segunda-feira, 28 de novembro de 2011

UMA BREVE VIAGEM NA MÁQUINA DO TEMPO

Nós todos temos em nosso cérebro uma perfeita e maravilhosa "máquina do tempo" que nos leva com a rapidez da velocidade da luz para visitas ao passado de nossas vidas. Ao futuro, ainda não tentei. Quem sabe um dia o farei. Bem, vou relatar a viagem que fiz ao meu passado, mais precisamente quando tinha 14 anos de idade, e olha que já se passaram 52 anos... mas tudo é muito nítido e me vejo no auge das minhas aspirações; dos meus sonhos; da minha inocência e do desejo de amar e ser amado. Tenho 14 anos e estou num parque de diversões na Praça Santa Terezinha. Estou loucamente apaixonado por uma jovem de minha idade que se chama Aparecida... Raramente a vejo, a não ser no mercurinho do Cine Palas aos domingos e de quando em quando sentada na calçada frente à sua casa na Vila São José. Sou tímido. Às vezes eu passava ao seu lado e ficava vermelho de vergonha. Demorou alguns meses para falarmos as primeiras palavras. Com o passar dos meses começamos a namorar. Como presente de compromisso ela me deu o seu bracelete repleto de balagandans. Eu dormia com ele em minhas mãos. Volta e meia me via aspirando o perfume que ficou impregnado de sua pele. Mas, voltemos ao parque. Tínhamos brigado. O ciúme estava corroendo minha alma pois alguns garotos pretendiam conquistá-la. Andando de um lado para outro dentre as barracas de tiro ao alvo; do carrossel de cavalinhos; da roda gigante; do chapéu mexicano e de tantos outros brinquedos percorria com os olhos a sua imagem alegre, bonita e chamativa. Assim fiquei até a hora de ir embora. Não podia passar das 10 horas. Lembro-me que antes de ir embora ofereci uma música ao meu amor com a seguinte mensagem:" Alguém, apaixonado oferece a música QUERO BEIJAR TE AS MÃOS, com o cantor ANISIO SILVA para a jovem Aparecida... como prova de amor." Antes da música terminar ela me olhou, me piscou um de seus olhos e me jogou um beijo. Nesta noite fui feliz, infinitamente feliz.
Ah!, alguém está me chamando... Preciso desligar a máquina do tempo... Quem sabe outro dia a ligarei novamente... É muito bom ter algo para recordar.

Um comentário:

  1. Caro amigo Poeta, não é que seu artigo também me levou a uma viagem nessa inclivel maquina do tempo, lembranças de juventude.
    Certo dia passando por uma rua juntamente com o nosso amigo OC, avistamos uma senhora, executando seus trabalhos de dona de casa, ao nos aproximarmos, não pude deixar de me lembrar que outrora tivemos alguns meses de namoro. Mas que trabalho fazia ela?
    Na gradinha de ferro da frente de sua residência, estava ali um tapete, de mais ou menos 3x4. e a senhora estava aplicando no mesmo uma sova com uma vassoura de piaçava, para retirada de sujeiras e poeiras. O que incontinenti não pude deixar de comentar com o amigo OC “veja que sorte teve minha esposa ao se casar comigo”
    Laércio

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