sábado, 27 de julho de 2013
AINDA SOBRE CELULAR!
Uma pesquisa nos Estados Unidos da América do Norte mostrou que 60% das mulheres se desviam do ato sexual para verificar o celular e que, 40% dos homens fazem o mesmo.
É o final dos tempos!
Já pensou, você, meu caro amigo(a) no auge da relação, visualizando estrelas, astros e pássaros no clímax do orgasmo e a sua amada(o) se desvencilhar dos seus braços para verificar se não chegou um "torpedo", ou, então para atender uma ligação qualquer? É deveras brochante; de deixar qualquer um desiludido das promessas magníficas do amor.
Até quando essa situação vai perdurar?
Uma vez, estava eu numa praia quando visualizei uma criança dos seus 6 meses de idade manuseando um celular enquanto sua mãe tomava uma "caipirinha". É de arrepiar os cabelos.
E, o pior: tudo indica que essa "doença" vai grassar, pois, a todo dia são fabricados milhares desse "brinquedinho" do capeta.
Eu já tomei as minhas precauções: quando vou fazer amor, a primeira coisa mais importante que faço, antes mesmo da libido aflorar é esconder os celulares, tablets, I-pods e congêneres. O que se deve ficar à mostra sobre o criado mudo, são os cds do Cauby e os azuizinhos...aí, sim!
quinta-feira, 25 de julho de 2013
NOMOFOBIA !
Você sabe o que é NOMOFOBIA?
Se não sabe não precisa se preocupar, pois, eu também não sabia até ver o UOL está noite.
Nomofobia é a síndrome que as pessoas sentem quando ficam sem celular.
Hoje, creio ser impossível um brasileiro (até mesmo nas regiões mais pobres e remotas) ficar sem o celular. As pessoas esquecem de tudo ou quase tudo, mas, nunca do celular. É comum e normal encontrar os jovens, principalmente, com o aparelho grudado nas mãos e a todo momento olhar para ver se não tem uma ligação ou mensagem. Isso, sem falar dos jogos que os fazem de olhos grudados no visor. Acabou, aquele instante em que dentro de um ônibus numa viagem ou, na fila do banco ou do cinema, travávamos conversas com os pares... Impossível! Os olhos e a atenção estão voltados para o objeto de desejo dessa geração.
E, quando, a pessoa que mais convive com você o troca pelas "fofocas" do facebook, ou dos tablets?
Saudades do tempo em que eu para conversar com os meus amiguinhos de classe (lá pelos idos de 50) usava duas latinhas de maça de tomate com uma linha de costura presa em cada fundo. Até namorar uma menina com esse milagroso meio de comunicação eu o fiz...
De uma coisa eu posso afirmar com certeza: NÃO SOU NOMÓFOBO!
terça-feira, 23 de julho de 2013
UM TRÁGICO FIM!
Infelizmente a jovem Bruna Gobbi de dezoito anos não resistiu aos ferimentos causados pela mordida do Tubarão e faleceu. É uma dolorosa estatística para os mares do Brasil. Hoje, após ser noticiado o seu falecimento autoridades se posicionaram tentando justificar o injustificável: Médicos afirmam que o atendimento não foi o correto; Ambientalistas defendem que tinham placas avisando do perigo; Os pais pensam em processar o Estado... E, a jovem está morta.
E, o Tubarão para onde anda? ou, melhor, para onde está nadando?
Se formos analisar friamente ele é o menos culpado nesse drama. Apenas seguiu o seu instinto predador. Para ele a moça representava um peixe, uma presa a ser devorada. O mais certo seria existir mais salva- vidas percorrendo as praias e agindo com rigor contra os mais afoitos e incautos. Sempre que uma tragédia acontece, procura-se primeiro achar os culpados ou, despejar sobre esse ou aquele a incompetência das autoridades responsáves pela segurança dos turistas. Até quando os mesmos personagens e as mesmas novelas desfilarão incólumes por este imenso Brasil?
Que a jovem turista Bruna Gobbi esteja descansando em paz no céu cor de anil do município de Escada.
segunda-feira, 22 de julho de 2013
A FICÇÃO NA TELA DO CINEMA E REALIDADE NA PRAIA DA BOA VIAGEM!
Quem não se revolveu na poltrona do cinema e sentiu arrepios pelo corpo quando foi assistir o filme TUBARÃO, em anos anteriores?
Eu me lembro do sucesso que fez a trama envolvendo um gigantesco Tubarão numa praia dos Estados Unidos. A cada cena, era um pulo que se via dentro do cinema. As estatíscas mostram de que é muito raro o ataque de tubarão à banhistas mais ousados, que se aprofundam mar adentro. Como já sabemos o Tubarão é um peixe de proporções enormes e que se caracteriza pela sua voracidade e uma fome contínua. Existem relatos de que os mesmos engolem tudo o que encontram pelo mar, isso, sem falar de sua bocarra guarnecida por fileiras de dentes enormes em forma de serra, que ao prender uma vítima (tudo o que possa ser comível) rasga a carne em múltiplos pedaços.
O filme, não passou de uma ficção bem montada e o tubarão criado pela engenhosidade dos técnicos não causou nenhuma morte, a não ser a algum cardíaco na plateia.
Porém, a notícia que hoje foi propagada´pela televisão nos principais jornais foi o ataque de um Tubarão na praia da Boa Viagem no Recife e, aconteceu quando uma banhista dos seus dezoito anos estava nadando no mar, se refrescando nas águas serenas e tépidas, quando se viu atacada por um Tubarão que de uma só dentada estraçalhou sua perna. Socorrida pelos banhistas e bombeiros foi levada ao Hospital onde teve a perna amputada acima do joelho e no momento da notícia foi dito que a mesma corre perigo de morte.
Na imagem da televisão do local aparece uma placa avisando os banhistas da presença desses "monstros esfomeados" na praia.
O que dizer?
Imprudência? Destino?
Que Deus em sua infinita bondade poupe a vida da moça...
Tubarão? só em tela de cinema.
quinta-feira, 18 de julho de 2013
PARADOXO DA JUSTIÇA!
Não dá para entender!
A Justiça foi criada para prender os bandidos. Certo?
Errado!
No Brasil, atualmente a Justiça está mais empenhada em prender policiais, tanto civis, quanto, militares. É raro o dia em que não se tem notícias de homens da "lei" sendo enquadrados pelos seus pares. Antigamente, só se tinha conhecimento de bandidos, geralmente, "pés de chinelos", sendo levados pelos guardas às cadeias. Existia, sim, um enorme respeito pelas autoridades constituídas. A palavra de um juíz era inabalável. Decretada a prisão o "malandro" tinha de cumpri-la integralmente, ou, quando recebia algum benefício, usava-o, como um presente a ser respeitado. Hoje, o preso nem bem entra na cadeia ou presídio e já se vê benficiado por uma montanha de "leis" que os libertam.
Assim é, que, os ditos "homens da Lei", em sua grande maioria vivem ao arrepio da Lei. Muitos tentam justificar os seus atos criminosos com o "parco" salário que recebem. É uma triste verdade e vergonha o pouco que ganham os nossos representantes da Lei, mas, é o sistema e, como dizia a minha avó: Um erro, não justifica, o outro.
Espero um dia assistir o Datena ou o Marcelo Rezende, ou, mesmo, o Jornal Nacional e não ouvir a notícia de que os "homens da Lei" por isso ou aquilo foram presos.
Vamos ficar no que é normal e aceito por todos: Cadeia foi feita para bandido... E, não, para policial.
segunda-feira, 15 de julho de 2013
65. UM EXASPERANTE DIÁLOGO
Uma tarde em que estava dormitando à fresca
Embalado pelos cantos maviosos dos pássaros
Presenciei (sem querer) um exasperante diálogo
Entre duas rosas; duas criaturas nababescas.
A vermelha toda enrubescida num arroubo de fúria
Vociferava palavras ofensivas que não ouso pronunciar.
Já, a branca, pálida e trêmula, respondia no louco arfar
Frases conexas e desconexas numa enxurrada de lamúria.
Hipnotizado pela fereza das duas “damas” da natureza
Quedei-me aos pés da roseira e me fiz juiz do litígio.
Passaram-se as horas e o tempo, atenuou o martírio
Do tolo diálogo que travaram flores de tão rara beleza.
Emudecidas, cada qual em seu ramo, as altivas rainhas
Pendiam, ora pra um lado, ora pra outro, ao sabor da brisa
Num merecido descansar da “batalha” que as fez inimigas,
Embora, no balouçar dos ramos, rocem as corolas esbaforidas.
Curioso em saber o porquê de tão áspera e febril contenda
Argúi às belas flores que me contassem o impasse vivido;
Que me tivessem como um “ombro” amigo e um túmulo
Guardando o segredo que as fez digladiar com fereza.
Quem primeiro falou foi a rosa branca que num muxoxo de dor
Disse-me estar magoada com a vermelha que dela debochou
Quando apregoou aos quatro ventos, assim que desabrochou
Ser a rainha dos jardins e a preferida do galante beija-flor.
Instantaneamente, ouvi a rosa vermelha se defender com furor
Soltando impropérios pelos ares carregados de suaves eflúvios:
_Quis, a natureza- disse, ser eu, a predileta e, sem nenhum dúbio
A rainha dos jardins; a sempre requestada pelo galante beija-flor.
Prevendo que a discussão poderia reiniciar a qualquer momento
Pedi a Deus que me desse sabedoria para me dirigir a elas...
Num átimo, disse: _ Queridas rosas, no universo, em que habitas
És sem dúvida alguma as mais belas estrelas do firmamento
És, das amantes, as preferidas pelos beija-flores multicoloridos
És, das mulheres, as sonhadas pelos reis, sultões e príncipes.
Portanto, apaziguai-vos e continueis amigas eternamente
Para a alegria de nós, pobres mortais e admiradores fortuitos.
E, assim, em instantes, se roçaram e a trégua se fez eterna.
DIA DO HOMEM!
Hoje, comemora-se no Brasil o dia do Homem. O que temos para comemorar? Uns, que desfrutam de mais sorte do que outros, comemoram um grande amor; uma mulher maravilhosa em todos os sentidos, acompanhada de um belo carro e de muita "grana" no Banco. Outros, não tão sortudos, comemoram o dia com uma talagada de pinga e logo mais, à noite, carícias dadas à luz da vela e... são felizes. De um jeito ou de outro nós, homens desse enorme Brasil, chegaremos à meia noite em ponto sendo homenageados pelo belo sexo, porque, qual outra homenagem que deixa um "barbudo" mais feliz do que ser cortejado por uma mulher?
Bom, são onze horas da noite e ainda não fui cumprimentado pelo meu dia... falta uma hora... Será que serei lembrado?
O que me consola é saber que como eu, milhões de homens vão passar o seu dia em brancas nuvens, ou,pior: em pretas nuvens.
De qualquer maneira... Parabéns bravos homens brasileiros.
UM EXASPERANTE DIÁLOGO
65. UM EXASPERANTE DIÁLOGO
Uma tarde em que estava dormitando à fresca
Embalado pelos cantos maviosos dos pássaros
Presenciei (sem querer) um exasperante diálogo
Entre duas rosas; duas criaturas nababescas.
A vermelha toda enrubescida num arroubo de fúria
Vociferava palavras ofensivas que não ouso pronunciar.
Já, a branca, pálida e trêmula, respondia no louco arfar
Frases conexas e desconexas numa enxurrada de lamúria.
Hipnotizado pela fereza das duas “damas” da natureza
Quedei-me aos pés da roseira e me fiz juiz do litígio.
Passaram-se as horas e o tempo, atenuou o martírio
Do tolo diálogo que travaram flores de tão rara beleza.
Emudecidas, cada qual em seu ramo, as altivas rainhas
Pendiam, ora pra um lado, ora pra outro, ao sabor da brisa
Num merecido descansar da “batalha” que as fez inimigas,
Embora, no balouçar dos ramos, rocem as corolas esbaforidas.
Curioso em saber o porquê de tão áspera e febril contenda
Argúi às belas flores que me contassem o impasse vivido;
Que me tivessem como um “ombro” amigo e um túmulo
Guardando o segredo que as fez digladiar com fereza.
Quem primeiro falou foi a rosa branca que num muxoxo de dor
Disse-me estar magoada com a vermelha que dela debochou
Quando apregoou aos quatro ventos, assim que desabrochou
Ser a rainha dos jardins e a preferida do galante beija-flor.
Instantaneamente, ouvi a rosa vermelha se defender com furor
Soltando impropérios pelos ares carregados de suaves eflúvios:
Quis, a natureza- disse, ser eu, a predileta e, sem nenhum dúbio
A rainha dos jardins; a sempre requestada pelo galante beija-flor.
Prevendo que a discussão poderia reiniciar a qualquer momento
Pedi a Deus que me desse sabedoria para me dirigir a elas...
Num átimo, disse: Queridas rosas, no universo, em que habitas
És sem dúvida alguma as mais belas estrelas do firmamento
És, das amantes, as preferidas pelos beija-flores multicoloridos
És, das mulheres, as sonhadas pelos reis, sultões e príncipes.
Portanto, apaziguai-vos e continueis amigas eternamente
Para a alegria de nós, pobres mortais e admiradores fortuitos.
E, assim, em instantes, se roçaram e a trégua se fez eterna.
Uma tarde em que estava dormitando à fresca
Embalado pelos cantos maviosos dos pássaros
Presenciei (sem querer) um exasperante diálogo
Entre duas rosas; duas criaturas nababescas.
A vermelha toda enrubescida num arroubo de fúria
Vociferava palavras ofensivas que não ouso pronunciar.
Já, a branca, pálida e trêmula, respondia no louco arfar
Frases conexas e desconexas numa enxurrada de lamúria.
Hipnotizado pela fereza das duas “damas” da natureza
Quedei-me aos pés da roseira e me fiz juiz do litígio.
Passaram-se as horas e o tempo, atenuou o martírio
Do tolo diálogo que travaram flores de tão rara beleza.
Emudecidas, cada qual em seu ramo, as altivas rainhas
Pendiam, ora pra um lado, ora pra outro, ao sabor da brisa
Num merecido descansar da “batalha” que as fez inimigas,
Embora, no balouçar dos ramos, rocem as corolas esbaforidas.
Curioso em saber o porquê de tão áspera e febril contenda
Argúi às belas flores que me contassem o impasse vivido;
Que me tivessem como um “ombro” amigo e um túmulo
Guardando o segredo que as fez digladiar com fereza.
Quem primeiro falou foi a rosa branca que num muxoxo de dor
Disse-me estar magoada com a vermelha que dela debochou
Quando apregoou aos quatro ventos, assim que desabrochou
Ser a rainha dos jardins e a preferida do galante beija-flor.
Instantaneamente, ouvi a rosa vermelha se defender com furor
Soltando impropérios pelos ares carregados de suaves eflúvios:
Quis, a natureza- disse, ser eu, a predileta e, sem nenhum dúbio
A rainha dos jardins; a sempre requestada pelo galante beija-flor.
Prevendo que a discussão poderia reiniciar a qualquer momento
Pedi a Deus que me desse sabedoria para me dirigir a elas...
Num átimo, disse: Queridas rosas, no universo, em que habitas
És sem dúvida alguma as mais belas estrelas do firmamento
És, das amantes, as preferidas pelos beija-flores multicoloridos
És, das mulheres, as sonhadas pelos reis, sultões e príncipes.
Portanto, apaziguai-vos e continueis amigas eternamente
Para a alegria de nós, pobres mortais e admiradores fortuitos.
E, assim, em instantes, se roçaram e a trégua se fez eterna.
segunda-feira, 8 de julho de 2013
O PENHASCO
65. O PENHASCO
Aos meus olhos à beira do penhasco
A ravina se mostrava nua em sua altivez:
Dela, emergiam fluídos das flores agrestes
E, borboletas, planavam, pelo espaço.
Cervos e corças pastavam indolentes
Salvos de seus predadores mais ferinos.
A paz reinava no celestial paraíso,
E, o sol, injetava seus raios refulgentes.
No cimo do penhasco as nuvens dançavam
Envolvendo-me numa suave aura de poesia,
Como um fauno saciado de amor e lasciva,
Prostrei-me na relva, onde, flores, vicejavam.
Um falcão peregrino voava por sobre mim
Descrevendo círculos sob as nuvens altaneiras.
No penhasco, tudo acontecia, em formas e maneiras
Singulares, que me preenchia, de um sentimento, sem fim.
Oh! Deus, como é belo o mundo visto do penhasco
Em sua quietude e mistério de vidas de outrora,
Sou teu ente escolhido para desfrutar desde a aurora
Até o sol poente desse misterioso e simples espetáculo.
Um suave torpor invade-me o corpo enquanto desfruto
Das maravilhas que o penhasco encerra em seu perfil.
Ainda, deitado na relva esmoreço num sono senil
E, sonho, com amores e ilusões... Sentimentos obscuros.
Enfim, o negrume chega e com ela o fim da minha contemplação
Das coisas que se projetam à luz do dia e somem à sombra da lua:
A ravina com sua misteriosa beleza desmaia nas brumas,
O falcão com seus volteios... Apenas um ponto na escuridão.
Finalmente, chegou a hora de me despedir do penhasco
Embora a minha alma dele já seja eterna submissa,
Ou, mesma, uma amante a lhe oferecer infindas carícias.
Adeus!, grito em plenos pulmões... Adeuss... Ecoa, pelo espaço.
quarta-feira, 3 de julho de 2013
A ESTÁTUA
Altiva e varonil em seu esplendor de madrepérola, lá estava ela,
A estátua, disposta sobre o centro da mesa em um canto da alcova
Se inebriando dos perfumes obscenos que fluiam do corpo dela...
Dela, a mulher que gemia e se contorcia, no auge, da carne, que goza.
Eu, também, a um canto, observava impassível, o sensual contorcionismo
Temeroso de que um leve suspiro pudesse quebrar a magia frenética
Que, esvaía do corpo belo, rosado, tenro e trêmulo no arfar rítmico
Do colo e dos seios túrgidos que denotavam o afã da fêmea famélica.
O silêncio pairava como se um corpo estivesse repousando na urna mortuária
Ou, mesmo, como se ali fosse uma catacumba de segredos, milenar.
Petrificado, eu, pálido amante, incapaz de me atrever a lhe dirigir a palavra,
Tremia e me exauria de desejos e tinha o corpo pegajoso de fluídos carnais,
Até que, um som explodiu na quietude reinante e desfez a imagem salutar:
A estátua, invadida de ciúme, se atirou no chão e partiu, em infindos cristais.
segunda-feira, 1 de julho de 2013
A CADEIRA DE BALANÇO ( MEU CHAMEGO)
62. A CADEIRA DE BALANÇO (MEU CHAMEGO)
Quando chegou da loja foi cantada em verso e prosa,
Tornando-se, em segundos, o destaque da sala azul,
Atraindo para si olhares e suspiros de uma posse airosa
Pelas crianças e anciãos, e pela gata siamesa, “fru-fru”.
De imediato, viu-se instalada ao lado do sofá de couro marrom
Tendo sob os pés de madeira de lei um tapete azul da Pérsia,
E, num estado de langor, deixou-se embalar pelo “ron-ron”
Que saía da garganta do felino, sempre em suave inércia.
Na morosidade do destino o tempo passou e ela sempre altiva
Permanecia à disposição de quem dela quisesse se balouçar
E, Indiferente ao corpo que se depositava sobre ela, vivia
A ir e vir; a vir e ir, numa cadência, que inspirava o dormitar.
Mas, o constante uso de sua aptidão começou a deixar marcas,
Cicatrizes, no lenho opaco, outrora brilhante e de rijo cerne.
Desgastada, em pouco tempo viu-se relegada a um canto da sala:
Nenhum tapete... Um estorvo desdenhado, ou, um objeto reles.
Entristecida iniciou um lento definhar pelas tranças de vime
Adquirindo rasgos no outrora delicioso e cômodo assento.
Agora, já combalida, agonizava, prevendo o fim infame
Que lhe estava reservado: um brechó soturno e nojento.
Mas, quis o destino que dela se apaixonasse um ancião, um leitor
Aficionado por Tolstói, Chekov, Dostoiveski...um intelectual
Repleto de sonhos vividos nos romances que lia com furor.
A cabeça inundada de cabelos brancos se apoiou no espaldar...
E, ele, permaneceu, por uma noite e um dia, a alma embalada
Nos braços de sua nova companheira, balouçou e balouçou.
No canto mais escuro da sala “fru-fru” ronronava despeitada
De ter sido preterida pelo “velho” da morada: o senil “vovô”.
Hoje, ela respira aliviada por não ter sido descartada de vez
Pelos insensíveis donos, que dela, não cultuaram apego.
Vive sua vida agitada em balanços que proporcionam languidez
Ao velho leitor, que briga por ela e, diz ser, seu maior chamego.
62
Quando chegou da loja foi cantada em verso e prosa,
Tornando-se, em segundos, o destaque da sala azul,
Atraindo para si olhares e suspiros de uma posse airosa
Pelas crianças e anciãos, e pela gata siamesa, “fru-fru”.
De imediato, viu-se instalada ao lado do sofá de couro marrom
Tendo sob os pés de madeira de lei um tapete azul da Pérsia,
E, num estado de langor, deixou-se embalar pelo “ron-ron”
Que saía da garganta do felino, sempre em suave inércia.
Na morosidade do destino o tempo passou e ela sempre altiva
Permanecia à disposição de quem dela quisesse se balouçar
E, Indiferente ao corpo que se depositava sobre ela, vivia
A ir e vir; a vir e ir, numa cadência, que inspirava o dormitar.
Mas, o constante uso de sua aptidão começou a deixar marcas,
Cicatrizes, no lenho opaco, outrora brilhante e de rijo cerne.
Desgastada, em pouco tempo viu-se relegada a um canto da sala:
Nenhum tapete... Um estorvo desdenhado, ou, um objeto reles.
Entristecida iniciou um lento definhar pelas tranças de vime
Adquirindo rasgos no outrora delicioso e cômodo assento.
Agora, já combalida, agonizava, prevendo o fim infame
Que lhe estava reservado: um brechó soturno e nojento.
Mas, quis o destino que dela se apaixonasse um ancião, um leitor
Aficionado por Tolstói, Chekov, Dostoiveski...um intelectual
Repleto de sonhos vividos nos romances que lia com furor.
A cabeça inundada de cabelos brancos se apoiou no espaldar...
E, ele, permaneceu, por uma noite e um dia, a alma embalada
Nos braços de sua nova companheira, balouçou e balouçou.
No canto mais escuro da sala “fru-fru” ronronava despeitada
De ter sido preterida pelo “velho” da morada: o senil “vovô”.
Hoje, ela respira aliviada por não ter sido descartada de vez
Pelos insensíveis donos, que dela, não cultuaram apego.
Vive sua vida agitada em balanços que proporcionam languidez
Ao velho leitor, que briga por ela e, diz ser, seu maior chamego.
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