quinta-feira, 5 de novembro de 2009

POEMA ÉPICO PARA O RATO (HERÓI) QUE ROEU A ROUPA DO REI DE ROMA

Criança sonhadora ( Ah que saudades do banco da escola) aprendi na Cartilha " CAMINHO SUAVE" , que o RATO ROEU A ROUPA DO REI DE ROMA( TÁTICA PARA ENSINAR A PRONUNCIAR E CONHECER O "R"). Que rato é este, pensava dentre os lençóis de cambraia nas noites insones, que, diminuto em seu porte, mas feroz em sua valentia ousou roer a roupa do mais poderoso dos mortais da época?
Uma noite em que o céu estava pintado de milhares de estrelas,adormeci na relva macia do jardim e num sono letárgico permiti à alma a ao pensamentoa voarem até Roma dos magníficos Césares, Reis e Imperadores, quando então puderam verificar " in loco" a intrepidez do pequeno roedor.
Infiltrados por algumas horas nas dependências do palácio real puderam constatar a veracidade da afirmação contida na Cartilha mágica e, ao retornarem ao meu âmago me relataram em doze assertivas incontestáveis:

1. O roedor em questão têm sangue azul, pois, ao invés de viver nos esgotos, vive no palácio real;
2. A roupa do Rei de Roma fede queijo rançoso ( motivo de atrair o roedor);
3. A roupa fedendo, o Rei também fedia ( O Rei não tomava banho);
4. O guarda-roupa do Rei têm inúmeros buracos permitindo a entrada do roedor;
5. Roía a roupa do Rei, porque no Palácio Real não têm queijo;
6. O Rei de Roma aparece nas solenidades com o manto real puído;
7. Não há serviço de desratização no Palácio Real;
8. Não existe gato no Palácio Real;
9. O roedor têm compulsão suicida;
10.Em não roendo a roupa da Rainha de Roma, mostrou forte tendência ( ou é) homossexual;
11. Roía a roupa do Rei de Roma, contra todos os perigos para conquistar uma rata que não lhe dava bola;
12. O rato é um espião ensinado pelos inimigos do Rei de Roma para, em roendo sua roupa, ridicularizá-lo.

Um a névoa fina caía em meu rosto quando acordei do sono e sonolento recolhi-me aos aposentos do lar. Pelo resto da noite fiquei imaginando as aventuras ado rato que ousou roer a roupa do Rei de Roma... Um baque surdo fez-me levantar e ir até a sala... Nos últimos estertores da morte um roedor chacoalhava a ratoeira pelo chão frio de tijolo.
Arre!!! Não era o meu herói, ah, não era mesmo.

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