Aos meus amigos leitores que tiveram a paciência de acompanhar este blog até hoje, desejo um feliz 2016, repleto de conquistas, saúde e amor, muito amor. Certamente, estaremos juntos novamente nos primeiros dias de janeiro e, tenho certeza de que será um ano voltado para a leitura de ótimos livros; de muita criação literária e de realizações profícuas em todas as esferas da emoção.
Que o UNIVERSO conspire a favor de vocês, é o meu maior desejo
OBRIGADO!
quarta-feira, 30 de dezembro de 2015
terça-feira, 29 de dezembro de 2015
COMENTÁRIOS SOBRE OS 4 LIVROS!
1. OS OUTROS SCHINDLERS: As dramáticas historias dos heróis anônimos que decidiram arriscar suas vidas para salvar os judeus do Holocausto.
Graças ao filme "A Lista de Schindler", ficamos mais conscientes de que, em meio ao extermínio dos judeus promovido por Hitler, a coragem e a humanidade foram capazes de superar o mal. Enquanto seis milhões de judeus eram assassinados pelos regime nazista, alguns eram salvos graças à solidariedade de não judeus, cujas consciências não lhes permitiam olhar com indiferença para seus semelhantes. Por seus atos, muitos foram homenageados pelo Yad Vashem como " Justo entre as nações".
Quando bebê, a própria autora deste livro foi salva dos horrores de Auschwitz por um homem desconhecido e hoje é curadora do Holocausto Memorial Day Trust. Ela reuniu as histórias de trinta pessoas que resgataram judeus, trazendo uma nova visão do motivo de essas pessoas estarem dispostas a correr tanto risco por seus semelhantes, homens e mulheres. Com prefácio de Sir Martin Gilbert, um dos maiores especialistas no assunto, este é sem sobra de dúvida um relato enaltecedor de como algumas ações generosas podem realmente fazer diferença num mundo de verdadeiros horrores como o criado por Adolf Hitler e o seu Terceiro Reich.
2. O MITO DE SÍSIFO
O MITO DE SÍSIFO, ALBERT CAMUS, um dos escritores e intelectuais mais influente do século xx,o publicou em 1942. Este ensaio sobre o absurdo tornou-se uma importante contribuição filosófico-existencial e exerceu influência profunda sobre toda uma geração. Camus destaca o mundo imerso em irracionalidades e lembra Sísifo, condenado pelos deuses a empurrar incessantemente uma pedra até o alto de uma montanha, de onde ela tornava a cair, caracterizando seu trabalho como inútil e sem esperança. O autor faz um retrato do vazio em que vivemos e do dilema enfrentado pelo homem contemporâneo: " Ou não somos livres e o responsável pelo mal é Deus Todo-Poderoso, ou somos livres e responsáveis, mas Deus não é Todo-Poderoso."
3. A VIAGEM DO ELEFANTE:
Não é toda vez que aparece um Elefante em nossa vida, muito menos chamado Salomão. Pois é esse formoso e meigo paquiderme, nascido em Goa, transportado pelos mares a Portugal no século XVI, o herói da viagem que aqui se conta. Foi numa conversa de alcova, nos idos de 1551, que Dom João III e sua mulher, Catarina da Áustria, selaram o destino do animal. Ele despertara grande curiosidade em Lisboa, mas agora, vegetava, sujo e malcheiroso, num cercado pelos lados de Belém, junto com seu cornaca indiano. Assim, é a Lei da Vida, nos diz Saramago: triunfo e esquecimento. Suas altezas dão novo alento a Salomão quando resolvem oferecê-lo de presente de casamento ao arquiduque Maximiliano II, recém-casado com a filha do Imperador Carlos V.
E lá se vai a caravana. Meses a fio, um punhado de soldados, cavalos bois e um elefante de três metros de altura e quatro toneladas de peso, percorrem os caminhos de Portugal em direção a Áustria.
E, assim continua o romance.
É imperdível.
4. A VIDA DAS ABELHAS:
MAURICE MAETERLINCK FOI, NA DRAMATURGIA, o principal representante da estética simbolista, tendência que surgiu na França no século XIX, como reação à rigidez parnasiana e à crueza do naturalismo.
Maeterlinck foi um poeta-filosófico. O destino do homem e a natureza eram suas matérias-primas. Seus estudos sobre as flores, as abelhas, as formigas e as térmitas são trabalhos de extrema sabedoria e beleza.
Em A VIDA DAS ABELHAS, o autor une a divulgação científica à metáfora sobre a sociedade humana.
segunda-feira, 28 de dezembro de 2015
QUATRO EXCELENTES LIVROS!
Hoje, em visita à Livraria Nobel no Shopping, tive a alegria de comprar três excelentes livros que vieram somar ao comprado anteriormente. São eles:
1. OS OUTROS SCHINDLERS - EDITORA CULTRIX - 302 PÁGINAS DA AUTORA AGNES GRUNWALD-SPIER. NARRAÇÃO DE FATOS ACONTECIDOS DURANTE A SEGUNDA GUERRA MUNDIAL E, VIVIDOS PELA AUTORA.
2. A VIAGEM DO ELEFANTE - COMPANHIA DAS LETRAS -260 PÁGINAS JOSÉ SARAMAGO (PRÊMIO NOBEL DE LITERATURA DE 1998)O ÚLTIMO LIVRO ESCRITO EM VIDA.
3. O MITO DE SÍSIFO - EDIÇÕES BEST-BOLSO - 135 PÁGINAS - ALBERT CAMUS - (PRÊMIO NOBEL DE LITERATURA DE 1957)
4. A VIDA DAS ABELHAS - MARTIN CLARET - 160 PÁGINAS - MAURICE MAETERLINCK - (PRÊMIO NOBEL DE LITERATURA DE 1911) - ESTE LIVRO ADIQUIRI ALGUNS MESES ATRÁS.
Amanhã falarei sobre cada um deles.
1. OS OUTROS SCHINDLERS - EDITORA CULTRIX - 302 PÁGINAS DA AUTORA AGNES GRUNWALD-SPIER. NARRAÇÃO DE FATOS ACONTECIDOS DURANTE A SEGUNDA GUERRA MUNDIAL E, VIVIDOS PELA AUTORA.
2. A VIAGEM DO ELEFANTE - COMPANHIA DAS LETRAS -260 PÁGINAS JOSÉ SARAMAGO (PRÊMIO NOBEL DE LITERATURA DE 1998)O ÚLTIMO LIVRO ESCRITO EM VIDA.
3. O MITO DE SÍSIFO - EDIÇÕES BEST-BOLSO - 135 PÁGINAS - ALBERT CAMUS - (PRÊMIO NOBEL DE LITERATURA DE 1957)
4. A VIDA DAS ABELHAS - MARTIN CLARET - 160 PÁGINAS - MAURICE MAETERLINCK - (PRÊMIO NOBEL DE LITERATURA DE 1911) - ESTE LIVRO ADIQUIRI ALGUNS MESES ATRÁS.
Amanhã falarei sobre cada um deles.
OLHOS AMENDOADOS!
De ti, adorava as mãos longas e finas
Que me acariciavam e me faziam feliz.
Recordo com avidez as unhas compridas
Que me feriam, formando, funda, cicatriz.
Os olhos amendoados e oblíquos brilhavam
Quando nos encontrávamos em alcovas tantas.
As sobrancelhas perfeitas emolduravam
A tez pálida desnuda de maquiagem, leviana.
Tinha os seios pequenos em forma de maçãs diminutas
Às vezes maduras; às vezes esverdeadas e tenras.
Para mim, eles sempre saciaram a fome abrupta
Quando se expunham esquecidos das perfumadas rendas.
O ventre, sempre rescendendo a perfume de canela
Arfava, num vai e vem, alucinante; deveras, febril.
Nele, tu me permitias deitar e sonhar sonhos de quimera,
Num embalo de luxúria, de volúpias e, nunca, pueril.
O monte de vênus forrado por pelos eriçados e sedosos
Prendiam o meu sexo túrgido numa armadilha ferrenha.
De que adiantava tentar me soltar se tu, bela algoz,
Me mantinha enrodilhado nas coxas na crível crença
De que, era aí, a minha eterna morada; o meu paraíso.
Hoje, olhos amendoados, trago além das recordações voluptuosas,
O dorso, onde suas longas unhas perambulavam sem aviso,
As cicatrizes: troféus deixados por uma MULHER MARAVILHOSA.
Que me acariciavam e me faziam feliz.
Recordo com avidez as unhas compridas
Que me feriam, formando, funda, cicatriz.
Os olhos amendoados e oblíquos brilhavam
Quando nos encontrávamos em alcovas tantas.
As sobrancelhas perfeitas emolduravam
A tez pálida desnuda de maquiagem, leviana.
Tinha os seios pequenos em forma de maçãs diminutas
Às vezes maduras; às vezes esverdeadas e tenras.
Para mim, eles sempre saciaram a fome abrupta
Quando se expunham esquecidos das perfumadas rendas.
O ventre, sempre rescendendo a perfume de canela
Arfava, num vai e vem, alucinante; deveras, febril.
Nele, tu me permitias deitar e sonhar sonhos de quimera,
Num embalo de luxúria, de volúpias e, nunca, pueril.
O monte de vênus forrado por pelos eriçados e sedosos
Prendiam o meu sexo túrgido numa armadilha ferrenha.
De que adiantava tentar me soltar se tu, bela algoz,
Me mantinha enrodilhado nas coxas na crível crença
De que, era aí, a minha eterna morada; o meu paraíso.
Hoje, olhos amendoados, trago além das recordações voluptuosas,
O dorso, onde suas longas unhas perambulavam sem aviso,
As cicatrizes: troféus deixados por uma MULHER MARAVILHOSA.
quinta-feira, 24 de dezembro de 2015
SONETO PARA LUCRÉCIA
Tens de mim, oh, adorável Lucrécia
A admiração que a faz eterna amante.
Dos momentos idos recordo as excelsas
Carícias que me deixavam sempre exangue.
Eras, ao mesmo tempo mulher e menina
Quando desejavas te tornar incógnita.
Uma hora eu a amava como Messalina,
Outra hora te respeitava nas cismas.
Mas, um dia, ousei, fazer-te pecadora,
E, a possuí com selvageria e ferocidade.
Foi um erro fatal e, por ele, sofro agora,
Agoniado pela desventura de ser olvidado;
De ser desprezado e viver na eterna saudade.
Oh!, Lucrécia, como te amei em recente passado.
segunda-feira, 21 de dezembro de 2015
CABELOS DE MILHO
Enfurnada no milharal a rapariga colhia as espigas
De milho graúdas na ânsia de encher o covil do vestido,
Indiferente a serrilha das folhas que formavam feridas
Nas mãos, nas pernas e nos braços nus; sem abrigo.
Formosa em sua simplicidade de roceira agreste
Ela ia, pouco a pouco, colhendo os frutos suculentos
Que formavam um volume como se grávida, estivesse,
Embora, o vigor e carne tenra, demonstrasse, o engano.
Escondido dentre a folhagem verdejante eu a contemplava
Embevecido pela agilidade com que ela enfrentava a lide.
Nestes momentos, tinha como prêmio vê-la inocente e linda
Levantar o vestido expondo as coxas aos meus olhos de lince.
Sim, o vestido levantado formava o recipiente para as espigas
Que caíam, como se pedras raras fossem, no ventre palpitante.
Oh!, como era bela a colhedora que a mim não fazia vista
Ignorando-me, como seu eu fora um pé de milho seco, exangue.
Procurando não assustá-la despi-me da calça que me tolhia
O sexo intumescido que teimava em se projetar febril e arrojado
Na conquista da rapariga que na cabeleireira vasta exibia
Os cabelos ruivos das espigas que brilhavam desalinhados.
Não bastou mais que um segundo para que eu atingisse o clímax
E, soltasse um débil gemido da garganta seca no auge do cio.
Sentindo-se violada em sua inocência jogou as belas espigas
E, serpenteando o milharal se foi balançando os cabelos de milho.
De milho graúdas na ânsia de encher o covil do vestido,
Indiferente a serrilha das folhas que formavam feridas
Nas mãos, nas pernas e nos braços nus; sem abrigo.
Formosa em sua simplicidade de roceira agreste
Ela ia, pouco a pouco, colhendo os frutos suculentos
Que formavam um volume como se grávida, estivesse,
Embora, o vigor e carne tenra, demonstrasse, o engano.
Escondido dentre a folhagem verdejante eu a contemplava
Embevecido pela agilidade com que ela enfrentava a lide.
Nestes momentos, tinha como prêmio vê-la inocente e linda
Levantar o vestido expondo as coxas aos meus olhos de lince.
Sim, o vestido levantado formava o recipiente para as espigas
Que caíam, como se pedras raras fossem, no ventre palpitante.
Oh!, como era bela a colhedora que a mim não fazia vista
Ignorando-me, como seu eu fora um pé de milho seco, exangue.
Procurando não assustá-la despi-me da calça que me tolhia
O sexo intumescido que teimava em se projetar febril e arrojado
Na conquista da rapariga que na cabeleireira vasta exibia
Os cabelos ruivos das espigas que brilhavam desalinhados.
Não bastou mais que um segundo para que eu atingisse o clímax
E, soltasse um débil gemido da garganta seca no auge do cio.
Sentindo-se violada em sua inocência jogou as belas espigas
E, serpenteando o milharal se foi balançando os cabelos de milho.
SONETO PARA LUÍZA
Oh! Luíza, como traz em mim recordações
Dos momentos em que vivemos dias felizes:
Foram dias e noites imersos em sensações,
Que nos faziam pecar em suaves deslizes.
Eras para mim a mulher que pela vida sonhei
Nas infindáveis noites de insônias doridas.
Ao teu lado vivi o amor e, muito amor, te dei,
Recebendo de ti, as loucas e sensuais carícias.
Hoje, que não mais a tenho choro um chorar convulso
De quem sabe que os belos lábios jamais serão beijados,
Inda que o tempo não passe e pare em meus soluços.
Mas, mesmo assim, o meu coração permanecerá brasa viva
Alimentado pelas recordações dos teus "ais" tresloucados.
Viver, por viver, é o que faço, desde então, sonhada Luíza.
Dos momentos em que vivemos dias felizes:
Foram dias e noites imersos em sensações,
Que nos faziam pecar em suaves deslizes.
Eras para mim a mulher que pela vida sonhei
Nas infindáveis noites de insônias doridas.
Ao teu lado vivi o amor e, muito amor, te dei,
Recebendo de ti, as loucas e sensuais carícias.
Hoje, que não mais a tenho choro um chorar convulso
De quem sabe que os belos lábios jamais serão beijados,
Inda que o tempo não passe e pare em meus soluços.
Mas, mesmo assim, o meu coração permanecerá brasa viva
Alimentado pelas recordações dos teus "ais" tresloucados.
Viver, por viver, é o que faço, desde então, sonhada Luíza.
quinta-feira, 17 de dezembro de 2015
UMA VONTADE DE NÃO DIZER NADA!
Há dias e noites que estou com uma vontade de NÃO DIZER NADA!
É estranho, mas, por mais que eu tente dizer alguma coisa, o pensamento não chega em meus neurônios.
Devido a essa terrível apatia sinto uma vontade indizível de não existir e, se existo, é porque sou um perfeito marionete.
E, o que é que move os meus membros inertes, apáticos e frágeis?
Ah!, só podem ser as mãos do indecifrável Ente, que muitos teimam em chamar de "Deus".
Senão, o que mais poderia ser?, se vivo uma vida enrodilhado como um cão sarnento após ser chutado por quem quer que seja?
Pela extrema vontade de não dizer nada, é que digo:
"QUE PORRA DE INÉRCIA EM QUE EU ME ENFURNEI... FODA-SE A VONTADE DE DIZER ALGUMA COISA!".
É estranho, mas, por mais que eu tente dizer alguma coisa, o pensamento não chega em meus neurônios.
Devido a essa terrível apatia sinto uma vontade indizível de não existir e, se existo, é porque sou um perfeito marionete.
E, o que é que move os meus membros inertes, apáticos e frágeis?
Ah!, só podem ser as mãos do indecifrável Ente, que muitos teimam em chamar de "Deus".
Senão, o que mais poderia ser?, se vivo uma vida enrodilhado como um cão sarnento após ser chutado por quem quer que seja?
Pela extrema vontade de não dizer nada, é que digo:
"QUE PORRA DE INÉRCIA EM QUE EU ME ENFURNEI... FODA-SE A VONTADE DE DIZER ALGUMA COISA!".
terça-feira, 15 de dezembro de 2015
UMA LEITURA UM POUCO INTRIGANTE
Estou lendo o livro O UNIVERSO NUMA CASCA DE NOZ , de STEPHEN HAWKING, da Editora EDIOURO. Realmente é uma leitura intrigante, mas, bastante proveitosa, principalmente, quando se deseja saber um pouco mais da história do nosso Universo. A leitura pede um pouco de conhecimento em Física e Matemática. Os anos em que estudei Ciências Físicas e Biológicas , me dediquei bastante à essas matérias. Dessa maneira, as dificuldades de compreensão do texto são poucas.
RESENHA DO LIVRO:
Um dos mais influentes pensadores atuais, Stephen Hawking é um ícone intelectual, conhecido não apenas pela ousadia de sua ideias, mas também pela clareza e perspicácia com as quais expressa. Neste livro, Hawking nos conduz às fronteiras últimas da física teórica, onde a verdade é frequentemente mais estranha que a ficção, para explicar, numa linguagem leiga, os princípios que controlam o universo.
Como muitos da comunidade de físicos teóricos, Hawking está à procura do graal da ciência: a esquiva Teoria do Tudo, situada no âmago do Cosmos. Com seu estilo acessível e bem-humorado, guia-nos na busca para descobrir os segredos do universo - da supergravidade à supersimetria , da Teoria Quântica à Teoria-M, da holografia à dualidade. Transporta-nos às assombrosas fronteiras da ciência, onde a teoria de supercordas e as p-branas podem constituir as peças finais do quebra-cabeça. Revela-nos os bastidores de uma de suas mais empolgantes aventuras intelectuais ao procurar "combinar a Teoria da Relatividade Geral de Einstein e a ideia das histórias múltiplas de Feynmam em uma Teoria unificada completa, que poderá descrever tudo o que acontece no universo".
Com sua exuberância característica, Hawking convida-nos a sermos seus companheiros nesta extraordinária viagem através do espaço-tempo.
Uma grande quantidade de ilustrações coloridas nos orienta nesta jornada a um mundo surreal de maravilhas, em que partículas, lâminas e cordas se movem em onze dimensões; buracos negros se evaporam e desaparecem, levando consigo seu segredo; e a semente cósmica originária de onde brotou o universo era uma noz diminuta.
O UNIVERSO NUMA CASCA DE NOZ é leitura fundamental para todos aqueles que desejam entender o universo no qual vivemos.
STEPHEN HAWKING é professor lucasiano de matemática da Universidade de Cambridge, uma cadeira que já foi ocupada por Newton, e considerado um dos mais brilhantes físicos teóricos desde Einstein.
Leia também de Hawking UMA BREVE HISTÓRIA DO TEMPO. É maravilhoso.
quarta-feira, 9 de dezembro de 2015
A PONTE
Toda às vezes que íamos à ponte eu ficava feliz,
E, ela, também, se retorcia, de felicidade indizível.
A ponte se dobrava sobre um pequeno lago visível,
Pelos nossos olhos que se fixavam na paisagem gris.
Abraçados, passávamos horas absortos na contemplação,
Das ondas serenas que se formavam no cair de um inseto.
Era tanta a magia que nos envolvia que a cerração,
Chegava com seu manto frio e nos possuía com sofreguidão.
Eu, ía à ponte para me extasiar nas imagens refletidas,
Na água límpida que nos recebia em todo o seu resplendor.
Nela, eu a beijava, em carícias sutis e repetidas
E ela, as retribuía, com seus lábios túmidos e sedutores.
Assim, unidos em corpo e alma, sentíamos a paz e o langor
Que sentem os amantes no redemoinho das águas e, dos amores.
PRÊMIO DO ANO POR CORRUPÇÃO
E, não é que a Petrobrás foi indicada para concorrer ao PRÊMIO CORRUPÇÃO NESSE ANO?
Alguém em sã consciência duvida que ela será a grande ganhadora de tão merecido prêmio?
E, o PRÊMIO NOBEL, quando virá para o Brasil?
Pelos meus cálculos eu acredito que teremos um prêmio Nobel no ano 2.100...
De qualquer maneira, não deixa de ser um prêmio e, me parece, que o Nestor Ceveró é quem vai representar seus amigos larápios na solenidade de entrega do prêmio, embora, mais de 500, tenham se apresentado para tal.
Formigas, puxa-sacos e corruptos, pululam, pelo nosso Continental país, como uma praga sem fim.
O que nós precisamos é de centenas de clones do Juiz Sérgio Moro, para acabarmos com essas pragas, de vez.
terça-feira, 1 de dezembro de 2015
SONETO PARA O MEU ROSTO BORRADO DE BATOM CARMIM
Sim, eu sou o culpado! Eu implorei pelos ardentes beijos,
Que me borraram o rosto, sem piedade, de batom carmim.
Para ela, o pedido foi uma ordem, e me satisfez os desejos,
De ter o rosto, lambuzado, no início, no meio e, no fim.
Lábios carnosos receberam o batom carmim em abundância,
Nos beijos que se excediam e se tornavam secos e pálidos.
Em instantes, ela, retirava da bolsa, um tubo de fragrância
Indizível, e com ele repintava, os lábios, num gesto tresloucado.
O batom carmim exalava o perfume que impregnava a alcova tépida
Na exacerbação das carícias que maculava-me a face febril.
Por inúmeras vezes olhei-me no espelho e a vi sorridente e sutil,
Borrar, os lábios, como se eles fossem de porcelana: uma réplica.
Por duas noites consecutivas ela pintou-me o rosto de carmim,
Beijando-me como louca e como louco satisfiz os meus anseios: enfim!
Que me borraram o rosto, sem piedade, de batom carmim.
Para ela, o pedido foi uma ordem, e me satisfez os desejos,
De ter o rosto, lambuzado, no início, no meio e, no fim.
Lábios carnosos receberam o batom carmim em abundância,
Nos beijos que se excediam e se tornavam secos e pálidos.
Em instantes, ela, retirava da bolsa, um tubo de fragrância
Indizível, e com ele repintava, os lábios, num gesto tresloucado.
O batom carmim exalava o perfume que impregnava a alcova tépida
Na exacerbação das carícias que maculava-me a face febril.
Por inúmeras vezes olhei-me no espelho e a vi sorridente e sutil,
Borrar, os lábios, como se eles fossem de porcelana: uma réplica.
Por duas noites consecutivas ela pintou-me o rosto de carmim,
Beijando-me como louca e como louco satisfiz os meus anseios: enfim!
O NASCIMENTO DE TRÊS FILHOS
HOJE, nasceram meus três filhos, ou, melhor, meus três novos livros.
Nasceram :
1. A MENINA QUE SOLTAVA PÁSSAROS - LIVRO ECOLÓGICO PARADIDÁTICO - 110 PÁGINAS
2. O SUPER BEM-TE-VI - LIVRO ECOLÓGICO PARADIDÁTIC 45 PÁGINAS
3. OLHOS DE JADE - POESIAS E PROSAS - 142 PÁGINAS
Se tudo correr bem, estarei promovendo as Noites de Autógrafos no ano vindouro.
Com esses, totabilizo 17 obras publicadas (são filho queridos).
Agora, devo reiniciar o romance MULHERES SEDUTORAS & MULHERES SEDUZIDAS - ROMANCE ERÓTICO . PRETENDO QUE ELE
CHEGUE AO MUNDO EM MEADOS DE FEVEREIRO DE 2016.
LER E ESCREVER, ESSE É O MEU LEMA!
Nasceram :
1. A MENINA QUE SOLTAVA PÁSSAROS - LIVRO ECOLÓGICO PARADIDÁTICO - 110 PÁGINAS
2. O SUPER BEM-TE-VI - LIVRO ECOLÓGICO PARADIDÁTIC 45 PÁGINAS
3. OLHOS DE JADE - POESIAS E PROSAS - 142 PÁGINAS
Se tudo correr bem, estarei promovendo as Noites de Autógrafos no ano vindouro.
Com esses, totabilizo 17 obras publicadas (são filho queridos).
Agora, devo reiniciar o romance MULHERES SEDUTORAS & MULHERES SEDUZIDAS - ROMANCE ERÓTICO . PRETENDO QUE ELE
CHEGUE AO MUNDO EM MEADOS DE FEVEREIRO DE 2016.
LER E ESCREVER, ESSE É O MEU LEMA!
quinta-feira, 26 de novembro de 2015
RETRIBUIÇÃO DE UM PRESENTE RECEBIDO
Hoje, um amigo dileto me presenteou com dois pneus para o meu carro. Realmente, eles já estavam oferecendo risco à minha vida. Fazendo uma análise criteriosa de minhas posses vi que só podia trocá-los no ano vindouro. Sabendo disso, esse dileto amigo se prontificou a resolver tão grave problema doando-me os pneus. Assim´é, que, lá pelas cinco horas da tarde a oficina me ligou e me avisou de que o serviço estava pronto. Ao dirigir o carro com os pneus novos senti que estava trafegando nas nuvens de tão macio que ficou. Sentindo-me seguro no volante veio-me o sentimento de gratidão e, de que, deveria também presenteá-lo. Quando chegou a noite não tive nenhuma dúvida e dei de coração uma das estrelas mais lindas do Universo ao meu querido benfeitor. Como poeta ( a grana não gosta de poetas) fiz o impensável para qualquer mortal: Dei o nome do meu amigo à belíssima estrela, o qual peço licença para não declinar o seu nome, mas, os mais íntimos sabem do seu nome e afetuoso gesto.
Caro amigo, para você eu deixo a seguinte promessa: Assim, que eu tomar coragem eu venderei cinco centímetros do Universo estrelado (Eu sou dono do Universo inteiro) e lhe darei uma Ferrari e um Iate. Creio que quando eu escutar o Cauby cantando BASTIDORES e tiver um bom vinho à mesa eu tomarei esta dolorida decisão... Você merece!
Obrigado!
Caro amigo, para você eu deixo a seguinte promessa: Assim, que eu tomar coragem eu venderei cinco centímetros do Universo estrelado (Eu sou dono do Universo inteiro) e lhe darei uma Ferrari e um Iate. Creio que quando eu escutar o Cauby cantando BASTIDORES e tiver um bom vinho à mesa eu tomarei esta dolorida decisão... Você merece!
Obrigado!
segunda-feira, 23 de novembro de 2015
SONETO DA PROCURA
Por onde tu andarás mulher bela e exótica
Que me fez o homem mais feliz em anos idos,
Quando a mocidade sorria para mim, embora,
Já estivesse calejado por amores findos.
Tu eras a alegria que reinava em meu coração
Quando, juntos, falávamos de tudo ou de nada.
Vê-la, era, para mim, a felicidade em explosão
E, ao nos despedirmos a alma se despedaçava.
Vivemos uma vida sem fim, porém, sendo o futuro
Uma incógnita, que não queríamos decifrá-la,
Temerosos de que o "adeus" viesse como verdugo,
E, nos tirasse o amor que cultivávamos com loucura,
Embalados pela singeleza das carícias sonhadas.
Oh! mulher bela e exótica, estou a tua procura.
Que me fez o homem mais feliz em anos idos,
Quando a mocidade sorria para mim, embora,
Já estivesse calejado por amores findos.
Tu eras a alegria que reinava em meu coração
Quando, juntos, falávamos de tudo ou de nada.
Vê-la, era, para mim, a felicidade em explosão
E, ao nos despedirmos a alma se despedaçava.
Vivemos uma vida sem fim, porém, sendo o futuro
Uma incógnita, que não queríamos decifrá-la,
Temerosos de que o "adeus" viesse como verdugo,
E, nos tirasse o amor que cultivávamos com loucura,
Embalados pela singeleza das carícias sonhadas.
Oh! mulher bela e exótica, estou a tua procura.
domingo, 22 de novembro de 2015
SONETO DO MEU PADECER
Sei que padeço e muito, muito, padeço,
Pela desilusão de um amor que enfim,
Terminou e, por ele, pago um alto preço,
Por crer que ela pertenceria sempre a mim.
Oh!,credulidade que nos faz aceitar juras,
Nos momentos em que nos tornamos insanos,
E, cremos que a mulher amada tem a alma pura,
Nunca, um coração, repleto de tantos enganos.
Hoje, quando a verdade explodiu em lavas lodosas
Enlameando-me o corpo no seu visgo de mentiras,
Choro um choro convulsivo pelo mar de malícias
Em que ela soçobrou e nunca mais emergiu airosa.
Amanhã, um outro dia raiará em meu jeito de viver,
Para ser feliz com outra mulher e, nunca mais, padecer.
Pela desilusão de um amor que enfim,
Terminou e, por ele, pago um alto preço,
Por crer que ela pertenceria sempre a mim.
Oh!,credulidade que nos faz aceitar juras,
Nos momentos em que nos tornamos insanos,
E, cremos que a mulher amada tem a alma pura,
Nunca, um coração, repleto de tantos enganos.
Hoje, quando a verdade explodiu em lavas lodosas
Enlameando-me o corpo no seu visgo de mentiras,
Choro um choro convulsivo pelo mar de malícias
Em que ela soçobrou e nunca mais emergiu airosa.
Amanhã, um outro dia raiará em meu jeito de viver,
Para ser feliz com outra mulher e, nunca mais, padecer.
sábado, 21 de novembro de 2015
O CIMO DA MONTANHA
Por um tempo que não sei precisar fiquei deitado no sopé da montanha. Estava extenuado pela penosa caminhada que vinha fazendo desde que deixei de existir como homem e resolvi me transformar em um lagarto. Não sei explicar o porquê de escolher um réptil para me substituir como humano. Pensei algumas vezes em me transformar em aranha; escorpião; sapo e até, acreditem, em minhoca.Mas, assim, que deitei no sopé da montanha me fiz lagarto e, procurei me esconder do sol abrasador entrando num monte de folhas e gravetos ressecados. Até o cair da noite, descansei, recuperando as forças perdidas na longa peregrinação. Para matar a fome e a sede devorei alguns tolos insetos que passavam por mim, me ignorando como se eu continuase a ser aquele ser insiginificante de um dia atrás. Quando o sol raiou eu iniciei a subida até o cimo da montanha me rastejando e machucando o ventre com os pedregulhos ponteagudos que cobriam os trilhos feitos por algum outro animal. A dor não me incomodava. Incomodava sim, o calor abrasante que tostava o meu corpo e me fazia silvar de sede. Por um certo tempo, voltei ao estágio de "homo sapiens" e calculei, agora de pé, a distância que ainda faltava para atingir o meu intento. Como "humano" dei algumas passadas, porém, em segundos me dobrava para trás e perdia o terreno conquistado. Banhado de suor, pensei comigo: "estou vivendo a mesma maldição de Sísifo". Já, no estágio de lagarto venci umas dezenas de metros e cansado, me enfurnei numa toca de tatu para me refrescar e passar a noite. O dia amanheceu claro e fresco. Aproveitei a ausência do sol e rastejei até o cimo da montanha e, lá cheguei,estropiado e alquebrado... Um homem-lagarto desprovido de sensação e vontade de viver. Num breve sacolejar do corpo doído e lanhado, me despedi do lagarto com uma leve carícia no seu dorso frio e luzidio e me fiz homem novamente. A metamorfose não durou mais que alguns décimos de segundo. Estático, permaneci até que o sol se pôs e a Lua me inundou com seus raios argênteos. No lusco-fusco da noite visualizei uma pedra que se projetava para o abismo e nela eu imaginei ver (miragem?) uma prancha de piscina que estava um pouco acima de um mar azul e plácido. Achando que um mergulho nas águas tépidas me fariam desistir da intenção de me suicidar pulando no vazio abissal que se descortinava perante mim (alguns minutos antes) trepei na pedra, ou melhor, na prancha e mergulhei de encontro ao embate sensual das águas. Por algumas horas me vi imergindo num mar sem fim. Uma aragem fresca refrescava o meu corpo e continuei imergindo... imergindo... imergindo. Até que, alcancei o fundo e só então me dei conta de que estava grudado num terreno seco, árido e escaldante. Tentei emergir, mas, os braços e pernas não reagiam. Aos poucos a vista foi se turvando e deixei de enxergar. O tempo que passou não sei calcular. A noite e o dia se foram e outro dia chegou e, então senti sobre o meu corpo despedaçado o andar sacolejante de um lagarto que pouco a pouco me devorou. Quando me senti dentro do estômago do réptil agradeci a "quem quer que seja" que me deu este destino... O destino de rastejar ao invés de andar como um homem.
E, tudo aconteceu, no cimo da montanha.
sexta-feira, 20 de novembro de 2015
A ESCOLHIDA
Para ele dentre todas ela foi a escolhida
Embora, muitas delas o tivessem seduzido.
Porém, para ele, ela tinha um "quê" de malícia,
Que o fazia sentir-se dos rivais, o escolhido.
Assim, ambos, em suas escolhas norteadas pelo amor
Desenvolveram durante décadas um relacionamento feliz.
Ela, satisfazendo seus desejos numa entrega sem pudor;
Ele, se entregando sem limites, nu, sem nenhum verniz.
O tempo passou e a maturidade deste amor se consolidou
Apesar de alguns percalços se enredassem nestas vidas.
Mas, que são desavenças senão o molho que validou
A veracidade de uma noite em que se encontraram
E, se conheceram pela primeira vez e então a sina
De estarem juntos perdurou e, nunca mais, se separaram.
domingo, 15 de novembro de 2015
A BARBÁRIE DA FRANÇA
O que se pode dizer sobre a terrível carnificina ocorrida na cidade luz? Quando se trata de uma barbárie como esta ficamos todos paralisados, sem ação para dizer o que sentimos. Sabemos sim, que se trata de uma "guerra" sem limites e sem medir as consequências, não importando quem serão os atingidos; que pagarão com suas vidas a loucura de outros seres "humanos" que vivem num estado de espírito mais para o inferno do que para o paraíso celestial que acreditam alcançar com seus atos terroristas. Na Idade Média já tivemos as famosas "Guerras Santas", onde se matava sem dó nem piedade, ancorado na obediência à Deus. Mas, que Deus é esse que exige a morte de milhares e milhares de pessoas inocentes? Uma das famosas leis da Física afirma: " A TODA AÇÃO, UMA REAÇÃO...". É evidente que as Nações atingidas pelos fanáticos terroristas serão retaliadas, também, sem dó, nem piedade. E, assim, uma ação, desencadeia outra reação. Até quando o homem dito "inteligente" neste planeta vai continuar com seus atos insanos? Alguém já ouviu falar de uma guerra entre leões; rinocerontes; girafas; gafanhotos, escorpiões etc.? A cada dia que passa o "Homo sapiens" está regredindo e, continuando assim, logo, muito logo, voltará a habitar as cavernas. Einstein. declarou: a primeira guerra foi com fuzis; a segunda com bomba atômica; a terceira será com bomba de hidrogênio e a quarta será com paus e pedras.
É o que nos espera com os fanáticos e assassinos do Estado Islâmico; do Talibã; dos países que vivem em constante conflito e, dos "idiotas" que se julgam os "deuses" do certo e do errado e cometem estas atrocidades.
Hoje, voar em gigantescas aeronaves, em trens; em navios, bem como frequentar casas de espetáculos; estádios de futebol etc., é uma temeridade.
Que as almas dos mortos na capital da França, descansem em paz e, que as almas dos terroristas mortos vão para o inferno (embora eu não acredite nem em céu e nem em inferno).
Que o "Ente Supremo" criador deste Universo nos proteja.
quinta-feira, 12 de novembro de 2015
MAIS UMA VITÓRIA DA BIBLIOTECA
Ontem, a Diretoria Executiva do TCC, apresentou a planilha orçamenária e fiquei muito feliz quando vi que a mesma está solicitando $115.000,00 para o Conselho e , que deverá ser usado na reforma do Casarão e instalação da Biblioteca. Acredito que nos meados dos segundo semestre a Biblioteca estará instalada e funcionando.
De imediato estou pensando em colocar na Sauna uma estante de aço com mais ou menos 300 títulos de minha propriedade. É a semente da Biblioteca que será plantada. Acredito que deverei ficar sem uns 20% dos livros, mas, o livro deve circular e não ficar empoeirado nas estantes. Com o passar do tempo o cidadão vai se conscientizar de que após ler o livro, deverá devolvê-lo. Não podemos desanimar. Um homem que lê, é um novo cérebro para melhorar o nosso Brasil.
"SOMENTE OS CÉREBROS NEBULOSOS É QUE SE COLOCAM NA CONTRAMÃO DA CULTURA".
Vou à luta! Quem viver, verá!
De imediato estou pensando em colocar na Sauna uma estante de aço com mais ou menos 300 títulos de minha propriedade. É a semente da Biblioteca que será plantada. Acredito que deverei ficar sem uns 20% dos livros, mas, o livro deve circular e não ficar empoeirado nas estantes. Com o passar do tempo o cidadão vai se conscientizar de que após ler o livro, deverá devolvê-lo. Não podemos desanimar. Um homem que lê, é um novo cérebro para melhorar o nosso Brasil.
"SOMENTE OS CÉREBROS NEBULOSOS É QUE SE COLOCAM NA CONTRAMÃO DA CULTURA".
Vou à luta! Quem viver, verá!
terça-feira, 10 de novembro de 2015
SONETO DA DESPEDIDA
A despedida entre nós não era para ser como foi:
Foi desgastante pelos fatos insanos acontecidos,
Tais como, mentiras, falsidades, tudo a dois.
Dois entes que se completaram no ludibrio.
Como folhas secas que se desprendem dos galhos
A verdade até então escondida também se desprendeu,
Num repente, em que nada disso, era, por mim, esperado.
Um duro golpe para um crente, que então, se tornou ateu.
Descrença inaudita se apossou de minha alma crédula
De que a verdade sempre jorrava da boca muito beijada.
Ah, tudo não passava de uma farsa orquestrada por lobos,
Que se passavam de ovelhas e a tudo e a todos enganavam
Com suas ardilosas artimanhas quando então se saciavam
Na odiosa traição. Foi uma despedida sem o menor retorno.
O RATO QUE FOI LIBERTADO DE UMA PENITENCIÁRIA DE SEGURANÇA MÁXIMA.
Deu no Jornal Nacional:
Dentro de um presídio de segurança máxima, os ditos ratões, larápios, vagabundos e outros codinomes conseguiram adestrar um ratinho para que ele fosse de cela em cela levando amarrado em si bolotas de maconha, cocaína, celulares e outros objetos necessários ao deleite dos desclassificados.
Como pagamento pelos serviços prestados, os presos lhe enchiam de comidas e guloseimas. No corpo trazia atado um comprido cordão para ser governado pelas "inteligentes" mentes deturpadas. O serviçal engordou mais do que o normal para os de sua espécie. Na verdade, estava levando uma "boa vida". Mas, como não se trata de um conto de fadas, mas, sim, da realidade, o "gordo" roedor foi surpreendido por um dos guardas que, imediatamente, o aprisionou em suas mãos. Depois de muita conversa e estudo da "lei" que vigora dentro do presídio, acharam por bem soltá-lo num terreno baldio fora do presídio.
Eu, acredito, que, depois, aconteceu o que vou expor:
É desnecessário dizer que o, agora, ratão, não se adaptou à vida dura fora do presídio e traçou um plano para retornar ao "doce" convívio dos seus protetores (Condenados). Encontrando um outro da sua espécie, só que bem mais magro e raquítico, mordeu-o, até matá-lo e com ele dentre os dentes pontiagudos dirigiu-se até o portão do presídio para que fosse preso por assassinato, voltando para a "boa vida". Acontece que o guarda de plantão não entendeu o seu intento e soltou um tremendo de um gato rajado em seu encalço. O rato balofo, correu o mais que sua barriga permitiu e num impulso férreo entrou dentro de um cano de esgoto de plástico. Ele tinha dois para escolher: um da marca Tigre, que ele descartou imediatamente (chega de felinos) e outro da marca Amanco, no qual ele se enfurnou por um bom tempo.
Moral da história:
Ratões e ratinhos não convivem por muito tempo.
sábado, 7 de novembro de 2015
O FRENESI DA CONQUISTA
Sempre que a encontrava sentia o coração acelerar
Pela incrível atração que exercia sobre mim.
E, quando isto acontecia eu não conseguia moderar
Os termos usados para que entendesse, enfim.
Às vezes me declarava com palavras expressivas,
Ou, então, com um buque de flores perfumadas.
Mas, ela, sempre me repelindo, sorria e dizia:
"Caro jovem, desista!, você não me diz nada".
Mas, como desistir se com ela sonhava as noites
E, os dias e, a vida, de mim, por ela, se esvaía.
Estava enlouquecido pela sua beleza diferente
Que a endeusava e das demais, sobressaía.
Até que uma noite, enlouquecido de paixão e desejos
A retive pelos braços numa dança de debutantes,
Onde ela, toda linda, como uma rainha distribuía beijos
Aos jovens (não a mim) que a seguiam a todo instante.
Sim, insano em minha atitude arrastei-a para um canto
Do salão repleto de lindos e felizes casais que bailavam.
Atônita, arregalou os belos olhos e me fitou com espanto
Da minha ousadia em tê-la sob minhas mãos que tremiam.
Gaguejando disse-lhe de supetão: " Eu... Eu te amo..."
E, concluí: " Por favor, não me repila... Dance comigo".
Por milagre (só pode ser) ela me puxou para um tango,
Sensual, que nos levou ao êxtase... "CAMINITO".
Desde esta noite então nunca mais nos separamos
E, sempre que recordamos daquela noite feliz
Eu, a abraço frente aos netos e, nos declaramos
Ela diz: "Você, nunca desistiu". " Eu digo:" Foi um frenesi".
Pela incrível atração que exercia sobre mim.
E, quando isto acontecia eu não conseguia moderar
Os termos usados para que entendesse, enfim.
Às vezes me declarava com palavras expressivas,
Ou, então, com um buque de flores perfumadas.
Mas, ela, sempre me repelindo, sorria e dizia:
"Caro jovem, desista!, você não me diz nada".
Mas, como desistir se com ela sonhava as noites
E, os dias e, a vida, de mim, por ela, se esvaía.
Estava enlouquecido pela sua beleza diferente
Que a endeusava e das demais, sobressaía.
Até que uma noite, enlouquecido de paixão e desejos
A retive pelos braços numa dança de debutantes,
Onde ela, toda linda, como uma rainha distribuía beijos
Aos jovens (não a mim) que a seguiam a todo instante.
Sim, insano em minha atitude arrastei-a para um canto
Do salão repleto de lindos e felizes casais que bailavam.
Atônita, arregalou os belos olhos e me fitou com espanto
Da minha ousadia em tê-la sob minhas mãos que tremiam.
Gaguejando disse-lhe de supetão: " Eu... Eu te amo..."
E, concluí: " Por favor, não me repila... Dance comigo".
Por milagre (só pode ser) ela me puxou para um tango,
Sensual, que nos levou ao êxtase... "CAMINITO".
Desde esta noite então nunca mais nos separamos
E, sempre que recordamos daquela noite feliz
Eu, a abraço frente aos netos e, nos declaramos
Ela diz: "Você, nunca desistiu". " Eu digo:" Foi um frenesi".
sexta-feira, 6 de novembro de 2015
A MOÇA DE BIQUÍNI MARELO
Foi quando a notei pela primeira vez deitada na areia branca e fervente
Que senti uma pontada doída no meu peito despido e bronzeado.
Ela, parecia estar ressonando pelo arfar das costas seminuas e frementes,
Quando, num impulso passei e, joguei areia, no seu corpo torneado.
Estava vestida com um minúsculo biquíni de um tom amarelado,
Que reluzia aos raios do sol que teimavam em furar o pano da barraca.
Ás costas trazia apenas um insignificante fio que segurava os seios,
E, no ventre, ou melhor, na anca, uma tira de pano em forma de pipa.
Por horas fiquei observando-a em suas idas e vindas à beira-mar,
Quando desfilava com ousadia e graciosidade o seu corpo sensual.
Toda a vez que a onda atingia seu corpo ela se deitava e fingia nadar,
E, então, maliciosamente soltava os cabelos; oh, visão celestial.
Aos cair da tarde ela se levantou com um invólucro de plástico
E, como a "garota de Ipanema" se dirigiu para o mar, agora, rebelde.
Deu algumas braçadas e num gesto maroto, despiu o biquíni amarelo,
Para em seguida, retirando da bolsa um biquíni da cor da pele.
Atônito, contemplei-a substituir a minúscula peça de banho e, em seguida
Atirar ao mar o biquíni amarelo que tanto me tinha inundado de desejos.
Rapidamente, sem medir o perigo, atirei-me às ondas enfurecidas
E, nadei, como um louco, atrás do meu troféu: o biquíni dos meus anseios.
Por horas e horas seguidas segui as duas peças do biquíni amarelo
No afã irresistível de tê-los em minhas mãos para a eternidade.
Mas, quanto mais eu nadava, mais elas se distanciavam do meu intento
E, esgotado, senti que me tornaria um náufrago sem alcançar a felicidade.
Quando a noite chegou, eu estava perdido num mar revolto e solitário
Cansado, sedento e tendo visões vi ao longe uma jovem me acenando.
Trajando o belo corpo com um biquíni amarelo, ou azul?, um sudário
Para o meu cadáver, que agora, ainda a buscava... e, segui, boiando.
Visões e visões tive até que uma fragata pousou sobre mim e os olhos
Furou com doloridas bicadas causando-me dores atrozes, até eu jazer.
De tudo ficou vagas lembranças de um corpo bronzeado e sinuoso
Coberto por um biquíni amarelo que muito, muito pouco, me deu prazer.
Que senti uma pontada doída no meu peito despido e bronzeado.
Ela, parecia estar ressonando pelo arfar das costas seminuas e frementes,
Quando, num impulso passei e, joguei areia, no seu corpo torneado.
Estava vestida com um minúsculo biquíni de um tom amarelado,
Que reluzia aos raios do sol que teimavam em furar o pano da barraca.
Ás costas trazia apenas um insignificante fio que segurava os seios,
E, no ventre, ou melhor, na anca, uma tira de pano em forma de pipa.
Por horas fiquei observando-a em suas idas e vindas à beira-mar,
Quando desfilava com ousadia e graciosidade o seu corpo sensual.
Toda a vez que a onda atingia seu corpo ela se deitava e fingia nadar,
E, então, maliciosamente soltava os cabelos; oh, visão celestial.
Aos cair da tarde ela se levantou com um invólucro de plástico
E, como a "garota de Ipanema" se dirigiu para o mar, agora, rebelde.
Deu algumas braçadas e num gesto maroto, despiu o biquíni amarelo,
Para em seguida, retirando da bolsa um biquíni da cor da pele.
Atônito, contemplei-a substituir a minúscula peça de banho e, em seguida
Atirar ao mar o biquíni amarelo que tanto me tinha inundado de desejos.
Rapidamente, sem medir o perigo, atirei-me às ondas enfurecidas
E, nadei, como um louco, atrás do meu troféu: o biquíni dos meus anseios.
Por horas e horas seguidas segui as duas peças do biquíni amarelo
No afã irresistível de tê-los em minhas mãos para a eternidade.
Mas, quanto mais eu nadava, mais elas se distanciavam do meu intento
E, esgotado, senti que me tornaria um náufrago sem alcançar a felicidade.
Quando a noite chegou, eu estava perdido num mar revolto e solitário
Cansado, sedento e tendo visões vi ao longe uma jovem me acenando.
Trajando o belo corpo com um biquíni amarelo, ou azul?, um sudário
Para o meu cadáver, que agora, ainda a buscava... e, segui, boiando.
Visões e visões tive até que uma fragata pousou sobre mim e os olhos
Furou com doloridas bicadas causando-me dores atrozes, até eu jazer.
De tudo ficou vagas lembranças de um corpo bronzeado e sinuoso
Coberto por um biquíni amarelo que muito, muito pouco, me deu prazer.
quinta-feira, 5 de novembro de 2015
A PAIXÃO E A INTELIGÊNCIA
A paixão e a inteligência são tão equidistantes quanto
O Sol e a Lua.
A paixão acomete os crédulos nos sentimentos alheios,
Como se eles realmente fossem verdadeiros.
São almas que estão à deriva de um grande e real amor,
E, por isto, se entregam de corpo e alma, sem prever as consequências
Futuras; os desenganos e as decepções que certamente virão em
Algum momento deste doentio relacionamento.
A paixão é momentânea, é como a fogueira acesa com palhas e,
Nunca com madeira de lei. É impossível desejar que a paixão permaneça.
É o mesmo que pedir lume à fogueira extinta.
Geralmente os que se declaram no ardor da paixão um dia, não importa, quando,
Causarão uma decepção incomensurável no companheiro (a) sem se importunar
Se estão sendo ferinos; impiedosos e, muitas vezes , sem escrúpulos nos atos
Praticados para alcançarem os seus intentos, que geralmente são malévolos.
Já Inteligência, permite que se faça uma escolha saudável de um grande amor.
Ela, também permite que o coração não se torne roto, maltrapilho e inerte.
Pessoas inteligentes sabem distinguir o galanteador falso do honesto.
Eu, sei, que é muito difícil escapar da "lábia" de um doador de flores,
Ou, de castelos; ou, então de uma vida regada a sonhos e imenso amor.
Ah, quisera Deus que estes enganadores de corações paguem suas maldades...
Mas... FICAM AQUI DOIS SÁBIOS DITADOS POPULARES:
"EM CADA CABEÇA, UMA SENTENÇA".
" A CADA ALMA, SUA PALMA."
A MOÇA QUE VENDE FLORES
A moça que vende flores é pobre, bela e iletrada,
Porém, com seu charme singelo vende belas flores
Para os passantes da escadaria da imponente igreja,
Após a missa matinal aos fiéis: seus compradores.
Com a cesta repleta das mais variadas flores ela exibe
Um sorriso encantador e oferece rosas, cravos e jasmins,
Dálias, petúnias e exuberantes magnólias num buque,
E, assim, de sorriso em sorriso, ela cativa a todos e, a mim.
Seu nome? Margarida e como a flor tem a tez pálida e suave,
Poderia também pelos lábios vermelhos e carnosos, se chamar Rosa,
Ou, então, Dália, pela frescura que exala de sua pele clara e jovem,
Mas eu, sempre preferi chamá-la de Orquídea, pela beleza exótica.
Acostumado a vê-la todos os domingos e sempre comprar uma flor,
Que ela, me entregava com as mãos trêmulas, talvez, envergonhada,
Não a vi neste último domingo e isto me fez sentir um certo pavor
De que a mesma não mais viesse nos presentear com sua singeleza.
E, assim se passaram alguns meses sem que a florista aparecesse.
Até, que, num domingo qualquer, ela estava aos pés da escadaria
Com a cesta de flores e num dos dedos da mão uma resplandecente
Aliança que fazia concorrência com o amarelo de uma margarida.
Trêmulo de emoção pedi um buque de rosas amarelas e titubeante
Perguntei sem maiores preâmbulos: A moça jogou o malmequer?
Sorrindo ela me entregou as flores e disse num ímpeto exultante:
" Moço, conheci o amor e hoje já não sou mais moça... Sou Mulher".
Ainda hoje, quando quero presentear um novo amor, uma nova conquista
Procuro nas escadarias da igreja a MULHER mais bonita, uma nova flor
E, recebo de suas mãos sempre as mais belas flores numa suave carícia
Embora, não a chame de orquídea, mas sim, uma SENHORA, de valor.
quarta-feira, 4 de novembro de 2015
UMA ALMA SEM SOMBRA
Do "deus" dos meus dias restou apenas uma alma sem sombra;
Um espectro de homem que soube ser um grande artista.
Enganou a todos com seu fácil "charme" e com ele compra
Os tolos que iludidos acreditam em sua tendência vigarista.
Sutil, soube engabelar os corações famintos de afetividade,
E, tendo-os, em suas mãos, nunca se apiedou de coração algum.
E, assim, viveu, uma vida miserável impelida pelas crueldades,
Impostas a quem caísse em sua rede: uma tara, incomum.
"Deus" de barro um dia se quebrou em sua própria insanidade
Quando não suportou ser preterido pela mulher que desgraçou,
E, que, pensava tê-la presa em seu jugo de demente perigoso.
Ah, diz o ditado popular que a Lei do retorno é implacável e fere
Com impiedade aquele que dela ri, gargalha e muito zomba.
A esse homem, o destino reservou: Uma alma sem sombra.
Um espectro de homem que soube ser um grande artista.
Enganou a todos com seu fácil "charme" e com ele compra
Os tolos que iludidos acreditam em sua tendência vigarista.
Sutil, soube engabelar os corações famintos de afetividade,
E, tendo-os, em suas mãos, nunca se apiedou de coração algum.
E, assim, viveu, uma vida miserável impelida pelas crueldades,
Impostas a quem caísse em sua rede: uma tara, incomum.
"Deus" de barro um dia se quebrou em sua própria insanidade
Quando não suportou ser preterido pela mulher que desgraçou,
E, que, pensava tê-la presa em seu jugo de demente perigoso.
Ah, diz o ditado popular que a Lei do retorno é implacável e fere
Com impiedade aquele que dela ri, gargalha e muito zomba.
A esse homem, o destino reservou: Uma alma sem sombra.
segunda-feira, 2 de novembro de 2015
O CABARÉ
O cabaré fervia no vaivém das almas perdidas e infelizes
Que transitavam como espectros de almas humanas.
Ora, iam para uma mesa e bebiam uma dose de uísque,
Ora, sentavam em cadeiras e traziam ao colo as damas.
Damas que se travestiam em prostitutas e se ofereciam
Ao primeiro que lhes pagasse uma bebida ou, um presente
Que fosse: linda pedras reluzentes que no escuro brilhavam,
Ou, moedas de prata; bijuterias que as deixavam contentes.
Dentre uma mesa e outra ao som do piano de notas melancólicas
Eu seguia em busca da "princesa" que me fizesse voltar a sonhar
E, na busca, bebia uma dose de absinto e procurava com arguto olhar,
A mais bela; nunca a mais pura, e seguia, na procura insólita,
Ansioso em ter nos braços a "dama", a mais requisitada pelos bêbados.
As luzes se apagaram e sozinho permaneci no bar tomando um gim.
Dos olhos lágrimas escorreram até que uma carícia, um leve afago
Secou-as e ao me voltar deparei com uma prostituta que me disse: SIM.
Sim, a última das perdidas da noite me elegeu para ser o seu amante
Nesta noite em que os desenganados procuram a sorte, e têm a férrea fé,
De que não irão embora sem que uma delas beije o seu falo vibrante.
Enfim, fui infinitamente feliz num aposento mirrado no fundo do CABARÉ.
Que transitavam como espectros de almas humanas.
Ora, iam para uma mesa e bebiam uma dose de uísque,
Ora, sentavam em cadeiras e traziam ao colo as damas.
Damas que se travestiam em prostitutas e se ofereciam
Ao primeiro que lhes pagasse uma bebida ou, um presente
Que fosse: linda pedras reluzentes que no escuro brilhavam,
Ou, moedas de prata; bijuterias que as deixavam contentes.
Dentre uma mesa e outra ao som do piano de notas melancólicas
Eu seguia em busca da "princesa" que me fizesse voltar a sonhar
E, na busca, bebia uma dose de absinto e procurava com arguto olhar,
A mais bela; nunca a mais pura, e seguia, na procura insólita,
Ansioso em ter nos braços a "dama", a mais requisitada pelos bêbados.
As luzes se apagaram e sozinho permaneci no bar tomando um gim.
Dos olhos lágrimas escorreram até que uma carícia, um leve afago
Secou-as e ao me voltar deparei com uma prostituta que me disse: SIM.
Sim, a última das perdidas da noite me elegeu para ser o seu amante
Nesta noite em que os desenganados procuram a sorte, e têm a férrea fé,
De que não irão embora sem que uma delas beije o seu falo vibrante.
Enfim, fui infinitamente feliz num aposento mirrado no fundo do CABARÉ.
PARA UM AMOR QUE JAZEU
Adeus companheira de longas e longas aventuras
Onde compartilhamos alegrias e raras tristezas.
Tivestes sempre em mim o norte e a ventura
De ser amada como o é a mulher da realeza.
Fomos pela vida afora um casal de amantes felizes
Que se amavam doidamente em alcovas tantas.
Porém, atendendo a sina de trair cometeste um deslize
E, se entregastes de corpo e alma para orgias levianas.
Eu sei que a dor da traição desaparecerá como a tempestade
Que assola as árvores; quebra os galhos e, depois, se vai...
Vai-te entregar sem orgulho ou pudor o seu desejo que se esvai
Nos poros suados, quando outro, te possuir, imbuído de leviandade.
Sei e bem sei, que, um dia te arrependerás da sina de agruras,
E, chorarás, recordando, nossas noites, de ternas aventuras.
Onde compartilhamos alegrias e raras tristezas.
Tivestes sempre em mim o norte e a ventura
De ser amada como o é a mulher da realeza.
Fomos pela vida afora um casal de amantes felizes
Que se amavam doidamente em alcovas tantas.
Porém, atendendo a sina de trair cometeste um deslize
E, se entregastes de corpo e alma para orgias levianas.
Eu sei que a dor da traição desaparecerá como a tempestade
Que assola as árvores; quebra os galhos e, depois, se vai...
Vai-te entregar sem orgulho ou pudor o seu desejo que se esvai
Nos poros suados, quando outro, te possuir, imbuído de leviandade.
Sei e bem sei, que, um dia te arrependerás da sina de agruras,
E, chorarás, recordando, nossas noites, de ternas aventuras.
domingo, 1 de novembro de 2015
O SINO
O sino na torre da imponente Matriz
Soava as seis badaladas anunciando a missa
Que atraía as senhoras e as meretrizes
E, mesmo as almas que se faziam omissas.
O padre sempre benévolo aceitava seus cordeiros
Independente se tinham pecado contra a moral.
Assim, lado a lado, ajoelhavam fiéis forasteiros
E, oravam, pedindo ao Criador o perdão final.
Uma tarde, antes da missa começar vislumbrei
Duas senhoras de vidas paralelas e equidistantes:
A primeira quando retirou o véu preto notei
Que tinha o s olhos úmidos e triste o semblante.
A segunda, vestida de um vestido de brilho; cor de carmim,
Não trazia nenhum véu que cobrisse os lábios carnosos
E, tinha os olhos vivos e, no colo ,uma flor de jasmim.
Era, sem dúvida, mais feliz do que a de véu negro.
Por um amigo fiquei sabendo que a sisuda era infeliz
E, que nunca amou em sua vida de austeridade doentia.
Já, a segunda, muito amou e amou, enquanto meretriz,
Das noites de orgias, em que vendia suas carícias.
O sino soou as seis badaladas anunciando a missa
E. lá estava a meretriz ajoelhada frente ao púlpito.
Curioso, procurei a "velha" senhora de preto, vestida,
Não a vi. Soube depois que de desgosto tinha morrido.
Soava as seis badaladas anunciando a missa
Que atraía as senhoras e as meretrizes
E, mesmo as almas que se faziam omissas.
O padre sempre benévolo aceitava seus cordeiros
Independente se tinham pecado contra a moral.
Assim, lado a lado, ajoelhavam fiéis forasteiros
E, oravam, pedindo ao Criador o perdão final.
Uma tarde, antes da missa começar vislumbrei
Duas senhoras de vidas paralelas e equidistantes:
A primeira quando retirou o véu preto notei
Que tinha o s olhos úmidos e triste o semblante.
A segunda, vestida de um vestido de brilho; cor de carmim,
Não trazia nenhum véu que cobrisse os lábios carnosos
E, tinha os olhos vivos e, no colo ,uma flor de jasmim.
Era, sem dúvida, mais feliz do que a de véu negro.
Por um amigo fiquei sabendo que a sisuda era infeliz
E, que nunca amou em sua vida de austeridade doentia.
Já, a segunda, muito amou e amou, enquanto meretriz,
Das noites de orgias, em que vendia suas carícias.
O sino soou as seis badaladas anunciando a missa
E. lá estava a meretriz ajoelhada frente ao púlpito.
Curioso, procurei a "velha" senhora de preto, vestida,
Não a vi. Soube depois que de desgosto tinha morrido.
QUINDIM, BEIJINHOS E BRIGADEIROS
Meu primeiro amor com seus treze anos
Adorava ir às festas de aniversário de crianças
Para se deliciar com os doces e folguedos
Onde ela, bela menina, se divertia com as festanças.
Nestas festas eu a acompanhava e servia de garçom
Para atender seus desejos de provar as guloseimas.
Com esmerada esperteza eu tirava os bombons
Da mesa onde ficavam os doces e as balas coloridas.
Porém, de todos os doces ela adorava somente três
E, me fazia, "roubá-los" em investidas seguidas,
Como um servo, ou melhor, um ladrão sorrateiro.
"Cara de pau" eu ia, pé ante pé, até as bandejas de doces
E, surrupiava, sem medo de ser flagrado as doces iguarias,
Que eram os apetitosos quindins, beijinhos e brigadeiros.
Adorava ir às festas de aniversário de crianças
Para se deliciar com os doces e folguedos
Onde ela, bela menina, se divertia com as festanças.
Nestas festas eu a acompanhava e servia de garçom
Para atender seus desejos de provar as guloseimas.
Com esmerada esperteza eu tirava os bombons
Da mesa onde ficavam os doces e as balas coloridas.
Porém, de todos os doces ela adorava somente três
E, me fazia, "roubá-los" em investidas seguidas,
Como um servo, ou melhor, um ladrão sorrateiro.
"Cara de pau" eu ia, pé ante pé, até as bandejas de doces
E, surrupiava, sem medo de ser flagrado as doces iguarias,
Que eram os apetitosos quindins, beijinhos e brigadeiros.
sexta-feira, 30 de outubro de 2015
QUANDO EU NÃO SENTIR MAIS SAUDADE.
Quando eu não mais sentir saudade
Tire-me o coração do peito estéril,
E, num ato banal jogue-o sem piedade
Ao cão faminto que late febril.
Tire-me o sol que sumiu no ocaso
E, a Lua que se esconde vergonhosa.
Sã astros que não convivem com o fracasso
De um homem a quem a saudade não vigora.
De que vale ter recordações inverídicas
De um amor que não se fez eterno.
É melhor ignorar a alma que reivindica
O que não viveu e se viveu, foi um erro.
Portanto, amigo, faça-me o favor de destruir
Os sentimentos que ainda teimam em sobreviver.
Sou, sim, um pária que sente a seiva fluir
De suas veias secas e estéreis para o frio éter.
Agora, que, de mim, já sabe, o ingrato destino
Da jura de uma mulher; uma grande inverdade.
Não tenha dó nem piedade e cumpra o que peço,
Quando eu não mais sentir saudade.
Tire-me o coração do peito estéril,
E, num ato banal jogue-o sem piedade
Ao cão faminto que late febril.
Tire-me o sol que sumiu no ocaso
E, a Lua que se esconde vergonhosa.
Sã astros que não convivem com o fracasso
De um homem a quem a saudade não vigora.
De que vale ter recordações inverídicas
De um amor que não se fez eterno.
É melhor ignorar a alma que reivindica
O que não viveu e se viveu, foi um erro.
Portanto, amigo, faça-me o favor de destruir
Os sentimentos que ainda teimam em sobreviver.
Sou, sim, um pária que sente a seiva fluir
De suas veias secas e estéreis para o frio éter.
Agora, que, de mim, já sabe, o ingrato destino
Da jura de uma mulher; uma grande inverdade.
Não tenha dó nem piedade e cumpra o que peço,
Quando eu não mais sentir saudade.
quarta-feira, 28 de outubro de 2015
A FLOR-DE-LIS
Ela sempre protegeu os seios dos olhares esquivos
Tratando-os como se fossem joias de real valor.
A ninguém ela permitiu que fossem adorados...
Nem a mim mesmo, que fui seu amante desvirginador.
Quando a tinha nua, ou melhor, seminua, de blusa
Nunca transparente e sempre de um tecido rústico,
Eu ralhava e gemia pedindo para sugar as pedras rútilas
Ah!, tudo em vão e o tesouro permanecia em segredo.
Até que numa noite de amores e desejos incontroláveis
Ela despiu a blusa e, graciosamente, desvelou os seios.
Atônito, pelo gesto incomum, me senti o mortal mais feliz.
Por um instante que se transformou em séculos inolvidáveis
Tive-os em meus lábios e assim, realizei, os meus anseios.
Ela, sensual, me mostrou em cada seio, a tatuagem de uma flor-de-lis.
Tratando-os como se fossem joias de real valor.
A ninguém ela permitiu que fossem adorados...
Nem a mim mesmo, que fui seu amante desvirginador.
Quando a tinha nua, ou melhor, seminua, de blusa
Nunca transparente e sempre de um tecido rústico,
Eu ralhava e gemia pedindo para sugar as pedras rútilas
Ah!, tudo em vão e o tesouro permanecia em segredo.
Até que numa noite de amores e desejos incontroláveis
Ela despiu a blusa e, graciosamente, desvelou os seios.
Atônito, pelo gesto incomum, me senti o mortal mais feliz.
Por um instante que se transformou em séculos inolvidáveis
Tive-os em meus lábios e assim, realizei, os meus anseios.
Ela, sensual, me mostrou em cada seio, a tatuagem de uma flor-de-lis.
segunda-feira, 26 de outubro de 2015
O CACHORRO!
A noite estava fria e escura.
Sentado na sarjeta eu chorava copiosamente o nunca ter sido.
As nuvens riam de mim toda vez que passavam sobre a praça deserta.
Nuvens escuras e carregadas de granizos me ameaçavam como se eu fosse um bandido.
Um instante atrás eu tinha tentado o suicídio riscando o meu peito com um canivete.
No último segundo, afrouxei a lâmina e me acovardei feito um rato esquálido.
Já, estava por horas abandonado na sarjeta quando sem mais nem menos ele chegou.
Chegou sorrateiro; chegou como uma sombra, chegou como um salteador.
Sem maiores trejeitos sentou-se ao meu lado e pôs-se a lamber a ferida do meu peito.
Quando prestei atenção vi que se tratava de um cachorro sujo e maltrapilho, como eu.
Não consegui distinguir sua raça, mas, se nem eu mesmo sabia quem era, como saber dele?
Tina o pelo ralo e muitas feridas pelo corpo e dele desprendia um cheiro nauseabundo.
Quando abriu a boca para me lamber os pés vi que lhe faltavam os caninos.
Mesmo assim, desdentado, me deixou trêmulo de pavor e, lhe sussurrei débeis lamentos.
Enroscado em minhas pernas tentava agasalhar-me e quem sabe devolver-me a vida que se esvaía.
Titubeante, rocei minhas mãos feridas em seu dorso e pude constatar que ele era dócil.
Para a minha felicidade tinha um ente que ainda me transmitia carinho e fiquei feliz.
A madrugada silente chegou e nos encontrou abraçados: dois desgraçados numa noite triste.
Sabendo que o "amigo" estava com fome tomei do canivete e abri minhas entranhas.
Num repente tirei os rins e lhe dei de comer; o que ele o fez com enorme satisfação.
Em seguida tirei o fígado ainda quente e sanguinolento e o atirei em sua bocarra molhada.
Durante alguns minutos, enquanto eu agonizava ele lambia os beiços e sorvia o sangue fervente.
Ainda, não satisfeito, mordeu-me o peito e retirou o coração ainda pulsante e o degustou.
Não ralhei com sua ousadia, pois, o coração já não mais me pertencia desde o dia...
Desde o dia em que a mulher de minha vida me abandonou por outro amante mais jovem e sedutor.
Feliz por ter um verdadeiro amigo que me ajudou a sair deste mundo e passar para o outro não vi.
Não vi quando por nós passou uma cadela toda sensual e oferecida mostrando estar no clímax do cio.
Imediatamente o meu então "amigo" me abandonou à própria sorte e saiu atrás da cadela vira-lata.
Sozinho, fui definhando até me esparramar no chão sujo e me contentar com a sarjeta como urna mortuária.
Uma nuvem negra passou por mim quando eu já era um cadáver vazio, oco, sem entranhas.
De tudo o que passei ficou a incerteza do ditado: " O cachorro é o melhor amigo do homem".
Para mim o certo é : " O CACHORRO É O MELHOR AMIGO DO HOMEM... ATÉ QUE PASSE À SUA FRENTE, UMA CADELA NO CIO".
domingo, 25 de outubro de 2015
REUNIÃO NO TAUBATÉ COUNTRY CLUB - BIBLIOTECA
Dia 26 do corrente - segunda-feira, às 20 horas , nós, membros da Comissão Biblioteca, seremos recebidos pela Presidenta da Diretoria Executiva, senhora Clenira, para tratarmos da implantação da referida Instituição. O Projeto Biblioteca no T.C.C. foi de minha iniciativa e, é muito salutar começar a colher os frutos. Acredito que no final do primeiro semestre de 2016 a Biblioteca estará funcionando plenamente, atentendo inicialmente os sócios e futuramente a Comunidade Taubateana.
"SOMENTE OS CÉREBROS OBTUSOS SE POSICIONAM NA CONTRAMÃO DA CULTURA".
ALDO DE AGUIAR
"SOMENTE OS CÉREBROS OBTUSOS SE POSICIONAM NA CONTRAMÃO DA CULTURA".
ALDO DE AGUIAR
HOMENAGEM NA UNITAU - TAUBATÉ
Dia 27 do corrente às 20 horas terei a honra de ser homenageado pela UNITAU com a medalha comemorativa dos 40 anos da entidade pelo cargo que ocupei como Diretor da Escola Dr. Alfredo José Balbi . A solenidade acontecerá na Faculdade de Ciências Jurídicas.
Será uma honra contar com meus amigos nesta solenidade.
Será uma honra contar com meus amigos nesta solenidade.
terça-feira, 20 de outubro de 2015
DIA DO POETA
Hoje, comemora-se o Dia do Poeta.
Mas, afinal, o que é ser poeta?
Eu respondo a esta pergunta com algumas considerações próprias do poeta (EU), a saber:
1. Ser poeta é acima de tudo ser amante... das flores, do vento; do mar bravio ou calmo; das estrelas que iluminam o Universo com suas luzes prateadas; da LUA; dos insetos; dos pássaros; da singeleza de uma criança passeando no parque; da safadeza de uma mulher na alcova; do canto insistente da cigarra; da luz fria e mística do vagalume... Enfim, da Natureza em seu todo;
2. É não se apegar às coisas materiais e ser delas escravo e viver constantemente em sobressaltos pelo maior ou menor tesouro guardado;
3. É ser altamente passional e sentir ciúmes de tudo aquilo que cativa o seu coração;
4. É chorar quando os ditos normais sorriem;
5. É se emocionar com Frank Sinatra cantando MY WAY;
6. É não se enfurecer quando a inflação sobe;
7. É nunca, mas, nunca mesmo acreditar em políticos ( principalmente os brasileiros)
8. É acreditar que existe um ENTE SUPREMO que governa nossas vidas e o Universo;
9. É beijar os lábios da mulher amada e sentir o coração bater em falso...
Enfim, ser poeta é muito complicado e, por isso ele não é entendido pela maioria dos simples mortais.
Ah, ia me esquecendo do essencial: É amar e ser amado por uma bela mulher, mas, que seja, antes de amante, uma fiel companheira.
Parabéns, para nós, POETAS DESTE BRASIL E DO MUNDO.
Mas, afinal, o que é ser poeta?
Eu respondo a esta pergunta com algumas considerações próprias do poeta (EU), a saber:
1. Ser poeta é acima de tudo ser amante... das flores, do vento; do mar bravio ou calmo; das estrelas que iluminam o Universo com suas luzes prateadas; da LUA; dos insetos; dos pássaros; da singeleza de uma criança passeando no parque; da safadeza de uma mulher na alcova; do canto insistente da cigarra; da luz fria e mística do vagalume... Enfim, da Natureza em seu todo;
2. É não se apegar às coisas materiais e ser delas escravo e viver constantemente em sobressaltos pelo maior ou menor tesouro guardado;
3. É ser altamente passional e sentir ciúmes de tudo aquilo que cativa o seu coração;
4. É chorar quando os ditos normais sorriem;
5. É se emocionar com Frank Sinatra cantando MY WAY;
6. É não se enfurecer quando a inflação sobe;
7. É nunca, mas, nunca mesmo acreditar em políticos ( principalmente os brasileiros)
8. É acreditar que existe um ENTE SUPREMO que governa nossas vidas e o Universo;
9. É beijar os lábios da mulher amada e sentir o coração bater em falso...
Enfim, ser poeta é muito complicado e, por isso ele não é entendido pela maioria dos simples mortais.
Ah, ia me esquecendo do essencial: É amar e ser amado por uma bela mulher, mas, que seja, antes de amante, uma fiel companheira.
Parabéns, para nós, POETAS DESTE BRASIL E DO MUNDO.
segunda-feira, 19 de outubro de 2015
O BRINCO DE PÉROLA
Tudo aconteceu quando frequentei o meu primeiro baile
De gala. Feliz, vestia um terno preto e gravata borboleta.
Como um dançarino nato dancei ao som da orquestra
Que tocava lindas canções e tornava mágica a noite.
De par em par eu rodopiava pelo salão escorregadio e luzente
Tendo sempre nos braços uma bela e esfuziante morena
Que me fazia, no momento da dança, o mais feliz vivente.
E, assim, dancei até o lusco fusco da fria madrugada.
Porém, quando a orquestra iniciou a última seleção de boleros,
Tirei uma estupenda loira para dançar a música "Perfídia".
Entre passos cadenciados rodamos pelo salão de casais repletos
No aconchego dos corpos suados e marcados de carícias.
Foi quando abri os olhos por um instante e vi um brinco de pérola
Caído no chão, aos pés de uma cadeira que estava nua e só.
Num ímpeto abaixei-me e me apoderei da joia abandonada
Por uma mulher que o perdeu sem se dar conta do ocorrido.
Por muito tempo vaguei por bailes sem conta na férrea esperança
De encontrar a mulher que certamente usava um brinco de pérola
Em uma só orelha e, com o coração fremente devolvê-la no afã
De ser recompensado com uma carícia ou com juras eternas.
Foi em um baile simples onde reinava a nostalgia no recinto
Onde dançarinos se moviam como autômatos vagando a esmo
Que deparei com uma bela morena que tinha a ausência de um brinco
Na orelha esquerda. E, tudo aconteceu num momento efêmero.
Deslizando como um tigre atrás de sua presa me aproximei resoluto
E, gaguejando lhe disse: _ Moça, cá está o brinco de pérola que perdeste.
Sorrindo ela o pegou e o pendurou na orelha e me disse entredentes:
_ Moço, há muito que ansiei por este instante... você é o meu bendito.
E, continuou dizendo: _ Eu fiz um juramento ao meu santo protetor
De que, se um dia, eu reaver o que perdi em uma noite esplendorosa
Daria o meu coração ao homem que devolvesse a joia de real valor.
E, assim, graças ao baile simples, casei com a mulher do brinco de pérola.
domingo, 18 de outubro de 2015
OS TRÊS DESTINOS DE UM CRAVO NA LAPELA
Devo contar os três destinos de um cravo na lapela
E, se o faço, é porque, deles, fui fiel protagonista.
Tudo teve início quando a flor perfumada e rubra
Na lapela do meu paletó fez de mim um "falso" artista.
O primeiro destino foi quando me apresentei num baile de gala,
E, trazia, na lapela do paletó o cravo vermelho e perfumado.
Rodopiei dezenas de vezes em braços de mulheres sedutoras,
E, todas, sem exceção, beijaram o objeto místico e desejado.
Sim, desejado pelos lábios carnosos e rubros das damas enciumadas
Que, tentavam à toda sorte roubá-lo de mim como "lembrança".
Porém, mantive-o pela noite adentro até o final das ternas músicas.
Assim, o cravo marcou a minha presença na inolvidável festança.
O segundo destino foi quando contraí núpcias com a minha eleita:
Uma moça bela em sua formosura e desejada em sua inocência.
Juntos, de mãos dadas, juramos no altar uma vida feliz e bela.
Ao trocarmos as alianças ela, sem rodeios, beijou o cravo na lapela.
Pela vida que nos foi reservada pelo excelso "Criador" vivemos felizes,
Nos amando, ora com fúria, ora com extremo carinho e, dela
Tive os melhores momentos de minha vida sem nunca cometer deslizes.
E, quando nuvens negras teimavam em aparecer, ela beijava o cravo na lapela.
Por décadas, vivemos o amor em sua intensidade até que a morte a levou.
Vivi, por viver, um bom tempo em que a vida deixou de me ser bela.
À noite, eu soluçava e chorava a recordação de um amor que se findou
E, pegava o paletó, e com ele me agasalhava e beijava o cravo na lapela.
O terceiro destino foi quando a "foice" impiedosa e traiçoeira da morte
Veio cobrar a minha presença no reino das almas não paralelas.
Senil, cabelos alvos como as eternas neves do monte "Kilimanjaro",
Me vi, pouco a pouco definhar, e junto, murchar, o cravo na lapela.
No último estertor da agonia da morte que se fez anunciar sobranceira
Balbuciei aos meus filhos o último desejo: para eles, uma balela.
Mas, para mim, era a consagração de uma flor: eterna companheira,
E, disse: Filhos, me enterrem, com o paletó com o cravo na lapela.
segunda-feira, 12 de outubro de 2015
BEM-ME-QUER... MALMEQUER
Desejoso de saber o que o destino me reserva
No amor, na felicidade, na posse da bela mulher
Resolvi passar pelo jardim e colher uma margarida
Para jogar o enigmático jogo do bem-me-quer.
Com os dedos trêmulos despetalei folha por folha
Dizendo em cada uma o bem-me-quer, o malmequer.
A alma parecia uma folha numa tempestade louca
Temerosa de que o resultado não fosse o bem-querer.
Aos poucos as folhas alvas foram se escasseando
E, o resultado, ainda se mostrava oculto, imprevisível.
De olhos fechados segui como um autômato insano:
E, tirava e jogava as pétalas, num acesso febril.
Finalmente restaram quatro, somente quatro, para o fim
Da minha idiota teimosia em desejar saber o meu lenitivo.
Fiz uma leve pausa, respirei fundo e resolvi, enfim,
Despetalar lentamente uma a uma, num ritual sofrido.
Mentalmente sussurrei as palavras que me revelariam
A sorte do meu amor ou, a desgraça do muito querer:
Das duas últimas sairia aquela que feliz, me faria:
Lágrimas escorreram quando restou a última: MALMEQUER.
quinta-feira, 8 de outubro de 2015
INSENSATEZ
Não quero ser sensato, mas sim, insensato,
Nem desejo ser pudico, mas sim, libertino
Pois, assim, sendo, serei livre, nas decisões
Que pretendo ter em minhas muitas ambições.
De cima dos meus dezoito anos incompletos
Contemplo com soberba os falsos moralistas
Que se arvoram de juízes e usam o dialeto
Para punir os "autênticos" que negam a hipocrisia.
Insensato, agrado as jovens que desfilam suas formas
Pelas ruas e praças onde se aglomeram os lobos
Que teimam em passar por cordeiros ou, mesmo, idiotas,
E, como "sensatos" apenas as olham com o rabo dos olhos.
Sou moleque, afirmam os travestidos de moralistas
E, que, não sirvo de exemplo para a sociedade honesta.
Mas, o que é ser "homem" se de mim, morrem de inveja
E, aspiram com sofreguidão o tesão, que me domina?
Em minhas veias corre a Testosterona como um rio caudaloso
Impelindo-me a "cantar" as garotas que se oferecem a rodo.
Sou insensato e, assim o quero ser até mesmo quando impotente.
E, acredito, que minha "molecagem" perdurará renitente.
Nem desejo ser pudico, mas sim, libertino
Pois, assim, sendo, serei livre, nas decisões
Que pretendo ter em minhas muitas ambições.
De cima dos meus dezoito anos incompletos
Contemplo com soberba os falsos moralistas
Que se arvoram de juízes e usam o dialeto
Para punir os "autênticos" que negam a hipocrisia.
Insensato, agrado as jovens que desfilam suas formas
Pelas ruas e praças onde se aglomeram os lobos
Que teimam em passar por cordeiros ou, mesmo, idiotas,
E, como "sensatos" apenas as olham com o rabo dos olhos.
Sou moleque, afirmam os travestidos de moralistas
E, que, não sirvo de exemplo para a sociedade honesta.
Mas, o que é ser "homem" se de mim, morrem de inveja
E, aspiram com sofreguidão o tesão, que me domina?
Em minhas veias corre a Testosterona como um rio caudaloso
Impelindo-me a "cantar" as garotas que se oferecem a rodo.
Sou insensato e, assim o quero ser até mesmo quando impotente.
E, acredito, que minha "molecagem" perdurará renitente.
quarta-feira, 7 de outubro de 2015
UMA ÓTIMA AQUISIÇÃO DE LIVROS
Hoje, recebi os livros que tinha comprado na semana passada e, são eles:
1. Três livros do consagrado escritor F. SCOTT FITZGERALD a saber:
_ SUAVE É A NOITE - 445 PÁGINAS
- ESTE LADO DO PARAÍSO - 348 PÁGINAS
- O GRANDE GATSB - 249 PÁGINAS
O CONSAGRADO ESCRITOR ESCREVEU O BELÍSSIMO E INTRIGANTE CONTO: O CURIOSO CASO DE BENJAMIN BUTTON - QUE FOI ADAPTADO PARA O CINEMA EM 2013, TENDO O ATOR BRAD PITT COMO BENJAMIM BUTTON.
- SOBRE O AUTOR:
F. Scott Fitzgerald (1896-1940) nasceu nos Estados Unidos. O escritor ingressou na Universidade de Princeton, mas interrompeu os estudos para se alistar como voluntário durante a Primeira Guerra Mundial. Em 1920, iniciou sua carreira literária com a publicação de Este lado do paraíso, romance que lhe abriu espaço em periódicos de grande prestígio. No mesmo ano, casou-se com Zelda Sayre, que teve bastante influência na sua obra, embora vivessem uma relação bastante conturbada. Morreu de ataque cardíaco aos 44 anos.
2. COLEÇÃO CONTOS COMPLETOS de LIEV TOLSTÓI em três volumes, traduzidos por RUBENS FIGUEIREDO EDITADO PELA COSAC NAIFY.
PRIMEIRO VOLUME COM 767 PÁGINAS;
SEGUNDO VOLUME COM 638 PÁGINAS;
TERCEIRO VOLUME COM 669 PÁGINAS - TOTALIZANDO 2.074 PÁGINAS.
"QUEM NÃO LÊ, NÃO FALA, NÃO ESCREVE E VIVE ALHEIO AO MUNDO QUE O RODEIA".
1. Três livros do consagrado escritor F. SCOTT FITZGERALD a saber:
_ SUAVE É A NOITE - 445 PÁGINAS
- ESTE LADO DO PARAÍSO - 348 PÁGINAS
- O GRANDE GATSB - 249 PÁGINAS
O CONSAGRADO ESCRITOR ESCREVEU O BELÍSSIMO E INTRIGANTE CONTO: O CURIOSO CASO DE BENJAMIN BUTTON - QUE FOI ADAPTADO PARA O CINEMA EM 2013, TENDO O ATOR BRAD PITT COMO BENJAMIM BUTTON.
- SOBRE O AUTOR:
F. Scott Fitzgerald (1896-1940) nasceu nos Estados Unidos. O escritor ingressou na Universidade de Princeton, mas interrompeu os estudos para se alistar como voluntário durante a Primeira Guerra Mundial. Em 1920, iniciou sua carreira literária com a publicação de Este lado do paraíso, romance que lhe abriu espaço em periódicos de grande prestígio. No mesmo ano, casou-se com Zelda Sayre, que teve bastante influência na sua obra, embora vivessem uma relação bastante conturbada. Morreu de ataque cardíaco aos 44 anos.
2. COLEÇÃO CONTOS COMPLETOS de LIEV TOLSTÓI em três volumes, traduzidos por RUBENS FIGUEIREDO EDITADO PELA COSAC NAIFY.
PRIMEIRO VOLUME COM 767 PÁGINAS;
SEGUNDO VOLUME COM 638 PÁGINAS;
TERCEIRO VOLUME COM 669 PÁGINAS - TOTALIZANDO 2.074 PÁGINAS.
"QUEM NÃO LÊ, NÃO FALA, NÃO ESCREVE E VIVE ALHEIO AO MUNDO QUE O RODEIA".
terça-feira, 6 de outubro de 2015
A TARÂNTULA
A tarântula passeava com seu corpo negro
Sobre o corpo alvo da mulher que dormia.
Estático, eu, contemplava o terrível perigo
Que ela, a minha amada, sem o saber, corria.
O temível aracnídeo desfilava suas pinças peçonhentas
Pelas entrâncias e reentrâncias da ninfa em sua inocência.
Parecia que a mulher se transmudou em um bibelô
E, imóvel, não sentia as patas galgando seu belo rosto.
Por uns instantes de terror senti um calafrio na medula
Quando ela, resolveu dormitar nos seios róseos e túmidos,
Como se fora os lábios do amante que insano suga
Os mamilos eretos de frutas raras; dois pomos maduros.
Maldita tarântula que indolente desceu para o ventre ebúrneo
E, se enroscou, lânguida, no caracol enovelado do púbis
Onde fios perfumados e sedosos exalavam um perfume etéreo.
E, teve como prêmio, pela sua investida, o raro botão: o rubi.
Desperto da letargia em que estava arremessei a tarântula; o monstro
Num gesto tresloucado, próprio do amante insano, sem avaliar
O perigo a que estaria expondo a mulher que dormitava no leito
E, que sonhava viver o amor; viver uma vida para me amar.
Num suspiro débil e cheio de provocações ela acordou e me sorriu.
Num canto, retorcendo-se nos estertores da morte a tarântula
Me olhou, e se amedrontou com o meu olhar férreo e febril.
Ela renasceu, sem o saber; a tarântula, morreu, na penumbra.
Sobre o corpo alvo da mulher que dormia.
Estático, eu, contemplava o terrível perigo
Que ela, a minha amada, sem o saber, corria.
O temível aracnídeo desfilava suas pinças peçonhentas
Pelas entrâncias e reentrâncias da ninfa em sua inocência.
Parecia que a mulher se transmudou em um bibelô
E, imóvel, não sentia as patas galgando seu belo rosto.
Por uns instantes de terror senti um calafrio na medula
Quando ela, resolveu dormitar nos seios róseos e túmidos,
Como se fora os lábios do amante que insano suga
Os mamilos eretos de frutas raras; dois pomos maduros.
Maldita tarântula que indolente desceu para o ventre ebúrneo
E, se enroscou, lânguida, no caracol enovelado do púbis
Onde fios perfumados e sedosos exalavam um perfume etéreo.
E, teve como prêmio, pela sua investida, o raro botão: o rubi.
Desperto da letargia em que estava arremessei a tarântula; o monstro
Num gesto tresloucado, próprio do amante insano, sem avaliar
O perigo a que estaria expondo a mulher que dormitava no leito
E, que sonhava viver o amor; viver uma vida para me amar.
Num suspiro débil e cheio de provocações ela acordou e me sorriu.
Num canto, retorcendo-se nos estertores da morte a tarântula
Me olhou, e se amedrontou com o meu olhar férreo e febril.
Ela renasceu, sem o saber; a tarântula, morreu, na penumbra.
domingo, 4 de outubro de 2015
A NEGRA
A negra espevitada e de ancas arrebitadas
É mucama na fazenda do Coronel Jesuíno,
E, como escrava, atende as investidas
Que o "Senhor" o faz, por ser libertino.
Durante o dia, circula, expondo as belas ancas
Aos negros, que deixam a baba fluir em rios
Desejosos de tê-la nas noites de sonhos e volúpias
Numa orgia desmedida; no embate dos corpos rijos.
Porém, a negra que é posse do" Senhor" da senzala
Temerosa, afasta os negros que dela se enlouquecem.
Sábia, em sua aparência de negra bela e analfabeta,
Mantém a vida e o corpo longe das chibatadas que doem.
Assim, durante o dia, é alvo dos desejos carnais
Dos insanos escravos que por ela se masturbam.
À noite, ela se unta do perfume do cio dos animais,
E, lânguida, deita no leito rústico: o capim que abunda.
Neste leito, recebe sem constrangimento o seu "Senhor"
Que louco de tesão, sacia seus desejos, num doido afã.
Oh!, negra espevitada, és escrava e "senhora", no calor
Da posse. Ah!, quisera eu ser o "Senhor" de suas ANCAS.
É mucama na fazenda do Coronel Jesuíno,
E, como escrava, atende as investidas
Que o "Senhor" o faz, por ser libertino.
Durante o dia, circula, expondo as belas ancas
Aos negros, que deixam a baba fluir em rios
Desejosos de tê-la nas noites de sonhos e volúpias
Numa orgia desmedida; no embate dos corpos rijos.
Porém, a negra que é posse do" Senhor" da senzala
Temerosa, afasta os negros que dela se enlouquecem.
Sábia, em sua aparência de negra bela e analfabeta,
Mantém a vida e o corpo longe das chibatadas que doem.
Assim, durante o dia, é alvo dos desejos carnais
Dos insanos escravos que por ela se masturbam.
À noite, ela se unta do perfume do cio dos animais,
E, lânguida, deita no leito rústico: o capim que abunda.
Neste leito, recebe sem constrangimento o seu "Senhor"
Que louco de tesão, sacia seus desejos, num doido afã.
Oh!, negra espevitada, és escrava e "senhora", no calor
Da posse. Ah!, quisera eu ser o "Senhor" de suas ANCAS.
sexta-feira, 2 de outubro de 2015
O VERÃO PERIGOSO - ERNEST HEMINGWAY
Estou tendo a grata satisfação de ler o romance de Ernest Hemingway , o Verão Perigoso, da Editora BERTRAND BRASIL- 2A. EDIÇÃO - 265 PÁGNAS.
E, 1959, Ernest Hemingway retornou à Espanha, " o país que mais amo, além do meu". Contactado pela revista Life para escrever um artigo curto sobre touradas, tornou-se de novo tão absorvido pelo tema que já o inspirara, décadas antes, a escrever a obra-prima que é Morte ao Entardecer, que acabou redigindo o original de um livro. Seria o último empreendimento literário importante de sua vida.
O Verão Perigoso é a crônica da sensacional temporada que se desenvolveu nas arenas espanholas naquele ano, inflamada pela rivalidade quase mítica de dois matadores, Antônio Ordóñez (cujo pai Hemingway retratara no clássico acima referido) e Luis Miguel Dominguín - dois cunhados, ambos
equiparados em habilidade e carisma.
O Verão Perigoso é a quintessência de Hemingway: uma obra ficcional que é, ao mesmo tempo, impressionante realização literária e um complexo autorretrato do mestre americano.
Sobre Hemingway:
Ernest Hemingway é um dos pilares da literatura contemporânea mundial. Nascido em 1899, começou a escrever aos 18 anos para um jornal. Quando os Estados Unidos entraram na primeira Guerra Mundial, alistou-se como voluntário, tornando-se motorista de ambulância para o Exército na Itália. Após ser ferido recebeu uma condecoração do governo italiano.
Ao voltar para os Estados Unidos, trabalhou como repórter para jornais americanos e canadenses, e então voltou para a Europa, cobrindo eventos, como a Revolução Grega.
Durante os anos 1920, tornou-se membro do grupo de expatriados americanos em Paris, o qual ele descreveu em seu primeiro livro O SOL TAMBÉM SE LEVANTA (1926).
Ernest Hemingway, foi agraciado com o Nobel de Literatura em 1954 e faleceu em 1961 (suicídio).
E, 1959, Ernest Hemingway retornou à Espanha, " o país que mais amo, além do meu". Contactado pela revista Life para escrever um artigo curto sobre touradas, tornou-se de novo tão absorvido pelo tema que já o inspirara, décadas antes, a escrever a obra-prima que é Morte ao Entardecer, que acabou redigindo o original de um livro. Seria o último empreendimento literário importante de sua vida.
O Verão Perigoso é a crônica da sensacional temporada que se desenvolveu nas arenas espanholas naquele ano, inflamada pela rivalidade quase mítica de dois matadores, Antônio Ordóñez (cujo pai Hemingway retratara no clássico acima referido) e Luis Miguel Dominguín - dois cunhados, ambos
equiparados em habilidade e carisma.
O Verão Perigoso é a quintessência de Hemingway: uma obra ficcional que é, ao mesmo tempo, impressionante realização literária e um complexo autorretrato do mestre americano.
Sobre Hemingway:
Ernest Hemingway é um dos pilares da literatura contemporânea mundial. Nascido em 1899, começou a escrever aos 18 anos para um jornal. Quando os Estados Unidos entraram na primeira Guerra Mundial, alistou-se como voluntário, tornando-se motorista de ambulância para o Exército na Itália. Após ser ferido recebeu uma condecoração do governo italiano.
Ao voltar para os Estados Unidos, trabalhou como repórter para jornais americanos e canadenses, e então voltou para a Europa, cobrindo eventos, como a Revolução Grega.
Durante os anos 1920, tornou-se membro do grupo de expatriados americanos em Paris, o qual ele descreveu em seu primeiro livro O SOL TAMBÉM SE LEVANTA (1926).
Ernest Hemingway, foi agraciado com o Nobel de Literatura em 1954 e faleceu em 1961 (suicídio).
domingo, 27 de setembro de 2015
OLHOS DE JADE
Esse seu olhar me fascina e me enlanguesce
Quando me fitas em momentos mágicos.
São para mim joias esculpidas em Jade
Incrustradas no belo rosto enigmático.
Sempre que os fito sinto-me hipnotizado
Pelos raios que emitem repletos de sortilégios.
Ah, quisera eu possuí-los em um cofre sagrado
Para impedir que por eles eu cometa um sacrilégio.
Sim, esse seu olhar incita a me despojar da lucidez
E,roubá-los de si, num ato insano, tresloucado... doentio.
Porém, sei que assim o fazendo, cometerei a pequenez
De ao querer ser SENHOR, ser apenas, um falso gentio.
Assim, prefiro tê-los à minha vista em momentos infindos
Em que nos mergulhamos em um oceano de contemplações:
Você, ao me fitar, pisca, com doce inocência, os belos olhos;
Eu, ao fitá-los, não pisco; permaneço estático, em elucubrações.
Finalmente, mulher, que me cativaste com os olhos de Jade,
Incrustados no rosto belo e emoldurado por mechas de âmbar,
Tens-me, prisioneiro de suas joias e, algemado, jamais, debalde,
Procurarei me libertar do que mais amo: ESSE SEU OLHAR!
Quando me fitas em momentos mágicos.
São para mim joias esculpidas em Jade
Incrustradas no belo rosto enigmático.
Sempre que os fito sinto-me hipnotizado
Pelos raios que emitem repletos de sortilégios.
Ah, quisera eu possuí-los em um cofre sagrado
Para impedir que por eles eu cometa um sacrilégio.
Sim, esse seu olhar incita a me despojar da lucidez
E,roubá-los de si, num ato insano, tresloucado... doentio.
Porém, sei que assim o fazendo, cometerei a pequenez
De ao querer ser SENHOR, ser apenas, um falso gentio.
Assim, prefiro tê-los à minha vista em momentos infindos
Em que nos mergulhamos em um oceano de contemplações:
Você, ao me fitar, pisca, com doce inocência, os belos olhos;
Eu, ao fitá-los, não pisco; permaneço estático, em elucubrações.
Finalmente, mulher, que me cativaste com os olhos de Jade,
Incrustados no rosto belo e emoldurado por mechas de âmbar,
Tens-me, prisioneiro de suas joias e, algemado, jamais, debalde,
Procurarei me libertar do que mais amo: ESSE SEU OLHAR!
quinta-feira, 24 de setembro de 2015
O COLECIONADOR DE BORBOLETAS
O colecionador de borboletas com o seu puça de filó
Segue, indômito, pelos jardins floridos e perfumados
Atrás de suas presas; frágeis borboletas e, sem dó
As aprisiona, sempre trêmulas, pelo futuro desenhado.
Incapazes de fugirem da armadilha pérfida e mortal
Indefesas criaturas voam e revoam na tentativa vã
De escaparem e num voo inaudito e celestial
Alçarem às nuvens num frenético e infeliz afã.
O colecionador olvida os esforços ferrenhos das irisadas
Asas que se chocam contra as paredes da rede pérfida,
E, num tremor maldito, se vangloria das "presas" capturadas,
Como se isso fosse para ele a "glória" por uma caçada maldita.
Ah, Deus em sua infinita misericórdia não se apieda do colecionador
Que tem certamente sua alma em farrapos e o coração em granito.
Para Ele, este simples e horrendo mortal findará sua vida em dor,
E, terá tridentes furando seu corpo com o fez com os insetos queridos.
Por que, ele não faz como eu? que também sou contumaz colecionador:
Coleciono sem dó nem piedade corações e, não uso as etiquetas,
Como o faz, o "maldito" caçador que as furam e as etiquetam sem temor
Achando que é um cientista e, não, um idiota; inimigo das borboletas.
Segue, indômito, pelos jardins floridos e perfumados
Atrás de suas presas; frágeis borboletas e, sem dó
As aprisiona, sempre trêmulas, pelo futuro desenhado.
Incapazes de fugirem da armadilha pérfida e mortal
Indefesas criaturas voam e revoam na tentativa vã
De escaparem e num voo inaudito e celestial
Alçarem às nuvens num frenético e infeliz afã.
O colecionador olvida os esforços ferrenhos das irisadas
Asas que se chocam contra as paredes da rede pérfida,
E, num tremor maldito, se vangloria das "presas" capturadas,
Como se isso fosse para ele a "glória" por uma caçada maldita.
Ah, Deus em sua infinita misericórdia não se apieda do colecionador
Que tem certamente sua alma em farrapos e o coração em granito.
Para Ele, este simples e horrendo mortal findará sua vida em dor,
E, terá tridentes furando seu corpo com o fez com os insetos queridos.
Por que, ele não faz como eu? que também sou contumaz colecionador:
Coleciono sem dó nem piedade corações e, não uso as etiquetas,
Como o faz, o "maldito" caçador que as furam e as etiquetam sem temor
Achando que é um cientista e, não, um idiota; inimigo das borboletas.
A DOSE DE WHISKE
No fundo do copo cubos de gelo dançavam febris
Impelidos pelos meus dedos trêmulos e desajeitados.
Um turbilhão se formou e o redemoinho sem fim
Atraía os meus pensamentos para um recente passado.
De gole em gole sorvi a bebida forte e perfumada
Como se fora o leite emanado de belos seios.
Tive, no momento, a lembrança da mulher olvidada
Em uma noite de loucura, de posse e devaneios.
Mesmo ela fazendo parte do meu rol de lembranças
Por um tempo, em algum lugar do passado, vivida.
Vi-a, em toda a beleza e, de amante, a pujança
De ser a preferida nas minhas noites de lascívia.
Amei-a como um louco ama em possuir as estrelas
Em suas noites de delírios e de lobo no ardor do cio.
Para mim, ela, se apresentava como a "DAMA" da nobreza;
Para outros ela era a serpente: o "start" da libido.
Assim, por alguns meses, nada mais, a tive em meu desvario
De amante possesso nas posses que se repetiam diuturnamente.
Hoje, porém, ao beber este "whiske" sinto um débil calafrio
Envolver-me a alma ao relembrá-la e, sofrer como um demente.
Impelidos pelos meus dedos trêmulos e desajeitados.
Um turbilhão se formou e o redemoinho sem fim
Atraía os meus pensamentos para um recente passado.
De gole em gole sorvi a bebida forte e perfumada
Como se fora o leite emanado de belos seios.
Tive, no momento, a lembrança da mulher olvidada
Em uma noite de loucura, de posse e devaneios.
Mesmo ela fazendo parte do meu rol de lembranças
Por um tempo, em algum lugar do passado, vivida.
Vi-a, em toda a beleza e, de amante, a pujança
De ser a preferida nas minhas noites de lascívia.
Amei-a como um louco ama em possuir as estrelas
Em suas noites de delírios e de lobo no ardor do cio.
Para mim, ela, se apresentava como a "DAMA" da nobreza;
Para outros ela era a serpente: o "start" da libido.
Assim, por alguns meses, nada mais, a tive em meu desvario
De amante possesso nas posses que se repetiam diuturnamente.
Hoje, porém, ao beber este "whiske" sinto um débil calafrio
Envolver-me a alma ao relembrá-la e, sofrer como um demente.
sexta-feira, 18 de setembro de 2015
O RETRATO 3X4
Dela só guardei o retrato 3x4 ressaltando o rosto fagueiro
Após saber que não era eu o seu grande e inaudito amor.
Tentei uma vez somente guardar uma foto de corpo inteiro
Onde suas curvas e relevos a faziam uma morena de valor.
Por um tempo que não sei precisar a amei com volúpia
Recebendo dela mil promessas de crível fidelidade.
Infinitas vezes alçamos ao paraíso nas sensuais núpcias,
Outras vezes descemos ao inferno em brigas e veleidades.
Mas, a despeito de tanta contradição de sentimentos amorosos
Vivemos momentos de extrema candura que me fizeram feliz.
Por ela, naveguei, ora, em mares calmos e repletos de beijos,
Ora, em mares bravios, à deriva, como náufrago, que me fiz.
Rasgada, junto aos documentos, em minha carteira luzidia
A foto de corpo inteiro, me lembrava dos atos pecaminosos
Que fazíamos, no ardor do cio; no fragor da entrega submissa
Desta mulher, que hoje, me abandona, e me chama de tolo.
Sim, sou tolo, nada mais do que um tolo amante que teimou
Em tê-la, para sempre, aprisionada em meus febris anseios.
Vá, mulher! seja feliz com outro tolo que de ti se apossou
Sem saber que és como o vento que judia do salgueiro.
Por fim, tenho somente a foto 3x4 que carrego com sentimento
Nas noites de frio intenso em que sinto a alma morta: enregelada.
Contemplá-la, só por alguns segundos, para não ter o arrependimento
De ter aceito o ADEUS, a despeito de ter a ingênua alma, estraçalhada.
Após saber que não era eu o seu grande e inaudito amor.
Tentei uma vez somente guardar uma foto de corpo inteiro
Onde suas curvas e relevos a faziam uma morena de valor.
Por um tempo que não sei precisar a amei com volúpia
Recebendo dela mil promessas de crível fidelidade.
Infinitas vezes alçamos ao paraíso nas sensuais núpcias,
Outras vezes descemos ao inferno em brigas e veleidades.
Mas, a despeito de tanta contradição de sentimentos amorosos
Vivemos momentos de extrema candura que me fizeram feliz.
Por ela, naveguei, ora, em mares calmos e repletos de beijos,
Ora, em mares bravios, à deriva, como náufrago, que me fiz.
Rasgada, junto aos documentos, em minha carteira luzidia
A foto de corpo inteiro, me lembrava dos atos pecaminosos
Que fazíamos, no ardor do cio; no fragor da entrega submissa
Desta mulher, que hoje, me abandona, e me chama de tolo.
Sim, sou tolo, nada mais do que um tolo amante que teimou
Em tê-la, para sempre, aprisionada em meus febris anseios.
Vá, mulher! seja feliz com outro tolo que de ti se apossou
Sem saber que és como o vento que judia do salgueiro.
Por fim, tenho somente a foto 3x4 que carrego com sentimento
Nas noites de frio intenso em que sinto a alma morta: enregelada.
Contemplá-la, só por alguns segundos, para não ter o arrependimento
De ter aceito o ADEUS, a despeito de ter a ingênua alma, estraçalhada.
terça-feira, 15 de setembro de 2015
REMINESCÊNCIAS DE UM AMOR DA INFÂNCIA
Dos seus doze anos balançavam pelo pescoço belas tranças;
Dos meus treze anos sobressaíam da cabeça um topete negro.
Ambos, brincávamos, na doce inocência de duas crianças,
Que se amavam sem pudor e não ocultavam nenhum segredo.
Após a missa aos domingos saíamos para passear no parque
De diversões que ficava na praça frente à soberba matriz:
Desfilando entre os brinquedos e barracas de balas e dropes
Íamos de mãos dadas sentar à borda do majestoso chafariz.
Numa ousadia de deixar as faces coradas de fraco pudor
Ela, sempre ela, apertava-me as mãos com força desmedida;
Neste momento, eu, embalado pelas fadas do silente amor,
Sentia as pernas enfraquecidas e trêmulo retribuía a carícia.
Amava suas tranças negras e macias como o algodão doce
Que eu sempre a presenteava na hora triste da despedida.
Ela, com trejeitos de menina-moça pedia-me que fosse
Embora, pois, a hora já se fazia nossa pior inimiga.
Assim, na candura de um amor desprovido da pérfida malícia
Nos "amamos", nas horas maravilhosas da frágil inocência.
Uma vez, somente uma vez, e foi o que bastou para o fim
Desse amor, que nunca teve lastro e que nunca teve semente.
Foi numa tarde outonal em que suas belas tranças sedosas
Se enroscaram em meus dedos numa caricia mais extrema.
Corada de vergonha ela disse-me adeus e partiu chorosa,
E, eu, fiquei chorando e amaldiçoando sua inabalada pureza.
Reminescências de uma amor de infância que ficou indelével
Em meu coração despedaçado pelo primeiro amor casto.
Hoje, ainda saudoso,me lembro das tranças e do carrossel
De cavalinhos, onde galopávamos, por um verdejante pasto.
Dos meus treze anos sobressaíam da cabeça um topete negro.
Ambos, brincávamos, na doce inocência de duas crianças,
Que se amavam sem pudor e não ocultavam nenhum segredo.
Após a missa aos domingos saíamos para passear no parque
De diversões que ficava na praça frente à soberba matriz:
Desfilando entre os brinquedos e barracas de balas e dropes
Íamos de mãos dadas sentar à borda do majestoso chafariz.
Numa ousadia de deixar as faces coradas de fraco pudor
Ela, sempre ela, apertava-me as mãos com força desmedida;
Neste momento, eu, embalado pelas fadas do silente amor,
Sentia as pernas enfraquecidas e trêmulo retribuía a carícia.
Amava suas tranças negras e macias como o algodão doce
Que eu sempre a presenteava na hora triste da despedida.
Ela, com trejeitos de menina-moça pedia-me que fosse
Embora, pois, a hora já se fazia nossa pior inimiga.
Assim, na candura de um amor desprovido da pérfida malícia
Nos "amamos", nas horas maravilhosas da frágil inocência.
Uma vez, somente uma vez, e foi o que bastou para o fim
Desse amor, que nunca teve lastro e que nunca teve semente.
Foi numa tarde outonal em que suas belas tranças sedosas
Se enroscaram em meus dedos numa caricia mais extrema.
Corada de vergonha ela disse-me adeus e partiu chorosa,
E, eu, fiquei chorando e amaldiçoando sua inabalada pureza.
Reminescências de uma amor de infância que ficou indelével
Em meu coração despedaçado pelo primeiro amor casto.
Hoje, ainda saudoso,me lembro das tranças e do carrossel
De cavalinhos, onde galopávamos, por um verdejante pasto.
terça-feira, 1 de setembro de 2015
MEMÓRIAS PÓSTUMAS DE BRÁS CUBAS - MACHADO DE ASSIS- PRESIDENTE OU PRESIDENTA?
Hoje, terminei de ler o romance Memórias Póstumas de Brás Cubas. Achei excelente o livro como os são todos desse consagrado autor. O interessante é que o li, para dirimir uma questão levantada no Conselho Deliberativo do TCC, quando dois doutos advogados me questionaram quando me dirigi à Senhora Clenira como PRESIDENTA da Diretoria Executiva. Os mesmos usaram da Tribuna Livre para dizer que eu estava errado; que não existe este tratamento. Ora bolas, se, todos os dicionários definem como PRESIDENTA, a mulher do Presidente ou, a mulher que ocupa cargo de Presidência, além de dezenas de notícias, crônicas e entrevistas onde a ocupante de cargo de Presidência é designada como PRESIDENTA. É o caso da nossa mandatária Presidenta Dilma Roulssef; da Presidenta Cristina Kircher da Argentina; da ex- Presidenta Nelida Pinon da ABL, e, neste momento da nossa Celinha Marques, Presidenta da Academia Taubateana de Letras. E, a que vem o dito romance de Machado de Assis: É que na página 71, Capítulo 80 - DE SECRETARIADO, o personagem Brás Cubas se dirige para a sua amada Virgília com a designação: " Na verdade, um presidente, uma presidenta, um secretário, era resolver as coisas de um modo administrativo." Isto nos idos de 1881, já existia a designação de PRESIDENTA.
Para finalizar: A PRESIDENTA PILAR, da Fundação José Saramago em Portugal, não permite que a chamem de presidente, diz que quem assim o faz é MACHISTA!
Pelo sim, pelo não, fica a critério de cada um usar a designação que melhor lhe aprouver, já que ambas são válidas.
Para mim, poeta que o sou, prefiro usar PRESIDENTA , soa mais poeticamente.
Que os doutos advogados se sintam esclarecidos.
terça-feira, 25 de agosto de 2015
UM HOMEM DESPROVIDO DE CÉREBRO!
Um homem desprovido de cérebro é um homem que vive o dia a dia sem se importar com os espinhos que lhe ferem a carne diuturnamente. Incapaz de reagir aos impulsos que sua alma pede que o faça, ele segue sua rotina de "pedra" e teima em fazer acreditar que é feliz. Pra ele, as observações negativas nada mais são do que palavras que lhe querem impingir por despeito ou, por inveja, quem sabe da boa vida que leva. Se ele ao caminhar por estas sendas vazias tropeça numa pedra, cura com letargia desmesurada o ferimento e , segue, tendo o mais importante; os ouvidos fechados com cimento. Geralmente é um homem que passa por vencedor, por guerreiro, por desfrutador das benesses que a ausência da verdade lhe proporciona. Ter cérebro para ele é sentir a necessidade de reagir ao marasmo que vive; abandonar o luxo em que vive, ou, mesmo, abdicar de ser alguém na sociedade "hipócrita" em que vive. De ruim, leva consigo o arreio e o freio de quem o cavalga; mesmo sabendo de que seu dono(a) é uma pessoa desprovida também de cérebro. São raros os exemplos de pessoas acéfalas que dão o grito de liberdade... Acéfalas são pessoas que se contentam em vegetar e ter de quando em quando um pouco de esterco para continuar vivendo.
O ELEFANTE!
O Elefante é um Paquiderme.
É forte e imenso,embora tenha um cérebro não muito desenvolvido.
Sempre acorrentado por correntes finas, frágeis, que o mantém preso por intermináveis horas em sua vida de prisioneiro apático, vive uma vida vazia, sem razão de viver.
Sabe ou não sabe, ou não que saber, que basta apenas um impulso par se livrar dos seus grilhões e tirar o jugo que o humilha, fazendo de si, não um belo espécime da natureza, mas, sim, um molambo desprezado pelos homens.E, quem, o humilha? Geralmente uma pessoa desprovida de inteligência superior; digamos que se assemelha à média dos QIs dos restantes dos mortais.É triste quando um homem vive o destino de um elefante. Ele sabe, ou não quer saber que tem a força para se desvencilhar das pessoas comuns que teimam em tê-lo como um espectro de homem. Fico muito feliz quando leio ou ouço uma notícia de que em algum lugar remoto deste planeta um elefante (homem) rompeu com os grilhões e alcançou a liberdade,embora esta, tenha sempre um preço alto para se pagar.
O elefante é um Paquiderme....Alguns homens são Paquidermes.
É forte e imenso,embora tenha um cérebro não muito desenvolvido.
Sempre acorrentado por correntes finas, frágeis, que o mantém preso por intermináveis horas em sua vida de prisioneiro apático, vive uma vida vazia, sem razão de viver.
Sabe ou não sabe, ou não que saber, que basta apenas um impulso par se livrar dos seus grilhões e tirar o jugo que o humilha, fazendo de si, não um belo espécime da natureza, mas, sim, um molambo desprezado pelos homens.E, quem, o humilha? Geralmente uma pessoa desprovida de inteligência superior; digamos que se assemelha à média dos QIs dos restantes dos mortais.É triste quando um homem vive o destino de um elefante. Ele sabe, ou não quer saber que tem a força para se desvencilhar das pessoas comuns que teimam em tê-lo como um espectro de homem. Fico muito feliz quando leio ou ouço uma notícia de que em algum lugar remoto deste planeta um elefante (homem) rompeu com os grilhões e alcançou a liberdade,embora esta, tenha sempre um preço alto para se pagar.
O elefante é um Paquiderme....Alguns homens são Paquidermes.
terça-feira, 18 de agosto de 2015
A PEDINTE!
A pedinte sempre sentada nos degraus da igreja
Estende a mão e suplica aos fiéis uma esmola.
Um lhe atira uma moeda; outro a moeda renega
E, passam sem se importarem com a sua história.
Faça sol ou faça chuva, ela, permanece como estátua
Na vã esperança que alguém dela se apiede; tenha dó.
Alguns pombos mais afoitos bicam suas roupas
Que mais se parecem com frangalhos... sujos de pó.
Os cabelos desgrenhados escondem a face esmaecida
Onde dois olhos esbugalhados perscrutam o vazio.
Dela só se vê as mãos pálidas e as unhas negras
Como garras de uma tigresa no ardor do cio.
Não é velha, embora o todo para isso muito contribua
Impingindo-lhe a aparência de uma alma combalida.
Tem sim, de uma jovem a sensual e tenra envergadura
Que a faz uma pedinte diferente, das, de ilusões, perdidas.
Vê-la todo dia me fez sentir a necessidade da aproximação
Tentanto, com sutileza, saber o motivo de se prestar a esmolar.
Um dia, colei-me em seu corpo envergado e fiz a interpelação:
_ Mendiga, o que a faz diuturnamente, esmolas, suplicar?
Olhando-me com os olhos injetados de medo e vermelhos,
Respondeu-me, sem antes ter as pupilas de lágrimas, marejadas:
_ Moço, se esmolo é porque a vida tem me sido um tormento;
Tem me dado pratos vazios e, me feito uma mulher desgraçada.
Ah, quanta revolta saiu dos lábios finos e rachados pelo frio
Que assolava aquela tarde de inverno, pelo vento, fustigada.
Num assomo de carinho indizível, abracei-a, e, disse, chorando:
_ Pedinte, ou que nome tenha, levante-se dessa imunda calçada.
Em prantos, ela se agarrou a mim e baixinho, balbuciou:
_ Homem de Deus, tire-me desta maldição e me dê a paz.
Hoje, a pedinte, ou melhor, Valeska, vive o que sempre sonhou:
Um lar, um homem que a ama e a ausência das malditas esmolas.
Estende a mão e suplica aos fiéis uma esmola.
Um lhe atira uma moeda; outro a moeda renega
E, passam sem se importarem com a sua história.
Faça sol ou faça chuva, ela, permanece como estátua
Na vã esperança que alguém dela se apiede; tenha dó.
Alguns pombos mais afoitos bicam suas roupas
Que mais se parecem com frangalhos... sujos de pó.
Os cabelos desgrenhados escondem a face esmaecida
Onde dois olhos esbugalhados perscrutam o vazio.
Dela só se vê as mãos pálidas e as unhas negras
Como garras de uma tigresa no ardor do cio.
Não é velha, embora o todo para isso muito contribua
Impingindo-lhe a aparência de uma alma combalida.
Tem sim, de uma jovem a sensual e tenra envergadura
Que a faz uma pedinte diferente, das, de ilusões, perdidas.
Vê-la todo dia me fez sentir a necessidade da aproximação
Tentanto, com sutileza, saber o motivo de se prestar a esmolar.
Um dia, colei-me em seu corpo envergado e fiz a interpelação:
_ Mendiga, o que a faz diuturnamente, esmolas, suplicar?
Olhando-me com os olhos injetados de medo e vermelhos,
Respondeu-me, sem antes ter as pupilas de lágrimas, marejadas:
_ Moço, se esmolo é porque a vida tem me sido um tormento;
Tem me dado pratos vazios e, me feito uma mulher desgraçada.
Ah, quanta revolta saiu dos lábios finos e rachados pelo frio
Que assolava aquela tarde de inverno, pelo vento, fustigada.
Num assomo de carinho indizível, abracei-a, e, disse, chorando:
_ Pedinte, ou que nome tenha, levante-se dessa imunda calçada.
Em prantos, ela se agarrou a mim e baixinho, balbuciou:
_ Homem de Deus, tire-me desta maldição e me dê a paz.
Hoje, a pedinte, ou melhor, Valeska, vive o que sempre sonhou:
Um lar, um homem que a ama e a ausência das malditas esmolas.
segunda-feira, 17 de agosto de 2015
A NEGRA!
A negra sabe que é bonita e tremendamente sedutora,
Principalmente quando veste vestes coladas e sinuantes;
Sabe também que é desejada como uma esplêndida corça
Pelos caçadores que a caçam com espadas (falos) flamejantes.
Atrevida como o são as mulheres de rara beleza e sensualidade
Ela desfila suas carnes rijas, torneadas e negras como o azeviche.
Cabeça erguida; olhos de jabuticabas e seios em forma de peras
Maduras ou não, que importa?, se bocas, babam gosmas, por elas.
Quando ela se sente desejada e seduzida por aquele mais indômito,
Empina a cabeça; ostenta as nádegas e segue, provocante e altiva.
Esta negra, já levou uma turba de amantes ao delírio platônico,
Sem nunca, por um instante, deixar que sua carne fosse maculada.
Vê-la nas manhãs de sábado pela praça no sensual rebolado,
Torna o meu dia consagrado e me sinto um amante possesso.
Quisera os demais ter dela apenas um leve gesto matreiro
Para sentirem-se homens vitoriosos e, não, débeis espectros.
Porém, só eu sei que o seu coração pertence a um só homem
Que um dia, fez dela de uma jovem roceira, hoje; mulher de realeza.
Quando você deparar com a mais sensual mulher: um belo totem
Saberá o porquê de ela ser desejada tanto e tanto ... essa mulher NEGRA!
sábado, 15 de agosto de 2015
RETORNO ÀS ATIVIDADES LITERÁRIAS!
Após alguns dias de "férias" retorno às atividades literárias. Quando estava em visita às famosas Cataratas, tive a ideia de escrever um livro sobre a MATA ATLÂNTICA. Entre uma olhada e outra na beleza verdejante das árvores majestosas do Parque, veio à minha mente o seguinte tópico para escrever um livro: "VOZES DA MATA ATLÂNTICA CONTADA PELOS SEUS HABITANTES".
Inicialmente pensei em escrever um livro retratando a Mata Atlântica do ponto de vista das árvores, dos animais, dos insetos, das orquídeas, das bromélias e, por que não, dos "mateiros" que convivem ou conviveram com os mistérios da pujante vegetação. Para isso é evidente que deverei comprar alguns livros que tratem desse Ecossistema maravilhoso e peregrinar por suas sendas cheias de surpresas. É um projeto para pelo menos dois anos, mas, quando concluído, creio que será de ótima ajuda para a preservação do que resta tanto da fauna, quanto da flora.
Também tive a ideia de escrever uma crônica sobre a criação de um novo partido político brasileiro: o PCB ( não confundir com o PCB -Partido Comunista Brasileiro). O PCB em questão é o: PARTIDO CORRUPTO BRASILEIRO. Breve esta crônica estará no ar.
Para finalizar é bom registrar que adquiri 5 livros maravilhosos, sendo eles:
1. A ESTEPE - ( HISTÓRIA DE UMA VIAGEM) - ANTON TCHÉKHOV- 136 páginas
2. RISCO CALCULADO - BEN CARSON - 255 páginas
3. O GENE EGOÍSTA - RICHARD DAWKINS - 538 páginas .
4. O CÉREBRO E A INTELIGÊNCIA EMOCIONAL - DANIEL GOLEMAM, ph.D.- 116 páginas.
5. INTELIGÊNCIA EMOCIONAL - A TEORIA REVOLUCIONÁRIA QUE DEFINE O QUE É SER INTELIGENTE - DANIEL GOLEMAM - ph. D. - 380 PÁGINAS
OS DOIS PRIMEIROS JÁ LI E, CLASSIFICO, COMO ÓTIMOS. ESTÃO À DISPOSIÇÃO PARA EMPRÉSTIMOS.
Inicialmente pensei em escrever um livro retratando a Mata Atlântica do ponto de vista das árvores, dos animais, dos insetos, das orquídeas, das bromélias e, por que não, dos "mateiros" que convivem ou conviveram com os mistérios da pujante vegetação. Para isso é evidente que deverei comprar alguns livros que tratem desse Ecossistema maravilhoso e peregrinar por suas sendas cheias de surpresas. É um projeto para pelo menos dois anos, mas, quando concluído, creio que será de ótima ajuda para a preservação do que resta tanto da fauna, quanto da flora.
Também tive a ideia de escrever uma crônica sobre a criação de um novo partido político brasileiro: o PCB ( não confundir com o PCB -Partido Comunista Brasileiro). O PCB em questão é o: PARTIDO CORRUPTO BRASILEIRO. Breve esta crônica estará no ar.
Para finalizar é bom registrar que adquiri 5 livros maravilhosos, sendo eles:
1. A ESTEPE - ( HISTÓRIA DE UMA VIAGEM) - ANTON TCHÉKHOV- 136 páginas
2. RISCO CALCULADO - BEN CARSON - 255 páginas
3. O GENE EGOÍSTA - RICHARD DAWKINS - 538 páginas .
4. O CÉREBRO E A INTELIGÊNCIA EMOCIONAL - DANIEL GOLEMAM, ph.D.- 116 páginas.
5. INTELIGÊNCIA EMOCIONAL - A TEORIA REVOLUCIONÁRIA QUE DEFINE O QUE É SER INTELIGENTE - DANIEL GOLEMAM - ph. D. - 380 PÁGINAS
OS DOIS PRIMEIROS JÁ LI E, CLASSIFICO, COMO ÓTIMOS. ESTÃO À DISPOSIÇÃO PARA EMPRÉSTIMOS.
sábado, 8 de agosto de 2015
DE FÉRIAS!
Aos meus queridos seguidores deste blog, participo que estarei de férias do dia 9 ao dia 14. Estarei apreciando as belezas naturais de Foz do Iguaçu. O poeta não encarna o HOMEM DE FERRO!
quinta-feira, 6 de agosto de 2015
"QUEM POUPA O LOBO, SACRIFICA A OVELHA" - VICTOR HUGO
Existem pessoas bondosas e de corações mansos e, por que não acrescentar, inocentes, que se condoem dos larápios de colarinhos brancos mostrados diuturnamente na Mídia, com as mãos para trás e andando em fila indiana, rumando para o cárcere. São homens e mulheres de alta posição social; de pais e avós de cabelos brancos, todos enfileirados rumo à execração pública. Que fizeram eles? Gananciosos e desprovidos de caráter, dilapidaram os cofres da Petrobras e, agora, se encontram como ratos presos nas ratoeiras. Tudo pela ganância de roubar sempre mais e mais, como se tivessem anos de vida útil para gastar os milhões roubados. O homem que rouba um centavo, rouba um milhão, já diz a cultura popular; no caso em pauta eles não se contentaram em roubar centavos e meteram as mãos sujas e pegajosas em milhões e milhões de cruzeiros ou dólares, além dos iates. jatinhos, carros importados e obras de arte. Todos sem exceção são donos de majestosas mansões e, hoje, pela coragem dos abnegados juízes e delegados da Polícia Federal, amargam seus dias e noites em minúsculos aposentos, trancafiados como animais perigosos. Homens que antes impunham o seu poder, hoje, se submetem a fazer parte da Delação Premiada, acusando uns aos outros, tornando-se Judas daqueles que um dia conviveram em suas mesas fartas. Como o dinheiro roubado, quantas escolas poderiam ser construídas; quantos hospitais estariam recebendo pacientes; quantas creches seriam levantadas para os filhos dos trabalhadores mais sofridos? Quanto, quanto e quanto poderia ser revertido para o bem da Nação? No entanto, a voracidade deste miseráveis seres humanos (ou monstros?) impediram tais benefícios para todos nós.
"Quem poupa o lobo, sacrifica a ovelha" , parafraseando o eminente escritor e pensador Victor Hugo, podemos afirmar: Se pouparmos os bandidos da operação Lava-Jato, estaremos sacrificando os menos favorecidos do nosso querido Brasil.
Cadeia para os corruptos!
"Quem poupa o lobo, sacrifica a ovelha" , parafraseando o eminente escritor e pensador Victor Hugo, podemos afirmar: Se pouparmos os bandidos da operação Lava-Jato, estaremos sacrificando os menos favorecidos do nosso querido Brasil.
Cadeia para os corruptos!
A LIBERTINA!
É dia! A casta senhora passeia pelas ruas e praças
Desfilando sua pose de mulher de raro "pedigree".
Para ela o vestido azul a deixa com classe e graça
De uma fina dama da mais severa sociedade.
É noite! A senhora se transmuda em libertina
E, sai, à caça de suas presas que se multiplicam
Nas vielas escuras onde pululam as cópulas
Entre gritos de prazer e uivos que perduram.
É dia! A senhora vai às compras de véu no rosto
Denotando a vergonha que sente de ser cobiçada.
Ah, pudera ela se esconder dos olhares marotos
E, se enfurnar na nave da igreja frequentada.
É noite! A mulher se mistura com as doidas mariposas
Que volteiam em torno da luz macilenta da alcova.
Como uma fêmea insaciável ela se faz a bela Messalina
E, devora e é devorada, pelas bocas molhadas e famélicas.
É dia! A "madame" circula por dentre os crentes crédulos
Na certeza de receber do padre a hóstia sagrada.
Para ela, os pecados não existem, e, só os temerosos
Tremem de medo do gume mortal da fria espada.
É Dia... É noite! Tanto a Senhora quanto a Libertina,
Se cruzam numa esquina onde "raparigas" se despem.
Num relance, ambas, se olham e se afastam às escondidas
Do mundo que a uma não pertence e, à outra, é a sua veste.
Desfilando sua pose de mulher de raro "pedigree".
Para ela o vestido azul a deixa com classe e graça
De uma fina dama da mais severa sociedade.
É noite! A senhora se transmuda em libertina
E, sai, à caça de suas presas que se multiplicam
Nas vielas escuras onde pululam as cópulas
Entre gritos de prazer e uivos que perduram.
É dia! A senhora vai às compras de véu no rosto
Denotando a vergonha que sente de ser cobiçada.
Ah, pudera ela se esconder dos olhares marotos
E, se enfurnar na nave da igreja frequentada.
É noite! A mulher se mistura com as doidas mariposas
Que volteiam em torno da luz macilenta da alcova.
Como uma fêmea insaciável ela se faz a bela Messalina
E, devora e é devorada, pelas bocas molhadas e famélicas.
É dia! A "madame" circula por dentre os crentes crédulos
Na certeza de receber do padre a hóstia sagrada.
Para ela, os pecados não existem, e, só os temerosos
Tremem de medo do gume mortal da fria espada.
É Dia... É noite! Tanto a Senhora quanto a Libertina,
Se cruzam numa esquina onde "raparigas" se despem.
Num relance, ambas, se olham e se afastam às escondidas
Do mundo que a uma não pertence e, à outra, é a sua veste.
quinta-feira, 30 de julho de 2015
A FRASE QUE NÃO CONSEGUI ESCREVER!
Frente ao mar me coloquei de joelhos e com a ponta da bengala me dispus a escrever a frase confissão de uma vida inteira; de uma vida de alegrias e tristezas; de amores e desamores; de ilusões e desilusões; de verdades e mentiras, enfim, de uma vida pontilhada pela incessante procura do não existente; da incessante procura pela magia do desconhecido e, por último, pela procura da tão sonhada FELICIDADE!
Vivi uma vida trilhando sendas tortuosas, escorregadias e repletas de seixos pontiagudos que muito feriram meus membros e me impigiram feridas e cicatrizes horripilantes que as trago agora, frente ao mar, expostas para serem vilipendiadas pelo sol calcinante e pelo sal das águas que não me querem banhar, mas sim, causar mais dor ao corpo que se apega ao esqueleto como se fora a sua última âncora.
Frente ao mar e de joelhos inicio a frase que talvez, vá redimir os meus pecados e tolos anseios e, escrevo na areia fina fazendo-a folha de papel vertiginosamente branca.
No céu esplendorosamente belo algumas nuvens dançam imitando belas mulheres de um califado qualquer. O mar, ora se agiganta, ora se aquieta e, indiferente aos meus temores chega até mim e, ri, no marujar das ondas incessantes.
Algumas procelas voam indifrerente ao teatro que se descortina aos seus olhos argutos e, em revoadas magníficas se juntam as outras centenas de aves marinhas. Umas piam, outras grasnam, mas todas sem exceção não dão a mínima para mim. Com o rabo dos olhos procuro dentre elas uma, apenas uma, que de mim se apiede... tarefa inglória.
Inicio a frase, apenas um fraco sulco na areia e... uma onda a apaga;
Risco rapidamente duas palavras mas, um siri rastejou sobre elas e as apaga;
Frenéticamente escrevo três palavras, em vão, um cardume de enxovas se espadana sobre elas, e as apaga;
Fico de cócoras e escrevo quase toda a frase, mas, um casal de namorados passa e pisa nela, e, a apaga;
Fico em estado de êxtase, pois a bengala, já gasta, se torna apenas um toco, mas prossigo.
Com frenesi escrevo a frase quase por inteira, embora escrevê-la seja neste momento um ato hercúleo, quase insano, pois tenho os membros enregelados e paralisados, até porque faz cinco anos que estou de joelhos tentanto, tantando e tentando.
Pelo passar do tempo fui me enfurnando cada vez mais nas areias movediças e, trêmulo constato que só tenho o tronco fora do sumidouro. Os dedos já se foram de tanto riscar o solo arenoso. Agora, tento escrever a frase usando os cotos dos braços ( a bengala desgastou até virar uma lasca minúscula). O inverno chegou trazendo uma ventania bravia que só me faz aprofundar cada vez mais no areal.
A frase está quase completa. Faltam apenas duas palavras. Sei que vou conseguir, embora já não tenha mais os olhos (bicados que foram por um corvo), mas, mesmo assim sei o que já escrevi.
Enfim, buscando forças nos últimos fragmentos do cérebro; nos últimos estertores do coração e na última agonia da alma, escrevo:
" karina você foi a única mulher que me fez fe"
Uma golfada de água gelada despencou sobre mim e me enterrou vivo e, eu, amaldiçoando a inútil tentativa de terminar a frase uivei e, sumi, para sempre.
Vivi uma vida trilhando sendas tortuosas, escorregadias e repletas de seixos pontiagudos que muito feriram meus membros e me impigiram feridas e cicatrizes horripilantes que as trago agora, frente ao mar, expostas para serem vilipendiadas pelo sol calcinante e pelo sal das águas que não me querem banhar, mas sim, causar mais dor ao corpo que se apega ao esqueleto como se fora a sua última âncora.
Frente ao mar e de joelhos inicio a frase que talvez, vá redimir os meus pecados e tolos anseios e, escrevo na areia fina fazendo-a folha de papel vertiginosamente branca.
No céu esplendorosamente belo algumas nuvens dançam imitando belas mulheres de um califado qualquer. O mar, ora se agiganta, ora se aquieta e, indiferente aos meus temores chega até mim e, ri, no marujar das ondas incessantes.
Algumas procelas voam indifrerente ao teatro que se descortina aos seus olhos argutos e, em revoadas magníficas se juntam as outras centenas de aves marinhas. Umas piam, outras grasnam, mas todas sem exceção não dão a mínima para mim. Com o rabo dos olhos procuro dentre elas uma, apenas uma, que de mim se apiede... tarefa inglória.
Inicio a frase, apenas um fraco sulco na areia e... uma onda a apaga;
Risco rapidamente duas palavras mas, um siri rastejou sobre elas e as apaga;
Frenéticamente escrevo três palavras, em vão, um cardume de enxovas se espadana sobre elas, e as apaga;
Fico de cócoras e escrevo quase toda a frase, mas, um casal de namorados passa e pisa nela, e, a apaga;
Fico em estado de êxtase, pois a bengala, já gasta, se torna apenas um toco, mas prossigo.
Com frenesi escrevo a frase quase por inteira, embora escrevê-la seja neste momento um ato hercúleo, quase insano, pois tenho os membros enregelados e paralisados, até porque faz cinco anos que estou de joelhos tentanto, tantando e tentando.
Pelo passar do tempo fui me enfurnando cada vez mais nas areias movediças e, trêmulo constato que só tenho o tronco fora do sumidouro. Os dedos já se foram de tanto riscar o solo arenoso. Agora, tento escrever a frase usando os cotos dos braços ( a bengala desgastou até virar uma lasca minúscula). O inverno chegou trazendo uma ventania bravia que só me faz aprofundar cada vez mais no areal.
A frase está quase completa. Faltam apenas duas palavras. Sei que vou conseguir, embora já não tenha mais os olhos (bicados que foram por um corvo), mas, mesmo assim sei o que já escrevi.
Enfim, buscando forças nos últimos fragmentos do cérebro; nos últimos estertores do coração e na última agonia da alma, escrevo:
" karina você foi a única mulher que me fez fe"
Uma golfada de água gelada despencou sobre mim e me enterrou vivo e, eu, amaldiçoando a inútil tentativa de terminar a frase uivei e, sumi, para sempre.
terça-feira, 28 de julho de 2015
A LAGARTIXA!
A lagartixa me fez feliz por um tempo e, infeliz, também, por um tempo.
Tudo aconteceu da maneira mais bizarra possível. Estava eu, entretido em assistir um filme faroeste estrelado por Allan Lad, na sala do meu pequeno apartamento, onde, já por um demasiado tempo morava sozinho , saboreando um saco de pipocas acompanhado de uma cerveja, quando, sem querer notar, notei uma lagartixa passeando despreocupadamente pelas alvas e nuas paredes (nunca gostei de quadros) à procura de alguns pernilongos para saciar a sua fome. Curioso pelo animal que não me dava a mínima bola, despreguei os olhos do tubo de imagem e passei a seguí-la em seu vai e vem pelas faces escorregadias das paredes. Isto tudo durou o tmpo do filme, pois, cansado de virar e revirar os olhos em todas as direções acabei me cansando e adormeci no sofá. Noutro dia bem cedo, após tomar o café e me aprontar para o trabalho, curioso, procurei a lagartixa e, para minha surpresa, não a encontrei. Dando de ombros fui trabalhar.
À noite, coloquei um filme do James Bond, preparei a pipoca e a cerveja e me refestelei no sofá. Nem tinha chegado no meio do filme, quando a lagartixa irrompeu pela parede que ladeava a janela e, sem maiores esclarecimentos, se aproximou de mim e de um salto majestoso se aninhou no meu ombro. Estático, permaneci por uns minutos, com medo de fazer um gesto brusco e a assustasse. Assim, permanecemos até que o filme terminou. Quando delsiguie a TV, a lagartixa saiu num salto doido do meu ombro e foi passear pelas paredes. Por um instante fiquei a admirando e, confesso, neste momento passei a gostar do pequeno réptil.
No dia seguinte, ou melhor, na noite seguinte os fatos se repetiram. O que mudou foi o filme: estava assistindo Dr. Jivago. Agora já intimos, ao mesmo tempo em que saboreava uma pipoca, eu, com jeito, colocava um pedacinho na pequena boca do meu bichinho de estimação. Já não estava mais solitário no pequeno apê.
Assim, se passaram duas semanas. Sempre eu e a minha lagartixa assistindo filmes até madrugada alta. De uma coisa, eu tive de tomar providências: fechar todo dia ao sair, a janela, pois, um falcão peregrino já estava de olho na minha querida amiga. Uma noite, eu me lembro com saudade, ela, se aninhou no meu ombro e passou a me lamber o rosto; me acariciando com sua língua pegajosa. Outra vez, Oh, triste lembrança, eu a vi chorar quando a mocinha se despediu do mocinho no filme Suplício de uma Saudade e, chorou copiosamente ao ouvir a bela melodia.
Fomos felizes até que...
Até que, um dia ao sair atropeladamente de casa, atrasado para pegar o circular, esqueci de fechar a janela e, quando cheguei, constatei horrorizado de que a minha amada companheira tinha sido devorada pelo "maldito" falcão ( tinha várias penas no chão e alguns pedaços ensanguentados dela).
Por vários dias chorei a dor da perda e deixei de assistir os meus filmes prediletos. Sofri muito, pensei até em dar cobo da vida, mas...
Mas, a vida continuou para mim e um bela noite coloquei no vídeo o filme Janela Indiscreta e, me espreguicei no sofá, peguei o saco de pipocas e o copo de cerveja e iniciei a sessão. Tudo transcorria dentro da normalidade, quando sem mais nem menos, vi uma aranha passeando pelas paredes alvas e nuas. Tremendo de emoção, esperei pacientemente que ela viesse pousar em meu ombro (para quem mora sozinho qualquer alma vivente é um prêmio).
Durou três noites até que ela tomasse coragem e viesse me acariciar. Na janela fechada eu acreditava ver a figura do falcão peregrino, mas, desta vez, eu não ia cometer o mesmo erro. E, o inevitável aconteceu: cansado de assistir os Dez Mandamentos, adormeci e, quando acordei senti uma dor angustiante no pescoço. Ao passar a mão senti os pelos eriçados da aranha que tinha cravado suas presas em minha jugular. Paralisado pela ação do veneno só pude ver o falcão peregrino bicando o vidro da janela... e, pensar, que ele poderia ter me salvo. Num último estertor, consegui pronunciar as minhas palavras finais:
" Saudade da minha doce lagartixa... Maldita aranha asquerosa e traiçoeira". Ouvi, ou não ouvi, que sei eu, do leito da morte, uma gargalhada que mais parecia sair da garganta de uma mulher.
Tudo aconteceu da maneira mais bizarra possível. Estava eu, entretido em assistir um filme faroeste estrelado por Allan Lad, na sala do meu pequeno apartamento, onde, já por um demasiado tempo morava sozinho , saboreando um saco de pipocas acompanhado de uma cerveja, quando, sem querer notar, notei uma lagartixa passeando despreocupadamente pelas alvas e nuas paredes (nunca gostei de quadros) à procura de alguns pernilongos para saciar a sua fome. Curioso pelo animal que não me dava a mínima bola, despreguei os olhos do tubo de imagem e passei a seguí-la em seu vai e vem pelas faces escorregadias das paredes. Isto tudo durou o tmpo do filme, pois, cansado de virar e revirar os olhos em todas as direções acabei me cansando e adormeci no sofá. Noutro dia bem cedo, após tomar o café e me aprontar para o trabalho, curioso, procurei a lagartixa e, para minha surpresa, não a encontrei. Dando de ombros fui trabalhar.
À noite, coloquei um filme do James Bond, preparei a pipoca e a cerveja e me refestelei no sofá. Nem tinha chegado no meio do filme, quando a lagartixa irrompeu pela parede que ladeava a janela e, sem maiores esclarecimentos, se aproximou de mim e de um salto majestoso se aninhou no meu ombro. Estático, permaneci por uns minutos, com medo de fazer um gesto brusco e a assustasse. Assim, permanecemos até que o filme terminou. Quando delsiguie a TV, a lagartixa saiu num salto doido do meu ombro e foi passear pelas paredes. Por um instante fiquei a admirando e, confesso, neste momento passei a gostar do pequeno réptil.
No dia seguinte, ou melhor, na noite seguinte os fatos se repetiram. O que mudou foi o filme: estava assistindo Dr. Jivago. Agora já intimos, ao mesmo tempo em que saboreava uma pipoca, eu, com jeito, colocava um pedacinho na pequena boca do meu bichinho de estimação. Já não estava mais solitário no pequeno apê.
Assim, se passaram duas semanas. Sempre eu e a minha lagartixa assistindo filmes até madrugada alta. De uma coisa, eu tive de tomar providências: fechar todo dia ao sair, a janela, pois, um falcão peregrino já estava de olho na minha querida amiga. Uma noite, eu me lembro com saudade, ela, se aninhou no meu ombro e passou a me lamber o rosto; me acariciando com sua língua pegajosa. Outra vez, Oh, triste lembrança, eu a vi chorar quando a mocinha se despediu do mocinho no filme Suplício de uma Saudade e, chorou copiosamente ao ouvir a bela melodia.
Fomos felizes até que...
Até que, um dia ao sair atropeladamente de casa, atrasado para pegar o circular, esqueci de fechar a janela e, quando cheguei, constatei horrorizado de que a minha amada companheira tinha sido devorada pelo "maldito" falcão ( tinha várias penas no chão e alguns pedaços ensanguentados dela).
Por vários dias chorei a dor da perda e deixei de assistir os meus filmes prediletos. Sofri muito, pensei até em dar cobo da vida, mas...
Mas, a vida continuou para mim e um bela noite coloquei no vídeo o filme Janela Indiscreta e, me espreguicei no sofá, peguei o saco de pipocas e o copo de cerveja e iniciei a sessão. Tudo transcorria dentro da normalidade, quando sem mais nem menos, vi uma aranha passeando pelas paredes alvas e nuas. Tremendo de emoção, esperei pacientemente que ela viesse pousar em meu ombro (para quem mora sozinho qualquer alma vivente é um prêmio).
Durou três noites até que ela tomasse coragem e viesse me acariciar. Na janela fechada eu acreditava ver a figura do falcão peregrino, mas, desta vez, eu não ia cometer o mesmo erro. E, o inevitável aconteceu: cansado de assistir os Dez Mandamentos, adormeci e, quando acordei senti uma dor angustiante no pescoço. Ao passar a mão senti os pelos eriçados da aranha que tinha cravado suas presas em minha jugular. Paralisado pela ação do veneno só pude ver o falcão peregrino bicando o vidro da janela... e, pensar, que ele poderia ter me salvo. Num último estertor, consegui pronunciar as minhas palavras finais:
" Saudade da minha doce lagartixa... Maldita aranha asquerosa e traiçoeira". Ouvi, ou não ouvi, que sei eu, do leito da morte, uma gargalhada que mais parecia sair da garganta de uma mulher.
domingo, 26 de julho de 2015
O PIRILAMPO!
O Pirilampo passeava pela floresta sem medo de nada. Tinha no escuro o seu mundo, já que, para ele, a luminosidade é inato. Seguindo-o, eu ia, sem medo de tropeçar ou de me deparar com um carrascal de cipós espinhentos. De quando em quando, um curiango mais atrevido, voava sobre minha cabeça e me assustava, mas, nada que me fizesse desistir de seguir em frente. Mesmo quando uma coruja sotuerna piou desconsoladamente no galho mais alto de um Jatobá, eu abrandei os passos. Qual nada, seguia indômito atrás do Pirilampo floresta adentro à procura do que sabia que não ia encontrar, mas, aos trancos e barrancos, seguia. O que me fazia não desistir era a constãncia da lanterna viva que me precedia. Nada era capaz de fazê-lo titubear; nada era capaz de fazê-lo um caminhante trôpego, e, se ele, apenas um inseto enfrentava com galhardia a tétrica escuridão da floresta, quem diria eu, um homem vencedor nas lides do dia a dia, embora, um pouco desgastado pela desilusão de ser defenestrado sem mais nem menos pela princesa do bosque florido dos meus sentimentos. Mas, isto não vem ao caso agora. Agora o que importa é seguir; é atravessar a mata.antes que o sol apareça com sua enorme preguiça nestes dias frios de outono. E, por que devo atravessar a mata na calada da noite? Talvez, quem sabe, é porque trago em minhas mãos um horrível sapo que poderá um dia se transformar em uma princesa?, ou, então, o medo de dar de cara com a "mula-sem-cabeça?", ou com o astuto Saci pererê? Sei lá. A única certeza que tenho é que devo seguir ferrenhamente o Pirilampo por mim escolhido para me guiar dentre os troncos enormes das árvores que dão abrigo aos Pirilampos. A madrugada chegou e, com ela a luz embaçada pela neblina que pairava no ar. Eu, estava cego desde que um dia eu deixer de ver. O Pirilampo ficou cego com a luz e procurou abrigo em um dos meus olhos (para ser mais preciso o direito). De imediato senti o inseto se amoldar na cavidade oca do que antes tinha vida. Num átimo de segundo vi! Vi as folhas verdejantes; vi o arco-íris, vi uma borboleta; vi pássaros e o mais importante; vi, o quanto eu estava ferido; lanhado pelos espinhos e, vi, a minha imagem refletida num espelho de água. Hoje, sou infinitamente feliz por ter um olho que me faz ver o quanto a vida é bela. Se tive problemas com o novo olho? Não sei dizer se é problema ter que sair toda noite para que o meu olho-Pirilampo passei pela noite e ame as suas preferidas Pirilampas.
É muito bom deixar de ser cego. Uma noite em que passeava com o meu inseto-olho num breu desmedido de uma noite tenebrosa compreendi que ele, o fez, por mim, quando saiu da noite e enfrentou a claridade da madrugada.
Estou tão feliz que até me esqueci da mulher que me fez cego.
É muito bom deixar de ser cego. Uma noite em que passeava com o meu inseto-olho num breu desmedido de uma noite tenebrosa compreendi que ele, o fez, por mim, quando saiu da noite e enfrentou a claridade da madrugada.
Estou tão feliz que até me esqueci da mulher que me fez cego.
quinta-feira, 23 de julho de 2015
SOBRE A FRAGILIDADE DA VIDA!
A vida é frágil, terrivelmente frágil.
Desde sábado pp. que estou amargando uma crise de Labirintite. No início, ao me levantar e sentir tudo rodando; as pernas bambas, pensei de imediato que estava tendo um AVC. Nunca tinha passado por isto. Relutei em ir ao Pronto Socorro, mas, acabei indo no período da noite. Lá para minha sorte fui diagnosticado com Labirintite. Tomei soro, e um dramim e voltei feliz... não era grave. Devo confessar que até então estava temendo o pior e, nestas horas constatei o quanto a vida é frágil. Estamos bem e repentinamente passamos a viver o terror de algo pior nos atingir. De que valem as riquezas; os bens materiais, as brigas passionais, o rancor, a maledicência se, num átimo de segundo, tudo isto se desmorona?
Do Pronto Socorro além de constatar a não gravidade do meu problema, tive a grata surpresa do guarda de imediato não permitir a entrada de minha esposa achando que eu tinha 55 anos. Ainda estou bem, apesar de em setembro próximo completar 70 anos. Hoje, voltei a dirigir e a reiniciar minhas atividades literárias.
A fragilidade da vida explode no dia a dia em suas mais terríveis aparições: uma bala perdida; um assalto por moleques imersos no crak; uma briga de trânsito; uma síncope cardíaca, um AVC fatal, um atropelamento... raro mesmo é ter a vida prolongada por um prêmio de loteria.
O importante é gozar a vida com aquilo que nos foi dado. Ser feliz é a receita mais eficaz para atingrimos os 80 e tantos anos.
Sou feliz como sou e, com certeza, chegarei lá.
Desde sábado pp. que estou amargando uma crise de Labirintite. No início, ao me levantar e sentir tudo rodando; as pernas bambas, pensei de imediato que estava tendo um AVC. Nunca tinha passado por isto. Relutei em ir ao Pronto Socorro, mas, acabei indo no período da noite. Lá para minha sorte fui diagnosticado com Labirintite. Tomei soro, e um dramim e voltei feliz... não era grave. Devo confessar que até então estava temendo o pior e, nestas horas constatei o quanto a vida é frágil. Estamos bem e repentinamente passamos a viver o terror de algo pior nos atingir. De que valem as riquezas; os bens materiais, as brigas passionais, o rancor, a maledicência se, num átimo de segundo, tudo isto se desmorona?
Do Pronto Socorro além de constatar a não gravidade do meu problema, tive a grata surpresa do guarda de imediato não permitir a entrada de minha esposa achando que eu tinha 55 anos. Ainda estou bem, apesar de em setembro próximo completar 70 anos. Hoje, voltei a dirigir e a reiniciar minhas atividades literárias.
A fragilidade da vida explode no dia a dia em suas mais terríveis aparições: uma bala perdida; um assalto por moleques imersos no crak; uma briga de trânsito; uma síncope cardíaca, um AVC fatal, um atropelamento... raro mesmo é ter a vida prolongada por um prêmio de loteria.
O importante é gozar a vida com aquilo que nos foi dado. Ser feliz é a receita mais eficaz para atingrimos os 80 e tantos anos.
Sou feliz como sou e, com certeza, chegarei lá.
quarta-feira, 22 de julho de 2015
A FELICIDADE POR UMA TATUAGEM!
A Britânica Sadie Sellers, de 77 anos resolveu realizar uma antigo sonho; Tatuar-se. Assim é que num belo dia fugiu do asilo e foi juntamente com sua neta para fazer a tatuagem dos seus sonhos: um coração sobre a sua pele. Feita a tatuagem foi perguntada se não temia represálias dos "ditos" moralistas. Dando de ombros respondeu: " EU NÃO ME IMPORTO COM ISSO". E, acrescentou: Quando você chega à minha idade, você só tem que viver a vida ao máximo todos os dias.
É isso aí! Feliz é a pessoa que realiza o seu sonho, não importando se ele parece esdrúxulo aos olhos dos censores, praticamente, todos, falsos moralistas.
Por um tempo eu venho pensando em tatuar a seguinte frase em meu ombro: " A POESIA VIVE EM MIM". Sei que quando o fizer e o vou fazer, escandalizarei amigos, parentes e os radicais em seus conceitos ultrapassados. A vida é uma só e, ela nos pertence em sua totalidade. A pergunta que deixo é a seguinte: será que os "certinhos" vão se suicidar quando eu morrer? Ou, contarão anedotas e cada qual seguirá a sua vida?
Dizem que só os loucos se atrevem a enfrentar e quebrar as regras dos bons costumes; é o contrário, estes são livres como pássaros e sábios; tolos são os que se escondem em falsos princípios e, se arvoram de moralistas. Para estes, o futuro é uma perda de tempo... é viver constantemente no breu da ignorância.
Parabéns a Senhora Sadie Sellers.
terça-feira, 21 de julho de 2015
A SARJETA!
A sarjeta estava suja de dar nojo.
A enxurrada chegou e lavou a sarjeta, que ficou limpa, de dar gosto.
Sempre que eu podia ficava horas e horas deitado na sarjeta: e, era bom.
Algumas vezes um bêbado distraído jogava uma bita de cigarro sobre mim;
Outras vezes era um cão vira-lata sarnento que mijava sobre o meu corpo.
Nada disto me importava: o que eu gostava mesmo era de tirar um cochilo ao relento.
Quando a tarde se ía e a noite chegava eu me cobria com uns jornais velhos e dormia.
Sempre gostei de dormir ao relento e, adorava quando a coruja piava no cimo da Matriz.
À noite, na sarjeta eu sonhava os sonhos mais deliciosos que me embalavam.
Pesadelos se os tive, não sei dizer, mesmo porque, eu dormia embriagado de estrelas.
Quando a Lua teimosa não aparecia eu me contorcia todo e ficava na forma fetal.
Mas, se a Lua, aparecia, eu me esticava todo e ficava até com dor no pescoço de olhá-la.
A sarjeta já estava se amoldando ao meu corpo, como o barro se amolda nas mãos do oleiro.
Éramos, por assim dizer, um corpo uno, e, o que um sentia o outro também sentia.
Não éramos amantes, pois há muito deixei de amar o que quer que seja, embora ainda sinta.
A sarjeta toda tarde expulsava do seu leito as misérias do dia a dia, para me receber.
Nunca, mas, nunca mesmo, ela me contrariou, mesmo quando uma vez eu defequei em si.
Certa vez, ela implorou para que eu não recebesse outro corpo em seu leito nupcial.
Relutei muito em não fazê-lo, mas uma noite de breu eu fiz amor com uma prostituta.
Assim que amanheceu, choveu torrencialmente e levou a prostituta e seus cabelos para longe.
Em represália, a sarjeta, deixou de me receber por três noites, onde dormi no banco da praça.
Quando, amuado, regressei para os seus braços (da sarjeta) ela se regozijou e me fez festa.
Assim, vivi, durante mil anos, até que o tempo me fez pedra e me colou às pedras do leito.
Hoje, sou uma sarjeta que recebe os escarros; os mijos, e as podridões dos homens.
Se sou feliz ou não, pouco me importa, o que importa é que não sou mais HUMANO.
A enxurrada chegou e lavou a sarjeta, que ficou limpa, de dar gosto.
Sempre que eu podia ficava horas e horas deitado na sarjeta: e, era bom.
Algumas vezes um bêbado distraído jogava uma bita de cigarro sobre mim;
Outras vezes era um cão vira-lata sarnento que mijava sobre o meu corpo.
Nada disto me importava: o que eu gostava mesmo era de tirar um cochilo ao relento.
Quando a tarde se ía e a noite chegava eu me cobria com uns jornais velhos e dormia.
Sempre gostei de dormir ao relento e, adorava quando a coruja piava no cimo da Matriz.
À noite, na sarjeta eu sonhava os sonhos mais deliciosos que me embalavam.
Pesadelos se os tive, não sei dizer, mesmo porque, eu dormia embriagado de estrelas.
Quando a Lua teimosa não aparecia eu me contorcia todo e ficava na forma fetal.
Mas, se a Lua, aparecia, eu me esticava todo e ficava até com dor no pescoço de olhá-la.
A sarjeta já estava se amoldando ao meu corpo, como o barro se amolda nas mãos do oleiro.
Éramos, por assim dizer, um corpo uno, e, o que um sentia o outro também sentia.
Não éramos amantes, pois há muito deixei de amar o que quer que seja, embora ainda sinta.
A sarjeta toda tarde expulsava do seu leito as misérias do dia a dia, para me receber.
Nunca, mas, nunca mesmo, ela me contrariou, mesmo quando uma vez eu defequei em si.
Certa vez, ela implorou para que eu não recebesse outro corpo em seu leito nupcial.
Relutei muito em não fazê-lo, mas uma noite de breu eu fiz amor com uma prostituta.
Assim que amanheceu, choveu torrencialmente e levou a prostituta e seus cabelos para longe.
Em represália, a sarjeta, deixou de me receber por três noites, onde dormi no banco da praça.
Quando, amuado, regressei para os seus braços (da sarjeta) ela se regozijou e me fez festa.
Assim, vivi, durante mil anos, até que o tempo me fez pedra e me colou às pedras do leito.
Hoje, sou uma sarjeta que recebe os escarros; os mijos, e as podridões dos homens.
Se sou feliz ou não, pouco me importa, o que importa é que não sou mais HUMANO.
quinta-feira, 16 de julho de 2015
O VULTO!
O vulto sempre teimou em não me deixar;
Por onde que eu andasse ele era a sombra
Que me perseguia sem nunca desanimar.
O vulto sempre nu, nunca, vestido de roupa.
Com luar ou com o negrume da noite misteriosa
Ele me acompanhava sem sequer fazer ruído.
Para mim, ele era, os sonhos de outrora
Ou, as desilusões que me levaram ao abismo.
Pouco lhe dei importância por sabê-lo inerme,
Um seixo jogado na estrada que leva ao nada.
Algumas vezes senti piedade como se um verme
Vivesse em suas entranhas de ser um pária.
Ah, até que um dia, tive a maior e odiosa surpresa,
Quando ele, sem pedir licença, de mim se apoderou.
Imiscuiu-se em meu corpo e possuiu minha alma
Como se fosse o tigre que a presa conquistou.
Com ele, vivi, por séculos e séculos uma vida dupla
Sentindo o peso de se carregar um oceano de mistérios.
Tive-o, nas noites em que amei belas mulheres de rua,
Ou, nas alcovas em que possuí corpos tesos e ébrios.
Porém, hoje, já não mais o desejo ao meu lado, silente,
E, tudo faço para expulsá-lo do corpo, do coração e da alma.
Para isso, conquistei um novo amor, que me faz fremente
E, ignoro o vulto, que chora e suplica ao meu corpo, sua volta.
Por onde que eu andasse ele era a sombra
Que me perseguia sem nunca desanimar.
O vulto sempre nu, nunca, vestido de roupa.
Com luar ou com o negrume da noite misteriosa
Ele me acompanhava sem sequer fazer ruído.
Para mim, ele era, os sonhos de outrora
Ou, as desilusões que me levaram ao abismo.
Pouco lhe dei importância por sabê-lo inerme,
Um seixo jogado na estrada que leva ao nada.
Algumas vezes senti piedade como se um verme
Vivesse em suas entranhas de ser um pária.
Ah, até que um dia, tive a maior e odiosa surpresa,
Quando ele, sem pedir licença, de mim se apoderou.
Imiscuiu-se em meu corpo e possuiu minha alma
Como se fosse o tigre que a presa conquistou.
Com ele, vivi, por séculos e séculos uma vida dupla
Sentindo o peso de se carregar um oceano de mistérios.
Tive-o, nas noites em que amei belas mulheres de rua,
Ou, nas alcovas em que possuí corpos tesos e ébrios.
Porém, hoje, já não mais o desejo ao meu lado, silente,
E, tudo faço para expulsá-lo do corpo, do coração e da alma.
Para isso, conquistei um novo amor, que me faz fremente
E, ignoro o vulto, que chora e suplica ao meu corpo, sua volta.
sábado, 11 de julho de 2015
A TAPERA!
Perdida nas entranhas do grotão envolto em neblina
Deixei a tapera por onde habitei uma vida infeliz.
Nela sonhei e tive pesadelos dantescos em noites vazias
E, fui homem ou espectro de homem, quanto muito quis.
Cheguei à tapera numa tarde de choro e muito desespero
Tentando me afastar daquilo que sempre me martirizou.
Andarilho, palmilhei as sendas da desilusão e do medo
De em chegar, encontrar o vulto que sempre me acompanhou.
Num repente, tomei posse dos míseros aposentos abandonados
Por alguém, que, quem sabe como eu, tem a alma em ruína.
Jogado os trastes no chão de terra batida tendo os pés esfolados
Me banhei num mar de lágrimas que vertiam das baças pupilas.
A primeira noite foi povoada de imagens tristes e assustadoras
Que me fizeram gemer como se fora a presa nas garras do tigre.
A madrugada chegou silente e me despertou da modorra
Em que estava para mais um dia de insidioso avilte.
Estava fugindo de um amor que me deixou ausente da felicidade
Atirando-me sem dó nem piedade no abismo da desilusão
Como se eu fora apenas uma pedra e, nunca, um belo jade.
Sim, uma pedra inerte, fria abandonada no leito do grotão.
Por um século fui morador desta tapera que só abriga fracassados
Ou, mesmo, desiludidos e desterrados do amor que sonharam.
Para que meus pés não criassem raízes no sujo e vil ninho,
Saí, cambaleante, sem notar que as paredes frágeis desabaram.
Fugir do grotão se tornou o meu lenitivo para recomeçar uma vida
Sem sonhos, sem ilusões, sem amor e sem vontade de viver.
Se, fui feliz ou infeliz na tapera só o tempo, quem sabe, um dia dirá.
O que sei e bem sei é de que da TAPERA, eu nunca vou me esquecer.
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