sábado, 3 de junho de 2017

UMA MULHER INTRIGANTE

Infelizmente foi num sonho que ela me apareceu,

Em uma noite em que a insônia teimou em me possuir.

De antemão eu já sabia que não me deleitaria com Orfeu,
Muito menos com uma mulher ornada com o ouro de Ofir.


Estava entediado com a monotonia de estar sempre só,
Nos dias e noites do meu insignificante e gélido viver.
Como pária sentia-me atado a um destino... um nó górdio
Que não me permitia ser feliz e ter um bem-querer.

Porém, nesta noite de insônias e sonhos paulatinos,
Ela, num repente, apareceu, com sua estonteante beleza. 
Desfilou para mim sua formosura em requebros e, rindo,
Disse-me com sua voz angelical, que veio, da realeza.

Atônito, permiti que me envolvesse em seu colo palpitante,
E, que me beijasse, com os lábios rubros e veludados.
As carícias me levaram ao clímax e eram doidas, excitantes,
A ponto de fazer com que meu corpo levitasse num arroubo.

Deu-me os seios para que deles eu bebesse a seiva divinal
Embora, virgens, tirassem dela gemidos e "ais" débeis.
Sem resistência, ofereceu-me o ventre trêmulo, sensual,
Para que no mesmo, me enfurnasse... oh, suaves dosséis.

Assim, a estonteante mulher, me regalou, nesta madrugada,
Em que fui homem, e, não mais um verme vil, rastejante.
Tive-a, até que a Lua se retirou , tendo sido fiel testemunha,
Dos mistérios exóticos que recebi da bela MULHER INTRIGANTE.




 


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