A NOTÍCIA
Por um tempo sem fim eu já esperava a notícia,
Embora, me recusasse a recebê-la, em minha alma.
De antemão, já sabia, que se referiam as carícias,
Roubadas da mulher pretendida, numa posse, inusitada.
Sim, aproveitando que extenuada, dormia, no leito morno
Da entrega, sem limites, sem pudor, numa noite insone,
E, nua, tendo a pele arrepiada pelo frio, sem nenhum adorno,
Ousei acariciá-la, sem que disso, ela sentisse um frêmito.
Por horas a fio, fiz dela, o meu objeto de prazer, de sedução,
Enfurnei em suas entrâncias e reentrâncias até me fartar
Da carne tenra, dos mistérios, que desperta, os não dava, oh, não.
Assim, sabedor do meu terrível crime, esperei, agoniado, o carteiro
Entregar-me a carta, em que o castigo recebido, me poria a par.
Sem, antes, chorar, li : “...foi o nosso último encontro...o derradeiro”.
terça-feira, 29 de agosto de 2017
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