sexta-feira, 9 de junho de 2017

SONETO PARA A MOSCA DO COPO DE CERVEJA

A mosca do copo de cerveja é irritante e persistente
Pois, voa e pousa; pousa e voa, na borda lisa do copo,
Não se importando se está sendo inconveniente,
Ou mesmo, chata, não ligando para meus assopros.

Estando o copo cheio ou vazio da bebida amarela
Ela, zumbe, pelos ares, em torno dos desiludidos
Arremetendo como um bólido, ou, como uma seta
Por dentre as bocas amargas pelo uso do líquido.

Vezes sem conta tentei matá-la com um tapa violento,
E, também, com o leque feito do guardanapo sujo.
Tudo em vão... o maldito inseto   a nada temia,


E, esvoaçando, sentava ora num copo, ora num torresmo,
Deixando enojados eu, e a mulher, durante um beijo.
Assim, a mosca do copo de cerveja voava e, de nós, ria.



Nenhum comentário:

Postar um comentário