé da estátua?"
Claro que nâo, me respondeu... Pitico é um vira-lata mas entende de arte.... E riu bastante.
A mim, escritor e poeta só restou sentir uma ponta de inveja no coração.
A partir deste dia passei a respeitar mais o "ilustre cãozito"

3 comentários:

  1. Escritor Aldo, voce narrou o acontecido, não é um causo e sim historia verdadeira, confirmo linha a linha, isto aconteceu aqui em casa, quando meu primo veio passar o Natal conosco, esta cachorrinho feio! Almir, Rose, Linea e Tatão - Juiz de Fora/MG

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  2. Alguem sempre fala, fotografou?, filmou?, mostra a cara desse cachorro, esse tal de Pitico, só acredito vendo.
    San Tomé

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  3. sr. poeta. amigo que ~e amigo, nao leva cachorro para passeio cultural e sim... Amigo verdadeiro ~e aquele que faz um convite para conhecer as cidades historica, as quais voce deseja conhecer.Fique esperto, esse ai ~e amigo pra burro do cachorro.

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