quarta-feira, 26 de dezembro de 2018

PROSEANDO... PROVANDO DE POESIA

O TIRANO DO AMOR

DE SI, ENTREGAVA TUDO PARA AS CRÉDULAS MULHERES,
QUE, INSENSATAS, DESPOJAVAM-SE DO “EU”, PARA SEREM ESCRAVAS
DE QUEM, ACREDITAVAM SER O AMOR, QUE, UM DIA, TALVEZ, ALGURES,
AS TORNARIAM ESPOSAS E MANTES... A FELICIDADE SONHADA.

SENHOR DE SI NAS LIDES AMOROSAS, TORNOU-SE UM VERDUGO DENTRE ELAS,
EXIGINDO SEMPRE O “TUDO”, E, VITORIOSO, DANDO-LHES O “NADA”.
ASSIM, AMEOU AMOR VÁRIOS RECEBENDO PAIXÕES E DANDO QUERELAS.
SEMPRE, SENHOR DOS ANSEIOS AMOROSOS, QUE DELAS EMANAVAM.

OH!, TIRANO , QUE DESDITA CRUEL O DESTINO LHE IMPÔS PELA VIDA
DESTRUINDO CORAÇÕES E SONHOS DE INOCENTES MULHERES ENAMORADAS.
ACASO, NUNCA PENSASTES QUE É MELHOR SER DOMINADO DO QUE TER O JUGO

DE FORMOSAS E RECATADAS MULHERES QUE, PELO AMOR, SE SUBJUGARAM?
AH!, UM DIA, SABERÁS QUE O INFORTÚNIO É O PRÊMIO PARA OS QUE TIRANIZAM
E, O INFERNO – LAR MALDITO –, SERÁ ETERNO, PARA OS DÉSPOTAS TIRANOS.

MENDOZA- ARGENTINA
MERCADO CENTRAL – HARRYS FAST FOOD
15-12-18

PROSEANDO...PROVANDO DE POESIA

QUANDO EU MORRER


QUANDO EU MORRER ME ENTERRE NUMA COVA RASA
PORQUE, DA PROFUNDA, SINTO UM TERRÍVEL PAVOR.
PEÇO QUE REZEM PARA QUE MINHA ALMA TENHA PAZ
E, TAMBÉM, PARA QUE ESQUEÇA O MEU FINADO AMOR.

SEI QUE, VIVI ATÉ ENTÃO, MOMENTOS DE EFÊMERA LUCIDEZ,
NO LEITO MACIO, PERFUMADO E MORNO, ONDE FUI FELIZ,
QUANDO, ENTÃO, AMANTE LÚBRICO, JAZIA E ADORMECIA, NA INSENSATEZ
DA POSSE VORAZ, QUE ME FAZIA VIVER, E, ASSIM, ILUDIDO, VIVI.

FUI PELA VIDA UM TRANSEUNTE SEM LUME, SEM NORTE,
À DERIVA PELOS UNIVERSOS QUE TEIMAVA EM ADENTRAR.
CONHECI AMORES E DESAMORES, NUNCA PENSANDO QUE A MORTE

UM DIA, VIRIA, PARA MEU AMOR, PARA ME TER EM JUGO PERPÉTUO.
SIM, VIVI UMA VIDA DE DEVANEIOS; VIVI SONHOS... VIVI MUITO A SONHAR,
PORÉM, AGORA, QUE, JAZO MORIBUNDO, SONHO, COM O UNIVERSO ESTELAR.

MENDOZA- ARGENTINA
SHOPING PALMARES – RECINTO TEA & COMPANHY
10-12-18
16;20H

terça-feira, 18 de dezembro de 2018

RETORNO DE VIAGEM E ..AO BLOG



APÓS RETORNAR DA VIAGEM À MENDOZA - ARG., E TER ME DELICIADO COM A BELEZA DA CIDADE, OS VINHOS E AS CARNES, BEM COMO O PASSEIO FEITO AO MONTE ACONCÁGUA, RETORNO ÀS MINHAS ATIVIDADES LITERÁRIAS COM MUITO MAIS INSPIRAÇÃO.
EM ALGUNS RESTAURANTES, ANTES DE DEVORAR UM SUCULENTO BIFE DE CHOURIÇO DE 480G E TOMAR UMA GARRAFA DE MALBEC TINTO, ESCREVI ALGUNS POEMAS QUE VOU DEIXAR REGISTRADO NO BLOG.
PRIMEIRAMENTE VOU APRESENTAR DOIS POEMAS: "QUANDO EU MORRER" E "O TIRANO DO AMOR!"
ESPERO QUE APRECIEM.
O TÍTULO DO PRIMEIRO NÃO TEM NADA A VER COMO O MEU ESTADO DE ESPÍRITO...É APENAS UM MOMENTO DE INSPIRAÇÃO, POIS, QUERO VIVER E, MUITOOOOO!

sábado, 8 de dezembro de 2018

UMA SEMANA DE FÉRIAS

CAROS AMIGOS, ESTAREI DE FÉRIAS DO BLOG DE 9 A 17 DESTE MÊS, EM VISITA À CIDADE DE MENDOZA- ARGENTINA, DEGUSTANDO OS EXCELENTES VINHOS DA REGIÃO...QUANDO RETORNAR, CERTAMENTE, ESTAREI MAIS INSPIRADO, PARA ESCREVER.
ATÉ LÁ...

segunda-feira, 3 de dezembro de 2018

A FORÇA DAS PALAVRAS



SE ATENTARMOS PARA A FORÇA DAS PALAVRAS E, PRINCIPALMENTE DAS LETRAS, FICAREMOS ESTARRECIDOS COM A DESCOBERTA.
HOJE, VOU DAR UM PEQUENO EXEMPLO DA FORÇA DA LETRA E... VEJAMOS:

A PALAVRA ELEITOR QUE INICIA COM A LETRA E EXPRIME EM NÚMEROS:

120 MILHÕES DE ELEITORES BRASILEIROS;

SE TIRARMOS A LETRA E FICA LEITORES QUE SE ACREDITA TERMOS NO BRASIL UNS DOIS MILHÕES, ISTO É, QUE REALMENTE LEEM PELO MENOS UM LIVRO POR MÊS OU, NO MÁXIMO, 8 LIVROS POR ANO. PORTANTO, ELEITOR , DIFERE DE LEITOR, PELO ACRÉSCIMO DA LETRA E...E, REPRESENTA MUITO.

DEU PRA ENTENDER, CARO LEITOR?

domingo, 2 de dezembro de 2018

OH! DÚVIDAS CRUÉIS...

SINTO DÚVIDAS CRUÉIS QUE ME ATORMENTAM E, SÃO ELAS:


1. QUEM BAILA MAIS?, OS MEUS OLHOS QUANDO A VÊEM, OU, OS SEIOS DELA, QUANDO PRESSENTEM OS MEUS LÁBIOS?;

2. DEVO ESGOTAR MINHAS ENERGIAS ESCALANDO O MONTE EVEREST, OU, ESCALANDO, O MONTE DE VÊNUS, DA MULHER AMADA?;

3. ME EMBALAR NUMA REDE DE FIBRAS DE PALMEIRA, OU, NUMA REDE, FEITA COM OS SEDOSOS PELOS PÚBICOS, DA MESTIÇA FACEIRA?;

4. ME EMBEBEDAR COM O NÉCTAR DAS FLORES DO MEU JARDIM, OU, COM OS LÍQUIDOS PERFUMADOS, QUE BROTAM DO SEXO OFERECIDO, DA MULHER QUE ME SEDUZ?;

SÃO TANTAS AS DÚVIDAS, QUE, CHEGO MESMO A DESANIMAR DE QUERER DESVENDÁ-LAS... É MELHOR VIVER COM AS DÚVIDAS, DO QUE, NUNCA TÊ-LAS...

sábado, 1 de dezembro de 2018

O DOM DA RIQUEZA

Quando Deus no início do "Tudo", fez o homem, ele o dotou de todos os atributos necessários para viver, ou melhor, para sobreviver. Devemos lembrar de que no início, as condições de vida eram as mais insalubres possíveis, mas, a despeito dos sofrimentos e alegrias vividos, o homem seguiu seu caminho impelido pelas duas leis básicas do Universo: " A Procriação e a Sobrevivência." Com o passar do tempo ( muito tempo) o homem foi evoluindo, sempre em prol de cumprir as duas leis enunciadas. Assim é que, do ar livre, sujeito às intempéries e desgastes naturais da brutalidade do ambiente, passou a morar em cavernas. Agora, já podiam desfrutar de um ambiente mais aconchegante e protetor; nas cavernas o fogo ardia mais e, o calor tornava-os mais propícios a relacionamentos mais íntimos e duradouros: Uma riqueza conquistada com muito sofrimento e mortes sem fim. Sempre, edificados e fortes pelas duas leis básicas da vida, conquistaram territórios e expandiram seus domínios, procurando sempre locais acessíveis à vida, que lhes dessem a melhoria na qualidade de vida e, assim, formaram grupamentos mais fortes e heterogêneos e fizeram as primeiras choupanas: outra riqueza conquistada após muitos anos com muito sacrifício e tenacidade. Dando um salto maior no tempo, encontramos o "primitivo homem", agora já moderno e astuto vivendo e morando em casas edificadas ao abrigo das intempéries da natureza nas cidades: outra riqueza. Das péssimas condições de vida de milhares de anos atrás, ainda impelidos pelas duas leis supremas do universo, o homem se tornou " moderno" e passou a desfrutar com maior ênfase de tudo aquilo que o Universo oferece de bom, bastando apenas saber extraí-lo e, para isso, Deus, aprimorou sobremaneira a inteligência: outra riqueza, dando a cada um o seu quinhão, o que raramente se distancia muito dos parâmetros estabelecidos para o homem. Assim, de ganho em ganho; de vitória em vitória, o homem moderno se viu possuído de todas as riquezas necessárias e simples para a sua sobrevivência. Se nos compararmos hoje com os nossos antepassados veremos o quanto Deus nos enriqueceu. Somos, sim, milionários, em dons concedidos por Aquele que nos criou e criou o Universo... Mas, muitos não compreendem o que receberam e ficam lamentando o que não tem e que o seu próximo tem; lamuriando e muitas vezes odiando o seu destino. Ora, o que se tem é aquilo que se merece ter, pois, a todos foi dado as mesmas condições de vida, isto é, somos todos iguais, ou seja, somos dotados da mesma constituição fisiológica e do mesmo cérebro ( em raras exceções alguns os tem para mais e outros para menos; é a exceção, não a regra), bastando apenas colocar em prática os devidos dons. É evidente que alguns alcançam o sucesso financeiro com mais facilidade ou dificuldade do que outros, mas, de uma maneira ou de outra eles tiveram de ir à luta, pois, como sabemos desde os tempos de nossos avós, nada cai do céu. Para uns a riqueza se constitui em estar de bem consigo mesmo; de se ter paz íntima juntamente com os familiares; de se gozar de uma excelente saúde; de se ter um grande e delicioso amor, enfim, de se ter o básico para viver a vida plena no início, no meio e no fim de sua jornada. Para estes, que não amealharam riquezas materiais aqui da Terra, que ganham pouco e devem muito, fica esta primeira lição: O DOM DA RIQUEZA.

Espere com paciência a noite em que o céu estiver vestido com o seu manto negro incrustrado de miríades de estrelas luminescentes; deite-se então com indolência na relva verde, macia e perfumada de um jardim; deixe com sofreguidão que o ar impregnado dos perfumes das flores silvestres penetrem em suas narinas; permita que a aragem fresca da noite envolva o teu corpo
causando de instantes em instantes leves arrepios; submeta todo o teu " Eu" ao fascínio e sortilégio dos encantos que moram no negrume da noite; entregue-se sem escrúpulos às carícias mais ardentes e sedutoras produzidas pelo roçar das folhas macias da grama na pele tépida; ouça com maestria os acordes maviosos e exóticos dos seres noctívagos... Quando assim o tiver feito pegue uma régua ( de 30 cm) e fitando a Via Láctea risque um quadrado e, então dentro dele você terá para si só, veja bem, para si só, um bilhão ou um quatrilhão, ou vários quatrilhões de ESTRELAS, astros magníficos que só a ti pertencem e, você, bilionário, agora, será motivo de inveja dos demais mortais que em riqueza não chegam aos teus pés... A tua riqueza é astronômica e o melhor que você pode fazer para conservá-la é deixá-la onde está, pois, em nosso planeta anão, todos os bancos reunidos não tem cofres suficientes para guardá-la. Apossando-se desta riqueza com sensibilidade poética certamente você meu caro amigo ou amiga viverá como rico; ganhando pouco e devendo muito.

segunda-feira, 26 de novembro de 2018

UM PRESENTE QUE ME FEZ FELIZ



SIM,GANHEI UM PRESENTE QUE ME FEZ MUITO FELIZ, QUANDO PARTICIPEI DA III JORNADA LITERÁRIA DE CAMPOS DO JORDÃO, SEXTA FEIRA PASSADA. ALÉM, DA HONRA DE SER ENTREVISTADO PELO SECRETÁRIO DE CULTURA E, DE PALESTRAR SOBRE O MEU PARADIDÁTICO ECOLÓGICO "A MENINA QUE SOLTAVA PÁSSAROS", GANHEI, APÓS A PALESTRA, O LIVRO " OS HOTÉIS LITERÁRIOS", NUMA EDIÇÃO DE LUXO, PATROCINADA PELO SENAC, DA AUTORA NATHALIE H. DE SAINT PHALE, COM 502 PÁGINAS.
TAL OBRA VERSA SOBRE OS HOTÉIS ESPALHADOS PELO MUNDO EM DIVERSAS ÉPOCAS, RELATANDO OS ESCRITORES, ARTISTAS E INTELECTUAIS DO MUNDO, QUE SE HOSPEDARAM EM SUAS DEPENDÊNCIAS. É UMA OBRA DIGNA DE SE TER À CABECEIRA E SEMPRE QUE POSSÍVEL LER E RELER AS MAIS INCRÍVEIS AVENTURAS DOS MITOS QUE NELE CONVIVERAM POR DIAS, SEMANAS OU MESES.
RECEBI ESSA OBRA, ESSE PRESENTE, COM O MESMO PRAZER QUE UM PERDIDO NO DESERTO, RECEBE UM COPO TRANSBORDANDO DE ÁGUA FRESCA.



UMA VIAGEM DO NADA PARA O NADA!


Tinha que iniciar minha viagem. Não podia ficar parado eternamente no lugar em que estava. Meus pés já tinham criado raízes e um tubérculo teimava em nascer e crescer pelas minhas pernas. Dentre os ralos fios de cabelo uma ave qualquer fez o seu ninho. Por mais que eu quisesse ou tentasse afugentá-la, ela não dava mostras de ir embora; aliás, não ligava a mínima para os meus gestos estouvados. Nem mesmo espantalho eu era. A única coisa que ainda restava era saber que eu tinha consciência de que não era ninguém. Esta constatação aliviava um pouco o peso descomunal da rocha que carregava sobre os ombros. Fazia frio. Um vento gélido assoprava em minha direção enregelando os dedos das mãos, visto que os pés estavam afundados no terreno estéril e pedregoso. Tinha que partir. De uns dias para cá o coração dava mostras de querer pulsar em outras paragens. Até a alma, que sempre ficou calada dentro do corpo começou a dar suspiros enigmáticos. Sim, o corpo todo pediu para ir embora e, fui.
Fui, sem saber para onde ir. Por que saber? Para um andarilho sem vida e sem horizonte qualquer lugar serve, mesmo que não seja um qualquer lugar. Assim, desgarrado do lugar onde estava e que não era lugar nenhum, fui para outras plagas. Senti, somente, deixar á deriva a ave que por tanto tempo morou em meus cabelos. Azar o dela, pensei e fui.
Depois de caminhar por um século cheguei num lugar em que nada existia. Nem mesmo o lugar existia. Extenuado pela peregrinação sem fim, coloquei um fim na desdita que me fazia andarilho. E, desmaiei.
Um dia qualquer de um mês qualquer de um ano qualquer acordei.
Acordei e constatei que não estava em lugar nenhum, porque, neste lugar não tinha flor.
Era dia escuro e cheio de raios. O negrume não me assustou, mesmo porque eu não era ninguém.
Fiquei e permaneci pelo tempo que não sei precisar. Novamente uma ave medonha veio, pousou em minha cabeça e fez dos meus cabelos o seu ninho e aí, morou e criou seus rebentos. Também os meus pés se encravaram no chão e criaram raízes e, tubérculos nasceram e serviram de alimentos para roedores desconhecidos.
Mais uma vez me vi exteriorizado em tronco ressequido( Ah, que felicidade se ao menos eu fosse um espantalho).
Uma noite em que a Lua se permitiu aparecer fiz um esforço hercúleo e decifrei o grande enigma de minha vida e, chorando ( sem ter olhos) constatei:Eu era e sou um espectro que vagueia sempre saindo do nada e indo para o nada... Um ovo acabou de romper e um pássaro piou..

quinta-feira, 22 de novembro de 2018


INCONGRUENTE

Não tenho o que sinto
Nem sinto o que tenho,
Tenho o sentido de sentir
Sem sentir o sentido de ter.

Tendo, sem sentir o que se tem,
Sentindo ter o que nunca se teve,
Teve-se o sentimento de haver sentido...
Sentido vazio de sentir-se tendo.
E, assim, sentindo sem sentido algum,
Tendo sem ter o que pensa que se teve,
Tive, ou não tive, que sei Eu o que tenho?
As incongruências de ser o que nunca fui.

Do livro " AS CONFIDÊNCIAS DA ALMA"
Edivale - 2a. edição - 86 páginas
Aldo Aguiar

domingo, 18 de novembro de 2018

AS VELAS...



Hoje, vou falar da utilidade de três velas, a saber:

1. VELA USADA EM CARAVELAS, BARCOS E AFINS:
Essas velas, quando usadas, têm a função de os impulsionarem pelos oceanos revoltos, mares plácidos e também, a minha alma, que sempre se transforma em um barco à deriva no oceano das saudades;

2. VELA DE CERA ...
Sempre usada na ausência de energia elétrica, em funerárias, em filmes de terror e, em minha vida para alumiar os caminhos que percorro por sendas sem fim e escuras à procura do amor que pela vida deixei escorregar pelos vãos de meus dedos;

3. VELAS DE FILTRO...
Usadas quando ainda não existiam os aparelhos de filtros elétricos, e tinham que ser usados os filtros de argila, que mantinham a água sempre fria. Essas velas eu as uso para filtrar o meu sangue contaminado pelas feridas das mordidas que ela teimava em fazer no meu corpo dorido e suado após os embates amorosos...

Enfim, escrevo isso não de maneira VELADA, mas, às claras para que possam tomar conhecimento do que as VELAS representam e representaram em minha vida de poeta e amante contumaz.
Espero que meus leitores VELEM, por essas reminiscências que ainda me perseguem diuturnamente.

domingo, 11 de novembro de 2018


MY WAY - MEU JEITO

MY WAY - Foi composta pelo excelente cantor e compositor Paul Anka, que a fez para homenagear seu pai. Interpretada magistralmente por Frank Sinatra, causa-me arrepios de sensibilidade extrema toda vez que a ouço, tornando-se por isto uma das canções que mais amo.
Diz a letra "Eu fiz do meu jeito". Sim, eu também pela vida, fiz o que fiz, do meu jeito. Nunca me curvei às interferências que tentavam me fazer ser o que não sou. Paguei preço alto por não me curvar a ninguém, Sempre me mantive ereto e firme em minhas prerrogativas. Jamais fui subserviente. Quando necessário comi e como o " pão que o diabo amassou com o rabo", mas, não me vergo para tirar proveito de situações escusas ou que não condizem com o meu modo de ser.
MY WAY... " MEU JEITO", e sou feliz por isto.

terça-feira, 6 de novembro de 2018

PRA NÃO DIZER QUE NÃO FALEI DO VENTO...





O VENTO VAI E VEM...
VEM E VAI...
E, NO TANTO IR E VIR,
FEZ COISAS QUE SÓ ELE FAZ,
OU SEJA, É EFICAZ NO FAZER;
NO ACONTECER;
NO PROVOCAR;
NO IMPORTUNAR;
NO GALANTEAR...
QUANDO O VENTO VAI E NÃO VEM,
É PORQUE, ELE JÁ FEZ, ACONTECER,
MAS, SE VEM E NÃO VAI, É PRECISO INDAGAR:
O QUE FIZESTES DE ERRADO, OU CERTO,PRA NÃO IR?
RESPOSTAS SURGIRÃO E, EM ALGUMAS ATÉ ACREDITO,
COMO, QUANDO, PRA NÃO IR, PROCEDE COMO MOLEQUE,
OU SEJA, FAZ COISAS QUE SÓ ELE PODE FAZER, TAIS COMO:
LEVANTA A SAIA DAS COLEGIAIS, ARRANCANDO GRITINHOS HISTÉRICOS;
LEVANTA OS VESTIDOS DAS DONZELAS PUDICAS, ARRANCANDO "UIS" E "AIS",
ESVOAÇA OS VÉUS DAS SENHORAS, APÓS A MISSA, CORANDO-AS,SUTILMENTE,
MAS, QUANDO O VENTO VAI E NÃO VEM, TAMBÉM BOA COISA NÃO ACONTECEU,
MESMO, PORQUE, EM QUALQUER DIREÇÃO POR ONDE VAGUEIA, APRONTA, CINICAMENTE,
SEM MEDO DE SER CORRIGIDO, XINGADO, AMALDIÇOADO, OU, QUEM SABE, ADORADO,
TANTO É QUE:
BEIJA O ROSTO DAS MULHERES CAROLAS E TAMBÉM DAS IMPUDICAS;
ESVOAÇA OS CABELOS DAS MORENAS, LOIRAS E NEGRAS: TODAS BELAS E SENSUAIS;
PENETRA POR DENTRE AS PERNAS DAS BANHISTAS, CAUSANDO-LHES UM "FRISSON";
VENTILA OS ROSTOS AFOGUEADOS DOS CASAIS QUE FAZEM AMOR AO AR LIVRE...
ENFIM, TUDO O QUE O VENTO FAZ É SENSUAL, TRIGUEIRO, OPORTUNO...
PRA NÃO DIZER QUE NÃO FALEI DO VENTO, TERMINO, DIZENDO:
VENTO QUE VAI E VEM, FAZ E DESFAZ, O QUE LHE APETECE.
MINHA ALMA, COMO O VENTO, TAMBÉM, VAI E VEM,
EMBORA, SAIBA QUE UM DIA, ELA IRÁ E NÃO MAIS VOLTARÁ...

III JORNADA LITERÁRIA DE CAMPOS DE JORDÃO - PEDRO PAULO FILHO

DO DIA 15 A 18 DE NOVEMBRO ACONTECERÁ EM CAMPOS DO JORDÃO A III JORNADA LITERÁRIA, É UM EVENTO DE SUMA IMPORTÂNCIA, POIS, DIVULGARÁ OS ESCRITORES LOCAIS E REGIONAIS. CONSTARÁ DE PALESTRAS, AUTÓGRAFOS E VENDA DE LIVROS.
ESTE ESCRITOR ESTARÁ APRESENTANDO O SEU LIVRO PARADIDÁTICO " A MENINA QUE SOLTAVA PÁSSAROS" NO DIA 16-11 ÀS 13;30H, QUANDO TAMBÉM FARÁ PALESTRA ALUSIVA AO TEMA.
FICAM DESDE JÁ, TODOS OS MEUS ASSÍDUOS SEGUIDORES, CONVIDADOS A PARTICIPAREM DE TÃO IMPORTANTE EVENTO.
TAL EVENTO ACONTECERÁ NA PRAÇA SÃO BENEDITO- VILA CAPIVARI - CAMPOS DO JORDÃO-SP
PARTICIPANDO E VIVENDO A LITERATURA... EIS O MEU IDEAL.

segunda-feira, 5 de novembro de 2018



O PIRILAMPO!

O Pirilampo passeava pela floresta sem medo de nada. Tinha no escuro o seu mundo, já que, para ele, a luminosidade é inata. Seguindo-o, eu ia, sem medo de tropeçar ou de me deparar com um carrascal de cipós espinhentos. De quando em quando, um curiango mais atrevido, voava sobre minha cabeça e me assustava, mas, nada que me fizesse desistir de seguir em frente. Mesmo quando uma coruja soturna piou desconsoladamente no galho mais alto de um Jatobá, eu abrandei os passos. Qual nada, seguia indômito atrás do Pirilampo floresta adentro à procura do que sabia que não ia encontrar, mas, aos trancos e barrancos, seguia. O que me fazia não desistir era a constância da lanterna viva que me precedia. Nada era capaz de fazê-lo titubear; nada era capaz de fazê-lo um caminhante trôpego, e, se ele, apenas um inseto enfrentava com galhardia a tétrica escuridão da floresta, quem diria eu, um homem vencedor nas lides do dia a dia, embora, um pouco desgastado pela desilusão de ser defenestrado sem mais nem menos pela princesa do bosque florido dos meus sentimentos. Mas, isto não vem ao caso agora. Agora o que importa é seguir; é atravessar a mata. Antes que o sol apareça com sua enorme preguiça nestes dias frios de outono. E, por que devo atravessar a mata na calada da noite? Talvez, quem sabe, é porque trago em minhas mãos um horrível sapo que poderá um dia se transformar em uma princesa?,ou, então, o medo de dar de cara com a "mula-sem-cabeça?", ou com o astuto Saci Pererê? Sei lá. A única certeza que tenho é que devo seguir ferrenhamente o Pirilampo por mim escolhido para me guiar dentre os troncos enormes das árvores que dão abrigo aos Pirilampos. A madrugada chegou e, com ela a luz embaçada pela neblina que pairava no ar. Eu estava cego desde que um dia eu deixe de ver. O Pirilampo ficou cego com a luz e procurou abrigo em um dos meus olhos (para ser mais preciso o direito). De imediato senti o inseto se amoldar na cavidade oca do que antes tinha vida. Num átimo de segundo vi! Vi as folhas verdejantes; vi o arco-íris, vi uma borboleta; vi pássaros e o mais importante; vi, o quanto eu estava ferido; lanhado pelos espinhos e, vi, a minha imagem refletida num espelho de água. Hoje, sou infinitamente feliz por ter um olho que me faz ver o quanto a vida é bela. Se tive problemas com o novo olho? Não sei dizer se é problema ter que sair toda noite para que o meu olho-Pirilampo passei pela noite e ame as suas preferidas "Pirilampas".
É muito bom deixar de ser cego. Uma noite em que passeava com o meu inseto-olho num breu desmedido de uma noite tenebrosa compreendi que ele, o fez, por mim, quando saiu da noite e enfrentou a claridade da madrugada.
Estou tão feliz que até me esqueci da mulher que me fez cego.





quarta-feira, 31 de outubro de 2018

MESA DE BILHAR

MESA DE BILHAR!


A mesa de bilhar é linda para quem a contempla sem a alma imersa em bebidas alcoólicas. Às vezes dá-se a impressão de estarmos vendo uma planície toda verdejante à espera dos animais e insetos que dela vão se regalar em sua riqueza esplendorosa. Uma noite em que perambulava pelas ruas e vielas em busca do sono reconfortante e, que, não chegava, adentrei num bar de terceira categoria frequentado no momento por meia dúzia de homens alquebrados e desiludidos da vida. Na parede suja de pegadas de mãos também sujas um relógio preguiçoso como se fora um gato vadio, marcava duas horas de uma madrugada pegajosa e também suja. Os homens, ou melhor, alguns, debruçavam-se sobre a mesa e deixavam cair perdigotos sujos no pano verde. Ah, pensei comigo, quanto avilte para uma paisagem que poderia ser bela se eles não fossem medonhos. Apoiados na madeira de lei, vários copos americanos repousavam com seus conteúdos nauseabundos à espera que uma mosca mais afoita tombasse em seu fundo e morresse afogada... Quem sabe seria um náufrago como todos ali o eram. Sem me importar com os olhos embaçados que me olhavam, fui até o canto mais afastado da mesa, próximo do balcão do bar fétido que o barman à ninguém servia e me debrucei sobre o móvel e de olhos fechados vi o que somente eu poderia ver: Vi uma planície fecunda com uma relva verde e molhada pelo orvalho fresco da madrugada; vi também uma miríade de insetos pululando sobre as folhas tenras da grama; vi animais se refestelando com a riqueza das ervas perfumadas e, por fim, vi uma mulher nua deitada languidamente banhada pelos raios tremeluzentes do astro maior. Por segundos ela me olhou com seus belos olhos castanhos e me lançou uma piscadela que me fez o mais feliz dos mortais, porém, num átimo ela se levantou e se distanciou de mim. No entanto, para o meu grande dissabor, chegou até mim um bêbado nauseabundo que com sua voz pastosa me intimou a lhe pagar uma pinga, o que o fiz, a contragosto. Quando olhei novamente para a mesa de bilhar só contemplei algumas bolas coloridas e nada mais. Saí para a rua na silente madrugada e ao tropeçar com um gato vadio me dei conta que tudo não tinha passado de um breve sonho. Aos trancos e barrancos me dirigi para o meu soturno quarto e assim que me deitei fechei os olhos para ver se trazia para mim a bela mulher... Ah, ledo engano! Só que contemplei foi uma chusma de bêbados furibundos e nauseabundos e, por um longo tempo chorei a solidão.

DIA NACIONAL DA POESIA

HOJE, COMEMORAMOS, O DIA NACIONAL DA POESIA.
DESEJO AOS MILHARES DE POETAS DESSE NOSSO QUERIDO BRASIL UM EXCELENTE DIA, E QUE, A INSPIRAÇÃO TRANSBORDE EM FORMA DE CASCATA DE SEUS VALOROSOS CÉREBROS.
EU, COMO POETA QUE O SOU, VOU DANDO VAZÃO AOS MEUS SENTIMENTOS E CRIANDO OS MEUS POEMAS.
SER POETA, É, SER FELIZ!

segunda-feira, 29 de outubro de 2018

DIA NACIONAL DO LIVRO



Hoje comemoramos o Dia Nacional Do Livro.
Para o Brasil, seria excelente que esse dia fosse comemorado com louvor, que representasse o desejo de todo brasileiro se habituar com a leitura diária de bons livros.
Sabemos que cada brasileiro se ler , o que é raro, é o mínimo... Menos de dois livros por ano.
Estamos vivendo hoje uma perspectiva de mudança no cenário nacional. Esperamos que junto com essa esperança, venha também a de um Brasil de leitores.
Leiam todo e qualquer livro que chegar às suas mãos...o importante é ler... é adquirir o hábito de ler.
Como escritor, faço a minha parte...faça a sua, caro leitor, que viveremos dias melhores.

quinta-feira, 25 de outubro de 2018

UMA HOMENAGEM ESPECIAL A UM ILUSTRE JURISTA E POETA TAUBATEANO: MILTON DE MOURA FRANÇA


NESTA EDIÇÃO DO BLOG, QUERO DEIXAR REGISTADO UMA ESPECIAL HOMENAGEM AO SENHOR MILTON DE MOURA FRANÇA, ILUSTRE JURISTA E POETA DE REFINADA LAVRA.
PARA ISSO ELENCO DOIS POEMAS E APÓS, UM BREVE CURRÍCULO, DO HOMENAGEADO.


1. A CHEFE

DE OLHAR MEIGO, DOCE E BEM CATIVANTE
A CHEFE É MUSA DEMAIS DESLUMBRANTE
POSSUIDORA DE CORPO ESBELTO E DELICADO
ACREDITE, APRECIÁ-LO JÁ NÃO É PECADO.

TEZ ROSADA, COM CABELOS ALINHADOS E CLAROS
SEU VIGOROSO E ELEGANTE ANDAR É DE PRINCESA
ATRAI, COM CERTEZA, ATÉ MESMO O INDIFERENTE
QUE NÃO RESISTE E SUCUMBE ANTE A SUA BELEZA

NO LOCAL DE SEU TRABALHO SEMPRE GOZOU DE ESTIMA
FEZ-SE MERECEDORA DO RESPEITO E DA CONFIANÇA
CAMINHA CONFIANTE DE SEU RECONHECIDO SABER
QUE, GENTILMENTE, A TODOS OFERECE COM PRAZER.

É MELHOR NÃO PROSSEGUIR COM ESSAS MAL TRAÇADAS LINHAS
JÁ SE FAZ TARDE E SE APROXIMA PROVOCANTE A SEDUÇÃO
QUE ATINGE COM VIGOR ESTE POBRE E PRESUNÇOSO ESCRIBA
QUE, DA CHEFE, NÃO CONSEGUE DISFARÇAR SUA ADMIRAÇÃO.


2. A BELA FLOR DO JARDIM


EM MEIO A VARIADAS E BELAS FLORES
IRRESISTÍVEIS AOS SUSSURROS DOS MOÇOS
POR SUA BELEZA E AGRADÁVEIS ODORES
ELA ERA A MAIS COBIÇADO POR TODOS.

DIZER O SEU BELÍSSIMO NOME NÃO CONVÉM
DESPEITADAS, E NÃO ATRAÍDAS POR NINGUÉM
DE SEUS CIÚMES E COMPARAÇÕES SURGIRÃO
MUITAS FOFOCAS, SEM A MÍNIMA COMPAIXÃO.

DESATENTO JARDINEIRO, QUE EM NADA ACREDITA
TIRA E EXIBE SUA TESOURA LONGA E BEM AFIADA.
PENSA LOGO EM PODAR COM AMOR TANTA BELEZA
MESMO SABENDO PERTENCER TODA ELA À REALEZA.


REFLETIU, E MUITO DESOLADO, DE SEU TRABALHO DESISTIU
ESPERANÇA E ARDENTE DESEJO BROTAM EM SEU ESPÍRITO
TALVEZ, MUITO MELHOR DO QUE PODER A LINDA PODAR
PENSA, MELHOR SERIA À ELA SEU BELO AMOR DECLARAR.


DE REPENTE, EIS QUE LÉPIDO ACORDA DO SEU SONHO
AO INVÉS DE VIÇOSA E PRECIOSA FIGURA DAQUELA FLOR
AOS SEUS PÉS, TODO MOLHADO E MUITO ENFADONHO
ESTÁ ACÁCIO, SEU CÃO FIEL, BRAVO E BEM PAVOROSO.


ANO 2011
MOURA E FRANÇA
...
NOTA:
QUANDO APÓS ANALISÁ-LA, O POETA ME RESPONDEU O QUE SEGUE:
" TAUBATÉ, 28 DE AGOSTO DE 2015.
PREZADO PROFESSOR E POETA ALDO DE AGUIAR
AGRADEÇO SUA GENTILEZA EM LER MINHAS DUAS MENSAGENS POÉTICAS, ASSIM COMO GRATO QUE LHE SOU PELAS OBSEQUIOSAS REFERÊNCIAS QUE FAZ A ESTE APRENDIZ DE ESCRIBA.
PARTINDO DE TÃO COMPETENTE PROFESSOR E CONSAGRADO POETA, SUAS PALAVRAS DE INCENTIVO OBRIGAM-ME AO ESTUDO E APRIMORAMENTO DE TÃO GRATIFICANTE ARTE DE EXPRESSAR NOSSOS SENTIMENTOS PELA ESCRITA POÉTICA.
AGRADEÇO, IGUALMENTE, A GENEROSA REMESSA DE SEU LIVRO DE POEMAS DO CORPO, DA ALMA E DO VENTO, PUBLICADO PELA EDITORA EDIVALE. ESTOU ME DELICIANDO COM SEUS BELOS POEMAS, TODOS REVELADORES DE FINA E CULTA PENA".

" A TAREFA ESSENCIAL DO PROFESSOR É DESPERTAR A ALEGRIA DE TRABALHAR E DE CONHECER." ALBERT EINSTEIN

RECEBA MEU ABRAÇO
MILTON DE MOURA FRANÇA

CURRICULUM VITAE


MILTON DE MOURA FRANÇA NASCEU NO DIA 9 DE MARÇO DE 1942, NA CIDADE DE CUNHA, NO ESTADO DE SÃO PAULO.
EM 1965, GRADUOU-SE COMO BACHAREL DE DIREITO PELA UNIVERSIDADE DE TAUBATÉ- UNITAU;
EM 1970, FOI APROVADO NO CONCURSO PARA INGRESSO NA CARREIRA DE PROCURADOR DO ESTADO DE SÃO PAULO. EXERCEU A ADVOCACIA ATÉ 1975, ANO EM QUE INICIOU SUA CARREIRA COMO JUIZ DO TRABALHO, APÓS APROVAÇÃO EM CONCURSO PÚBLICO;
EM 1979, FOI PROMOVIDO POR MERECIMENTO, A PRESIDENTE DA JUNTA DE CONCILIAÇÃO E JULGAMENTO DE GUARATINGUETÁ-SP. ATUOU COMO JUIZ SUBSTITUTO NO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 15A REGIÃO- CAMPINAS-SP, DESDE JUNHO DE 1987, E, EM 1991, FOI PROMOVIDO A DESEMBARGADOR DESSE TRT;
CONCLUIU COM CRÉDITOS EM MESTRADO PELA PUC DE SÃO PAULO E FOI PROFESSOR DE DIREITO DO TRABALHO NA UNIVERSIDADE DE TAUBATÉ- UNITAU. TOMOU POSSE COMO MINISTRO DO TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO -TST - NO DIA 18 DE JULHO DE 1996;
PUBLICOU DIVERSOS ARTIGOS , DENTRE ELES: " A APOSENTADORIA VOLUNTÁRIA E A EXTINÇÃO DO CONTRATO DE TRABALHO" E " A ANISTIA CONSTITUCIONAL, EM FACE DA COISA JULGADA, E SEU REFLEXO NA EXTINÇÃO DO CONTRATO DE TRABALHO - BREVES CONSIDERAÇÕES ". TAMBÉM FOI ASSÍDUO PALESTRANTE EM CONGRESSOS RELATIVOS AO DIREITO DO TRABALHO.
FOI UM DOS FUNDADORES E MEMBRO DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DOS MAGISTRADOS ESPÍRITAS - ABRAME.
EXERCEU A VICE-PRESIDÊNCIA DO TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO - TST - NO PERÍODO DE 2007 A 2009, E A PRESIDÊNCIA DE 2009 A 2011, JUNTAMENTE COM A PRESIDÊNCIA DO CONSELHO SUPERIOR DA JUSTIÇA
DO TRABALHO - CSJT. APOSENTOU-SE DIA 02 DE MARÇO DE 2012.

DESENCARNOU NO DIA 25 DE NOVEMBRO DE 2016, EM TAUBATÉ/SP




fala do presidente da CBL - Câmara Brasileira do Livro




Para presidente da CBL, falta de leitura favorece notícias falsas

Agência Brasil – 22/10/2018


Na noite do próximo dia 8 de novembro, no Auditório do Ibirapuera, em São Paulo, será realizada a 60ª edição do Prêmio Jabuti – considerado o principal reconhecimento e a mais tradicional honraria aos livros e aos escritores no Brasil.

A realização de um evento literário por seis décadas no país é um marco. De acordo com a pesquisa Retrato da Leitura, 44% da população brasileira não lê e 30% nunca comprou umlivro. O Banco Mundial estima, com base no Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa), que os estudantes brasileiros podem demorar mais de dois séculos e meio para ter a mesma proficiência em leitura dos alunos dos países ricos. Segundo a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), o mercado editorial encolheu 21% entre 2006 e 2017.

O primeiro Prêmio Jabuti, entregue em 1959, foi concedido para a obra “Gabriela Cravo e Canela”, do escritor Jorge Amado que, anos antes, na ditadura do Estado Novo (1937-1945), teve seus livros queimados em praça pública. A obra do escritor baiano foi o primeiro livro lido pelo menino Luís Antonio Torelli, hoje editor e presidente da Câmara Brasileira do Livro(CBL), entidade responsável pelo Prêmio Jabuti.

Em entrevista à Agência Brasil, Torelli falou sobre a premiação, a importância da leitura para a sociedade e sugeriu a ampliação de iniciativas que tenham como foco as bibliotecas. “Num país com poucas livrarias e com pouco acesso ao livro, fica quase impossível ter um programa de formação de leitores se as pessoas não têm onde buscar o livro. As bibliotecas cumprem essa lacuna. Não é só construir. Precisa de um acervo que convide e que seja atraente”, afirmou.

O especialista destacou ainda a importância da leitura e do conhecimento para o combate à disseminação de notícias falsas (fake news). “As pessoas formam opinião sem checar o que recebem, a origem dos dados ou quem é que está publicando. Quando você tem um pouco de conteúdo, proporcionado pela leitura, vê que aquilo não tem nenhum fundamento.”

"O MICO-LEÃO" ... UM CONTITO INSIPIENTE

Era uma vez um mico-leão que habitava a mata Atlântica.
Era bonito em suas cores e principalmente pela sua juba dourada que ornamentava sua cabeça.
A princípio ele não sabia do seu nome e alegre saltitava entre as copas das árvores verdejantes e exuberantes
das árvores.
Um dia um caçador ao avistá-lo gritou: Olha um Mico-Leão...O som gutural chegou até seus ouvidos, quando ficou sabendo do seu nome.
Orgulhoso achou por bem desafiar uma onça para proteger seu território, já que era uma Leão. A contenda se deu alguns dias depois e, para sua sorte, a dita onça tinha acabado de devorar uma capivara, o que a fez, somente, arrancar a sua juba.
Trêmulo ele pulou de galho em galho e ficou um tempo sem fim escondido dentre as copas de um Jacarandá.
Dese entrevero fracassado é que nasceu o ditado:

"O FULANO PAGOU UM MICO"!

domingo, 21 de outubro de 2018

UM PROGRAMA SALUTAR




ONTÉM, ESTIVE À NOITE NO SHOPING EM SÃO JOSÉ. APROVEITEI PARA PASSAR ALGUMAS HORAS DENTRO DA LIVRARIA SARAIVA, GARIMPANDO ALGUMAS OBRAS DO MEU INTERESSE. APÓS ALGUNS MINUTOS ENCONTREI UMA OBRA QUE ACABEI ADQUIRINDO PELA MENSAGEM QUE ESTAVA ANUNCIADA NA CAPA: " A ARTE FRANCESA DE MANDAR TUDO À MERDA" DO AUTOR FRANCÊS FABRICE MIDAL, IMPRESSO PELA EDITORA PLANETA -2018.

TEXTO DA CONTRA-CAPA:

"NÃO SE ESTRESSE, LARGUE O CELULAR, FAÇA YOGA, CULTIVE O BEM, SORRIA.
NOS TORTURAMOS O TEMPO TODO PARA FAZER O MELHOR, AGIR CERTO, SER POLITICAMENTE CORRETOS. SÃO TANTAS AS OBRIGAÇÕES QUE SEMPRE ACHAMOS QUE ESTAMOS "DEVENDO". AUTOR DO BEST-SELLER A ARTE FRANCESA DE MANDAR TUDO À MERDA, O FILÓSOFO FABRICE MIDAL ESTOUROU NA EUROPA PREGANDO JUSTAMENTE QUE ESTÁ NA HORA DE NOS PREOCUPARMOS MENOS COM O QUE ESPERA DE NÓS E SIMPLESMENTE SER O QUE SOMOS. EM 15 CAPÍTULOS CURTOS E DINÂMICOS, MIDAL NOS ESTIMULA A PARAR DE SENTIR CULPA E NOS ENCORAJA A NOS LIVRARMOS DAS OBRIGAÇÕES QUE NOS IMPOMOS. DÊ UM TEMPO PARA SI MESMO: ESTA É, SEGUNDO O FILÓSOFO FRANCÊS, QUE TAMBÉM É UM GRANDE ESPECIALISTA EM MEDITAÇÃO, A CHAVE PARA ENCONTRAR A VERDADEIRA PAZ DE ESPÍRITO".

ACONSELHO AOS MEUS AMIGOS LEITORES A SUA LEITURA E, QUANDO ESTIVEREM ESTRESSADOS E AGONIADOS, POR COBRANÇAS DA SOCIEDADE, FAÇAM COMO O AUTOR PREDIZ: MANDE TUDO E TODOS, À MERDA...


APÓS A VISITA À LIVRARIA FUI AO CINEMA ASSISTIR O FILME, - LANÇAMENTO - : O PRIMEIRO HOMEM , QUE RETRATA A VIDA NO ÂMBITO FAMILIAR E PROFISSIONAL DO ASTRONAUTA NEIL ARMSTRONG, O PRIMEIRO HOMEM A PISAR NO SOLO LUNAR. É UM FILME MAGNÍFICO E, COMO, SOU AFICIONADO, POR VIAGENS E MISTÉRIOS ESPACIAIS, ME DELEITEI COM AS PERIPÉCIAS E BRAVURA TANTO DELE COMO DOS DEMAIS ASTRONAUTAS. É UM FILME IMPERDÍVEL.

ENFIM, FIZ UM ÓTIMO PROGRAMA DE CARÁTER INTELECTUAL..GANHAMOS EU E,TAMBÉM, O MEU CÉREBRO.

quinta-feira, 18 de outubro de 2018

PROSEANDO & PROVANDO... DE POESIA



SOBRE ESTRELAS



AS ESTRELAS SÃO AS PEDRAS RARAS QUE ADORNAM AS TIARAS DAS BELAS MULHERES;
SÃO AS INCONTÁVEIS CÉLULAS LUMINOSAS DOS VAGALUMES;
SÃO OS OLHOS FULGURANTES QUE IRRADIAM RAIOS IRIDESCENTES DAS BELAS E SEDUTORAS MULHERES;
SÃO OS INFINITOS GRÃOS DE AREIA QUE FORMAM AS DUNAS DOS PERIGOSOS E EXÓTICOS DESERTOS;
SÃO OS GEMIDOS E LAMENTOS DOS AMANTES NAS LIDES AMOROSAS;
SÃO AS LÁGRIMAS QUE VERTEM COMO CACHOEIRAS DOS OLHOS CRISPADOS NO MOMENTO DO ADEUS.
ENFIM,AS ESTRELAS SÃO ÚNICAS... SÃO O SIM E O NÃO DESTA EXISTÊNCIA...
POR FIM, SÃO A MINHA ÂNSIA DESMEDIDA EM SER FELIZ...
UM DIA, CERTAMENTE, MESMO EM FORMA DE ESPECTRO FLANAREI DENTRE ELAS...E, AS FAREI MINHAS ETERNAS AMANTES.
AS ESTRELAS...

ALDO AGUIAR
SAUNA DO TAUBATÉ COUNTRY CLUBE
18;30H

segunda-feira, 8 de outubro de 2018

PROSEANDO & PROVANDO DE POESIA

PERFUME DE JAMBO


O TEU CORPO RECENDE PERFUME DE JAMBO
QUANDO MORDISCADO PELA BRISA PRIMAVERIL.
ENTREABERTO OS POROS PELA CAMPINA VÃO EXALANDO
O SUAVE EFLÚVIO... ÓPIO QUE TRANSCENDE A POSE FEBRIL.


DEITADO NA RELVA MACIA - DOSSEL NUPCIAL -,
ABANDONADOS NO SUAVE ENLEVO DA MAGIA,
MERGULHAMOS NO OCEANO BRAVIO DA POSSE CARNAL
E, DE VOLÚPIA,DESMAIAMOS, IMPREGNADOS DO PERFUME QUE EXTASIA.


BORBOLETAS MULTICOLORIDAS E DE ASAS TRANSLÚCIDAS
DARDEJAM, ZIGUEZAGUEIAM, EM REVOADAS PELOS CORPOS SUADOS
TECENDO FINOS BROQUÉIS, VESTIMENTAS, PARA AS FORMAS NUAS.


EXAURIDOS, NO AFÃ DA POSSE INAUDITA, SUSPIRAMOS...
DÉBEIS AIS, DÉBEIS GEMIDOS... EXPRESSÕES DE GOZO SUBLIMADO.
O TEU CORPO, SEMPRE, APÓS A POSSE, RESENDE PERFUME DE JAMBO.


POEMA EXTRAÍDO DO LIVRO: CIÚME O DESVARIO DA PAIXÃO
PG. 24
1A. EDIÇÃO - 2003
ALDO DE AGUIAR


sexta-feira, 5 de outubro de 2018

PROSEANDO & PROVANDO... DE POESIA


ÁSPIDE

Era bela! Para mim foi a mística Cleópatra.
Tinha a formosura e o porte da rainha do Egito,
E, a sensualidade de infinitas Messalinas.
Era Estonteante! Porém, maldigo o seu destino.

Conheci-a em um cabaré de ínfima categoria
Reinando dentre as cortesãs de corpo mirrado.
Dançava ondulando o ventre e a carne tenra
Atraindo para si os olhares de homens desvairados.

A fumaça de infindos cigarros a tornava mais etérea
Como se uma estrela brilhasse no negrume infecto.
Na penumbra sobressaíam as bijuterias baratas
Que adornavam o corpo nu e os seios pétreos.

Era tremendamente bela em seus sensuais rebolados
Que me atraíram em um redemoinho de paixões.
Por ela me desnudei das glorias e me fiz escravo
E, por um tempo fui seu súdito, desdenhando as razões.

Priscilla, a minha Cleópatra, por um tempo me subjugou
Fazendo-me o seu "Marco Antônio", o seu fiel amante.
Ah!, quimeras vivi, não sabendo que vivia apenas o "jogo"
Encetado pela deusa do cabaré e, não, o amor inebriante.

Os anos se passaram e a dor do avilte me fez cruel
Um assaz assassino ávido da vingança férrea e doce.
Por noites e noites insanas bebi a sua morte em fel.
Por dias e dias desvairados vivi dopado... insosso.

Porém, como a paz não logrou se afastar de mim,
Dei-lhe de presente o monstro que desenhei na lápide:
Uma serpente pequena, dentro do sutiã cor de carmim...
E, saboreei a vingança nas presas da pequena ÁSPIDE.

POEMA RETIRADO DO LIVRO A SER PUBLICADO : UMA MULHER INTRIGANTE
ALDO AGUIAR - 2018

quarta-feira, 3 de outubro de 2018

ESTOQUE DE LIVROS DA EDITORA EDIVALE E DO SEU AUTOR EXCLUSIVO ALDO DE AGUIAR



EM 03 DE OUTUBRO DE 2018



1. A ECOLOGIA NO SITIO DO TAQUARAL - PARADIDÁTICO ...................... 850

2. O SUPER BEM-TE-VI - PARADIDÁTICO .................................... 540

3. A MENINA QUE SOLTAVA PÁSSAROS - PARADIDÁTICO ....................... 400

4. SORTILÉGIOS DO AMOR - POESIA ....................................... 152

5. CORAÇÃO SANGRANDO - POESIA ......................................... 160

6. DO CORPO, DA ALMA E DO VENTO - POESIA ............................. 60

7. DE VOLÚPIAS, ÊXTASES E DELÍRIOS - POESIA ........................... 180

8. O PREDESTINADO - CONTOS ............................................ 100

9. ASDRÚBAL - A ODISSEIA DE UM GALO - ROMANCE ......................... 6


EDIÇÃO ESGOTADA:

1. AMOR, AMOR, AMOR ETERNA SOLIDÃO - POESIA

2. AMOR, AMOR, AMOR ETERNA PAIXÃO - POESIA

3. CONFIDÊNCIAS DA ALMA - POESIA

4. COLETÂNEA POÉTICA - POESIAS

5. CIÚMES, O DESVARIO DA PAIXÃO - POESIAS


A PUBLICAR (PRONTOS)


1. 45 DIAS NA VIDA DE ZAZÁ - UMA ABELHA OPERÁRIA - PARADIDÁTICO

2. O MAGAREFE - CONTOS

3. UMA MULHER INTRIGANTE - POESIAS


EM FASE DE CONCLUSÃO:

1. GIZ, QUADRO NEGRO E DOR - ROMANCE SOBRE O MAGISTÉRIO ESTADUAL

2. MULHERES SEDUTORAS & MULHERES SEDUZIDAS - ROMANCE ERÓTICO

3. POR QUE DUVIDAS DE MIM? POEMA BÍBLICO

AGORA, QUE RETORNEI ÀS MINHAS ATIVIDADES LITERÁRIAS, APÓS ME RECUPERAR DE UMA GRAVE DOENÇA (CÂNCER) - DIA 29 -9 FEZ UM ANO QUE OPEREI, VOLTO COM MUITO AFINCO E DEDICAÇÃO AO OFÍCIO QUE AMO: ....ESCREVER... ESCREVER E ESCREVER.

sábado, 29 de setembro de 2018

UMA SELUMA (CELEUMA) IDIOTA

UMA SELUMA (CELEUMA) IDIOTA

Eu tinha dez anos de idade, quando, o fato que aqui narrarei, aconteceu. Peço licença ao amigo leitor, para ser sucinto, com as palavras. Na época, eu morava em São Luiz do Paraitinga; uma pequena cidade situada às margens do rio Paraitinga e, famosa, pelas suas tradições folclóricas e religiosas. O acontecido deu-se numa manhã ensolarada de domingo, na praça principal, frente ao coreto, onde nas festas se apresentava a banda São Luiz de Tolosa. No momento eu engraxava os sapatos das autoridades que iam se refestelar nos bancos e discutir de tudo um pouco, assim é que, estavam reunidos o Prefeito Municipal João Matoso, o coletor estadual Quinzinho Borja, o vereador Zé Botija, o farmacêutico Pedrinho Aguiar e o delegado de polícia Manézinho Furtado. Estavam todos numa discussão calorosa sobre o resultado das próximas eleições, pendendo ora para Ademar de Barros, ora, para Jânio Quadros, ou seja, estavam reunidos ademaristas e janistas. Enquanto eu lustrava os sapatos por alguns tostões ia escutando as frases já encaloradas e, confesso que estava com medo de levar uns sopapos. Quando o delegado colérico fez menção de sacar sua arma da cintura em direção do coletor Quinzinho, eu meti sebo nas canelas e saí voando e me fui esconder embaixo do balcão do bar da Dita Cocada (fazia deliciosas cocadas), quando ouvi de sua boca a seguinte frase: “ Véios pilantras... todo domingo é a mesma coisa; se reúnem e produzem uma seluma idiota.” Encasquetado com a palavra “seluma”, assim que cheguei na escola na segunda-feira, fui logo perguntando para a professora Didi o que quer dizer seluma”. Rindo, ela me disse que não se escrevia e pronunciava “seluma”, mas, sim, “celeuma” e, que o significado era: DISCUSSÃO; ALGAZARRA; GRITARIA...
No domingo seguinte, no mesmo horário e, no mesmo local, encontrei os nossos personagens conversando calmamente... Até, quando, o Prefeito Matoso disse que o Ademar de Barros ia ganhar para Governador do Estado de São Paulo. No mesmo instante o delegado levou a mão para a cintura e...
E, teve-se o início de uma nova CELEUMA.
Para finalizar devo confessar ao amigo leitor que, até o ano em que saí de São Luiz para vir morar em Taubaté (dois anos e cinco meses), tentei sem sucesso fazer a nossa querida Dita da cocada a pronunciar CELEUMA ao invés de SELUMA... Tempo perdido. O máximo que consegui foi uns piparotes na cabeça e algumas cocadas grátis.
Saudades daqueles tempos...

segunda-feira, 24 de setembro de 2018

PROSEANDO & PROVANDO ... DE POESIA



AS ARÉOLAS DA MARIANA

As aréolas da Mariana são lindas, perfumadas e pálidas.
Embora, estejam sempre guardadas pelo sutiã de bojo rendado,
Eu, as amo, pelo pouco que as vi, em horas furtivas e mágicas,
Mas, que me cativaram , fazendo-me amante febril e apaixonado.

Elas circundam os mamilos tesos, frementes e arrojados,
Que se projetam como dois rubis à espera do ourives
Que os terá em suas mãos trêmulas, levando-os aos lábios,
Docilmente, sem a menor pretensão de mordê-los com avidez.


Tais aréolas, preciosidades de uma mulher bonita e requestada,
Inflamam os meus desejos de as possuírem numa redoma de cristal,
Ou, então, de serem as donas desta alma que delira inflamada,


Não suportando o tempo que delas se ausenta e, chora copiosa
Implorando a posse total dos seios: um presente assaz divinal.
Ah, espero com afã o dia em que terei eternamente as belas aréolas.

P.S. Mariana, rogo-te: dá-me as belas aréolas, para que eu possa ser feliz.

POEMA EXTRAÍDO DO LIVRO A SER PUBLICADO ESTE ANO : UMA MULHER INTRIGANTE
ALDO AGUIAR

quinta-feira, 20 de setembro de 2018

PROSEANDO &PROVANDO DE POESIA


O ANEL DE FORMATURA


O dedo anular da mão direita não destoava do conjunto:
Era fino e terminava ostentando uma bela unha comprida,
Sempre pintada de rosa, como as demais, formando o todo
Que me cativava e, me lanhava, em inocentes carícias.

Normalista que era a garota dos meus sonhos, uma noite,
Em que, nos amávamos, à luz do luar, num banco de jardim,
Pediu-me dengosa, em sua formatura, um anel de presente;
Um anel que marcasse a data e o nosso amor, sem fim.

Os anos se passaram e a data chegou como num sopro outonal,
Levando-me a visitar joalherias em busca da joia reluzente.
Após tanto procurar encontrei o anel mais belo, sensacional,
E, despindo das economias o comprei e, me fiz, contente.

O baile estava apinhado de formandos e, eu, enlaçado nela
Rodopiava como se estivesse num carrossel desgovernado.
Ela, colando o rosto em meu rosto arguiu-me da promessa,
Que a ela fizera numa noite de beijos sufragados.

Sem titubear, embora a emoção marcasse os meus movimentos
Retirei do bolso um delicado estojo de veludo vermelho.
Esbaforida, porém, graciosa, abriu-o com as mãos tremendo
E, num arroubo de felicidade colocou o anel no lindo dedo.

Tempos se passaram e a minha normalista nas tardes "gris"
Ostenta sempre o anel de formatura que uniu nossas vidas.
Hoje, apesar dos estragos feitos pelo uso constante do giz
Ainda admiro os dedos e as unhas pintadas de cores vivas.


POEMA EXTRAÍDO DO LIVRO DE POESIAS: UMA MULHER INTRIGANTE
ALDO AGUIAR - 2018

AINDA SE MORRE DE AMOR




ACONTECEU NA ARGENTINA.
Um fã da apresentadora de televisão XUXA, ao vê-la no aeroporto de Buenos Aires, ficou emocionado e teve um infarto do miocárdio, morrendo, logo a seguir.
Nas redes sociais a loura, ou melhor, a "femme fatale", declarou estar pesarosa e que trará sempre o fã (morto) no coração.
Pois é, por este triste acontecimento, chegamos a conclusão de que o amor ainda subsiste nestes dias de intensa tecnologia, onde, as declarações de amor são feitas de maneiras frias, despidas de alma e de sentimentos nos teclados dos celulares e Laptop.
Fica o paradoxo:
Descanse em paz! ... Viva o amor!

quarta-feira, 19 de setembro de 2018


PROSEANDO & PROVANDO DE POESIA




O CAMAFEU DE PRATA

Era impossível não notar o reluzente camafeu de prata
Adornando o colo alvo riscado por veias finas, azuladas.
Ficava à mostra como um troféu exposto em rico museu:
Imponente, altivo e feroz, como o Minotauro de Teseu.

Ela sempre o trazia, indiferente se era vivo, ou, inerte,
No colo arfante; a sua morada, o estojo de puro cerne.
Ali o pequeno lagarto reinava a despeito do meu ódio.
Sim, ódio, pela maneira como se portava no mais alto pódio.

Tinha os olhos formados por dois rubis flamejantes e rublos;
As unhas feitas do mais duro alabastro e afiadas com esmero;
A boca trazia enfileirado dentes finos, alvos e cortantes
E, por fim, tinha o aspecto sombrio de uma fera-amante.

Uma noite, embriagado de absinto e de um desejo insaciável,
Colei os lábios no pescoço macio num longo beijo afável.
Oh, maldito camafeu que me atacou com suas armas letais,
Mordendo-me; lanhando-me e causando-me feridas mortais.

Agonizante, ainda tive forças para num débil gesto brusco,
Arrancar dela o objeto assassino, ciumento e possesso.
Num átimo, a bela mulher se apossou do camafeu que ria
E, o guardou dentre os seios túmidos; agora, joia fria.

O tempo passou e nunca mais vi a mulher do lagarto-rei,
Nem mesmo, pelas andanças que por "Coisas da Vida", andei.
Só me dei conta, hoje, ao ter os cabelos encanecidos
Do perigo que passei ao enfrentar o CAMAFEU assassino

segunda-feira, 3 de setembro de 2018

BIOLUMINESCÊNCIA


OCEANO BRAVIO...
DESPOJADO DAS ROUPAS E DAS PUDICÍCIAS,
CORPOS NUS, ENTRELAÇADOS NO FRÊMITO DA PAIXÃO,
ROLAVAM PELO CONVÉS, JOGADOS PELAS ONDAS REVOLTAS,
COMO SE FOSSEM DEGREDADOS DESPIDOS DA RAZÃO.


LUA SACRÍLEGA...
CORPOS ARFANTES NO EMBATE DAS LIDES SENSUAIS,
EXPOSTOS AOS OLHARES LÚBRICOS DOS SERES NOCTÍVAGOS,
REFULGIAM ILUMINADOS PELOS RAIOS ARGÊNTEOS,
E AS FORMAS LASCIVAS ASCENDIAM EM VOLUTAS ESPIRAIS.


ESTRELAS BISBILHOTEIRAS...
INFINITOS OLHOS DELICIAVAM-SE NO FREMENTE VOYEURISMO,
DE BISBILHOTAR DOIS CORPOS NO AFÃ DA CADÊNCIA
DA PENETRAÇÃO: FALO E CLITÓRIS ERETOS... TROFÉUS MAGNÍFICOS.
ESTRELAS E AMANTES, PERSONAGENS FIÉIS DA BIOLUMINESCÊNCIA.


ARDENTIAS VOLUPTUOSAS...
MIRÍADES DE ARDENTIAS POSSUÍAM-SE NO RASTO EBÚRNEO
ILUMINADO E SULCADO PELA NAU DOS AMANTES INCLEMENTES,
POSSUÍRAM-SE NESSA NOITE DE MAGIA, AO LÉU, AO RELENTO,
AMANTES E SERES DO MAR... O SENSUAL ESPETÁCULO BIOLUMINISCENTE.


POEMA EXTRAÍDO DO LIVRO: DE VOLÚPIAS, ÊXTASE E DELÍRIOS
EDIVALE -  P. 27
2005
ALDO AGUIAR

domingo, 2 de setembro de 2018

CITAÇÕES QUE NÃO DEVEM SER DITAS EM LUGARES INAPROPRIADOS

Há uns dias que venho matutando sobre CITAÇÕES. Repassei dezenas pelo cérebro e que são apregoadas volta e meia por este ou aquele cidadão. Porém, cheguei a conclusão de que dependendo do local em que os personagens estão inseridos, algumas citações não pegam bem. Assim é, que, para ilustrar esse meu "tolo" pensamento, criei o seguinte cenário:
Dois homens perdidos no deserto, sentam-se sobre uma tênue sombra de uma pedra e põem-se a citar 10 frases que talvez os salvem; frases que alimentem a esperança e, claro, frases de revolta, a saber...

1. Nós vamos ficar aqui quanto tempo a ver navios?
Impossível de acontecer pois no deserto não tem oceano e, por, conseguinte, navios;
2. Não vá com tanta sede ao pote;
Impossível, visto que no local não existe água;
3. Vou lhe mostrar com quantos paus se faz uma canoa...
Como fazer isso, se, no deserto, não existem árvores?
4. Quem cedo madruga, Deus ajuda...
Mas, como acordar tarde, se, a sede e a fome os estão matando?
5. Onde fui amarrar o meu burro?
Impossível, pois no deserto não existe árvore e nem burros...talvez, camelo;
6. Quando um não quer, dois não brigam...
Até concordo, mas, depois de uma semana sem água e sem comida, começam as desavenças, cada um pondo a culpa no outro da expedição desastrada;
7. Com uma cajadada só mataremos dois coelhos...
Idiotice, ou melhor, cérebros já em inanição, pois, é sabido que no deserto não tem coelho, tem sim, muito escorpião e serpentes;
8.Quem dorme com cachorro, acaba amanhecendo com pulgas...
Até acredito que possa ser verdade, que nossos personagens tiveram o estímulo de algum desalmado, algum "cachorro", que os incentivou a se aventurarem no deserto;
9. Em briga de marido e mulher, não se mete a colher...
Realmente, mas, no caso em questão, a desavença já instalada ocorre com dois "marmanjos", porém, não se aplica aos contundentes;
10.É desde cedo que se torce o pepino...
Onde encontrar um pepino no deserto? e, se encontrá-lo ao invés de torcê-lo, vão sim, devorá-lo...

Após estas lúcidas citações, deixo agora, para soar como um sinal de alerta para os mais empolgados que não se precavem das dificuldades que sempre surgem quando se trata de uma expedição para lugares áridos, remotos e desumanos a seguinte citação:

"MELHOR ROMARIA FAZ, QUEM, EM CASA, FICA EM PAZ!"

sexta-feira, 31 de agosto de 2018

A LUTA PELA SOBREVIVÊNCIA



Alguns dias atrás, li na UOL que colmeias de abelhas estão se instalando nos terraços dos prédios na Europa. Constatei por fotos colmeias espalhadas sobre a Igreja de Notre Dame e de tantos outros prédios. Li que comerciantes de restaurantes estão criando suas colmeias nos terraços e usam o mel fabricado pelas laboriosas abelhas para incrementar os temperos. O interessante é que o número de colmeias é calculado de acordo com a floração da flora apícola nas metrópoles, evitando assim, um acúmulo de colmeias que só poderia levar ao fracasso. Também, assisti uma reportagem em que um enxame se instalou numa caixa coletora de lixo bem no centro da Time Square...
O que isto nos leva a deduzir?
Que o desmatamento incontrolado; que os agrotóxicos espargidos nas lavouras, estão "empurrando" as abelhas para os centros urbanos ( o que está ocorrendo com os animais silvícolas).
Todos nós sabemos da importância das abelhas para a polinização e consequente produção de alimentos. Se, ocorrer a extinção destes laboriosos insetos, certamente, a humanidade estará condenada a passar maus bocados, talvez até a "sumir" deste planeta privilegiado por Deus... Esse negócio de ir embora para Marte, não me atrai...

segunda-feira, 20 de agosto de 2018

O PALHAÇO TIRIRICA E SUAS PALHAÇADAS

Este palhaço chamado de Tiririca, realmente é um grande gozador. Volta e meia ele sai com uma ou mais de suas galhofas. As últimas são tão hilárias que morri de dar risada e, acredito, desopilei o fígado por uns bons tempos. São elas:
1. Jurou o ano passado de que não sairia mais candidato a nada, que estava enojado da política... pasmem: Registrou sua candidatura este ano para  deputado federal;
2. Na última eleição que disputou ( a segunda) declarou como patrimônio cerca de $600 mil reais e, não é que agora, declarou somente $400 mil reais. Perguntado onde foram parar os $200 mil não soube responder, ou melhor, enrolou, fazendo piadas, o que, aliás para um palhaço e deputado federal, faz muito bem;
3. Anunciou aos quatro ventos que já está se preparando para fazer sua campanha a Presidente do Brasil em 2022....quáquáquá  , é muita piada de bom ou mau gosto?
Para os seus milhões de eleitores ouvir piadas é um requinte... e, o Brasil, está precisando e, muito de piadas, pois pelo caos político, social e financeiro em que está mergulhado, só rindo, mesmo.
E, viva o CIRCO! e seus palhaços...não políticos.

quinta-feira, 16 de agosto de 2018

PROSEANDO & PROVANDO ... DE POESIA




QUANTA TRISTEZA!


MEUS DEUS! QUANTA TRISTEZA ENCONTREI
HOJE, AO FITAR TEUS OLHOS BELOS E PROFUNDOS,
QUE MAREJADOS DE LÁGRIMAS, ANGUSTIADO BEIJEI
NUM BEIJO IMENSO, MAIOR DO QUE O MUNDO.

TEUS LÁBIOS TENTARAM PRONUNCIAR
O MOTIVO TALVEZ DE TÃO GRANDE DOR.
NA FACE LINDA... DUAS LÁGRIMAS A ROLAR,
PALAVRAS CLARAS DE UMA HISTÓRIA DE AMOR.

SONS INAUDÍVEIS PRONUNCIASTE TEMEROSA
DE SER OUVIDA POR QUEM NÃO DESEJASSE.
LENDO TEUS LÁBIOS QUE SE MOVIAM PALIDAMENTE

COMPREENDI O MOTIVO DE TAMANHA TRISTEZA.
TRÊMULOS, REPETIAM DEBILMENTE A FRASE:
 - ADEUS, QUERIDO! PARA SEMPRE VOU-ME EMBORA!

POEMA EXTRAÍDO DO LIVRO " AMOR, AMOR, AMOR, ETERNA SOLIDÃO
EDIVALE- 1999 - 2A. EDIÇÃO
ALDO AGUIAR


terça-feira, 14 de agosto de 2018

PROSEANDO & PROVANDO... DE POESIA





TU VIESTE PARA MEUS BRAÇOS


TU VIESTE PARA MEUS BRAÇOS
LÂNGUIDA, MEIGA... ENTREGUE:
DE DESEJOS, O CORO TRÊMULO;
DE PAIXÃO, O CORAÇÃO CÉLERE.


VIESTE NA OUSADIA DA PROCURA,
DESPIDA A ALMA DA SENSATEZ:
O PUDOR - SENTIMENTO ESQUECIDO DE VEZ;
O MEDO - ESCRAVO LIBERTO DA MASMORRA ESCURA!



audaz em teus desejos mais loucos,
envolveste-me no redemoinho das emoções.
tiveste-me entregue ... corpo no corpo,
corpo uno, nãos mais dois corações.


e assim, insanos nas lides do amor,
vivemos emaranhados, na teia do muito amar.
eu, mariposa, atraído pela ardência do teu calor,
tu, aranha, caçadora impiedosa, amante ímpar...

tu vieste para meus braços... e ficaste.


POEMA EXTRAÍDO DO LIVRO " AMOR, AMOR, AMOR... ETERNA SOLIDÃO"
edivale- p. 29
IA. EDIÇÃO - 1994
ALDO AGUIAR

domingo, 12 de agosto de 2018

PROSEANDO & PROVANDO... DE POESIA






SONETO PARA UMA CORTESÃ


TÍMIDA CORTESÃ VENDE O CORPO FRÁGIL, MIRRADO E FREMENTE,
A ROBUSTOS HOMENS DE FEIÇÕES E ÍNDOLES DOENTIA.
PEDE ACANHADA UM POUCO PARA O MUITO QUE OFERECE.
RECEBE CÔDEAS DE PÃO, E SERVE UM BANQUETE DE CARÍCIAS.


EM ALTOS BRADOS ALGUÉM LEILOA O TRÊMULO E ALVO CORPO,
FAZENDO DA ESQUINA ESCURA UM PÓDIO PARA BELOS PRÊMIOS:
EXIBINDO ENTRE AS MÃOS DOIS POMOS PALPITANTES E MORNOS,
ENLOUQUECIDO GRITA : "QUEM DÁ MAIS, POR ESTES BELOS SEIOS?"


O VENTRE ARFANTE, VERTEDOURO DE INFINDOS LÍQUIDOS MACULADOS,
É ARREMATADO, POR PREÇO ÍNFIMO, POR UM BÊBADO DESVAIRADO
QUE, ANTEGOZANDO, ESPARRAMA-SE NO CHÃO... PAISAGEM INSANA.


E O LEILÃO CONTINUA, INDIFERENTE AOS DÉBEIS APELOS E GEMIDOS,
DA ESTÁTUA NUA, CARNE PETRIFICADA, CORAÇÃO EMPEDERNIDO
DA TRISTE MULHER, OUTRORA JOVIAL MOÇA, E HOJE, TÍMIDA CORTESÃ.


POEMA EXTRAÍDO DO LIVRO: DE VOLÚPIAS, ÊXTASES E DELÍRIOS.
EDIVALE - 2005 - 1A. EDIÇÃO
P. 39
ALDO AGUIAR

DIA DOS PAIS



PARABÉNS AOS PAIS DESSE NOSSO PLANETA.

sexta-feira, 10 de agosto de 2018

ALGUÉM QUE NÃO TEM O PORQUÊ DE FESTEJAR O "DIA DOS PAIS"



Sim, existe alguém que não tem o porquê de festejar o Dia dos Pais. É triste, eu sei, mas é o seu destino. Desde que veio ao mundo foi predestinado a ignorar o Dia dos Pais. Não que ele seja indiferente às comemorações, ou mesmo, insensível às lembranças da família. É, sim, um perfeito seguidor das normas que regem o seu comportamento dentro da família. Nunca, deixou, por um momento sequer, de cumprir com suas obrigações. Sem ele, a sua prole deixaria de existir...mas, afinal, de quem estou falando?
Estou falando do ZANGÃO. Sim, nada mais, nada menos, do que o ZANGÃO, o bom "vivant" , o galã, da colmeia. Pois é, quis o Sábio Deus, que o ZANGÃO, ao nascer, fosse o resultado da postura pela RAINHA da colmeia de um ovo não fecundado, isto é, não houve a participação de um espermatozoide para sua criação. Na colmeia, é a Rainha quem decide o sexo de quem vai nascer: Se ela fizer a postura de um óvulo fecundado por um espermatozoide, nascerá uma abelha fêmea; porém, se o óvulo não for fecundado, nascerá uma macho, no caso, o ZANGÃO.
Pela explicação acima, conclui-se que o ZANGÃO, tem mãe e avós, mas não tem PAI.
Portanto, caros leitores, torna-se compreensível o porquê do Zangão, não se incomodar com a data e muito menos em comprar presentes...DÁ-LOS PARA QUEM?
Pelo que me consta no tempo em que me aventurei pelo mundo mágico da APICULTURA, nunca, em momento algum, presenciei ZANGÕES, se lastimarem em serem eternamente órfãos de pais... e, asseguro-lhes, eram felizes, principalmente, quando tinham uma princesa para copularem... a única missão na colmeia.

Breve estarei lançando o livro " 45 dias na vida de ZaZá, uma abelha operária". Aguardem!

quinta-feira, 9 de agosto de 2018

PROSEANDO & PROVANDO ... DE POESIA





INCRÍVEL A TUA MANEIRA DE AMAR

INCRÍVEL A TUA MANEIRA DE AMAR:
LOUCA E SENSATA;
MEIGA E FERINA;
LÚBRICA E PUDICA;
MULHER E AMANTE.


NÃO ENTENDO E NEM DESEJO ENTENDER:
AS MENSAGENS DOS TEUS OLHOS;
O ARFAR DOS TEUS SEIOS;
OS UIVOS GEMENTES DOS LÁBIOS;
OS QUEIXUMES DE TUA ALMA.


SEI QUE QUERO; E MUITO QUERO:
NAUFRAGAR EM TEUS DESEJOS;
DARDEJAR EM TUAS LOUCURAS;
DEAMBULAR EM TUAS SENDAS;
PEREGRINAR EM TEUS SONHOS.



INCRÍVEL A TUA MANEIRA DE AMAR E ME POSSUIR:
PARA NÃO SER MULHER ... AMANTE;
PARA NÃO SER AMANTE ... MULHER;
PARA NÃO SER IGUAL ... INSENSATA;
PARA NÃO SER ROTINA ... INCRÍVEL.

INCRÍVEL ... DELICIOSAMENTE INCRÍVEL, A TUA MANEIRA DE AMAR!


POEMA EXTRAÍDO DO LIVRO " CONFIDÊNCIAS DA ALMA"
P. 20
EDIVALE
1998
ALDO DE AGUIAR

quarta-feira, 8 de agosto de 2018

PROSEANDO & PROVANDO ... DE POESIA




INCONGRUENTE


NÃO TENHO O QUE SINTO,
NEM SINTO O QUE TENHO.
TENHO O SENTIDO DE SENTIR
SEM SENTIR O SENTIDO DE TER.


TENDO, SEM SENTIR O QUE SE TEM,
SENTINDO TER O QUE NUNCA SE TEVE,
TEVE-SE O SENTIMENTO DE HAVER SENTIDO...
SENTIDO VAZIO DE SENTIR-SE TENDO.


E, ASSIM, SENTINDO SEM SENTIDO ALGUM,
TENDO SEM TER O QUE SE PENSA QUE SE TEVE,
TIVE, OU NÃO TIVE, QUE SEI EU O QUE TENHO?,
AS INCONGRUÊNCIAS DE SER O QUE NUNCA FUI.


POEMA EXTRAÍDO DO LIVRO : "CONFIDÊNCIAS DA ALMA"
EDIVALE - 1998
P. 7
ALDO DE AGUIAR

segunda-feira, 6 de agosto de 2018

PROSEANDO & PROVANDO ... DE POESIA




ENFIM... ADEUS!

ENFIM... ADEUS!
A DEUS, ENFIM,PERTENCEM NOSSAS VIDAS.
VIDAS QUE NÃO VIVEMOS, ESPECTROS DE VIDA QUE FOMOS.
FOMOS, ENFIM, SÁBIOS EM DIZERMO-NOS ADEUS...
ADEUS... TANTOS ANOS JUNTOS E SEMPRE SEPARADOS.
SEPARADOS PELAS DESAVENÇAS E DESAMORES VIVIDOS.
VIVIDOS QUE ÉRAMOS VIVEMOS COMO PÁRIAS SEM RUMO.
PARA NOVOS AMORES TRACEMOS NOSSOS CAMINHOS.
CAMINHOS QUE SEGUIREMOS COMO ALMAS PARALELAS.
PARA ELA DIGO COM ALTIVEZ: ENFIM, ADEUS!
A DEUS ELA ORA E PEDE QUE SEJA, DO NOSSO AMOR, O FIM.
ENFIM... FIM!


Poema extraído do livro "DO CORPO, DA ALMA E DO VENTO"
EDIVALE - 2010
P.34
ALDO DE AGUIAR

sexta-feira, 3 de agosto de 2018

PROSEANDO & PROVANDO... POESIA




NÃO MAIS QUE DE REPENTE



Não mais que de repente
O Sol se fez ausente
e, a Lua se fez presente.

Não mais que de repente
O coração latejou fremente
e, o sangue fluiu em caudalosa vertente.


Não mais que de repente
O desejo se fez latente
e, os olhos brilharam tremeluzentes.


Não mais que de repente
A alma se tornou demente
e, as palavras brotaram inconsequentes.

Não mais que de repente
Os corpos se tornaram serpentes
e, o sexo se fez intermitente.

Não mais que de repente
me vi imerso em carícias frementes
e, serpenteando, me enrolei no lençol envolvente.


Não mais que de repente
do sexo febril, jorraram vivas sementes
e, delas,a concha se abriu, inundando o belo ventre.


Não mais que de repente
o sonho desvaneceu... acordei lentamente
e, de volta à realidade, chorei copiosamente.

Não mais que de repente.


Poema extraído do livro SORTILÉGIOS DO AMOR
P. 63
EDIVALE - 2015
ALDO AGUIAR

segunda-feira, 30 de julho de 2018

PROSEANDO & PROVANDO... DE POESIA




MEU SONHO


ESTA NOITE SONHEI COM VOCÊ:
NÃO COM SEUS OLHOS BONITOS;
NEM COM SEUS LÁBIOS DOCES;
MUITO MENOS COM SEUS SEIOS LINDOS,
SEI QUE SONHEI COM VOCÊ,PORÉM,
NÃO ME LEMBRO DE TER SONHADO:
SEU CORPO;
SEUS DESEJOS;
SEUS AIS;
SEUS SUSPIROS...
MAS SEI COM ABSOLUTA CERTEZA
QUE SONHEI COM VOCÊ.
SONHEI, NÃO DEZENAS DE SONHOS,
MAS APENAS UM... UM ÚNICO, O MAIS BELO:
SONHEI, REVIVI EXTASIADO OS MOMENTOS
QUE JUNTOS,CORPOS UNO, LÁBIOS SELADOS,
NOS BEIJÁVAMOS, ENQUANTO SÔFREGAS
NOSSAS ALMAS SE POSSUÍAM...
SONHEI COM VOCÊ... E, FUI FELIZ.


POEMA EXTRAÍDO DO LIVRO: AMOR, AMOR, AMOR... ETERNA SOLIDÃO.
P. 111
EDIVALE - 1994
ALDO AGUIAR

quarta-feira, 25 de julho de 2018

A BORBOLETA E A CRUEL E DORIDA REVELAÇÃO



Quando eu flanava pelas campinas verdejantes repletas de flores e insetos de formas e cores mil, deparei com uma esplêndida flor, cujas pétalas douradas refletiam a luz do Sol. Aproximando-me mais, pude notar a presença de uma linda borboleta multicolorida Que sugava com avidez o néctar abundante. De vez em quando, abanava as asas diáfanas como se fosse um leque japonês. Era linda e me atraía a ponto de me curvar até quase roçar meus lábios em seu corpo frágil. Num ímpeto, perguntei-lhe: Quem és tu, criatura tão linda?
Fitando-me, num átimo, respondeu: Sou a esperança, a paz, o amor, a fé, a credulidade, a temeridade, a paciência... E tu, quem és?
Titubeando nas palavras, respondi-lhe, num esgar de agonia: Sou a PROCURA de tudo aquilo que tu és... És um humano,e acrescentou: Tenho medo de ti...
Antes que as lágrimas toldassem meus olhos ainda pude vê-la alçar voo e ir beijar uma rosa exuberante.
Chorei e muito chorei por esta cruel e dorida revelação.

Poema criado na ante sala do gerente do Banco do Brasil em 25-7-18

DIA 25 DE JULHO... DIA DO ESCRITOR

HOJE COMEMORA-SE O DIA DO ESCRITOR.
O QUE TENHO A DIZER? QUE OS BRASILEIROS LEIAM MAIS LIVROS; CULTUEM MAIS OS SEUS ESCRITORES; PRESTIGIEM MAIS AS LIVRARIAS...
PARABÉNS A NÓS ESCRITORES DESTE IMENSO BRASIL... QUE NÃO LÊ PRATICAMENTE NADA!

quinta-feira, 19 de julho de 2018

TRÊS DÚVIDAS CRUÉIS



São três as dúvidas cruéis que me atormentam, por não saber as respostas à elas...São as seguintes:

1. A COBRA DE VIDRO E A COBRA REAL: No antigo Egito, quando morriam estas cobras o que eram feito delas?
- A cobra real, servia para adornar as jóias usadas pelos Faraós e Rainhas?
- A cobra de vidro servia para fabricar penduricalhos, bugigangas e bijuterias?

2. A COBRA DE DUAS CABEÇAS: Se por praticar um crime, uma mordida fatal, fosse declarada que seria morta na guilhotina, o carrasco, escolheria qual cabeça para decapitar?

3. ONDE MORREM OS PARDAIS?: Muito me encasqueta esta dúvida. Se existem milhares e milhares de pardais e, como sabemos, possuem vida efêmera, portanto, morrem cedo, onde ficam os cadáveres, já que, nunca vi nenhum pelas ruas, telhados, gramados e afins... mesmo, gatos, existem poucos e quase nenhuma ave predadora nas cidades...

Amigos seguidores deste blog, ajudem-me a solucionar estes três enigmas... estas três dúvidas cruéis que me atormentam.

quarta-feira, 11 de julho de 2018

PROSEANDO &PROVANDO DE... POESIA




TENTATIVAS


DE TI, POUCO SEI, OU, QUASE NADA SEI,
COMO DE MIM, TU NADA SABES E, NEM SABERÁS.
FIZEMOS TENTATIVAS QUE, SE MOSTRARAM FÚTEIS,
APENAS, SUSSURROS INÚTEIS; TOLAS PALAVRAS.


ILUDIDO PELA LUA QUE ILUMINAVA TEU SEMBLANTE,
NÃO PROCUREI PERSCRUTAR A TUA ALMA MÍSTICA.
TOLO, ME SENTI ENVOLVIDO PELO PERFUME EMBRIAGANTE,
E, DESDENHEI AS ARMADILHAS, DE TI, MULHER FATÍDICA.


ENVOLVESTE-ME NUM TURBILHÃO DE CARINHOS SUTIS
PROCURANDO ME ENREDAR EM TUAS TEIAS SEDOSAS.
FUI, INOCENTE, TIVE A ALMA E O CORAÇÃO, FEBRIS
E, ME APAIXONEI, PELA TUA BOCA VOLUPTUOSA.


MAS, TUDO TEM SEU FIM E, O NOSSO "CASO" SE FINDOU,
COMO UM CASTELO QUE SE CONSTRÓI NA AREIA MOVEDIÇA.
HOJE, DE NÓS NADA MAIS RESTA ... NEM SAUDADE RESTOU,
EMBORA TENHAMOS FEITOS, TOLAS E DESASTROSAS , TENTATIVAS.


POEMA DO LIVRO " UMA MULHER INTRIGANTE" A SER PUBLICADO ESTE ANO.
P. 86
1A. EDIÇÃO
EDIVALE
ALDO DE AGUIAR

terça-feira, 10 de julho de 2018

PROSEANDO & PROVANDO ... DE POESIA

A VIDRAÇA


TODA TARDE ELA DESFILAVA FRENTE À VIDRAÇA
DO CASARÃO ONDE EU ME POSTAVA EMPERTIGADO.
PARA MIM, ELA SEMPRE FOI UM DIAMANTE SEM JAÇA;
UMA JOIA PARA SE TER INCRUSTADA NO PEITO.

VESTIDA DE NORMALISTA COM A TRANÇA ESVOAÇANTE
ELA SABIA QUE EU A OBSERVAVA PELA VIDRAÇA.
MUITAS VEZES SORRIA PROVOCANDO-ME ALHURES
SEM SE IMPORTAR SE EMBURRAVA OU ACHAVA GRAÇA.

POR ELA EU ME FAZIA ESTÁTUA DE MÁRMORE FRIO,
EMBORA O MEU HÁLITO TURVASSE A POLIDA VIDRAÇA.
ASSIM, INERTES, ÉRAMOS PARTES DO MESMO VIDRO.


POR UM SÉCULO EM QUE ME FIZ JOVEM E ADULTO SENIL
FUI INTRÉPIDO CAÇADOR, E, ELA, A MINHA SENSUAL CAÇA.
PORÉM, UMA TARDE, ELA NÃO PASSOU E, A VIDRAÇA, SE PARTIU.


POEMA DO LIVRO "UMA MULHER INTRIGANTE" A SER PUBLICADO
P. 37
EDIVALE - 2018
ALDO DE AGUIAR

segunda-feira, 9 de julho de 2018

RELÍQUIAS

Hoje, após tanto tempo, trago arraigado na alma
Três relíquias que de ti, roubei, antes do adeus,
E, que me fazem companhia nas noites fantasmas
Tornando mais suaves os tristes e cinzentos dias meus.

E, tudo aconteceu num arroubo de extrema intrepidez
Quando, num momento de dor lancinante me vi exaurido
Na crença de que sendo afoito, alheio da idiota lucidez
Poderia me apoderar de lembranças de um corpo despido.

E, assim o fiz. Com gestos trêmulos apoderei-me ,sem titubear,
Das três relíquias, que hoje, amenizam o meu triste calvário,
Embora, suas posses só fazem aumentar o meu doído fadado...

Três relíquias... objetos que me trazem dela o desejo de amar.
São eles: o lenço manchado de baton carmim; o rayban quadrado
E, o mais sublime... um fio de pelo sedoso, do púbis rosado.

O primeiro poema criado após a doença terrível que me acometeu.
Foram oito meses sem inspiração... Volto a ser poeta.
Taubaté, 9 de julho de 2018


PROSEANDO & PROVANDO ... DE POESIA




O TEU REGRESSO


Quando as andorinhas ao ninho voltarem
Tu voltarás;
Quando o trem chegar à estação
Tu chegarás;
Quando o andarilho cansado regressar
Tu regressará.


Basta saber esperar...
Esperar o momento certo para o reencontro.
Sei que saberei esperar, pois, é para isso
Que vivo desde que me deixaste.


Esperarei com carinhos e volúpias:
O revoar das andorinhas;
O apito mavioso do trem;
A voz rouca do andarilho.


E, então, serei feliz...
Feliz por tê-la novamente ao meu lado.

Quando regressares me encontrará quando me deixaste:
Atrevido, porém, carinhoso;
Amigo, porém, amante;
Submisso, porém, senhor;
Libidinoso, porém... Libidinoso.
As andorinhas, o trem e o andarilho,
Precederão o teu regresso.


Poema constante do livro " DO CORPO, DA ALMA E DO VENTO"
ALDO DE AGUIAR
EDIVALE- 2010
P. 59

segunda-feira, 2 de julho de 2018

A ARANHA CARANGUEJEIRA
1. O SÍTIO “20 ALQUEIRES”
Eu tinha acabado de completar 13 anos de idade quando fui levado para morar na roça, mais precisamente, no sítio “20 alqueires”, no sertão do Rio das Antas, no município de Redenção da Serra, pelo meu pai, que o tinha comprado para lá colocar 15 vacas, um touro da raça Gir e dois cavalos, sendo um para arreio e outro para cangalha. No sítio existia uma casa grande com três quartos, cozinha, sala e despensa, onde fui me alojar e trabalhar como roceiro das cinco horas da madrugada, até as seis horas da tarde, pelo período difícil de dois anos. Estava sozinho, visto que minha mãe e meus três irmãos continuaram morando em Taubaté. Era a primeira vez que eu ficava sozinho num casarão sem luz, sem água encanada e sem companhia alguma com quem eu pudesse conversar nas noites frias e sem fim do sertão (durou 3 meses).
A solidão morou comigo até meados de março (tinha chegado em janeiro), quando meu pai apareceu num domingo trazendo na garupa de sua “vespa” o meu primo Ari, que se comprometeu com ele de me fazer companhia o tempo que lá eu ficasse, assumindo comigo as tarefas diárias, tais como tirar o leite das vacas; levar no ponto; fazer cerca; roçar pasto (embora fosse formado de capim gordura, tinha alguns capões de samambaia, onde moravam enormes cascavéis) e, cuidar da estrada, fazendo valetas para que a água das chuvas escorresse e, assim, não estragasse o leito por si só, já cheio de buracos.
Ari, meu primo em segundo grau, estava com 19 anos de idade. Era robusto, forte e já habituado com as lides da roças, pois, tinha trabalhado no sítio do seu pai no bairro da Catióca, no município de Cunha. Desde o início nos demos muito bem e, para melhor “tocarmos” os trabalhos fizemos uma divisão de funções. Não foi preciso muita conversa para entrarmos em acordo, mesmo porque, estávamos sempre juntos em todas as tarefas, sendo que a única que ele se recusou por não ter habilidades foi com a cozinha, isto é, com o preparo dos alimentos. Embora, eu, também não fosse um hábil cozinheiro, resolvi arcar com esta função e, pelo que eu me lembro o primo nunca reclamou do “grude” que eu preparava duas vezes por dia: antes de sair para o trabalho no campo, depois de tirar o leite, quando eu preparava o almoço e à tarde, após tomar banho na bica, quando arrumava a janta (sempre esquentava as sobras do almoço). Aos domingos, o Ari matava um frango, depenava e me entregava já cortado as partes, para que eu o cozinhasse na panela de ferro sob o calor do fogo do fogão à lenha. Enquanto cozinhava o frango, eu preparava uma salada com produtos da horta e completava tudo com uma espécie de macarronada, que comíamos com muito apetite. Os utensílios usados eram lavados pelo primo que os deixavam lustrosos e brilhantes usando para isso areia e sabão de cinza.
O sítio fazia divisa com uma mata virgem de um lado e de outro lado com as terras do senhor Brasilino. Volta e meia, recebíamos recados pelo motorista do caminhão leiteiro de que alguma vaca nossa tinha arrebentado a cerca e estava pastando em suas terras. Imediatamente o Ari botava o arreio no cavalo Barnabé (nome dado pela minha irmã Fiinha, que o considerava um pangaré) e ia buscar a vaca fujona. Muitas vezes tinha que colocar nela um gancho pendurado no pescoço para que não passasse pelo vão do arame farpado. Este artifício nunca funcionou para a vaca Favorita, que era “cerqueira” desde que deu a primeira cria. Algumas braças da casa, na parte de baixo, passava um ribeirão com águas cristalinas e muito fria, onde tomávamos banho todas as tardes após encerrar os trabalhos. Nestas ocasiões, tirávamos o suor dos corpos, muitas vezes grudado nas roupas e, também aproveitávamos o tempo ainda claro para lavar as roupas. A grande atração do sítio, além da beleza do local, era a estrada que o cortava no meio, por onde passavam outros sitiantes, sendo que alguns paravam para prosear um pouco. A conversa sempre pendia para as novidades que aconteciam na “Vila”, tais como: festas na Igreja; apresentação de circos; jogos de futebol; o comércio no Mercado Municipal etc.. Entre um “papo” e outro, eu servia café com mistura (biscoitos), em canecas de ágate (sempre gostei de ser agradável com os vizinhos).
Enfim, o sitio “20 alqueires”, pelos dois anos seguintes foi o meu lar e, claro, o do Ari também. Nele vivi alegrias, tristezas e muita solidão, o que me fez pela vida toda ser um homem resistente, abnegado e decidido a sempre “ganhar” o que me apeteceu. Também passei maus bocados, principalmente quando ia roçar o pasto e me deparava com um capão de sapé, onde habitavam terríveis cascavéis, urutus e jararacas. Por duas ocasiões quase fui mordido pelos monstruosos répteis, porém, consegui matá-los com foiçadas certeiras. Teve também alguns fatos inusitados envolvendo animais silvestres, insetos, pássaros e bichos do local, mas, o que realmente marcou minha estadia no sítio foi a estranha convivência por algumas semanas com uma aranha, mais precisamente, uma Caranguejeira, que passo a relatar, ainda não acreditando que tudo realmente aconteceu e, que, assim se sucedeu:
2. A ARANHA CARANGUEJEIRA

Não era uma aranha qualquer. Era um belo espécime de uma Caranguejeira. Tinha o enorme corpo peludo e duas pinças enormes. Quando se sentia ameaçada, ela se posicionava sobre as patas anteriores e erguia o corpo, numa atitude hostil. Travamos conhecimento numa noite de tempestade, quando fortes ventos rugiam nas árvores e faziam os bezerros mugirem trêmulos de medo. O Ari já tinha se deitado e, pelos roncos, deduzi que já estava dormindo. Como sempre eu mantinha uma chapa de alumínio sobre o chão da cozinha e sobre ela espalhava algumas brasas para manter o local aquecido e, claro, esquentar os meus pés cansados de caminharem pelo brejo à cata de inhames para a sopa da janta. Num canto da cozinha, atrás da porta, eu guardava a lenha empilhada, para que secasse e ficasse no “ponto” para ir ao fogo,pois secas, produziam grandes labaredas e muitas brasas. Também, era meu costume colocar algumas batatas-doce para assar. Assadas elas se tornavam o substituto à altura de pães, ainda mais quando lambuzadas em mel. Foi nesta noite que travei contato pela primeira vez com a estranha aranha (ainda não tinha visto nenhuma desse porte), quando tirei alguns tocos de lenha para avivar o fogo. Assim, que me afastei, escutei um pequeno barulho que me chamou a atenção. Para mim, não seria surpresa se visse um camundongo, mas, qual o qual, o que vi foi a assustadora aranha se aproximando do braseiro, colocando-se repentinamente em posição de ataque. Temeroso, recuei alguns passos e, me apoderei da vassoura para matá-la e jogá-la no braseiro. Este foi o meu primeiro impulso, porém, ao chegar mais perto, vi que ela não podia me atacar; o braseiro nos separava. Cautelosamente, puxei o banquinho e me sentei numa distância considerável, que me mantinha a salvo de um ataque repentino. Instantaneamente, ela também parou, quando, ambos ficamos nos analisando. Tudo não durou mais do que alguns minutos, quando ela, sem mais nem menos, retrocedeu, e foi se esconder no seu abrigo, no meio dos paus de lenha. Nessa noite tive pesadelos povoados por dezenas de aranhas. O dia amanheceu e eu me levantei e fui cuidar das tarefas, esquecendo por completo do incidente com a aranha.
A noite chegou. Após jantarmos e o Ari lavar os utensílios, preparei a folha de metal para colocar o braseiro. Por meia hora, conversamos sobre a vaca Cabreúva que tinha dado a cria no alto do pasto no meio de um sapezal, que aproveitou para “esconder” o bezerro dos cachorros e urubus. Combinamos que depois de levar o leite no “ponto”, iríamos buscá-la, juntamente com seu rebento. Com um “durma bem”, o primo se levantou e foi deitar. Sozinho, ao lado das brasas vermelhadas, fiquei meditando na minha vida; o que seria de mim se ficasse pra sempre morando neste sertão? Foi quando o mesmo barulho da véspera me fez levantar os olhos e atônito contemplar a caranguejeira se colocando frente a mim, agora já não mais ostentando uma posição de ataque. Estava sim, dócil, pois, ao tocá-la com um graveto, ela não se irritou. Juntos ficamos nos fitando por uns vinte minutos, quando ela saiu em desabalada carreira, para seu refúgio.
Esta cena enigmática perdurou por duas semanas. Numa noite de luar intenso, abri a porta da cozinha e em seguida fui até o feixe de lenha, quando o sacudi com brusquidão na esperança de assustar minha “companheira” de “braseiro” para que ela fosse embora, pois, eu receava de que se fosse achada pelo Ari, certamente ele a esmagaria, mas, meu intento foi em vão. No instante em que ela se sentiu incomodada, correu para o lugar de costume e, por um longo tempo ficou me observando com seus enormes olhos. Nessa noite de lua cheia, compreendi que uma forte ligação de amizade e respeito mútuo nos unia.
A vida seguia dentro da rotina estabelecida entre nós: os três moradores da casa do sítio de “20 alqueires”, sem que nada de novo viesse quebrar a paz e harmonia. Isso até que o inesperado aconteceu e, foi o seguinte: Uma noite, num sábado (sempre uma noite), o Ari deixou a porta da cozinha aberta, e foi dormir. Por infelicidade da minha amiga (assim eu já a considerava),eu estava no quarto arrumando a cama e preparando a roupa que ia vestir no dia seguinte, já que tínhamos combinado de ir na Vila assistir uma tourada. O domingo era o dia em que aproveitávamos para vestir as melhores roupas e, também, a oportunidade de eu calçar e desfilar com os meus sapatos de fivela, que meu pai me presenteou no meu aniversário (para ir à Vila, íamos descalços e calçávamos os sapatos na entrada da cidade, tirando-os quando voltávamos). Assim que saí do quarto e regressei à cozinha vi uma cena que me deixou em pânico: o gato rajado, que dormia ao relento, entrou no aposento e atacou a aranha, ou melhor, a minha amiga, dando-lhe patadas e unhadas. Muito ela fez para se defender, mas foi em vão e, mesmo depois de dar duas vassouradas no pérfido felino ele não desistiu do mórbido intento de transformá-la em comida e, assim o fez. Lambendo os beiços ele saiu com a metade da aranha dilacerada. O que restou foi a cabeça da agonizante aranha que antes de morrer me lançou um último olhar que eu traduzi no momento como: “Adeus, meu querido amigo”. A partir desse terrível e nefasto acontecimento, decidi que não ficava mais no sítio. Passaram-se 5 meses e, num belo dia de verão, meu pai veio nos visitar e disse que tinha vendido o sítio; de que íamos embora para Taubaté.
Antes de partir, já com as malas arrumadas, dei um jeito de sair de “fininho” e, sem que ninguém visse, fui até um monturo de terra onde tinha enterrado os restos mortais da minha querida amiga. Um pé de margarida nasceu ali, ao acaso e, uma abelha, voava sobre ela.
Muitos anos após, ao fazer o Curso de Biologia, me esmerei no estudo dos aracnídeos, embora, nunca mais me deparei com outra ARANHA CARANGUEJEIRA.


sábado, 30 de junho de 2018

SOBRE PALITO DE DENTE



Não sei precisar o porquê de não sair de minha cabeça, já, por alguns dias, do desrespeito da mídia e fabricantes de palitos de dente, que não os expõem aos olhos dos seus usuários.
Nunca em momento algum desta minha caminhada, presenciei ou ouvi propaganda de palitos de dente. Praticamente todos os produtos passam em algum momento de suas vidas pr uma propaganda ou, na mídia escrita ,ou falada e ou televisada.
Já visualizei até propaganda caríssima de papel higiênico, onde artistas famosos compareciam para endeusá-lo; pasta de dente, sabonetes e sabões, buchas e toalhas, enfim, produtos indicados para a higiene pessoal, mas, e sobre palito de dente? NADA !
Será então, pensei, que palito de dente não é indicado para higiene pessoal? Mas, se é colocado nas mesas de bares e restaurantes, qual então será o motivo de seu 'ESCONDIMENTO"? será porque é NOJENTO O SEU USO? quando usado indica que o indivíduo está com restos de alimentos entre os dentes... será porque é ASQUEROSO palitar os dentes frente às outras pessoas? SERÁ PORQUE É FALTA DE EDUCAÇÃO O SEU USO ENTRE E APÓS AS REFEIÇÕES?
Cá entre nós, é deplorável o indivíduo usar o palito e colocar a mão em forma de concha, querendo com isto esconder seu gesto ABJETO.
Por estas e outras peço aos donos de bares, botequins restaurantes e afins: NÃO COLOQUEM PALITO DE DENTE SOBRE A MESA. É MAIS HIGIÊNICO E RESPEITOSO O INDIVÍDUO IR ATÉ A TOALETE E PASSAR FIO DENTAL... LONGE DE OUTROS OLHOS.
Não merecemos contemplar um ato tão porco, sujo e ultrapassado como o palitar dos dentes.
Agora, que escrevi esta crônica, compreendi o porquê de não existir propaganda de palito de dente... quando usado no meio do público é um ato repulsivo...próprio de pessoas repulsivas; portanto, não merece ser exposto na mídia.
Antes de usar palito de dente é bom consultar um dentista, mesmo porque já saímos da idade média e, muito mais, ainda da idade da pedra lascada.

quinta-feira, 28 de junho de 2018

PROSEANDO & PROVANDO ... DE POESIA




O DELÍRIO DO AMOR



LOUCURAS, LOUCURAS... INCRÍVEIS LOUCURAS
SÃO VIVIDAS QUANDO SE AMA COM DESTEMOR.
IMPOSSÍVEL SER LÚCIDO QUANDO O QUE SE PROCURA
É A INSENSATEZ DA ENTREGA NA VOLÚPIA DO AMOR.


TER O CORPO DO SER AMADO ENTREGUE E EXANGUE
ÀS DELÍCIAS DAS DESCOBERTAS SIMPLES E FEBRIS
ELEVA A ALMA ÀS ALTURAS E O UNIVERSO SE EXPANDE
PARA RECEBER OS AMANTES... ASTROS NUS E VIRIS.


CARÍCIAS INCONTIDAS, CAUSTICANTES LABAREDAS
LAMBEM A PELE MACIA, AFOGUEADA E DESPUDORADA
DO CORPO QUE SÓ ANSEIA PELO GOZO INAUDITO,


PRÊMIO INCONTESTE DOS QUE OUSAM VIVER INSANIDADES
A SUBMETEREM-SE ÀS CONVENÇÕES HIPÓCRITAS E INÍQUAS.
LOUCURAS, LOUCURAS E LOUCURAS... ADORÁVEIS DELÍRIOS.


POEMA EXTRAÍDO DO LIVRO: DE VOLÚPIAS, ÊXTASES E DELÍRIOS
EDIVALE - P. 13
2A. EDIÇÃO - 2005
ALDO DE AGUIAR

quarta-feira, 27 de junho de 2018

PROSEANDO & PROVANDO... DE POESIA



MINHA PRECE


MINHA PRECE É SINGULAR
NADA TEM DE ESPECIAL:
É SIMPLES COMO O CORRER DO RIO;
É BONITA COMO O DESABROCHAR DAS FLORES;
É FÉRTIL COMO OS GRÃOS DE PÓLEN;
É ÚMIDA COMO O ORVALHO DA NOITE ...

MINHA PRECE É O PULSAR DO CORAÇÃO;
É O ARFAR DOS PULMÕES;
É O ARRULHO DOS POMBOS;
É O SUSSURRO DO VENTO NA CAMPINA...


MINHA PRECE É O ECO DA MONTANHA;
É O ESPOCAR DAS ONDAS NAS FALÉSIAS;
É O PISAR MACIO NAS AREIAS TÉPIDAS DA PRAIA;
É O GEMIDO DOS AMANTES NAS SOMBRAS DA NOITE.


MINHA PRECE É SINGULAR E TÃO PEQUENA:
ALGUMAS PALAVRAS APENAS PARA DEFINI-LA:
"OH! DEUS, HOJE E SEMPRE MANTENHA-A AO MEU LADO,
POIS, SEM ELA,NÃO ENCONTRO RAZÃO PARA VIVER!"

MINHA PRECE É ESPECIAL...

POEMA EXTRAÍDO DO LIVRO DE POEMAS: DO CORPO DA ALMA E DO VENTO...
EDIVALE - P. 58
1A. EDIÇÃO - 2010
ALDO DE AGUIAR

segunda-feira, 25 de junho de 2018

PROSEANDO & PROVANDO... DE POESIA




DECEPÇÃO


OLHEI PARA AS ESTRELAS
E, PENSEI COMIGO MESMO:
VOU PEGÁ-LAS E PRESENTEÁ-LAS
AO MEU QUERIDO AMOR...
DECEPÇÃO...SÃO ASTROS INATINGÍVEIS
AOS MEUS TRÊMULOS DEDOS.
OLHEI PARA A LUA
E, DECIDI: SERÁ MINHA AMANTE:
DECEPÇÃO... MULHER FUGIDIA
AFASTOU-SE DAS MINHAS MÃOS E SE
ESCONDEU SORRIDENTE DENTRE AS NUVENS.
OLHEI PARA O MAR
E SONHEI TÊ-LO A BANHAR-ME O CORPO:
DECEPÇÃO... O TURBILHÃO DE ÁGUAS
ENGOLIU-ME E ME DESPEJOU
NAS AREIAS SALINAS QUE ME MACHUCARAM.
OLHEI PARA TI
E, DECIDI: SERÁ O MEU GRANDE E ETERNO AMOR:
DECEPÇÃO ... ESTRELAS, LUA, MAR E TI...
ASTROS E COLOSSO... UMA MULHER INATINGÍVEL.
DECEPÇÃO... ETERNA DECEPÇÃO.

ALDO DE AGUIAR
POEMA EXTRAÍDO DO LIVRO " DO CORAÇÃO, DA ALMA E DO VENTO "
EDIVALE - P. 61
1A. EDIÇÃO - 2010


quinta-feira, 21 de junho de 2018

PROSEANDO & PROVANDO DE ... POESIA : TRÊMULAS FOLHAS





Trêmulas folhas que tristes tiritam
ao sopro gélido do vento da tarde outonal
e, desprendidas do aconchego do amor, susiram
queixosas, submissas, ao verdugo sazonal.

Vento que vem, que vais, que leva e traz
sentimentos colhidos na seara do bem-querer,
transmuda-te pelo amor, no amante cintumaz
e possuas as trêmulas folhas, antes do inexorável perecer.

(Tarde fria, liberta-te deste jugo indizível
de seres mausoléu soturno e não alcova febril
para as trêmulas folhas - corpos nus de belas mulheres).


Trêmulas folhas, cujos arrepios da pele exulta
o contato efêmero das carícias sensuais e impolutas,
nesta tarde outonal da seara do amor... fecundas messes.


Poema extraído do livro: Confidência da Alma
Aldo de Aguiar
1a. Edição - p. 48
Edivale - 1998


segunda-feira, 18 de junho de 2018

O LAMPADÁRIO



Sentado no sofá macio,beje, e já bastante gasto, lia o primeiro volume do romance de Tolstói, ANA KARIÊNINA, iluminado pelas velas acesas do lampadário, que ficava sobre a mesa da sala de jantar.
De quando em quando, uma lagartixa mais ousada e atrevida passeava pelas paredes caiadas e, me mostrava a língua visgosa e feia. Eu, nestes momentos também mostrava a língua para ela... Uma vez, notei, ou, pensei que notei, ela sorrir, debochar do meu gesto. Por muitas noites vivemos os três: Eu, Tolstói e a lagartixa, cada qual desempenhando o papel que lhe cabia. Tolstói teve o seu romance escrito em papel de seda; eu, tinha o meu papel ( uma maçaroca de jornal) às mãos e ,a lagartixa tinha um papel de bala grudado na pele viscosa. Quando o relógio da sala soou as doze badaladas, acendi a maçaroca de jornal no Lampadário e botei fogo no papel de bala da lagartixa. Imediatamente o réptil asqueroso saltou sobre mim, tomou-me o livro das mãos e me expulsou do sofá, sem antes, porém, passar a língua visgosa sobre meus lábios...Ah! que nojo!
Da fresta da janela da sala, já que eu tinha ido parar no quintal, trêmulo de medo e tiritando de frio (era inverno), pude visualizar a lagartixa se acomodar no sofá, acender uma piteira e preguiçosamente passar a folhear o livro... Isto aconteceu até quando abri a janela e uma lufada de vento penetrou na sala e jogou o Lampadário e suas velas acesas sobre o infame réptil... Satisfeito e vingado fui para o quarto e me deitei.
Antes de dormir, pensei comigo: creio ser o único mortal neste mundaréu de Deus que foi vingado por um LAMPADÁRIO.
Feliz, virei-me para o canto e, o que vi?... os seios lindos e perfumados(deduzi) de Ana Kariênina desenhados na parede caiada do meu pequeno quarto.

sábado, 16 de junho de 2018

COPA DO MUNDO DE FUTEBOL NA RÚSSIA... DELEITE PARA MINHAS EMOÇÕES

Amo assistir os jogos de futebol da Copa do Mundo e, que, acontece de 4 em 4 anos. Hoje, estou em plena saúde... Saí do Vale das Sombras da morte, e isto, me deixa mais "pregado" na TV. Será que estarei aqui para a próxima Copa do Mundo? ...É uma incógnita. Espero estar e, com saúde.
Pelo meu palpite o Brasil vai conseguir o HEXA... Vamos todos torcer juntos..somos 220 milhões de Brasileiros... Hajam pensamentos voando para os confins da Rússia... De uma maneira ou outra ficarei atento e torcendo para o nosso sucesso...Vamos com Neymar e companhia...
Com o brasileiro ninguém pode ( só a Alemanha na última copa)...Vamos dar o troco... Quem viver, verá.

quinta-feira, 14 de junho de 2018

PROSEANDO & PROVANDO DE POESIA... A TARÂNTULA

A TARÂNTULA

A tarântula passeava com seu corpo negro
Sobre o corpo alvo da mulher que dormia.
Estático, eu, contemplava o terrível perigo
Que ela, a minha amada, sem o saber, corria.


O temível aracnídeo desfilava suas pinças peçonhentas
Pelas entrância e reentrâncias da ninfa em sua inocência.
Parecia que a mulher se transmudou em um bibelô
E imóvel, não sentia as patas galgando seu belo corpo.



Por uns instantes de terror, senti um calafrio, na medula,
Quando ela resolveu dormitar nos seios róseos e túmidos.
Como se fora os lábios do amante que insano suga
Os mamilos eretos de frutas raras: dois pomos maduros.


Maldita tarântula que indolente desceu para o ventre ebúrneo
E, se enroscou, lânguida, no caracol enovelado do púbis
Onde fios perfumados e sedosos exalavam um perfume etéreo,
E, teve como prêmio, pela sua investida, o raro botão: o rubi.


Poema extraído do livro CORAÇÃO SANGRENTO ( a ser lançado este ano)
Edição 1a. 2017
EDIVALE

quarta-feira, 13 de junho de 2018

UMA DATA PARA SER COMEMORADA COM VINHO FRANCÊS E CAVIAR


Sim,, hoje, para mim, é uma data que deve ser comemorada com todo júbilo, exaltação de alegria e, confiança em Deus. Nada melhor do que um vinho francês e caviar, mas, na ausência destas iguarias, vai bem um pão com mortadela e guaraná Joaninha... Estou feliz. O exame de Pet Scan, que levei hoje no médico em São José deu normal...Estou livre de metástases...O Câncer foi expulso do meu corpo. Comemorei a boa notícia no Bar do Coronel tomando 2 chops e dando Graças pela chance de viver mais alguns anos. Agora é esperar um tempo e refazer o nariz com uma plástica... VIVA A VIDA!

quinta-feira, 7 de junho de 2018

PROSEANDO & PROVANDO DE... POESIA

SUÍTE 33... ESPELHOS CÚMPLICES


Nossos corpos nus projetavam-se em figuras voluptuosas
Pelos impudicos espelhos que adornavam a suíte trinta e três,
Entrelaçando-se em contatos alucinantes - serpentes sinuosas,
Imagens despidas da razão - mentes despidas da lucidez.


No teto, o espelho oval de finos rebuscados arabescos,
Contemplava com luxúria as formas da mulher-tigresa
Que, tendo as garras expostas, lanhava-me o ereto sexo,
Desapiedada do sangue que jorrava em rios de correnteza.


Espelhos espalhados pela suíte de tantos atos belos e indecorosos
Refletiam, refulgindo raios libidinosos, nossos desejos,
Que, como tênue névoa, cobriam os corpos e as roupas jogadas a esmo,


Testemunhas impávidas de inolvidáveis de encontros amorosos,
Silenciam, cúmplices, nunca súditos, sempre altivos reis
Do castelo das carícias inebriantes... da adorada suíte trinta e três.

Poema extraído do livro : DE VOLÚPIAS, ÊXTASES E DELÍRIOS
P. 46
EDIVALE
2005

segunda-feira, 4 de junho de 2018

DO SENHOR PARA SUA ESCRAVA

PROSEANDO & PROVANDO DE... POESIA

DO SENHOR PARA SUA ESCRAVA

Ata-me em teus desejos, e eu serei subjugado:
Um escravo à mercê da tirania da senhora da paixão.
Eu, que um dia pensei em ser o senhor dos sentimentos,
Hoje, vergo-me, dócil e submisso,aos anseios do coração.

Acorrenta-me em teu corpo sensual, trêmulo e febril,
Masmorra causticante, leito nupcial de infindas volúpias.
Faze-me prisioneiro perpétuo de teus encantos mil.
Sou espectro de homem com a alma agigantada de luxúrias.

Escravo... Escrava... Somos almas gementes de volúpias,
Alucinadas, em busca da servidão que ata o amor.
Correntes, algemas, elos que eternizam as sublimes núpcias


De dois corpos escravos - senhores incontestes do sexo fremente.
Do senhor para a escrava... Da escrava para o senhor...
Doação Universal... Corpos e corações unidos para sempre.

Do Livro : DE VOLÚPIAS, ÊXTASES E DELÍRIOS
2A. EDIÇÃO -  EDIVALE
PÁGINA 34

quinta-feira, 31 de maio de 2018

O NASCIMENTO DO MEU 18 FILHO

ESTA GREVE DOS CAMINHONEIROS TEVE EFEITOS NEFASTOS NA ECONOMIA BRASILEIRA E, ACARRETOU INÚMEROS TRANSTORNOS PARA OS PROPRIETÁRIOS DE VEÍCULOS MOVIDOS À GASOLINA, ÁLCOOL E DIESEL. COMO MILHARES DE CONSUMIDORES, TAMBÉM SOFRI A ANGÚSTIA DE CONTEMPLAR O MEU CARRO POR DIAS PARADO NA GARAGEM. O MAIS INTERESSANTE É A FALTA DE SEGURANÇA QUE TAL FATO NOS ASSOLA. POIS BEM, PARA MIM, TEVE UM EFEITO BENÉFICO: NÃO PODENDO SAIR DE CASA, DEBRUCEI NO COMPUTADOR E ESCREVI O MEU DÉCIMO OITAVO LIVRO: "45 DIAS NA VIDA DE UMA ABELHA OPERÁRIA". NÃO FOI MUITO DIFÍCIL,POIS, NA DÉCADA DE 80, INICIEI AS ATIVIDADES DE APICULTOR. SEM FALSA MODÉSTIA FUI O PIONEIRO DA APICULTURA EM TAUBATÉ. DEI VÁRIOS CURSOS DE APICULTURA, FORMANDO CENTENAS DE APICULTORES,. TAMBÉM FUNDEI UMA LOJA DE APICULTURA A QUE DEI O NOME DE "APIVALE", QUE FICAVA NA AV. FARIA LIMA.
AINDA ME FALTA TERMINAR MAIS TRÊS LIVROS, A SABER:
- MULHERES SEDUTORAS & MULHERES SEDUZIDAS - ROMANCE ERÓTICO (ESTÁ NA METADE);
- POR QUE DUVIDAS DE MIM - POEMA BÍBLICO - QUASE PRONTO;
- GIZ, QUADRO NEGRO E DOR- ROMANCE SOBRE O MAGISTÉRIO, JÁ COM 400 PÁGINAS DIGITADAS.

PRETENDO ATÉ O DIA QUE ME FOR PERMITIDO TER UMA FIEIRA DE FILHOS, POIS, COMO APOSENTADO DO MAGISTÉRIO, GANHO O SUFICIENTE PARA MANTÊ-LOS... É UMA PIADA...DE MAU GOSTO!

segunda-feira, 28 de maio de 2018

A ERA DO " MUDISMO"

Por fim...Enfim... Chegamos à Era do Mudismo.
Sim, estamos nos tornando autênticos "MUDOS". Seres sem vocação para pronunciar palavras consistentes e inteligentes.
É incrível como este fato "histórico" está se tornando uma dura realidade, que, futuramente, nos reverterá à Idade da Pedra, onde, a comunicação era feita através de guinchos, uivos e sons ininteligíveis... Vivíamos em cavernas e tocas e, quando queríamos nos comunicar era com gestos...
Foram precisos milhares de anos para que aperfeiçoasse nossa linguagem verbal e, agora, constato, indignado que foram precisos apenas alguns anos para que retrocedêssemos tanto... E, aconteceu, com o aparecimento do "CELULAR". Não que eu seja contra o uso deste objeto estranho...cheio de aps e outros modernismos, mas, sim, pelo seu uso indiscriminado pelo ser humano, que talvez, tenha se esquecido da Idade da Pedra...
Hoje, constato, acabrunhado, a morte da linguagem oral e, diga-se, de passagem, escrita. Um dia destes estava num consultório médico, lendo reportagens ultrapassadas em anos (revistas velhas) que os senhores médicos nos oferecem para esquecermos a falta de respeito com o horário da consulta, quando presenciei dentre os 12 pacientes, todos terem às mãos o celular... Tinham os olhos focados no visor do aparelho e, nem, por um instante, despregavam os olhos... conferiam os wat-sup (nem sei escrever este aplicativo). Não conversavam entre si... Eram pais , filhos e esposas de cabeça baixa, alheios ao que se passava ao redor. Não é necessário falar que estavam "mudos" e, mergulhados no universo do "mudismo".
Quanto à linguagem escrita constatamos hoje, um assassinato no que antes era tido como grafia correta. Assim é que, beleza passou para blz;
Rir passou para KKKKK.... Furor passou rsrsrsr...Você para vc e, assim por diante.
CHEGA DA ERA DO MUDISMO ... VAMOS VOLTAR À FALAR E GRAFAR CORRETAMENTE... VAMOS VOLTAR A FALAR COM AQUELES QUE NOS RODEIAM... EU, NÃO QUERO RETROCEDER À ERA DA PEDRA LASCADA.
QUEM SE BENEFICIARÁ DESTA ATITUDE? NÓS, O ENEM E A EVOLUÇÃO.
TENHO DITO.

quarta-feira, 23 de maio de 2018

ME CHAME PELO SEU NOME


ME CHAME PELO SEU NOME, é um romance que foi transformado em filme EM 2017 e concorreu ao OSCAR em 2018. Comprei este livro pela Internet e recebi-o hoje.
Da leitura das primeiras páginas, posso afirmar que se trata de um romance contagioso e que prende a atenção.

SINOPSE DA CONTRACAPA:

"Você vê a pessoa, mas não a enxerga de verdade, ela simplesmente está por ali. E você fica lutando para aceitar algo que, sem que você soubesse, vinha ganhando forma bem debaixo do seu nariz, trazendo consigo todos os sintomas daquilo que só pode ser chamado de desejo. Como eu não percebi? Sei reconhecer o desejo. Desta vez, no entanto, tinha passado completamente despercebido. Tudo o que eu queria era pele, apenas pele."

Trata-se de um romance homo-afetivo que descreve o amor entre dois jovens que os marcará pelo resto de suas vidas.

Publicado pela Editora INTRÍNSECA , COM 287 PÁGINAS.
AUTOR : ANDRÉ ANCIMAN - NASCEU EM ALEXANDRIA- EGITO

Recomendo a leitura pelos meus fiéis seguidores.

Em tempo, hoje, o meu blog atingiu a marca de 106.000 seguidores, de todas as partes do mundo.

domingo, 13 de maio de 2018

TERMINAR DE ESCREVER 4 LIVROS... RECUPERAR TEMPO PASSADO NO VALE DAS SOMBRAS



Sim, é hora (mais do que hora) de recuperar o tempo que passei no Vale das Sombras da Morte ( 8 meses). Pelo excelso Criador, tive nova chance de vida e, quero aproveitá-la, minuto a minuto, tanto no âmbito familiar, quanto NO profissional. No âmbito profissional, devo terminar 4 livros que se encontram incompletos, sendo que um, o romance alusivo ao Magistério Paulista, está no "mofo" a mais de 20 anos. Já escrevi dois volumes, com o terceiro eu encerro o romance. Para Terminar : 28 dias na vida de uma abelha operária; Mulheres sedutoras& mulheres seduzidas e o Livro de poemas Bíblico, POR QUE DUVIDAS DE MIM.
Terminei dois este mês: O livro de Poemas UMA MULHER INTRIGANTE E O LIVRO DE CONTOS : O MAGAREFE. ESTOU ATUALMENTE COM CINCO LIVROS PARA NOITE DE AUTÓGRAFOS.
COMO AFIRMO SEMPRE: ESCREVER, ESCREVER, ESCREVER... E, LER.

terça-feira, 8 de maio de 2018

PROSEANDO & PROVANDO... DE POESIA : AMA-ME


AMA-ME


Ama-me com toda a paixão
Que o teu corpo sensual comporta.
Entrega-me teu amor, teu coração,
E eu, minha vida te darei em troca.


Ama-me buscando em meus lábios
A fonte do amor perene e sublime;
Fonte inesgotável de beijos, eternos laivos
A saciarem tua alma de amor ressequida.


Ama-me crendo ser o meu amor
A razão única para a tua vida;
a resposta para os anseios do teu corpo


E assim o fazendo, amar-te eu juro
Com meu amor repleto de carícias infindas;
Com um amor maior do que o próprio mundo.


Poema do Livro AMOR, AMOR, AMOR, ETERNA SOLIDÃO ... DE MINHA AUTORIA
EDIVALE- 98 PÁGINAS
2A. EDIÇÃO - 1994