sábado, 7 de novembro de 2015

O FRENESI DA CONQUISTA

Sempre que a encontrava sentia o coração acelerar
Pela incrível atração que exercia sobre mim.
E, quando isto acontecia eu não conseguia moderar
Os termos usados para que entendesse, enfim.

Às vezes me declarava com palavras expressivas,
Ou, então, com um buque de flores perfumadas.
Mas, ela, sempre me repelindo, sorria e dizia:
"Caro jovem, desista!, você não me diz nada".

Mas, como desistir se com ela sonhava as noites
E, os dias e, a vida, de mim, por ela, se esvaía.
Estava enlouquecido pela sua beleza diferente
Que a endeusava e das demais, sobressaía.

Até que uma noite, enlouquecido de paixão e desejos
A retive pelos braços numa dança de debutantes,
Onde ela, toda linda, como uma rainha distribuía beijos
Aos jovens (não a mim) que a seguiam a todo instante.

Sim, insano em minha atitude arrastei-a para um canto
Do salão repleto de lindos e felizes casais que bailavam.
Atônita, arregalou os belos olhos e me fitou com espanto
Da minha ousadia em tê-la sob minhas mãos que tremiam.

Gaguejando disse-lhe de supetão: " Eu... Eu te amo..."
E, concluí: " Por favor, não me repila... Dance comigo".
Por milagre (só pode ser) ela me puxou para um tango,
Sensual, que nos levou ao êxtase... "CAMINITO".

Desde esta noite então nunca mais nos separamos
E, sempre que recordamos  daquela noite feliz
Eu, a abraço frente aos netos e, nos declaramos
Ela diz: "Você, nunca desistiu". " Eu digo:" Foi um frenesi".

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