quinta-feira, 19 de novembro de 2009

A MORTE DE IVAN ILITCH - TOLSTÓI

Hoje, quero ter o prazer de apresentar aos meus amigos bloguistas o excelente romance de Tolstói, "A MORTE DE IVAN ILITCH", que já tive a felicidade de lê-lo duas vezes. Aliás, sou um perfeito aficcionado pela literatura russa. Tenho romances de quase todos os escritores russos. Este romance prende o leitor pela singularidade do assunto: Trata-se da morte de Ilitch, sua vida antes e durante.O romance foi publicado, pela primeira vez em 1886.

Liev Nikolaievitch Tolstói ... um pouco de sua vida:

Tolstói nasceu em 1828, na propriedade de sua família em Iásnaia Poliana, um vilarejo a leste de Moscou. Rico herdeiro de uma família de aristocratas de alta linhagem, cresceu com todo o conforto, apesar de ter se tornado órfão da mãe aos dois anos e do pai aos nove.
Depois de formado em Direito em São Petesburgo, levou uma vida de dissipação, dedicada ao jogo e às mulheres em Moscou. Após uma viagem de três anos pela Alemanha, França, Suiça e Itália, casou-se em 1862 com Sofia Bers, dezessete anos mais nova que ele. Recolheu-se com a mulher à sua propriedade, onde uma outra face de sua personalidade começou a se revelar com intensidade. Há quem diga que se sentia culpado pelos sofrimentos do povo, e fundou escolas e obras assistenciais para seus empregados. Nesse período, leu as obras que mais o marcarm espiritualmente, como Dom Quixote, de Cervantes, e Os Miseráveis, deVictor Hugo, enquanto ia-se tornando cada vez mais místico.
Dando expressão artística às contradições que dominavam seu pensamento, escreveu algumas das maiores obras de toda a história da lietratura, como Guerra e Paz, de 1868 e Ana Karênina, de 1877.
Após quinze anos de felicidade conjugal, seu casamento chegou ao fim: em meio a uma crise psicológica e espiritual decidiu passar a viver separado de sua família( mulher e dez filhos). Tolstói procurava seguir uma vida de acordo com o cristianismo do Evangelho, e conheceu a miséria urbana ao visitar os cortiços de Moscou em 1882, o que o levou a aprofundar sua pregação social. Deixou de participar da vida social de nobre e escritor, tornou-se vegetariano, passou a se vestir como camponês, a andar descalço e a fazer os trabalhos mais pesados. A Igreja Ortodoxa Russa viria a excomungá-lo em 1901, por considerar excessivas suas atitudes e pregação de fundo anarquista.
Foi em meio a essa grande transição de vida que ele escreveu A MORTE DE IVAN ILITCH, em 1886, " uma das obras mais comoventes e mais pungentes da literatura universal, talvez a obra prima de Tolstói", nas palavras de ,Otto Maria Carpeaux e Senhores e servos, em que aborda contradições entre as classes sociais no campo russo de então.
Em 1910, aos 82 anos, Liev Tolstói viria a morrer de congestão pulmonar numa estação ferroviária, quando fugia de casa para ir morar num mosteiro.

FONTE: A MORTE DE IVAN ILITCH - LIEV TOLSTÓI
TRADUÇÃO DE MARQUES REBELO
BIBLIOTECA FOLHA
CLÁSSICOS DA LITERATURA UNIVERSAL

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