Hoje, por curiosidade, resolvi conferir A estatística do meu blog e, fiquei muito feliz com os dados, desde a sua criação, a saber:
ACESSOS : 101.823
PÚBLICO: NESTA DATA:
BRASIL........................................42
ESTAD0S UNIDOS.....................20
ALEMANHA................................ 5
PORTUGAL.................................. 5
ROMENIA.................................... 5
CANADÁ...................................... 1
FRANÇA....................................... 1
RUSSIA......................................... 1
É GRATIFICANTE SABER QUE TANTAS PESSOAS SE INTERESSAM PELA MINHA CRIATIVIDADE LITERÁRIA.
ESCREVER, ESCREVER E ESCREVER...É O DOM QUE DEUS ME DEU!
OBRIGADO!
quinta-feira, 29 de junho de 2017
segunda-feira, 26 de junho de 2017
OS TEUS ENCANTOS
De ti, anseio beijar a boca carnosa e, fitar, os olhos verdes,
Num arroubo de carícias incontidas e, suspiros débeis.
Sei que irei ao pote de tesouros tantos, com muita sede
E, feliz, me regalarei, com o teu corpo em suaves dosséis.
A boca carnosa se oferece aos meus lábios numa provocação
Ímpar, fazendo-me esquecer de quem sou e ser, uma fera.
Sim, uma fera, na sanha insatisfeita, no pulsar do coração,
Da posse inaudita da boca, que se abre, a minha espera.
Os olhos verdes refulgem quais duas esmeraldas que ornam
O colo da da mulher desejada; da sedutora Messalina.
Para mim, estes olhos refletem o amor e, assim, duram
Pela eternidade... sempre belos e, enigmáticas, as pupilas.
Queira Deus em sua extrema bondade que eles me pertençam
Por um instante, um dia, ou um século, mas, que nunca pereçam,
Tê-los em minha vida é ter a sublime posse, a posse, inconteste.
Mulher da boca carnosa e dos olhos verdes, nunca me deixes.
Num arroubo de carícias incontidas e, suspiros débeis.
Sei que irei ao pote de tesouros tantos, com muita sede
E, feliz, me regalarei, com o teu corpo em suaves dosséis.
A boca carnosa se oferece aos meus lábios numa provocação
Ímpar, fazendo-me esquecer de quem sou e ser, uma fera.
Sim, uma fera, na sanha insatisfeita, no pulsar do coração,
Da posse inaudita da boca, que se abre, a minha espera.
Os olhos verdes refulgem quais duas esmeraldas que ornam
O colo da da mulher desejada; da sedutora Messalina.
Para mim, estes olhos refletem o amor e, assim, duram
Pela eternidade... sempre belos e, enigmáticas, as pupilas.
Queira Deus em sua extrema bondade que eles me pertençam
Por um instante, um dia, ou um século, mas, que nunca pereçam,
Tê-los em minha vida é ter a sublime posse, a posse, inconteste.
Mulher da boca carnosa e dos olhos verdes, nunca me deixes.
O GATO DA SRA. CLOTILDE
A SRA. CLOTILDE
A sra. Clotilde mora num casarão da Rua dos Bentos, na Vila de Jupiai. É viúva e, por opção (me contou um dia) nunca mais se interessou por homem algum, embora tenha chovido pretendentes, já que, o finado, tinha lhe deixado uma pensão substanciosa, da aposentadoria de Coletor Estadual, Sempre morou no casarão de cinco quartos e outros aposentos; todos mobiliados com zelo e cuidados com perfeição pela prendada senhora. Com 56 anos de idade, ainda atraía muitos viúvos, separados e, solteiros que, se não fosse por amor, seria pelo dinheiro, que engordava os cofres da Caixa Estadual. Não tinha defeitos. Todo o tempo em que fomos vizinhos só pude admirá-la e, vez por outra, sentia uma pontada no peito, principalmente, quando ela desfilava na praça aos domingos, rebolando as cadeiras volumosas, mas, nada que tivesse futuro. Como passatempo predileto a respeitável senhora, vivia acarinhando e carregando para baixo e para cima dentre os braços finos e perfumados um belo gato, que sempre, ao ser alisado, ronronava, com trejeitos de um perfeito cavalheiro.
O GATO
O gato era um siamês prateado, de pelos luzidios, bigodes avantajados, olhos iridescentes e patas almofadadas, embora guardassem unhas aduncas. Era robusto, isto, pela alimentação carregada de vitaminas, sais minerais e, afins, que o mantinham sempre belo e invejado pelos outros bichanos da redondeza. Toda gata da Vila, quando entrava no cio, ficavam loucas, desvairadas ,não tanto pelo ardor do cio, mas, sim, pelo desejo inaudito de acasalar com o "Don Juan". Desnecessário dizer que sua dona, não o permitia. Somente gatas de raça, sadias, bonitas e sensuais eram oferecidas ao "Pomposo" ( apesar do nome era macho, muito macho). Vivendo uma vida despreocupada ele não se aventurava pelas noites escuras deslizando nos telhados dos casarões em busca de amores proibidos. Seu passatempo predileto era ficar deitado sobre o alpendre da janela tomando sol e se espreguiçando morosamente. Digamos, para ser mais precisos, de que ele era um perfeito janota
EU
Sou um homem simples. Tenho 48 anos incompletos e sou do signo de leão. Há pouco tempo me separei da mulher que jurei amar e permanecer com ela até a morte. Morreu o amor. Não sou gordo e nem magro. Digamos que sou comum, apenas, um homem que mora sozinho, que vive solitário numa casa de cinco cômodos na mesma Vila da sra. Clotilde, minha especial vizinha. Não tenho parentes. Vivo recluso, dentro das minhas desilusões. Sou um homem apessoado, visto-me regularmente e sou asseado. Não gosto da vida mundana e, ocasionalmente vou à alguma quermesse, onde arremato uns bolos e alguns frangos assados: refeições da semana. Tenho 1,75 cm de altura, cabelos grisalhos e cacheados. Ostento na boca uma bela dentadura natural, que me permite quebrar torresmos purucas e pedaços de rapadura. Sou saudável e creio que bom dos miolos, Não tenho inimigos e, amigos, uns dois ou três (verdadeiros). Se me perguntam o motivo de viver, só, eu respondo, de prontidão: " Antes só, do que mal acompanhado". De vez em quando; uma vez por mês , para ser mais preciso, frequento a casa de tolerância da Ritinha, onde, descarrego os meus desejos carnais nos braços e no colo da morena Lazinha. E, isto, me basta.
Ah, cumpre falar da vizinha do lado esquerdo, a sra, Francelina, também viúva, e já chegada na casa dos 80 anos. Uma senhora distinta e bondosa, que tinha por hábito colocar sob o alpendre da minha janela, toda manhã, invariavelmente, faça sol ou chuva, um pedaço delicioso e cheiroso de torta. A cada dia, ela variava os sabores. Ora, de frango, ora de palmito e, assim, por diante e, continuou, por muito tempo até que...
O ENTREVERO
Até que, numa manhã radiosa de um mês qualquer, quando os canários trinavam nos galhos das goiabeiras e laranjeiras, abri a janela, com cuidado, como o fazia todas as manhãs , para apanhar e degustar o pedaço de torta e, nada encontrei. Surpreso, pensei comigo: "A sra Francelina deve estar acamada", pois, ela nunca me deixou faltar a torta e, só um motivo muito forte, a faria falhar neste bondoso intento. Preocupado, fechei a janela e fui até a cozinha e, nesta manhã, tomei café com um pedaço de bolão de fubá, já duro ( prenda da última quermesse). Minha alegria explodiu quando visualizei a bondosa viúva varrendo a frente da casa. Hummm, resmunguei, amanhã, certamente, terei a minha torta.
A manhã, despontou, cinzenta. Algumas nuvens escuras pairavam no céu. Um cão latiu ao longe. Com passos morosos, fui até a janela para pegar a minha prenda. Surpresa! Não tinha nada. Curioso, fui até a casa da senhora prendada e lhe perguntei à queima-roupa, o porquê de não mais me presentear com a sua deliciosa torta. Atônita, ela respondeu prontamente que, não tinha falhado nem um dia e, que, certamente, algum larápio estava roubando, E, acrescentou: " Faça uma tocaia, que você vai pegar o engraçadinho" e, entrou. para seus aposentos.
E, foi o que fiz, e, qual não foi a minha surpresa quando flagrei o gato siamês da Sra. Clotilde devorando a torta com requintes de um paxá? Ah, então era isto que estava acontecendo. Antes do raiar do dia, ele escapava do casarão e vinha roubar o meu sustento. Isto não podia continuar, disse a mim mesmo. É urgente tomar uma posição e, decidi, de que era hora, de dar uma lição no maldito felino .
Na manhã seguinte, deixei um vão na janela e munido de um saco de estopa, esperei pelo esperto bichano para flagrá-lo com a mão na massa, ou melhor, na torta.Alguns minutos se passaram, quando, escutei suas suaves patas deslizarem pela tabua do batente da janela. Num átimo, abri-a e, com um movimento brusco das mãos agarrei-o pelo pescoço, apertando o máximo, para que ele não miasse, chamando a atenção de sua dona.
Por algumas horas, deixei-o preso no saco, onde ele arranhava e tentava rasgá-lo. Assim, permanecemos até a hora do almoço, quando decidi, que alguma coisa, teria que ser feita e, era, urgente.
O DESFECHO
Só encontrei uma solução para o desfecho do entrevero: MATAR o gato.
Com uma machadinha amolada degolei o bichano e, para, não deixar provas, cozinhei-o na panela de pressão e, o degustei, com requintes de paxá, acompanhado de um martelo de pinga "Matosinho". Por vários dias a Sra. Clotilde saiu à procura do gato pelas ruas e casas, prometendo um quantia vultuosa para quem o achasse e o devolvesse.
A vida para mim, voltou à ritina diária. Toda manhã, ia até a janela e pegava a torta que a prestimosa Sra Francelina me oferecia.
Da Sra. Clotilde, devo dizer que após alguns meses de dores inconsoláveis, substituiu o bichano por um Coronel, dono de muitas terras.
Ah, ia me esquecendo, faz dois dias que não acho a torta. Tem um maldito gato que chegou de fora. O melhor a fazer é preparar a panela de pressão e, comprar outra garrafa de pinga.
A sra. Clotilde mora num casarão da Rua dos Bentos, na Vila de Jupiai. É viúva e, por opção (me contou um dia) nunca mais se interessou por homem algum, embora tenha chovido pretendentes, já que, o finado, tinha lhe deixado uma pensão substanciosa, da aposentadoria de Coletor Estadual, Sempre morou no casarão de cinco quartos e outros aposentos; todos mobiliados com zelo e cuidados com perfeição pela prendada senhora. Com 56 anos de idade, ainda atraía muitos viúvos, separados e, solteiros que, se não fosse por amor, seria pelo dinheiro, que engordava os cofres da Caixa Estadual. Não tinha defeitos. Todo o tempo em que fomos vizinhos só pude admirá-la e, vez por outra, sentia uma pontada no peito, principalmente, quando ela desfilava na praça aos domingos, rebolando as cadeiras volumosas, mas, nada que tivesse futuro. Como passatempo predileto a respeitável senhora, vivia acarinhando e carregando para baixo e para cima dentre os braços finos e perfumados um belo gato, que sempre, ao ser alisado, ronronava, com trejeitos de um perfeito cavalheiro.
O GATO
O gato era um siamês prateado, de pelos luzidios, bigodes avantajados, olhos iridescentes e patas almofadadas, embora guardassem unhas aduncas. Era robusto, isto, pela alimentação carregada de vitaminas, sais minerais e, afins, que o mantinham sempre belo e invejado pelos outros bichanos da redondeza. Toda gata da Vila, quando entrava no cio, ficavam loucas, desvairadas ,não tanto pelo ardor do cio, mas, sim, pelo desejo inaudito de acasalar com o "Don Juan". Desnecessário dizer que sua dona, não o permitia. Somente gatas de raça, sadias, bonitas e sensuais eram oferecidas ao "Pomposo" ( apesar do nome era macho, muito macho). Vivendo uma vida despreocupada ele não se aventurava pelas noites escuras deslizando nos telhados dos casarões em busca de amores proibidos. Seu passatempo predileto era ficar deitado sobre o alpendre da janela tomando sol e se espreguiçando morosamente. Digamos, para ser mais precisos, de que ele era um perfeito janota
EU
Sou um homem simples. Tenho 48 anos incompletos e sou do signo de leão. Há pouco tempo me separei da mulher que jurei amar e permanecer com ela até a morte. Morreu o amor. Não sou gordo e nem magro. Digamos que sou comum, apenas, um homem que mora sozinho, que vive solitário numa casa de cinco cômodos na mesma Vila da sra. Clotilde, minha especial vizinha. Não tenho parentes. Vivo recluso, dentro das minhas desilusões. Sou um homem apessoado, visto-me regularmente e sou asseado. Não gosto da vida mundana e, ocasionalmente vou à alguma quermesse, onde arremato uns bolos e alguns frangos assados: refeições da semana. Tenho 1,75 cm de altura, cabelos grisalhos e cacheados. Ostento na boca uma bela dentadura natural, que me permite quebrar torresmos purucas e pedaços de rapadura. Sou saudável e creio que bom dos miolos, Não tenho inimigos e, amigos, uns dois ou três (verdadeiros). Se me perguntam o motivo de viver, só, eu respondo, de prontidão: " Antes só, do que mal acompanhado". De vez em quando; uma vez por mês , para ser mais preciso, frequento a casa de tolerância da Ritinha, onde, descarrego os meus desejos carnais nos braços e no colo da morena Lazinha. E, isto, me basta.
Ah, cumpre falar da vizinha do lado esquerdo, a sra, Francelina, também viúva, e já chegada na casa dos 80 anos. Uma senhora distinta e bondosa, que tinha por hábito colocar sob o alpendre da minha janela, toda manhã, invariavelmente, faça sol ou chuva, um pedaço delicioso e cheiroso de torta. A cada dia, ela variava os sabores. Ora, de frango, ora de palmito e, assim, por diante e, continuou, por muito tempo até que...
O ENTREVERO
Até que, numa manhã radiosa de um mês qualquer, quando os canários trinavam nos galhos das goiabeiras e laranjeiras, abri a janela, com cuidado, como o fazia todas as manhãs , para apanhar e degustar o pedaço de torta e, nada encontrei. Surpreso, pensei comigo: "A sra Francelina deve estar acamada", pois, ela nunca me deixou faltar a torta e, só um motivo muito forte, a faria falhar neste bondoso intento. Preocupado, fechei a janela e fui até a cozinha e, nesta manhã, tomei café com um pedaço de bolão de fubá, já duro ( prenda da última quermesse). Minha alegria explodiu quando visualizei a bondosa viúva varrendo a frente da casa. Hummm, resmunguei, amanhã, certamente, terei a minha torta.
A manhã, despontou, cinzenta. Algumas nuvens escuras pairavam no céu. Um cão latiu ao longe. Com passos morosos, fui até a janela para pegar a minha prenda. Surpresa! Não tinha nada. Curioso, fui até a casa da senhora prendada e lhe perguntei à queima-roupa, o porquê de não mais me presentear com a sua deliciosa torta. Atônita, ela respondeu prontamente que, não tinha falhado nem um dia e, que, certamente, algum larápio estava roubando, E, acrescentou: " Faça uma tocaia, que você vai pegar o engraçadinho" e, entrou. para seus aposentos.
E, foi o que fiz, e, qual não foi a minha surpresa quando flagrei o gato siamês da Sra. Clotilde devorando a torta com requintes de um paxá? Ah, então era isto que estava acontecendo. Antes do raiar do dia, ele escapava do casarão e vinha roubar o meu sustento. Isto não podia continuar, disse a mim mesmo. É urgente tomar uma posição e, decidi, de que era hora, de dar uma lição no maldito felino .
Na manhã seguinte, deixei um vão na janela e munido de um saco de estopa, esperei pelo esperto bichano para flagrá-lo com a mão na massa, ou melhor, na torta.Alguns minutos se passaram, quando, escutei suas suaves patas deslizarem pela tabua do batente da janela. Num átimo, abri-a e, com um movimento brusco das mãos agarrei-o pelo pescoço, apertando o máximo, para que ele não miasse, chamando a atenção de sua dona.
Por algumas horas, deixei-o preso no saco, onde ele arranhava e tentava rasgá-lo. Assim, permanecemos até a hora do almoço, quando decidi, que alguma coisa, teria que ser feita e, era, urgente.
O DESFECHO
Só encontrei uma solução para o desfecho do entrevero: MATAR o gato.
Com uma machadinha amolada degolei o bichano e, para, não deixar provas, cozinhei-o na panela de pressão e, o degustei, com requintes de paxá, acompanhado de um martelo de pinga "Matosinho". Por vários dias a Sra. Clotilde saiu à procura do gato pelas ruas e casas, prometendo um quantia vultuosa para quem o achasse e o devolvesse.
A vida para mim, voltou à ritina diária. Toda manhã, ia até a janela e pegava a torta que a prestimosa Sra Francelina me oferecia.
Da Sra. Clotilde, devo dizer que após alguns meses de dores inconsoláveis, substituiu o bichano por um Coronel, dono de muitas terras.
Ah, ia me esquecendo, faz dois dias que não acho a torta. Tem um maldito gato que chegou de fora. O melhor a fazer é preparar a panela de pressão e, comprar outra garrafa de pinga.
domingo, 25 de junho de 2017
SONETO DA DESILUSÃO
A desilusão é um sentimento que agonia
A alma daquele que almejou o Tudo!
Fere sem piedade como a adaga fria,
Rasgando o coração em finos pedaços.
Tê-la pela vida toda é carregar uma pedra gigantesca;
É sofrer na carne o castigo: O suplício de Tântalo.
Sim, a desilusão faz o crédulo viver na espessa
Nuvem de desatinos e borrascas ... O inferno.
Para mim, ela chegou, como o temível salteador,
Que, nos surpreende, na calada noite, de noites insones.
Maldita que é, ri, delirantes gargalhadas, do dissabor,
Que impinge nos tolos que um dia cultuaram a crença
De que, existe fidelidade na mulher, o seu ícone.
Desilusão, afasta´te de mim, já que me deixaste o NADA!
A alma daquele que almejou o Tudo!
Fere sem piedade como a adaga fria,
Rasgando o coração em finos pedaços.
Tê-la pela vida toda é carregar uma pedra gigantesca;
É sofrer na carne o castigo: O suplício de Tântalo.
Sim, a desilusão faz o crédulo viver na espessa
Nuvem de desatinos e borrascas ... O inferno.
Para mim, ela chegou, como o temível salteador,
Que, nos surpreende, na calada noite, de noites insones.
Maldita que é, ri, delirantes gargalhadas, do dissabor,
Que impinge nos tolos que um dia cultuaram a crença
De que, existe fidelidade na mulher, o seu ícone.
Desilusão, afasta´te de mim, já que me deixaste o NADA!
sábado, 24 de junho de 2017
O PARDAL... "COISAS DA VIDA!"
Toda manhã ele pousava num galho da Pitangueira e,
Assim, permanecia por alguns minutos, imponente em
Sua bela, porém, singela plumagem, piando indolente.
De vez em quando ele torcia o pescoço para olhar
Se algum inseto incauto estava à mercê de seu bico.
Tinha a paciência de Jó, pois, sabia que o suculento
almoço o esperava dentre os ramos floridos.
Uma borboleta voou sobre sua cabeça e o distraiu
Bem no instante em que uma lagarta assomou num vão
Do galho à sua frente; a poucos centímetros da pinça
Que certamente o prenderia... uma lauta refeição,
E que escapuliu num piscar de olhos .
Irritado com a intrusa borboleta, pôs-se a persegui-la
Dentre as flores do jardim em que eu me deleitava.
Curioso, passei a acompanhar o perseguidor e a perseguida,
Que em volteios mirabolantes descreviam órbitas inimagináveis.
Ora, eu, torcia para a borboleta, ora, eu torcia para o pardal.
E, a contenda durou alguns segundos, até que:
Até que o pardal pousou no chão para num impulso abocanhar a
flor que voa, mas...
A infeliz ave, fora da árvore, também se tornava uma presa e,
Foi o que aconteceu :
Num repente surgiu um gato e, com um salto gracioso e certeiro
abocanhou -a e, com movimentos morosos se pôs sob a Pitangueira e ,
a devorou com requintes de um rei.
Nos ares perfumados do jardim, a borboleta flanava,
Como se nada tivesse acontecido.
O gato, a borboleta e o pardal, permaneceram por um bom tempo,
Em minha mente.
Da pitangueira, curti a sombra e os frutos vermelhos.
Ah, são "COISAS DA VIDA".
Assim, permanecia por alguns minutos, imponente em
Sua bela, porém, singela plumagem, piando indolente.
De vez em quando ele torcia o pescoço para olhar
Se algum inseto incauto estava à mercê de seu bico.
Tinha a paciência de Jó, pois, sabia que o suculento
almoço o esperava dentre os ramos floridos.
Uma borboleta voou sobre sua cabeça e o distraiu
Bem no instante em que uma lagarta assomou num vão
Do galho à sua frente; a poucos centímetros da pinça
Que certamente o prenderia... uma lauta refeição,
E que escapuliu num piscar de olhos .
Irritado com a intrusa borboleta, pôs-se a persegui-la
Dentre as flores do jardim em que eu me deleitava.
Curioso, passei a acompanhar o perseguidor e a perseguida,
Que em volteios mirabolantes descreviam órbitas inimagináveis.
Ora, eu, torcia para a borboleta, ora, eu torcia para o pardal.
E, a contenda durou alguns segundos, até que:
Até que o pardal pousou no chão para num impulso abocanhar a
flor que voa, mas...
A infeliz ave, fora da árvore, também se tornava uma presa e,
Foi o que aconteceu :
Num repente surgiu um gato e, com um salto gracioso e certeiro
abocanhou -a e, com movimentos morosos se pôs sob a Pitangueira e ,
a devorou com requintes de um rei.
Nos ares perfumados do jardim, a borboleta flanava,
Como se nada tivesse acontecido.
O gato, a borboleta e o pardal, permaneceram por um bom tempo,
Em minha mente.
Da pitangueira, curti a sombra e os frutos vermelhos.
Ah, são "COISAS DA VIDA".
sexta-feira, 23 de junho de 2017
UM ENCONTRO DE AGONIADOS
Madrugada alta, silente e desprovida de vida.
Caminho pelas vielas em busca do quê?, não o sei precisar.
Sou um viajante que não têm bússola, nem mesmo um sextante,
Mas, para que tê-los, se me falta o norte?
O sereno umedece os cabelos encanecidos e embaraçados.
Sou tudo aquilo que nunca quis ser, porém, acabei sendo: um pária.
Trôpego, arrasto os passos por dentre as poças sujas e fétidas.
Nem um vivente se mostra dentre os casarões seculares: esqueletos frágeis.
Talvez, já se tenha passado um século, e, eu, ainda estou, solitário.
Arre! dentre os vãos de um portão coberto pela ferrugem assoma um focinho,
Sim, um focinho arreganhado, mostrando caninos amarelos, sujos e nauseabundos.
Ajoelho-me na sarjeta repleta de entulhos e, olho longamente, para o ser, que me olha.
Cara a cara, ou melhor, focinho a focinho nos contemplamos, raivosos, um do outro.
O esquálido cão late, para mim;
Eu, ser inerte, lato, para o cão;
Assim, latindo, ora um, ora outro, ficamos, por uma eternidade.
Lato: auauauauauauauauauauauauauau...
Late: auauauauauauauauauauauauauau...
Rosno: rsrsrsrsrrsrsrrsrsrsrsrsrsrrsrsrsrsr..
Rosna: rsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrr...
Grunho: grhgrhrgjrhrgrhrgrhrgrhrgrhrgrh...
Grunhe: grfhfghsgdfdrehdferddheregdeb...
Neste estranho e áspero diálogo permanecemos até que:
Até que um gato intrometido se pôs ao nosso lado e passou a rosnar com ferocidade:
Pelos eriçados, bigodes trêmulos, unhas aduncas à mostra, dentes luzidios, nos enfrentou.
Em instante estávamos os três; três seres agoniados se digladiando, numa batalha perdida.
Eu, o cachorro e o gato, nos víamos como seres antagônicos; seres sem sombra, sem vida.
Uma coruja pousada na cruz da Matriz piou indolente;
Um pardal assomou a cabeça do ninho e riu do trio de almas inertes;
Uma minhoca rastejou e serpenteando o corpo se afastou dos agoniados.
A Lua se escondeu de nós, dentre nuvens fantasmagóricas.
Ao ouvirmos o som das badaladas do sino, nos separamos do encontro; do feitiço.
O cachorro, rabo dentre as pernas se recolheu para seu canto de tristezas:
O gato, miando em sussurros, pulou para cima de um muro e desapareceu.
Eu, chorando em prantos convulsivos, saí, para continuar a "via sacra", em direção ao NADA.
Um encontro de agoniados...Que agonia!
Caminho pelas vielas em busca do quê?, não o sei precisar.
Sou um viajante que não têm bússola, nem mesmo um sextante,
Mas, para que tê-los, se me falta o norte?
O sereno umedece os cabelos encanecidos e embaraçados.
Sou tudo aquilo que nunca quis ser, porém, acabei sendo: um pária.
Trôpego, arrasto os passos por dentre as poças sujas e fétidas.
Nem um vivente se mostra dentre os casarões seculares: esqueletos frágeis.
Talvez, já se tenha passado um século, e, eu, ainda estou, solitário.
Arre! dentre os vãos de um portão coberto pela ferrugem assoma um focinho,
Sim, um focinho arreganhado, mostrando caninos amarelos, sujos e nauseabundos.
Ajoelho-me na sarjeta repleta de entulhos e, olho longamente, para o ser, que me olha.
Cara a cara, ou melhor, focinho a focinho nos contemplamos, raivosos, um do outro.
O esquálido cão late, para mim;
Eu, ser inerte, lato, para o cão;
Assim, latindo, ora um, ora outro, ficamos, por uma eternidade.
Lato: auauauauauauauauauauauauauau...
Late: auauauauauauauauauauauauauau...
Rosno: rsrsrsrsrrsrsrrsrsrsrsrsrsrrsrsrsrsr..
Rosna: rsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrr...
Grunho: grhgrhrgjrhrgrhrgrhrgrhrgrhrgrh...
Grunhe: grfhfghsgdfdrehdferddheregdeb...
Neste estranho e áspero diálogo permanecemos até que:
Até que um gato intrometido se pôs ao nosso lado e passou a rosnar com ferocidade:
Pelos eriçados, bigodes trêmulos, unhas aduncas à mostra, dentes luzidios, nos enfrentou.
Em instante estávamos os três; três seres agoniados se digladiando, numa batalha perdida.
Eu, o cachorro e o gato, nos víamos como seres antagônicos; seres sem sombra, sem vida.
Uma coruja pousada na cruz da Matriz piou indolente;
Um pardal assomou a cabeça do ninho e riu do trio de almas inertes;
Uma minhoca rastejou e serpenteando o corpo se afastou dos agoniados.
A Lua se escondeu de nós, dentre nuvens fantasmagóricas.
Ao ouvirmos o som das badaladas do sino, nos separamos do encontro; do feitiço.
O cachorro, rabo dentre as pernas se recolheu para seu canto de tristezas:
O gato, miando em sussurros, pulou para cima de um muro e desapareceu.
Eu, chorando em prantos convulsivos, saí, para continuar a "via sacra", em direção ao NADA.
Um encontro de agoniados...Que agonia!
quinta-feira, 22 de junho de 2017
SOBRE A UTILIDADE DE QUERER SER
Eu quero ser!
E, sei que o serei.
Não importa as armadilhas e encruzilhadas que me esperam
Pelo caminho, que, doravante, começarei a trilhar.
Sei dos perigos, das "tocaias", das asperezas das pessoas
Que não aceitam mudanças radicais de comportamentos.
Mas, nada me impedirá de caminhar de encontro ao "pote de ouro"
No final do arco-iris, onde, certamente estará o meu Porto-Seguro.
Chega de me alimentar de côdeas de pão. Mereço mais, muito mais
Do que as migalhas que muitas vezes disputei com cães sarnentos.
A vida, o Universo, estarão a um palmo de minhas mãos, basta,
Apenas sair deste lamaçal fétido em que teimam em me afundar.
SOU O QUE SOU! E,nunca desistirei de alcançar o cimo do monte,
Sim, do monte, onde me esperam a felicidade, o companheirismo, o amor,
A compreensão e, sobretudo, a admiração.
Sou poeta e, como tal, viverei em um mundo onde tudo será a concretização
dos meus mais ardentes sonhos.
Assim, mais uma vez, declaro:
SOU O QUE SOU!
E, sei que o serei.
Não importa as armadilhas e encruzilhadas que me esperam
Pelo caminho, que, doravante, começarei a trilhar.
Sei dos perigos, das "tocaias", das asperezas das pessoas
Que não aceitam mudanças radicais de comportamentos.
Mas, nada me impedirá de caminhar de encontro ao "pote de ouro"
No final do arco-iris, onde, certamente estará o meu Porto-Seguro.
Chega de me alimentar de côdeas de pão. Mereço mais, muito mais
Do que as migalhas que muitas vezes disputei com cães sarnentos.
A vida, o Universo, estarão a um palmo de minhas mãos, basta,
Apenas sair deste lamaçal fétido em que teimam em me afundar.
SOU O QUE SOU! E,nunca desistirei de alcançar o cimo do monte,
Sim, do monte, onde me esperam a felicidade, o companheirismo, o amor,
A compreensão e, sobretudo, a admiração.
Sou poeta e, como tal, viverei em um mundo onde tudo será a concretização
dos meus mais ardentes sonhos.
Assim, mais uma vez, declaro:
SOU O QUE SOU!
terça-feira, 20 de junho de 2017
SOBRE A INUTILIDADE DE QUERER SER
SOBRE A INUTILIDADE DE QUERER SER, EU TENHO APENAS A REGISTRAR:
SER, QUANDO NÃO SE PODE SER É O MESMO QUE MERGULHAR EM ÁGUAS LODOSAS E FÉTIDAS... NADA MAIS NOS ESPERA A NÃO SER A MORTE LENTA E INEXORÁVEL...NADA, MAS NADA MESMO, NOS PODE SALVAR, PORTANTO, PARA MIM, SOMENTE PARA MIM, QUERER SER, É SER UM SER INÚTIL... UM SER FRACASSADO.
SER, QUANDO NÃO SE PODE SER É O MESMO QUE MERGULHAR EM ÁGUAS LODOSAS E FÉTIDAS... NADA MAIS NOS ESPERA A NÃO SER A MORTE LENTA E INEXORÁVEL...NADA, MAS NADA MESMO, NOS PODE SALVAR, PORTANTO, PARA MIM, SOMENTE PARA MIM, QUERER SER, É SER UM SER INÚTIL... UM SER FRACASSADO.
segunda-feira, 19 de junho de 2017
FLORES QUE VOAM
São belas e multicoloridas, embora, sejam frágeis
Porém, apesar da fragilidade se portam como bailarinas,
Dardejando, com graça e doçura, sobre variados vergéis
Adornando a natureza com as suas danças inauditas.
Vê-las, faz com que o meu coração pulse célere,
Como se fosse um amante à espera da amante.
Radiosas e ingênuas expõem-se em exuberantes
Volutas, buscando, com sofreguidão, o doce mel.
E, laboriosas na missão divina de derramar beijos,
Visitam os tesouros que lhe são oferecidos pelo Criador,
No afã de perpetuarem a vida...Oh!, sublime labor.
É manhã de sol radioso e, elas, aquecidas pelo suave calor,
Inundam os ares e, as asas transparentes e frenéticas, silvam.
Borboletas que inebriam meus olhos... São flores que voam.
Porém, apesar da fragilidade se portam como bailarinas,
Dardejando, com graça e doçura, sobre variados vergéis
Adornando a natureza com as suas danças inauditas.
Vê-las, faz com que o meu coração pulse célere,
Como se fosse um amante à espera da amante.
Radiosas e ingênuas expõem-se em exuberantes
Volutas, buscando, com sofreguidão, o doce mel.
E, laboriosas na missão divina de derramar beijos,
Visitam os tesouros que lhe são oferecidos pelo Criador,
No afã de perpetuarem a vida...Oh!, sublime labor.
É manhã de sol radioso e, elas, aquecidas pelo suave calor,
Inundam os ares e, as asas transparentes e frenéticas, silvam.
Borboletas que inebriam meus olhos... São flores que voam.
terça-feira, 13 de junho de 2017
O QUE ME DIZ A CHUVA
O que me diz a chuva eu não posso contar para ninguém,
Nem mesmo, para ti, que me cobre o corpo já gélido, frio,
Pelos infindáveis pingos que não golpeiam a outrem,
Mas, tão somente a mim, num ato de desatino.
Não reclamo, e, nem quero maldizer, esta triste sina,
De, ao invés de pisar em brasas, pisar em cubos de gelo.
Diz o ditado: " A cada alma, a sua palma". e a pele tirita,
Enquanto eu cumpro o meu destino, neste, triste degredo.
Diz a chuva em sussurros que só eu a consigo escutar,
Apesar dos estrondo que produz esta borrasca inenarrável,
Verdades que me ferem o âmago e me fazem chorar...
Oh! destino que nunca me fez andar por campinas verdejantes,
Ou, mesmo, por caminhos suaves, por uma senda afável.
O que me diz a chuva eu só conto para uma mulher abrasante.
Nem mesmo, para ti, que me cobre o corpo já gélido, frio,
Pelos infindáveis pingos que não golpeiam a outrem,
Mas, tão somente a mim, num ato de desatino.
Não reclamo, e, nem quero maldizer, esta triste sina,
De, ao invés de pisar em brasas, pisar em cubos de gelo.
Diz o ditado: " A cada alma, a sua palma". e a pele tirita,
Enquanto eu cumpro o meu destino, neste, triste degredo.
Diz a chuva em sussurros que só eu a consigo escutar,
Apesar dos estrondo que produz esta borrasca inenarrável,
Verdades que me ferem o âmago e me fazem chorar...
Oh! destino que nunca me fez andar por campinas verdejantes,
Ou, mesmo, por caminhos suaves, por uma senda afável.
O que me diz a chuva eu só conto para uma mulher abrasante.
segunda-feira, 12 de junho de 2017
JANE
De ti, nada sei, a não ser o que a Lua me contou
Quando, tu, ensimesmada, colocou-se em devaneios,
Tendo os astros como confidentes fiéis... íntimos,
Da alma que muito sonha, em tantos, anseios.
De ti, pouco, sim, muito pouco, ousastes me oferecer
Talvez, apreensiva de, ao se expor, a alma desnudar.
Ah, desfaça-te desta tímida e cruel maneira de ser,
E, sem titubear, revela-me, o que a faz, muito sonhar .
Creia-me, serei teu fiel confidente e conselheiro loquaz,
Mas, para isto, é necessário saber bem mais do que sei,
É imperioso para mim, saber de ti, já que me apraz,
Ouvir a tua voz e, imaginar, o que a Lua, não se cansa de mirar;
Os teus cabelos, a tua face, os teus olhos, o teu semblante.
Oh! deuses de Atenas, imploro-vos: digam-me, quem é JANE?
Quando, tu, ensimesmada, colocou-se em devaneios,
Tendo os astros como confidentes fiéis... íntimos,
Da alma que muito sonha, em tantos, anseios.
De ti, pouco, sim, muito pouco, ousastes me oferecer
Talvez, apreensiva de, ao se expor, a alma desnudar.
Ah, desfaça-te desta tímida e cruel maneira de ser,
E, sem titubear, revela-me, o que a faz, muito sonhar .
Creia-me, serei teu fiel confidente e conselheiro loquaz,
Mas, para isto, é necessário saber bem mais do que sei,
É imperioso para mim, saber de ti, já que me apraz,
Ouvir a tua voz e, imaginar, o que a Lua, não se cansa de mirar;
Os teus cabelos, a tua face, os teus olhos, o teu semblante.
Oh! deuses de Atenas, imploro-vos: digam-me, quem é JANE?
sexta-feira, 9 de junho de 2017
SONETO PARA A MOSCA DO COPO DE CERVEJA
A mosca do copo de cerveja é irritante e persistente
Pois, voa e pousa; pousa e voa, na borda lisa do copo,
Não se importando se está sendo inconveniente,
Ou mesmo, chata, não ligando para meus assopros.
Estando o copo cheio ou vazio da bebida amarela
Ela, zumbe, pelos ares, em torno dos desiludidos
Arremetendo como um bólido, ou, como uma seta
Por dentre as bocas amargas pelo uso do líquido.
Vezes sem conta tentei matá-la com um tapa violento,
E, também, com o leque feito do guardanapo sujo.
Tudo em vão... o maldito inseto a nada temia,
E, esvoaçando, sentava ora num copo, ora num torresmo,
Deixando enojados eu, e a mulher, durante um beijo.
Assim, a mosca do copo de cerveja voava e, de nós, ria.
Pois, voa e pousa; pousa e voa, na borda lisa do copo,
Não se importando se está sendo inconveniente,
Ou mesmo, chata, não ligando para meus assopros.
Estando o copo cheio ou vazio da bebida amarela
Ela, zumbe, pelos ares, em torno dos desiludidos
Arremetendo como um bólido, ou, como uma seta
Por dentre as bocas amargas pelo uso do líquido.
Vezes sem conta tentei matá-la com um tapa violento,
E, também, com o leque feito do guardanapo sujo.
Tudo em vão... o maldito inseto a nada temia,
E, esvoaçando, sentava ora num copo, ora num torresmo,
Deixando enojados eu, e a mulher, durante um beijo.
Assim, a mosca do copo de cerveja voava e, de nós, ria.
quinta-feira, 8 de junho de 2017
A GAROTA DOS PENDURICALHOS
A garota dos penduricalhos tem o sorriso jovial
Como o desabrochar de um botão de rosa branca.
Trás consigo nos braços e no colo pálido e sensual
Objetos que se prendem e brilham como belas faianças.
No pescoço um colar de pedras falsas refulgem
Irradiando raios de luz que ofuscam a vista.
Nos pulsos as pulseiras brilham e causam vertigem
Pelos balangandãs que imitam belas turmalinas.
Nas tardes outonais em que os pássaros gorjeiam
Maviosas melodias que saem dos peitos emplumados
Dos penduricalhos suaves melodias exultam
A beleza da garota que se apraz com simples bijuterias,
Ao invés, de usar joias que se esparramam no Califado.
A garota dos penduricalhos, para mim, é uma rainha.
Como o desabrochar de um botão de rosa branca.
Trás consigo nos braços e no colo pálido e sensual
Objetos que se prendem e brilham como belas faianças.
No pescoço um colar de pedras falsas refulgem
Irradiando raios de luz que ofuscam a vista.
Nos pulsos as pulseiras brilham e causam vertigem
Pelos balangandãs que imitam belas turmalinas.
Nas tardes outonais em que os pássaros gorjeiam
Maviosas melodias que saem dos peitos emplumados
Dos penduricalhos suaves melodias exultam
A beleza da garota que se apraz com simples bijuterias,
Ao invés, de usar joias que se esparramam no Califado.
A garota dos penduricalhos, para mim, é uma rainha.
sábado, 3 de junho de 2017
UMA MULHER INTRIGANTE
Infelizmente foi num sonho que ela me apareceu,
Em uma noite em que a insônia teimou em me possuir.
De antemão eu já sabia que não me deleitaria com Orfeu,
Muito menos com uma mulher ornada com o ouro de Ofir.
Estava entediado com a monotonia de estar sempre só,
Nos dias e noites do meu insignificante e gélido viver.
Como pária sentia-me atado a um destino... um nó górdio
Que não me permitia ser feliz e ter um bem-querer.
Porém, nesta noite de insônias e sonhos paulatinos,
Ela, num repente, apareceu, com sua estonteante beleza.
Desfilou para mim sua formosura em requebros e, rindo,
Disse-me com sua voz angelical, que veio, da realeza.
Atônito, permiti que me envolvesse em seu colo palpitante,
E, que me beijasse, com os lábios rubros e veludados.
As carícias me levaram ao clímax e eram doidas, excitantes,
A ponto de fazer com que meu corpo levitasse num arroubo.
Deu-me os seios para que deles eu bebesse a seiva divinal
Embora, virgens, tirassem dela gemidos e "ais" débeis.
Sem resistência, ofereceu-me o ventre trêmulo, sensual,
Para que no mesmo, me enfurnasse... oh, suaves dosséis.
Assim, a estonteante mulher, me regalou, nesta madrugada,
Em que fui homem, e, não mais um verme vil, rastejante.
Tive-a, até que a Lua se retirou , tendo sido fiel testemunha,
Dos mistérios exóticos que recebi da bela MULHER INTRIGANTE.
sexta-feira, 2 de junho de 2017
A MULHER DESILUDIDA - SIMONE DE BEAUVOIR
Eis aí um ótimo livro para se ler neste mês que está iniciando. O inverno está batendo à nossa porta. As tardes são frias e cinzentas e , as noites, mais longas. Tudo conspira para um bom vinho e um excelente livro. É pensando nisto, que estou indicando a leitura do romance A MULHER DESILUDIDA, de Simone de Beauvoir.
Sobre o romance:
Três novelas,três mulheres que tem diante de si o horror; o envelhecimento e, com ele, a proximidade da morte. O suicídio de uma filha. O abandono do marido a quem se dedicou os melhores anos da vida. O desmoronamento diante dos filhos que, já adultos, delas nada mais querem.
A trajetória de três mulheres que, por volta dos 40 anos, mergulham na perplexidade diante do fracasso de suas vidas, ou do que planejaram para elas. As histórias nos chegam em forma de diário - Simone de Beauvoir se baseou na experiência de várias mulheres que lhe haviam feito confidências.
A sensação de afogamento que as narrativas às vezes nos causam é justamente o encantamento do livro: Beauvoir torna cada uma dessas mulheres ficcionais personagens de nosso mais estreito convívio. O livro termina, e continuam ao nosso lado. Elas se parecem com nossas tias, com nossas mães, e em breve seremos nós também a escrever as páginas de nosso diário. Cheio de tristezas e frustrações? Como saber? Como evitar?
Simone de Beauvoir tinha também 41 anos, em 1949, quando inaugurou, com O SEGUNDO SEXO, o debate consistente sobre a situação da mulher, examinando-a por meio da biologia, do marxismo e da psicanálise, e concluindo que a alienação das mulheres não é de ordem biológica, mas cultural. Tinha 60 anos quando escreveu A MULHER DESILUDIDA. Aplaudia as mulheres que obtinham sucesso. As que fracassavam, no entanto, não deixaram de atrair o seu fantástico olhar.
SOBRE A AUTORA:
Simone Lucie-Ernestine-Marie-Bertrand de Beauvoir nasceu em Paris, em 1908. Forma-se em filosofia, em 1929, com uma tese sobre Leibniz. É nessa época que conhece o filósofo Jean-Paul Sartre, que será o seu companheiro de toda a vida.
Escritora e feminista, Simone de Beauvoir fez parte de um grupo de filósofos-escritores associados ao existencialismo
Em 1949 publica O SEGUNDO SEXO, pioneiro manifesto do feminismo, no qual propõe novas bases para o relacionamento entre mulheres e homens.
Ela e Sartre visitaram o Brasil entre agosto e novembro de 1960.
Simone de Beauvoir morreu em Paris, em 14 de abril de 1986. Entre seus muitos livros vale ressaltar O SANGUE DOS OUTROS -1945 , UMA MORTE MUITO SUAVE- 1964 e A CERIMÔNIA DO ADEUS - (MEMÓRIAS DE SUA VIDA COM SARTRE)-1981
Sobre o romance:
Três novelas,três mulheres que tem diante de si o horror; o envelhecimento e, com ele, a proximidade da morte. O suicídio de uma filha. O abandono do marido a quem se dedicou os melhores anos da vida. O desmoronamento diante dos filhos que, já adultos, delas nada mais querem.
A trajetória de três mulheres que, por volta dos 40 anos, mergulham na perplexidade diante do fracasso de suas vidas, ou do que planejaram para elas. As histórias nos chegam em forma de diário - Simone de Beauvoir se baseou na experiência de várias mulheres que lhe haviam feito confidências.
A sensação de afogamento que as narrativas às vezes nos causam é justamente o encantamento do livro: Beauvoir torna cada uma dessas mulheres ficcionais personagens de nosso mais estreito convívio. O livro termina, e continuam ao nosso lado. Elas se parecem com nossas tias, com nossas mães, e em breve seremos nós também a escrever as páginas de nosso diário. Cheio de tristezas e frustrações? Como saber? Como evitar?
Simone de Beauvoir tinha também 41 anos, em 1949, quando inaugurou, com O SEGUNDO SEXO, o debate consistente sobre a situação da mulher, examinando-a por meio da biologia, do marxismo e da psicanálise, e concluindo que a alienação das mulheres não é de ordem biológica, mas cultural. Tinha 60 anos quando escreveu A MULHER DESILUDIDA. Aplaudia as mulheres que obtinham sucesso. As que fracassavam, no entanto, não deixaram de atrair o seu fantástico olhar.
SOBRE A AUTORA:
Simone Lucie-Ernestine-Marie-Bertrand de Beauvoir nasceu em Paris, em 1908. Forma-se em filosofia, em 1929, com uma tese sobre Leibniz. É nessa época que conhece o filósofo Jean-Paul Sartre, que será o seu companheiro de toda a vida.
Escritora e feminista, Simone de Beauvoir fez parte de um grupo de filósofos-escritores associados ao existencialismo
Em 1949 publica O SEGUNDO SEXO, pioneiro manifesto do feminismo, no qual propõe novas bases para o relacionamento entre mulheres e homens.
Ela e Sartre visitaram o Brasil entre agosto e novembro de 1960.
Simone de Beauvoir morreu em Paris, em 14 de abril de 1986. Entre seus muitos livros vale ressaltar O SANGUE DOS OUTROS -1945 , UMA MORTE MUITO SUAVE- 1964 e A CERIMÔNIA DO ADEUS - (MEMÓRIAS DE SUA VIDA COM SARTRE)-1981
quinta-feira, 1 de junho de 2017
UM FIM DE SEMANA PLENO
Este fim de semana promete. Amanhã às 7 horas deverei ir na solenidade de 18 anos da Academia Taubateana de Letras. Enfim, a minha filha vai completar a maioridade. A solenidade será na Câmara Municipal de Taubaté e todos os acadêmicos deverão estar vestidos à caráter, inclusive, portando o medalhão da Academia. Será empossada a nova Diretoria para o biênio 2017-2019, da qual farei parte.
Já no sábado deverei ir até São José para visitar três apartamentos para alugar. Pretendo recomeçar minha vida na bela cidade, que oferece maiores oportunidades em todos os sentidos, por se tratar de uma cidade dinâmica.
No domingo irei ao sítio almoçar com minha irmã.
Como escreveu Arnaldo Jabor: "COM LICENÇA, VOU À LUTA!"
Já no sábado deverei ir até São José para visitar três apartamentos para alugar. Pretendo recomeçar minha vida na bela cidade, que oferece maiores oportunidades em todos os sentidos, por se tratar de uma cidade dinâmica.
No domingo irei ao sítio almoçar com minha irmã.
Como escreveu Arnaldo Jabor: "COM LICENÇA, VOU À LUTA!"
A TRAIÇÃO DA MADAME J. PALHARES
A traição da madame J. Palhares pegou a todos de surpresa,
Visto, que, ela era, a Madame imaculada da bucólica Riacho feliz.
Esposa e mãe e, fiel companheira do distinto doutor obstetra,
]Pautou sempre pela inocência com todos que a sempre quis.
Assim, quis a amizade respeitosa com os homens que a cortejavam
Nos recantos em que ia, sempre com o rosto coberto pela mantilha.
Esbelta em sua formas, tinha o corpo sedutor e o porte, a pujança
De uma Madona, protegida na redoma, da bela, Capela Sistina.
J.Palhares se ufanava pelos quatro cantos da sorte de que Deus lhe deu
Em ter por longos anos a mulher mais bela e desejada: o seu tesouro.
Todo dia, presenteava-a com um mimo: uma flor ou então um camafeu,
Recebendo em troca, doces beijos e à noite, na penumbra, o místico corpo.
Porém, um dia, ou uma noite, sei lá, pois, ouvi, por ouvir dizer, de alguém,
Que, a Madame J. Palhares, foi flagrada, nos braços do negro ferreiro.
A comoção se espalhou como "notícia ruim" pela boca de um outrem,
Não dele, já que, a apoplexia o derrubou no leito... derrotado guerreiro.
Como tudo na vida passa, passou também a traição vil e inesperada,
Daquela que por tanto tempo foi o motivo de Salomão em seus "Cantares".
Hoje, na pacata cidade não se fala mais em traição da mulher recatada;
Nunca mais se cogitou em bares ou lugares escusos da Madame J. Palhares.
Visto, que, ela era, a Madame imaculada da bucólica Riacho feliz.
Esposa e mãe e, fiel companheira do distinto doutor obstetra,
]Pautou sempre pela inocência com todos que a sempre quis.
Assim, quis a amizade respeitosa com os homens que a cortejavam
Nos recantos em que ia, sempre com o rosto coberto pela mantilha.
Esbelta em sua formas, tinha o corpo sedutor e o porte, a pujança
De uma Madona, protegida na redoma, da bela, Capela Sistina.
J.Palhares se ufanava pelos quatro cantos da sorte de que Deus lhe deu
Em ter por longos anos a mulher mais bela e desejada: o seu tesouro.
Todo dia, presenteava-a com um mimo: uma flor ou então um camafeu,
Recebendo em troca, doces beijos e à noite, na penumbra, o místico corpo.
Porém, um dia, ou uma noite, sei lá, pois, ouvi, por ouvir dizer, de alguém,
Que, a Madame J. Palhares, foi flagrada, nos braços do negro ferreiro.
A comoção se espalhou como "notícia ruim" pela boca de um outrem,
Não dele, já que, a apoplexia o derrubou no leito... derrotado guerreiro.
Como tudo na vida passa, passou também a traição vil e inesperada,
Daquela que por tanto tempo foi o motivo de Salomão em seus "Cantares".
Hoje, na pacata cidade não se fala mais em traição da mulher recatada;
Nunca mais se cogitou em bares ou lugares escusos da Madame J. Palhares.
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