domingo, 21 de maio de 2017

O BANHO DE RIO

Eram quatro as garotas que se banhavam no rio
Toda tarde de verão, sob o sol causticante.
Umas, chegavam de bicicletas, era o trio,
Enquanto, a morena, era a única caminhante.

Chegavam  num esbaforido como rolas na revoada,
Espadanando poeira e água pela relva verde e macia.
O grupo, num ímpeto desvairado jogavam as roupas
Dentre os sulcos das pedras recebendo o frescor da brisa.

Num estalar de dedos atiravam-se na água fresca e límpida
Imergindo os belos corpos dentre as espumas do redemoinho.
Com graça e sutileza brincavam, fazendo doidas acrobacias,
Ora, espirrando água, ora, saltitando... ninfas dos meus sonhos.

Dentre um tufo de nenúfares eu tudo via e me excitava
Sentindo-me no momento um fauno à espreita de seu regalo.
Por horas a fio, o espetáculo sensual me levava à loucura.
Porém, estático, permanecia, e só tinha, o coração, tresloucado.

Uma tarde em que o sol estava a pino no azul celestial
Em que, as garotas, nuas, exibiam as formas sensuais,
Senti, uma dor no peito,e, sucumbi, pela dor bestial.
Por um tempo gemi e, fui morrer, no rio, dos meus "ais".




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