No fundo de uma taça restaram apenas gotículas rubras
Do vinho tinto que sorvi enlouquecido de febris desejos,
No ardor das carícias infindas embaladas pela doce volúpia
Da posse trêmula do corpo rebelde em "ais" efêmeros.
Éramos dois corpos em alucinada sofreguidão destituídos de raciocinio
Embalados pelo "proibido" e acalentados pelo "possível" carnal...
Não, não tínhamos a sensatez de possuir e nem de sorver o rubro vinho
Em modorra de lagartos ao sol e sim, de tigre e tigresa, no cio animal.
A taça permanecia inerte e fria reservando para si gotículas esparsas
Que tingiam o cristal como se fora uma pintura de "Rembrand"
Dando a forma ao objeto de um corpo desnudo, morno e exuberante.
No ardor dos beijos molhados a boca sedutora se fez rubra e tumefata
Sorvendo o líquido gelado e rubro em goladas afoitas e intermitentes.
No fundo de uma taça o vinho, o amor, e os sortilégios se fizeram presentes.
sexta-feira, 11 de novembro de 2011
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