segunda-feira, 12 de outubro de 2015
BEM-ME-QUER... MALMEQUER
Desejoso de saber o que o destino me reserva
No amor, na felicidade, na posse da bela mulher
Resolvi passar pelo jardim e colher uma margarida
Para jogar o enigmático jogo do bem-me-quer.
Com os dedos trêmulos despetalei folha por folha
Dizendo em cada uma o bem-me-quer, o malmequer.
A alma parecia uma folha numa tempestade louca
Temerosa de que o resultado não fosse o bem-querer.
Aos poucos as folhas alvas foram se escasseando
E, o resultado, ainda se mostrava oculto, imprevisível.
De olhos fechados segui como um autômato insano:
E, tirava e jogava as pétalas, num acesso febril.
Finalmente restaram quatro, somente quatro, para o fim
Da minha idiota teimosia em desejar saber o meu lenitivo.
Fiz uma leve pausa, respirei fundo e resolvi, enfim,
Despetalar lentamente uma a uma, num ritual sofrido.
Mentalmente sussurrei as palavras que me revelariam
A sorte do meu amor ou, a desgraça do muito querer:
Das duas últimas sairia aquela que feliz, me faria:
Lágrimas escorreram quando restou a última: MALMEQUER.
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