segunda-feira, 21 de novembro de 2011

CUBOS DE GELO À DERIVA

Cubos de gelo à deriva no líquido verde trombam no cristal
Produzindo sons que se assemelham aos "ais" da mulher-amante...
São seixos que rolam pelas vielas na tempestade outonal,
Ou, lágrimas minhas, que escorrem e se misturam à bebida esfuziante.

Com gestos estudados, nunca tresloucados ou trêmulos ou falsos
Rodopio a taça provocando no seu âmago um "Tsunami" fatal
Onde naufraga dentre as vagas dois corações tolos e bêbados;
Duas almas sequiosas de se possuirem na alcova de paredes de cristal.


Sorvo o líquido verde e me delicio com a embriaguez que me seduz
Em goladas que anestesiam a língua e aos desejos loucos induz
Um arroubo de insensatez, fazendo-os, verdugos, da posse carnal.


Que líquido maravilhoso é este?, a não ser o verde e forte absinto
Responsável por me proporcionar momentos de amor infindo...
Cubos de gelos trombam, se desgastam e somem no vazio cristal.

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