Dos 6 aos 8 anos de idade morei em São Luiz do Paraitinga. Meu pai era dentista do Grupo Escolar Cel. Domingues de Castro. Eu estudava no segundo ano do grupo. O meu professor era o Pedro que mais tarde se tornou Delegado de Polícia em Taubaté.
Ah, tempo bom. Tempo de muitas traquinagens pelas ruas dos casarões e, principalmente na Vargem dos Passarinhos. As ruas eram de terra batida e, quando chovia descia uma enxurrada do Morro do Cruzeiro. Assim, que a chuva passava nós (toda a garotada) descia o Morro sentado em folhas de Pita, deslizando pelo barro macio.
Ao lado da Igreja da matriz tinha um morro suave que descia até a Praça e, era nele que nós descíamos dentro de pneus, rodando vertiginosamente.
Aos Domingos eu ia assistir os seriados do Homem Foguete; do Tarzã; do Hopalong Cassyd e outros que nos deixavam em suspense. O cinema ficava lotado.
Sempre nas tardes de Domingo ia assistir o futebol. O campo ficava ao lado do Rio Paraitinga e, quando acontecia de um jogador chutar a bola para o rio, imediatamente um nadador se atirava em suas águas frias e nadava até pegar a bola e devolvê-la para os jogadores.
Frente ao Asilo , ao lado da casa do Pedro Costa tinha um terreno vazio onde se instalava circo, parques e arena de rodeio. Lembro-me de ir assistir uma peça de teatro com o famoso ator Casca Grossa. Era um drama e, eu, chorei muito.
Quando acontecia as festas tradicionais, às noites eu perambulava pelas barracas e, ficava procurando pelas ruas as moedas que alguém tinha deixado cair. Assim, que encontrava uma, corria para comprar um pirulito ou algodão doce.
Por Coisas da Vida voltei a São Luiz do Paraitinga após 40 anos como Diretor da Escola Monsenhor Ignácio Gióia. Foi lá que tive a grata satisfação de ter a competente Cida da Bitica como minha Assistente. Dizem as boas e más línguas que ela batia muito em mim quando eu era criança.
Ah, que saudades da Festa do Divino organizada pela professora DIDI; das cavalhadas no campo de futebol; dos afogados (carne com batata) no Mercado Municipal e, principalmente, das noites enluaradas da pequena, mas, aconchegante, cidade.
Das coisas que tenho saudades...
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