sexta-feira, 13 de novembro de 2009

A LUA E A ÁGUA

Hoje, os principais jornais do país; escrito e falado, noticiaram a descoberta na Lua do líquido precioso: ÁGUA. Sim, os Estados Unidos da América em mais uma de suas façanhas técnológicas mirabolantes bombardearam a Lua dos mortais e Poetas com uma nave espacial, perfurando o solo e descobrindo água. Sabemos por declarações dos intrépidos americanos através da NASA, de que , o homem americano só terá condições de voltar novamente ao Satélite inspirador dos poetas lá pelo ano 2020. Com o bombardeamento do solo lunar e da constatação da existência do líquido cristalino, agora real, não mais uma suposição, passam pela nossa cabeça algumas indagações; sendo umas de caráter tecnológico e outras , é claro, de âmbito restritamnente romântico e poético, a saber:
1. Carácter Tecnológico: Como os cientistas farão para trazer a água até nós, terrestres destruidores da natureza?, através de ônibus espacial-pipa?; através de aguaduto( Não confundir com o Valérioduto) até é possível usando-se a gravidade; astronautas ao retornarem trazendo baldes cheios do líquido salutar? A agressão ao solo Lunar deve ter sido motivada para nos beneficiar, ( compensa $ ) do contrário, por que ferir a Lua?, já não basta a degradação imposta à NATUREZA do planeta onde vivemos. Basta lembrar que o oceano hoje é praticamente uma monstruosa lata de lixo; que a Amazônia está se transformando em um deserto; que as geleiras estão desaparecendo; que o solo se assemelha a um queijo esburacado; que a atmosfera está pesada de gases poluentes... Por que ferir a LUA?

2. Caráter romântico e poético: Os poetas somos adoradores do disco prateado que dardeja pelas noites repletas de "ais" e queixumes de entes apaixonados. Dói em nós saber de que um pedaço; quem sabe, no entorno do coração do satélite mágico, hoje exista uma hedionda ferida a sangrar; por que o homem se satisfaz tanto em agredir?, por que não deixa a Lua em paz? É utopia imaginar que um dia um terráqueo vá se beneficiar da água lunar. Oh, cientistas americanos, deixem a Lua em paz... Deixem-na para os poetas e românticos se inspirarem... Deixem-na para o casal de amantes que se possuem desvairados na relva macia iluminados pela luz mística, tendo-a como única testemunha do amor soberano... Querida amiga de tantos e tantos momentos de poesia, receba as minhas dores... Meu corpo, hoje, também sangra.

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