quarta-feira, 9 de agosto de 2017

DE TI, ARECI, QUERO OS BEIJOS TERNOS...

De ti, Areci, quero os beijos ternos,
Que me afogueiem os lábios ressequidos,
Quero-os, como se deles, eu já fosse, o dono,
E, não, apenas, um pedinte, do amor, esquecido.

Sei que não os negarás por ser mulher sedutora;
Por ter, em teu coração, uma arca de carinhos.
Recebe-los-ei como um príncipe recebe a coroa
E, os possuirei como um bárbaro: sem princípios.


Assim, viverei um romance cantado em prosa e verso,
Por menestréis, que se contentam, em me ver feliz.
Mas, para isto, querida mulher, terás que ser o reverso,


Do que és... Quero sim, que sejas, o norte do meu caminho,
A estrela Vésper que guia os poetas nas madrugadas gris.
De ti, Areci, quero a tormenta dos desejos, e a paz, do ninho.


Um comentário:

  1. Lindo poema, o poeta inebriou meu coração, fez-me retornar a Grécia antiga, senti-me embevecida a cada verso lido.Obrigada, lindo albatroz.

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