domingo, 6 de agosto de 2017

VERTIGENS



Quando me tocas o rosto, em suaves carícias,
Com as mão aveludadas e de extrema experiência,
Incita em minha alma frêmitos de concupiscências
E arroubos de felicidade em ondas cíclicas de malícia.


No ato sublime de afagar, que dominas com excesso zelo,
Fazes te soberana da posse que ora prenuncias
E, ao súdito, que regala do manjar benfazejo,
Impinges anseios de gozo,nas desvairadas volúpias.


Olhos cerrados, recebo com desvelada sofreguidão
O roçar das unhas no dorso, nas coxas e no palpitante ventre.
Pelos arrepiados, sinto um calafrio na ardência da paixão,
E entonteço de gozo, e jazo no leito em deliciosa vertigem.

Vertigens que somente o amor repleto de desejos produz
Nos corpos que se amam e se entregam com lubricidade.
Vertigens... Estados de alma... Suave torpor que seduz,
Sedução... Malícia deliciosa... Eterna receita da felicidade.


Poema extraído do livro "De volúpias, êxtases e delírios.
Aldo Aguiar"
Edivale.
Página 48

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