Intrincável mar de abrolhos em que naufraguei
Desesperançado de ser amado por ti.
Por ti mergulhei no desconhecido mar revolto,
E, me vi, entrelaçado por liames pegajosos e impiedosos.
Pela tarde, noite e madrugada gélida soçobrei qual espuma
Que se quebra na praia e, morre, indiferente, ao Cosmos,
Que não dá a mínima para almas que não se amam e assim,
Vivem acorrentadas por intrincada rede de abrolhos.
Sim, tive no corpo uma rede de abrolhos a me possuir
Descomunalmente, malignamente e ferozmente: poderosas tenazes.
Náufrago me vi enlaçado por fibras asquerosas as quais não eram:
Os pelos pubianos que sempre protegeram o teu oásis;
As penugens da pele alva e perfumada que sempre me aconchegaram;
Os cabelos loiros ,densos, sedosos, lascivos e provocantes...
Maldita mulher que me fez desejá-la como se fora a Messalina;
Odiosa mulher que me fez sonhar com a plenitude do amor sublime;
Falsa mulher que me fez acreditar nos juramentos de amor eterno...
Abrolhos me possuem e, são frios como a veste mortuária;
Abrolhos me sufocam com seus caules impregnados de sal e desdém;
Abrolhos me seduzem e, me arrastam para o infinito abissal.
Antes de me sucumbir aos meu veerdugos ainda procuro forças
E, grito grito roucos, gritos de dor, de desilusão e de fracasso:
Malditamulhermalditamulhermalditamulhermalditamulhe... mal..dita..mu..glub...
glub..maldi...mu...lher...glub...glub...
segunda-feira, 19 de dezembro de 2016
domingo, 18 de dezembro de 2016
O POTRO TORDILHO
A menina de tranças ganhou um potro tordilho,
Em seus quinze anos de uma vida feliz e pueril.
Nesse dia ela comemorou com alegria e desatino,
O presente sonhado languidamente nas tardes de abril.
A fazenda em que morava lhe dava momentos de encanto,
Rodeada pelas borboletas que flanavam no jardim florido,
Ou, pelos pássaros que gorjeavam em todos os recantos.
E, agora, mais feliz, saltitava, ao lado do potro tordilho.
Bela menina de tranças, que balouçavam, no galope desenfreado,
Impelidas pelo vento que adorava acariciar o alvo pescoço,
Como se a trança loira fosse da roseira, um ramo florido.
Feliz, incapaz de gerar uma lágima que fosse de tristeza,
A menina, meu futuro e grande amor, galopava, com a certeza,
De que, o seu presente era único: o impetuoso, POTRO TORDILHO.
Em seus quinze anos de uma vida feliz e pueril.
Nesse dia ela comemorou com alegria e desatino,
O presente sonhado languidamente nas tardes de abril.
A fazenda em que morava lhe dava momentos de encanto,
Rodeada pelas borboletas que flanavam no jardim florido,
Ou, pelos pássaros que gorjeavam em todos os recantos.
E, agora, mais feliz, saltitava, ao lado do potro tordilho.
Bela menina de tranças, que balouçavam, no galope desenfreado,
Impelidas pelo vento que adorava acariciar o alvo pescoço,
Como se a trança loira fosse da roseira, um ramo florido.
Feliz, incapaz de gerar uma lágima que fosse de tristeza,
A menina, meu futuro e grande amor, galopava, com a certeza,
De que, o seu presente era único: o impetuoso, POTRO TORDILHO.
segunda-feira, 12 de dezembro de 2016
UMA CICATRIZ POR UMA CARÍCIA DESELEGANTE!
Uma cicatriz por uma carícia deselegante
Foi o meu prêmio pela insensatez do desejo.
Sem medir as consequências do gesto infame,
Vi-me agredido por dentes belos e insuspeitos.
Tudo aconteceu no lapso que dura um raio luzente;
No instante mágico em que a consciência dormita
Em berço esplêndido da posse carnal e fremente,
Sem, se atinar com o despropósito da insensata carícia.
Estava ela com uma blusa de renda que pouco ou quase nada
Escondia os seios que lutavam para aflorarem à luz do castiçal.
Num ímpeto louco fui tomado pela sanha das feras na calada
Da noite; que se ferem pela posse da fêmea, em estado virginal.
Ensandecido enfiei a mão no bojo quente e perfumado do sutiã
Que prendiam as jóias como se elas fossem do colar da Messalina.
Oh! Deus, que sensação maravilhosa foi acariciá-los no afã
De seduzir para sempre a mulher amada e os seios sem a guarida.
Mas, a felicidade nunca é completa para quem ama com a insensatez
Própria dos incautos que acreditam sempre sairem da batalha, vitoriosos.
Num repente tive a mão rasgada pela mordida dada com a lucidez
De, me repelir de tão deselegante carícia:profanar os seios voluptuosos.
Foi o meu prêmio pela insensatez do desejo.
Sem medir as consequências do gesto infame,
Vi-me agredido por dentes belos e insuspeitos.
Tudo aconteceu no lapso que dura um raio luzente;
No instante mágico em que a consciência dormita
Em berço esplêndido da posse carnal e fremente,
Sem, se atinar com o despropósito da insensata carícia.
Estava ela com uma blusa de renda que pouco ou quase nada
Escondia os seios que lutavam para aflorarem à luz do castiçal.
Num ímpeto louco fui tomado pela sanha das feras na calada
Da noite; que se ferem pela posse da fêmea, em estado virginal.
Ensandecido enfiei a mão no bojo quente e perfumado do sutiã
Que prendiam as jóias como se elas fossem do colar da Messalina.
Oh! Deus, que sensação maravilhosa foi acariciá-los no afã
De seduzir para sempre a mulher amada e os seios sem a guarida.
Mas, a felicidade nunca é completa para quem ama com a insensatez
Própria dos incautos que acreditam sempre sairem da batalha, vitoriosos.
Num repente tive a mão rasgada pela mordida dada com a lucidez
De, me repelir de tão deselegante carícia:profanar os seios voluptuosos.
segunda-feira, 5 de dezembro de 2016
OS MORTOS !
Os MORTOS é o conto que encerra o livro de contos de James Joyce denominado DUBLINENSES, que tive a felicidade de terminar a sua leitura. São contos que se passam na cidade de Dublin- Irlanda, com seus costumes e moradores. O conto em questão deu origem ao filme lançado no Brasil com o título "OS VIVOS E OS MORTOS",em 1987, produzido pelo excelente diretor JOHN HUSTON e, como personagem principal, a esplêndida artista ANGÉLICA HUSTON ( a mesma do filme A FAMÍLIA ADANS).
Aconselho a sua leitura pelos amantes de um ótimo livro. Pelo Mercado Livre, comprei o filme que deverá chegar nos próximos dias.
A partir desse livro vou me "aventurar" na leitura de seu livro mais famoso; um dos clássicos da Literatura Mundial (tido como um dos três): ULISSES, com mais de 1.000 páginas.
Ler e escrever é o que alimenta os meus neurônios e os mantêm em contínua atividade.
Aconselho a sua leitura pelos amantes de um ótimo livro. Pelo Mercado Livre, comprei o filme que deverá chegar nos próximos dias.
A partir desse livro vou me "aventurar" na leitura de seu livro mais famoso; um dos clássicos da Literatura Mundial (tido como um dos três): ULISSES, com mais de 1.000 páginas.
Ler e escrever é o que alimenta os meus neurônios e os mantêm em contínua atividade.
sexta-feira, 2 de dezembro de 2016
JORNAL APASE - NÚMERO 276 DE NOVEMBRO /2016 - PEÇA-ME PARA EU FICAR!
ESTE POEMA DE MINHA AUTORIA E JÁ publicado no livro de poemas Do Corpo da Alma e do Vento -2014, foi escolhido para ser apresentado no JORNAL APASE -Publicação mensal do Sindicato dos Supervisores de Ensino do Estado de São Paulo e distribuído aos Supervisores, o que muito me honrou.
PEÇA-ME PARA EU FICAR
Peça-me para eu ficar
E eu ficarei,
Mesmo que queira partir.
Fazes de mim o que bem queres,
Embasada no grande amor
Que por ti, sinto.
Mas, não tenhas certeza
De que me tens acorrentado;
Preso por algemas de frio aço.
Sou perdidamente apaixonado
Por ti, e, por ti, faço loucuras,
Embora às vezes me sinta lúcido.
Insensato seria partir
Quando o que quero é ficar,
Ficar e viver das esmolas que me dás.
Esmolo o teu amor
E não sinto a vergonha de pedir
O pouco que me ofereces.
Dou-te o meu amor sem reservas
E, para não perdê-la, fico,
Fico, mesmo se não pedires
Para eu ficar... mas,
POR FAVOR, PEÇA-ME PARA EU FICAR.
PEÇA-ME PARA EU FICAR
Peça-me para eu ficar
E eu ficarei,
Mesmo que queira partir.
Fazes de mim o que bem queres,
Embasada no grande amor
Que por ti, sinto.
Mas, não tenhas certeza
De que me tens acorrentado;
Preso por algemas de frio aço.
Sou perdidamente apaixonado
Por ti, e, por ti, faço loucuras,
Embora às vezes me sinta lúcido.
Insensato seria partir
Quando o que quero é ficar,
Ficar e viver das esmolas que me dás.
Esmolo o teu amor
E não sinto a vergonha de pedir
O pouco que me ofereces.
Dou-te o meu amor sem reservas
E, para não perdê-la, fico,
Fico, mesmo se não pedires
Para eu ficar... mas,
POR FAVOR, PEÇA-ME PARA EU FICAR.
sexta-feira, 11 de novembro de 2016
PEQUENAS, PORÉM, MERECIDAS FÉRIAS!
Deverei tirar pequenas férias de 11 a 16 do corrente, quando estarei numa Pousada na Serra do Mar, próxima de Ubatuba. Espero que a paz da Serra, a paisagem bucólica e os cantos dos pássaros e a revoada das borboletas me renovem a inspiração para terminar o livro : 45 DIAS NA VIDA DE ZAZÁ, UMA ABELHA OPERÁRIA. Assim que eu retornar desse merecido descanso receberei da Gráfica 3 livros prontos para divulgação nas escolas sendo 1 de poesias denominado CORAÇÃO SANGRANDO, e dois de Ecologia, a saber:
A MENINA QUE SOLTAVA PÁSSAROS E O SUPER BEM-TE-VI. cOM ESSAS OBRAS AMEALHO 15 FILHOS EM MINHA FAMÍLIA LITERÁRIA. É isso aí... Escrever...Escrever e Ler...Ler. Existe algo mais salutar para o CÉREBRO?
Até...
A MENINA QUE SOLTAVA PÁSSAROS E O SUPER BEM-TE-VI. cOM ESSAS OBRAS AMEALHO 15 FILHOS EM MINHA FAMÍLIA LITERÁRIA. É isso aí... Escrever...Escrever e Ler...Ler. Existe algo mais salutar para o CÉREBRO?
Até...
quinta-feira, 10 de novembro de 2016
O CONVENTO!
O paredão de pedras sujas, seculares e disformes,
Separam o meu coração ímpio do coração santo,
Daquela que um dia logrou se libertar dos algozes
Pecados, que me impeliam para um amor profano.
Amei-a ou pensava que a amava no meu modo lascivo
De entender o amor como uma explosão de luxúria.
Por incontidas vezes ela chorando pedia-me carinho,
E, relutava em aceitar as minhas carícias espúrias.
Animal ensandecido eu a possuía com ímpetos famélicos
Indiferente a dor que nela causava pela insensatez
De a ter submissa aos meus desejos no quarto deserto
Enquanto ela gemia e clamava por um pouco de lucidez.
Talvez, cansada de ser humilhada por esse animal doentio,
Ela, numa noite gélida me abandonou no leito de pecados,
E, procurou refúgio, ou, a paz, para o seu coração ferido,
Dentre as muralhas onde as portas barram os desgraçados.
Hoje, bem sei, que o grande amor de minha vida está em paz
Com os seus sentimentos e, de mim, não recorda os momentos,
Que passou ao meu lado quando a devorava como um lobo voraz.
Liberta, foi mulher ultrajada: Presa, é uma SANTA, no CONVENTO.
Separam o meu coração ímpio do coração santo,
Daquela que um dia logrou se libertar dos algozes
Pecados, que me impeliam para um amor profano.
Amei-a ou pensava que a amava no meu modo lascivo
De entender o amor como uma explosão de luxúria.
Por incontidas vezes ela chorando pedia-me carinho,
E, relutava em aceitar as minhas carícias espúrias.
Animal ensandecido eu a possuía com ímpetos famélicos
Indiferente a dor que nela causava pela insensatez
De a ter submissa aos meus desejos no quarto deserto
Enquanto ela gemia e clamava por um pouco de lucidez.
Talvez, cansada de ser humilhada por esse animal doentio,
Ela, numa noite gélida me abandonou no leito de pecados,
E, procurou refúgio, ou, a paz, para o seu coração ferido,
Dentre as muralhas onde as portas barram os desgraçados.
Hoje, bem sei, que o grande amor de minha vida está em paz
Com os seus sentimentos e, de mim, não recorda os momentos,
Que passou ao meu lado quando a devorava como um lobo voraz.
Liberta, foi mulher ultrajada: Presa, é uma SANTA, no CONVENTO.
quinta-feira, 27 de outubro de 2016
O ROSÁRIO DE MADREPÉROLA!
O rosário de madrepérola entrelaçado nos finos dedos
Da devota senhora que se ajoelhou frente ao altar,
Da Virgem Maria que afagava o Menino Jesus no colo,
Causou-me um fremito no corpo e, logo, me pus, a desejar.
Tinha o sagrado objeto as contas reluzentes e imaculadas,
Formando o "Todo" que balançava em místicos circulos sagrados.
De onde eu estava podia observar o palor das faces pálidas,
E, o coração, num frenético pulsar sofrido; descompassado.
Por algum tempo ela fora rejeitada pelas mulheres hipócritas,
Que desdenhavam a vida dupla, que levava, na rígida comunidade.
Durante o dia, era a senhora sisuda, fiel, às sagradas escrituras,
Porém, quando a Lua surgia dentre as nuvens que pairavam sorrateiras,
Ela, trocava o rosário de madrepérola pelas horas de infidelidade.
Na missa ou, na noite, eu, sempre a desejei: ora, amante! ora,freira!
Da devota senhora que se ajoelhou frente ao altar,
Da Virgem Maria que afagava o Menino Jesus no colo,
Causou-me um fremito no corpo e, logo, me pus, a desejar.
Tinha o sagrado objeto as contas reluzentes e imaculadas,
Formando o "Todo" que balançava em místicos circulos sagrados.
De onde eu estava podia observar o palor das faces pálidas,
E, o coração, num frenético pulsar sofrido; descompassado.
Por algum tempo ela fora rejeitada pelas mulheres hipócritas,
Que desdenhavam a vida dupla, que levava, na rígida comunidade.
Durante o dia, era a senhora sisuda, fiel, às sagradas escrituras,
Porém, quando a Lua surgia dentre as nuvens que pairavam sorrateiras,
Ela, trocava o rosário de madrepérola pelas horas de infidelidade.
Na missa ou, na noite, eu, sempre a desejei: ora, amante! ora,freira!
sexta-feira, 21 de outubro de 2016
NADA! NADA! NADA!.. NADAAAAAAAAAA!, OU, TUDO! TUDO! TUDO!... TUDOOOOOO!
Nada! Nada! Nada!
É o que sinto nesse momento de intenso e causticante vazio em meu cérebro.
Já estou por horas ou, quem sabe, séculos, enclausurado numa concha pétrea.
Não sinto vontade de viver, sim, de viver, essa vida estéril, em que me encontro.
Quero tudo e, não quero, NADAAA!
Sou a fumaça que se desprende do lenho que agoniza envolto pelas labaredas;
Sou a areia que muda de lugar a cada instante, sem um lar que possa estacionar.
Por mim passa um rio e, nem eu, nem ninguém, NADA!
Verte dos meus olhos uma cachoeira de um pó pegajoso e fétido e, nela, ninguém, NADA!
Às vezes ainda sinto um gotejar viscoso no coração que há muito deixou de pulsar.
Vivo a vida vazia de aspirações, porém, repleta, intumescida de NADA!
Nada-se para não chegar a lugar algum e, se chega a algum lugar, só se encontra o NADA!
Uma aranha medonha passou por sobre os meus pés e, senti, NADA!
Arre, cheguei ao oceano das minhas misérias e nele penso que vou me banhar, mas, NADA!
Por fim, vejo-me, num terreno áspero, infértil e pedregoso e nele, vejo cruzes enegrecidas...TUDO!
Sim, acabei de chegar em minha última morada; a morada dos que nunca sentiram NADA!
Enfim, quando encontro o TUDO, sei que estou sendo bem recebido pelos vermes e, mais, NADA!
Viver quando o NADA é TUDO e o TUDO é NADA!
É o que sinto nesse momento de intenso e causticante vazio em meu cérebro.
Já estou por horas ou, quem sabe, séculos, enclausurado numa concha pétrea.
Não sinto vontade de viver, sim, de viver, essa vida estéril, em que me encontro.
Quero tudo e, não quero, NADAAA!
Sou a fumaça que se desprende do lenho que agoniza envolto pelas labaredas;
Sou a areia que muda de lugar a cada instante, sem um lar que possa estacionar.
Por mim passa um rio e, nem eu, nem ninguém, NADA!
Verte dos meus olhos uma cachoeira de um pó pegajoso e fétido e, nela, ninguém, NADA!
Às vezes ainda sinto um gotejar viscoso no coração que há muito deixou de pulsar.
Vivo a vida vazia de aspirações, porém, repleta, intumescida de NADA!
Nada-se para não chegar a lugar algum e, se chega a algum lugar, só se encontra o NADA!
Uma aranha medonha passou por sobre os meus pés e, senti, NADA!
Arre, cheguei ao oceano das minhas misérias e nele penso que vou me banhar, mas, NADA!
Por fim, vejo-me, num terreno áspero, infértil e pedregoso e nele, vejo cruzes enegrecidas...TUDO!
Sim, acabei de chegar em minha última morada; a morada dos que nunca sentiram NADA!
Enfim, quando encontro o TUDO, sei que estou sendo bem recebido pelos vermes e, mais, NADA!
Viver quando o NADA é TUDO e o TUDO é NADA!
terça-feira, 18 de outubro de 2016
A BRASA REAVIVADA!
Engana-se quem acredita que uma brasa fenecida,
Não reacende e, permanece, apagada; sem calor,
Pois, as cinzas que formam o seu jazigo, são frias
E, destituídas da paixão, quanto mais, do amor.
Mas, se o amor que sempre foi perene, recusa morrer
E, luta com altivez, para deixar de ser brasa morta.
Quanto mais, um antigo querer, que não se permite jazer,
Respira e vive e não se sente sufocado pela falsa derrota.
Assim, tenho um amor que se reavivou após um sono letárgico,
De uma eternidade que o fez sentir-se num braseiro gélido.
Ontem, uma brasa, dentre tantas outras, num coração famélico,
Hoje, uma brasa refulgente, ouvindo, dos lenhos, os estalos.
Para nós, as brasas são as estrelas que norteiam nosso amor
E, nunca, as cinzas enegrecidas: mortalhas de um triste desamor.
Não reacende e, permanece, apagada; sem calor,
Pois, as cinzas que formam o seu jazigo, são frias
E, destituídas da paixão, quanto mais, do amor.
Mas, se o amor que sempre foi perene, recusa morrer
E, luta com altivez, para deixar de ser brasa morta.
Quanto mais, um antigo querer, que não se permite jazer,
Respira e vive e não se sente sufocado pela falsa derrota.
Assim, tenho um amor que se reavivou após um sono letárgico,
De uma eternidade que o fez sentir-se num braseiro gélido.
Ontem, uma brasa, dentre tantas outras, num coração famélico,
Hoje, uma brasa refulgente, ouvindo, dos lenhos, os estalos.
Para nós, as brasas são as estrelas que norteiam nosso amor
E, nunca, as cinzas enegrecidas: mortalhas de um triste desamor.
terça-feira, 11 de outubro de 2016
UM CORAÇÃO ANDARILHO
Tenho dentro do peito um coração andarilho,
Que não se conforma em ficar apático, inerte,
Enquanto, sente o sangue correr como um rio,
Tornando-o forte, estóico; um pétreo cerne.
Por mais que eu tente não consigo impedi-lo
De deixar o aconchego do peito e se aventurar
Pelas sendas desconhecidas de inóspitos caminhos
Em busca do amor verdadeiro; em busca do muito amar.
Sim, não posso colocar algemas naquele que crê,
Embora, saiba, que o amor, em sua plenitude é ficção.
Mas, não me é lícito destruir a crença sã e perene
Desse coração que se embrenha na luz e na escuridão.
Vá! vá e, quem sabe, encontrará o amor que nunca encontrei
Em lábios doces, porém, falsos de jura e "ais" mentirosos.
E, assim, que encontrares o coração gêmeo, se sentirá rei,
Mas,regresse, trazendo-o, para que eu tenha um porvir airoso.
Ontem, o meu coração saiu do peito em silêncio, na surdina,
Deixando-me ansioso pelo regresso com o sensual prêmio.
Vivi dias de incerteza e medo sem saber o que se antevia:
Era madrugada, quando ele se aninhou em seu eterno nicho.
Assim, que ele se acalmou, se recuperou da peregrinação,
Perguntei-lhe, angustiado, com a voz rouca; um gemido:
_ Querido coração, voltastes nu, para a nossa solidão.
_ Sim, e num esgar de dor disse: Continuarei, sempre, ANDARILHO!
domingo, 9 de outubro de 2016
A CARTA!
A tempestade se amainou;
A enxurrada se avolumou;
O céu voltou ao seu azul intenso;
As aves voltaram para suas revoadas...
A enxurrada descia com intrépidos a sarjeta suja;
O barro deslizava como serpente pela rua estreita;
Um gato rajado eriçou os pelos e pulou a sarjeta;
Um bêbado rodopiou como bailarino e caiu na lama.
A chuva, outrora, caudalosa; agora, apenas uma garoa;
O sol, uma mancha dourada, dentre as nuvens cinzentas;
Os passantes, passavam com os pés enlameados e frios;
A paisagem que se descortinou era um "Matisse".
No cimo do morro uma jovem soltou um barco na água turva;
O barco, no início, pareceu adernar e, sumir, nas vagas;
Um vento brando, salvou-o e o colocou firme, a navegar;
O bólido branco como uma pérola desceu a sarjeta em volteios.
Por um segundo, ou, uma eternidade para quem ama com loucura,
O barco, molhado, com as velas rotas, com o leme quebrado,
Chegou ao seu porto; o seu destino: as minhas mãos sôfregas.
Oh!, barco que em instantes se transmudou em uma carta de amor...
Pálido, encharcado pela tempestade, ajoelhei-me, na febril enxurrada,
E, febril, permiti que meus olhos esbugalhados, embaçados, a lessem,
Sim, a lessem, embora muitas palavras estivessem apagadas e ilegíveis,
Apenas garranchos, do que há pouco, foram símbolos belos e legíveis.
Palavras, garranchos... Uma mensagem que me fez desmaiar na enxurrada;
Uma declaração que me fez subir aos céus e me sentir um querubim;
Um consentimento que me fez arder em desejos e loucas seduções...
Lê-la, demorou uma eternidade e, quando cheguei ao final, urrei de felicidade:
" Querido, eu te amo e, quero ser tua, somente tua... para sempre, TUA!"
A enxurrada, não mais de águas sujas, mas, sim, de águas cristalinas,
Escorria com destino ao rio, ao mar, deixando-me o BARCO, a CARTA...
A enxurrada só secou, quando secaram as minhas lágrimas de felicidade.
Numa poça de água cristalina um pardal se banhava...
quarta-feira, 5 de outubro de 2016
A LAREIRA
A lareira mostrava-se nua aos meus olhos,
Que, enfeitiçados a contemplavam com fascínio:
Na câmara ardente fagulhas brotavam como sonhos
E, no meu âmago, brasas, avivavam, o meu martírio.
A noite ainda estava entreabrindo os olhos escuros,
Sorrateira em seu mistério de ocultar os temores,
Como se fora o túmulo frio, sujo e, abandonado,
Na campa tétrica: morada de almas penadas e silentes.
O lenho crepitava emitindo sons lamuriosos, doloridos,
Quando era beijado pelas chamas flamejantes e pegajosas.
Neste instante, de ti, eu lembrava os abraços fingidos
Que me enlaçavam e me queimavam: fogueira voluptuosa.
A lareira recebeu minhas lamúrias e decepções incontidas,
No fragor das labaredas que se agigantavam em estrépitos.
Era madrugada, quando só restaram brasas, da fogueira extinta;
Era madrugada, quando só restaram cinzas, dos meus anseios.
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Que, enfeitiçados a contemplavam com fascínio:
Na câmara ardente fagulhas brotavam como sonhos
E, no meu âmago, brasas, avivavam, o meu martírio.
A noite ainda estava entreabrindo os olhos escuros,
Sorrateira em seu mistério de ocultar os temores,
Como se fora o túmulo frio, sujo e, abandonado,
Na campa tétrica: morada de almas penadas e silentes.
O lenho crepitava emitindo sons lamuriosos, doloridos,
Quando era beijado pelas chamas flamejantes e pegajosas.
Neste instante, de ti, eu lembrava os abraços fingidos
Que me enlaçavam e me queimavam: fogueira voluptuosa.
A lareira recebeu minhas lamúrias e decepções incontidas,
No fragor das labaredas que se agigantavam em estrépitos.
Era madrugada, quando só restaram brasas, da fogueira extinta;
Era madrugada, quando só restaram cinzas, dos meus anseios.
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domingo, 25 de setembro de 2016
UMAS FÉRIAS BEM-VINDAS!
Do dia 26 ao dia 30 do corrente mês estarei descansando das atividades literárias no SPA FAZENDA IGARATÁ. Será um período excelente para restaurar as energias, perder alguns quilos, ler um bom livro e, certamente, retornar com gás, para chegar até as festas natalinas.
Acredito que, desfrutando da paz do local; da natureza exuberante e, da fartura de guloseimas????, criarei novos poemas e novas histórias para os meus livros.
Acredito que, desfrutando da paz do local; da natureza exuberante e, da fartura de guloseimas????, criarei novos poemas e novas histórias para os meus livros.
sexta-feira, 23 de setembro de 2016
FEIRA LITERÁRIA DO COLÉGIO ADVENTISTA
Dia 25 próximo, Domingo às 9;30 horas estará acontecendo a Feira Literária do Colégio Adventista em Tremembé. Deverei comparecer para proferir uma palestra alusiva ao tema: Literatura. Já estive lá em Feiras anteriores, é excelente. Fico muito honrado com o convite.
É isso aí, a literatura deve ser sempre prestigiada.
Ler, ler, ler... sempre ler... um exercício salutar para o cérebro.
Se você, caro leitor, puder comparecer, será uma alegria e honra para todos nós.
É isso aí, a literatura deve ser sempre prestigiada.
Ler, ler, ler... sempre ler... um exercício salutar para o cérebro.
Se você, caro leitor, puder comparecer, será uma alegria e honra para todos nós.
segunda-feira, 19 de setembro de 2016
ALMA INSONE E INCONGRUENTE ... DO LIVRO DE POEMAS CONFIDÊNCIAS DA ALMA - ALDO DE AGUIAR - 1998
ALMA INSONE
CHOVE, TORRENCIALMENTE NESTA NOITE
DE INSÔNIAS DORIDAS.
TENHO A ALMA AGONIADA E SILENTE,
ESCONDIDA, ENRODILHADA NO RECÔNCAVO
DO PEITO FERIDO, DO CORPO AUSENTE.
CHOVE! DOS MEUS OLHOS ESBUGALHADOS,
SALTADOS NAS ÓRBITAS, RIOS BROTAM,
ESCORREM E SE PERDEM NO OCEANO REVOLTO
DAS SAUDADES. NOITE INSANA...
SAUDADE INSANA... ALMA INSONE...
RIO, LEVA-ME CONTIGO.
SAUDADE DE TI.
INCONGRUENTE
NÃO TENHO O QUE SINTO,
NEM SINTO O QUE TENHO,
TENHO O SENTIDO DE SENTIR
SEM SENTIR O SENTIDO DE TER.
TENDO, SEM SENTIR O QUE SE TEM,
SENTINDO TER O QUE NUNCA SE TEVE,
TEVE-SE O SENTIMENTO DE HAVER SENTIDO...
SENTIDO VAZIO DE SENTIR-SE TENDO.
E,ASSIM, SENTINDO SEM SENTIDO ALGUM,
TENDO SEM TER O QUE PENSA QUE SE TEVE,
TIVE, OU NÃO TIVE, QUE SEI EU O QUE TENHO?,
AS INCONGRUÊNCIAS DE SER O QUE NUNCA FUI.
CHOVE, TORRENCIALMENTE NESTA NOITE
DE INSÔNIAS DORIDAS.
TENHO A ALMA AGONIADA E SILENTE,
ESCONDIDA, ENRODILHADA NO RECÔNCAVO
DO PEITO FERIDO, DO CORPO AUSENTE.
CHOVE! DOS MEUS OLHOS ESBUGALHADOS,
SALTADOS NAS ÓRBITAS, RIOS BROTAM,
ESCORREM E SE PERDEM NO OCEANO REVOLTO
DAS SAUDADES. NOITE INSANA...
SAUDADE INSANA... ALMA INSONE...
RIO, LEVA-ME CONTIGO.
SAUDADE DE TI.
INCONGRUENTE
NÃO TENHO O QUE SINTO,
NEM SINTO O QUE TENHO,
TENHO O SENTIDO DE SENTIR
SEM SENTIR O SENTIDO DE TER.
TENDO, SEM SENTIR O QUE SE TEM,
SENTINDO TER O QUE NUNCA SE TEVE,
TEVE-SE O SENTIMENTO DE HAVER SENTIDO...
SENTIDO VAZIO DE SENTIR-SE TENDO.
E,ASSIM, SENTINDO SEM SENTIDO ALGUM,
TENDO SEM TER O QUE PENSA QUE SE TEVE,
TIVE, OU NÃO TIVE, QUE SEI EU O QUE TENHO?,
AS INCONGRUÊNCIAS DE SER O QUE NUNCA FUI.
quinta-feira, 15 de setembro de 2016
AMOR COMO O AMOR AMA - ESCRITOS DE AMOR - FERNANDO PESSOA
Passei toda a noite, sem saber dormir, vendo sem espaço a figura dela,
E vendo-a sempre de maneiras diferentes do que a encontro a ela.
Faço pensamentos com a recordação do que ela é quando me fala,
E em cada pensamento ela varia de acordo com a sua semelhança.
AMAR É PENSAR.
E eu quase que me esqueço de sentir só de pensar nela.
Não sei bem o que quero, mesmo dela, e eu não penso senão nela.
Tenho uma grande distração animada.
Quando desejo encontrá-la
Quase que prefiro não a encontrar,
Para não ter que a deixar depois.
Não sei bem o que quero, nem quero saber o que quero.
QUERO SÓ PENSAR ELA.
Não peço nada a ninguém,
nem a ela,
senão pensar.
DIVINA COMÉDIA
EDITORES
PG. 116
E vendo-a sempre de maneiras diferentes do que a encontro a ela.
Faço pensamentos com a recordação do que ela é quando me fala,
E em cada pensamento ela varia de acordo com a sua semelhança.
AMAR É PENSAR.
E eu quase que me esqueço de sentir só de pensar nela.
Não sei bem o que quero, mesmo dela, e eu não penso senão nela.
Tenho uma grande distração animada.
Quando desejo encontrá-la
Quase que prefiro não a encontrar,
Para não ter que a deixar depois.
Não sei bem o que quero, nem quero saber o que quero.
QUERO SÓ PENSAR ELA.
Não peço nada a ninguém,
nem a ela,
senão pensar.
DIVINA COMÉDIA
EDITORES
PG. 116
segunda-feira, 12 de setembro de 2016
O NASCIMENTO DE TRÊS FILHOS !
Até o final do mês, deverei acrescentar mais três filhos à minha prole literária. É que estarei publicando, ou seja, colocando nas prateleiras das livrarias três obras a saber:
1. A MENINA QUE SOLTAVA PÁSSAROS - PARADIDÁTICO ECOLÓGICO - 110 PÁGINAS
2. O SUPER BEM-TE-VI - PARADIDÁTICO ECOLÓGICO - 65 PÁGINAS
3. CORAÇÃO SANGRANDO - POEMAS - 108 PÁGINAS
Para o ano vindouro deverei lançar mais 4 obras, que, já estão em fase de conclusão:
1. GIZ, QUADRO NEGRO E DOR - ROMANCE SOBRE O MAGISTÉRIO BASEADO EM FATOS REAIS - 430 PÁGINAS
2. MULHERES SEDUTORAS & MULHERES SEDUZIDAS - ROMANCE ERÓTICO- 187 PÁGINAS
3. POR QUE DUVIDAS DE MIM? - POEMA BÍBLICO - 87 PÁGINAS
4. A NEBLINA - POEMAS - 110 PÁGINAS
Enquanto as forças do Universo estiverem conspirando a meu favor, escreverei incansávelmente.
1. A MENINA QUE SOLTAVA PÁSSAROS - PARADIDÁTICO ECOLÓGICO - 110 PÁGINAS
2. O SUPER BEM-TE-VI - PARADIDÁTICO ECOLÓGICO - 65 PÁGINAS
3. CORAÇÃO SANGRANDO - POEMAS - 108 PÁGINAS
Para o ano vindouro deverei lançar mais 4 obras, que, já estão em fase de conclusão:
1. GIZ, QUADRO NEGRO E DOR - ROMANCE SOBRE O MAGISTÉRIO BASEADO EM FATOS REAIS - 430 PÁGINAS
2. MULHERES SEDUTORAS & MULHERES SEDUZIDAS - ROMANCE ERÓTICO- 187 PÁGINAS
3. POR QUE DUVIDAS DE MIM? - POEMA BÍBLICO - 87 PÁGINAS
4. A NEBLINA - POEMAS - 110 PÁGINAS
Enquanto as forças do Universo estiverem conspirando a meu favor, escreverei incansávelmente.
domingo, 4 de setembro de 2016
"NADA É MAIS FRIO DO QUE UM AMOR MORTO" - ROMY SCHNEIDER
"NADA É MAIS FRIO DO QUE UM AMOR MORTO". Esta frase foi dita pela atriz Romy Scheneider (1938-1982) ao então seu marido HARRY MEYEN , quando filmava "A PISCINA", tendo como protagonista o seu ex- amor ALAIN DELON. Tudo porque o marido a acusou de estar rodando o filme somente para estar ao lado de Alain Delon.
Realmente, Nada é mais frio do que um amor morto. Esperar que um amor morto renasça, é o mesmo que esperar de uma fogueira extinta, fagulhas flamejantes. É impossível.
O importante é fazer de tudo para que o amor não morra. Às vezes, um ato que pode parecer inconsequente para uma das partes, se torna terrivelmente relevante para outra, a ponto, de permitir, que o amor morra.
Romy Schneider viveu a glória quando filmou a trilogia SISSI - 1955 a 1957, porém, teve muitos contragostos na vida amorosa e na vida familiar. Uma delas foi quando o seu ex-marido e pai de seu filho se enforcou. Quando, com 14 anos, seu filho ao pular a grade de um muro, se viu perpassado por uma lança da grade, morrendo imediatamente. Sempre depressiva, precisou tirar um rim por causa de um tumor.
Romy Schneider, a encantadora e bela SISSI, morreu de ataque cardíaco aos 43 anos de idade em 1982.
sexta-feira, 26 de agosto de 2016
O GRANDE CIRCO!
Atenção: Não percam o grandioso espetáculo! O maior da Terra! Jamais visto em outras plagas... É o Grande Circo "Congresso Nacional", apresentando até meados de setembro a peça: SENADO FEDERAL e suas Estrepolias. Uma única oportunidade do brasileiro assistir em seu sofá, comendo pipoca com refrigerante os melhores atores circenses desempenharem com maestria o papel de INDIGNADOS; DESCLASSIFICADOS, IMORAIS, CORRUPTOS E TANTOS OUTROS ADJETIVOS, que eles mesmos se qualificam. É um saco de gatos enlouquecidos. E tudo em nome do drama "IMPEACHMENT DA PRESIDENTA DILMA". É incrível como eles se odeiam, para, em seguida se amarem. Ao mesmo tempo em que gastam as suas verborragias com impropérios, amenizam com o emprego de Vossa Excelência, a saber: Vossa Excelência não tem moral alguma... Vossa Excelência é réu no STF... Vossa Excelência dilapidou os cofres da Estatal ... e, assim, por diante.
É cômico, se não fosse trágico!
O que o Brasil espera destes distintos atores de comédia? Devemos continuar pagando impostos para que eles enchem suas "burras " com o nosso suor?
Brasil, acorda do seu berço esplêndido e reaja!
Chega de Circo e pão para os pobres e miseráveis brasileiros que enfrentam a pior crise já vivida. Está na hora de acordarmos e dizermos um B A S T A! para estes assassinos dos sonhos brasileiros.
Se, assim, não reagirmos, o CIRCO continuará prosperando e, nós, nos tornaremos espectadores-ZUMBIS, de uma cena Nacional caótica.
É cômico, se não fosse trágico!
O que o Brasil espera destes distintos atores de comédia? Devemos continuar pagando impostos para que eles enchem suas "burras " com o nosso suor?
Brasil, acorda do seu berço esplêndido e reaja!
Chega de Circo e pão para os pobres e miseráveis brasileiros que enfrentam a pior crise já vivida. Está na hora de acordarmos e dizermos um B A S T A! para estes assassinos dos sonhos brasileiros.
Se, assim, não reagirmos, o CIRCO continuará prosperando e, nós, nos tornaremos espectadores-ZUMBIS, de uma cena Nacional caótica.
quarta-feira, 24 de agosto de 2016
O CAMAFEU DE PRATA
Era impossível não notar o reluzente camafeu de prata
Adornando o colo alvo riscado por veias finas, azuladas.
Ficava à mostra como um troféu exposto em rico museu:
Imponente, altivo e feroz, como o Minotauro de Teseu.
Ela sempre o trazia, indiferente se era vivo, ou, inerte,
No colo arfante; a sua morada, o estojo de puro cerne.
Ali o pequeno lagarto reinava a despeito do meu ódio.
Sim, ódio, pela maneira como se portava no mais alto pódio.
Tinha os olhos formados por dois rubis flamejantes e rublos;
As unhas, feitas do mais duro alabastro e afiadas com esmero;
A boca, trazia enfieirado, dentes finos, alvos e cortantes
E, por fim, tinha o aspecto sombrio de uma fera-amante.
Uma noite, embriagado de absinto e de um desejo insaciável,
Colei os lábios no pescoço macio num longo beijo afável.
Oh, maldito camafeu que me atacou com suas armas letais,
Mordendo-me; lanhando-me e causando-me feridas mortais.
Agonizante, ainda tive forças para num débil gesto brusco,
Arrancar, dela, o objeto assassino, ciumento e possesso.
Num átimo, a bela mulher, se apossou do camafeu que ria
E, o guardou dentre os seios túmidos; agora, joia fria.
O tempo passou e nunca mais vi a mulher do lagarto-rei,
Nem mesmo, pelas andanças que por "Coisas da Vida", andei.
Só me dei conta, hoje, ao ter os cabelos encanecidos
Do perigo que passei ao enfrentar o CAMAFEU assassino.
Adornando o colo alvo riscado por veias finas, azuladas.
Ficava à mostra como um troféu exposto em rico museu:
Imponente, altivo e feroz, como o Minotauro de Teseu.
Ela sempre o trazia, indiferente se era vivo, ou, inerte,
No colo arfante; a sua morada, o estojo de puro cerne.
Ali o pequeno lagarto reinava a despeito do meu ódio.
Sim, ódio, pela maneira como se portava no mais alto pódio.
Tinha os olhos formados por dois rubis flamejantes e rublos;
As unhas, feitas do mais duro alabastro e afiadas com esmero;
A boca, trazia enfieirado, dentes finos, alvos e cortantes
E, por fim, tinha o aspecto sombrio de uma fera-amante.
Uma noite, embriagado de absinto e de um desejo insaciável,
Colei os lábios no pescoço macio num longo beijo afável.
Oh, maldito camafeu que me atacou com suas armas letais,
Mordendo-me; lanhando-me e causando-me feridas mortais.
Agonizante, ainda tive forças para num débil gesto brusco,
Arrancar, dela, o objeto assassino, ciumento e possesso.
Num átimo, a bela mulher, se apossou do camafeu que ria
E, o guardou dentre os seios túmidos; agora, joia fria.
O tempo passou e nunca mais vi a mulher do lagarto-rei,
Nem mesmo, pelas andanças que por "Coisas da Vida", andei.
Só me dei conta, hoje, ao ter os cabelos encanecidos
Do perigo que passei ao enfrentar o CAMAFEU assassino.
segunda-feira, 22 de agosto de 2016
SONETO DO CORAÇÃO SANGRANDO
Coração sangrando que não cabe dentro do peito,
Agoniza, em seus últimos estertores de vida.
Sofrendo dores cruéis de amores findos, desfeitos,
Pulsando, ora sim, ora não, na triste sina.
Sim, na triste sina de ter se entregue à mulher
Que lhe prometeu o amor em sua idílica plenitude.
Oh, órgão tolo, que pensando ter a Estrela Vésper,
Teve, apenas, um cometa, solitário na infinitude.
Sangra, em borbotões de líquido rubro e fervente,
Inundando a alma como se ela fora um náufrago débil,
Ou, mesmo, um andarilho roto, alquebrado e, demente.
Coração sangrando, sangra, pelos poros dilacerados,
Que regurgitam o sangue e a crença na mulher ignóbil,
Que o traspassou com o punhal gélido do amor negado.
Agoniza, em seus últimos estertores de vida.
Sofrendo dores cruéis de amores findos, desfeitos,
Pulsando, ora sim, ora não, na triste sina.
Sim, na triste sina de ter se entregue à mulher
Que lhe prometeu o amor em sua idílica plenitude.
Oh, órgão tolo, que pensando ter a Estrela Vésper,
Teve, apenas, um cometa, solitário na infinitude.
Sangra, em borbotões de líquido rubro e fervente,
Inundando a alma como se ela fora um náufrago débil,
Ou, mesmo, um andarilho roto, alquebrado e, demente.
Coração sangrando, sangra, pelos poros dilacerados,
Que regurgitam o sangue e a crença na mulher ignóbil,
Que o traspassou com o punhal gélido do amor negado.
quarta-feira, 17 de agosto de 2016
UMA VISITA À LIVRARIA SIGMA NO SHOPPING VIA VALE
Ontem, estive no Shopping Via Vale, quando fiz uma visita literária à Livraria Sigma. Sem dúvida alguma é uma esplêndida Livraria. Existem livros de todas as áreas, bem como, revistas e afins. Maravilhosa é a Cafeteria com poltronas próprias para se passar ali algumas horas devorando os mais diversos autores. è importante que os Taubateanos a frequentem, pois, do contrário, poderá acontecer com as demais que não vingaram. Existe uma estatística que prova que os brasileiros não cultivam o hábito da leitura. Enquanto na Dinamarca exite uma Livraria para cada 1.800 habitantes, no Brasil, a coisa piora, sendo apenas uma Livraria, para 29.000 pessoas.
Após me deliciar pelos corredores repletos de livros acabei comprando 3 obras de um dos meus autores preferidos: DOSTOIÉVESKI, do qual tenho praticamente todos os seus livros.
Assim, é, que, comprei:
1. DUAS NARRATIVAS FANTÁSTICAS : A DÓCIL E O SONHO DE UM HOMEM RIDÍCULO - EDITORA 34 - 123 PÁGINAS
Designadas pelo próprio autor como "narrativas fantásticas", as duas novelas aqui reunidas foram publicadas pela primeira vez nas páginas do Diário de um Escritor, publicação mensal redigida por Dostoiéveski entre 1876 e 1879.
Em A Dócil, um homem desesperado refaz, diante do cadáver da mulher, a história do seu relacionamento, tentando compreender passo a passo as razões que a levaram ao suicídio. Já em O Sonho de Um Homem Ridículo, o narradora ponto de acabar com a própria vida, adormece na poltrona diante do revólver carregado. Principia então um dos sonhos mais extraordinários da história da literatura, durante o qual Dostoiéveski anuncia a possibilidade de uma vida utópica em outro planeta antes de seus habitantes serem contaminados pelo veneno da autoconsciência.
2. A ALDEIA DE STIPÂNTCHIKOV E SEUS HABITANTES - EDITORA NOVA ALEXANDRIA - 240 PÁGINAS
Este livro destaca-se na obra de Dostoiéveskipor representar uma de suas faces mais surpreendentes como escritor: o prosador satírico, criador de personagens e narrativas cômicas e patéticas.
Ambientado numa propriedade rural do interior da Rússia, A Aldeia de Stiepântchikov e seus Habitantes narra as intrigas e confusões que se dão na convivência de uma família cercada por estranhos agregados e parasitas. No centro dos acontecimentos está Fomá Opískim , com um passado de bufão da corte, mas com a pretensão de ser considerado um grande pensador - dominado a todos com seus caprichos e excentricidades.
Com uma dicção diferente daquela apresentada em outra de suas obras, o grande autor de Crime e Castigo revela, nesta narrativa, a atormentada alma humana através das lentes do humor e da sátira mordaz, constituindo, assim, a matéria prima fundamental para a construção de alguns de seus personagens mais emblemáticos.
3. BOBÓK - EDITORA 34 - 84 PÁGINAS,
Primeiro testo de ficção publicado no Diário de um escritor, que então estreava como seção do Grajdanin, o conto BOBÓK, mais do que uma resposta genial do autor a seus críticos, é uma peça-chave do universo dostoieveskiano: aquela que concentra, como uma cápsula, as principais aspirações criativas do escritor.
Um escritor frustrado sai para se divertir e vai parar num enterro. Acaba cochilando sobre uma sepultura e, de repente, começa a ouvir vozes vindas de debaixo da terra. É em torno desta situação, entre cômica e fantástica, que se desenvolve o conto BOBÓK, de Dostoiéveski.
Já tive a felicidade de nestes dois dias ler os livros Duas Narrativas e Bobók. Recomendo-os aos meus fiéis seguidores deste blog.
Ler, Ler, Ler e Ler... Exercício salutar e necessário para o desenvolvimento do cérebro e consequentemente da inteligência.
Após me deliciar pelos corredores repletos de livros acabei comprando 3 obras de um dos meus autores preferidos: DOSTOIÉVESKI, do qual tenho praticamente todos os seus livros.
Assim, é, que, comprei:
1. DUAS NARRATIVAS FANTÁSTICAS : A DÓCIL E O SONHO DE UM HOMEM RIDÍCULO - EDITORA 34 - 123 PÁGINAS
Designadas pelo próprio autor como "narrativas fantásticas", as duas novelas aqui reunidas foram publicadas pela primeira vez nas páginas do Diário de um Escritor, publicação mensal redigida por Dostoiéveski entre 1876 e 1879.
Em A Dócil, um homem desesperado refaz, diante do cadáver da mulher, a história do seu relacionamento, tentando compreender passo a passo as razões que a levaram ao suicídio. Já em O Sonho de Um Homem Ridículo, o narradora ponto de acabar com a própria vida, adormece na poltrona diante do revólver carregado. Principia então um dos sonhos mais extraordinários da história da literatura, durante o qual Dostoiéveski anuncia a possibilidade de uma vida utópica em outro planeta antes de seus habitantes serem contaminados pelo veneno da autoconsciência.
2. A ALDEIA DE STIPÂNTCHIKOV E SEUS HABITANTES - EDITORA NOVA ALEXANDRIA - 240 PÁGINAS
Este livro destaca-se na obra de Dostoiéveskipor representar uma de suas faces mais surpreendentes como escritor: o prosador satírico, criador de personagens e narrativas cômicas e patéticas.
Ambientado numa propriedade rural do interior da Rússia, A Aldeia de Stiepântchikov e seus Habitantes narra as intrigas e confusões que se dão na convivência de uma família cercada por estranhos agregados e parasitas. No centro dos acontecimentos está Fomá Opískim , com um passado de bufão da corte, mas com a pretensão de ser considerado um grande pensador - dominado a todos com seus caprichos e excentricidades.
Com uma dicção diferente daquela apresentada em outra de suas obras, o grande autor de Crime e Castigo revela, nesta narrativa, a atormentada alma humana através das lentes do humor e da sátira mordaz, constituindo, assim, a matéria prima fundamental para a construção de alguns de seus personagens mais emblemáticos.
3. BOBÓK - EDITORA 34 - 84 PÁGINAS,
Primeiro testo de ficção publicado no Diário de um escritor, que então estreava como seção do Grajdanin, o conto BOBÓK, mais do que uma resposta genial do autor a seus críticos, é uma peça-chave do universo dostoieveskiano: aquela que concentra, como uma cápsula, as principais aspirações criativas do escritor.
Um escritor frustrado sai para se divertir e vai parar num enterro. Acaba cochilando sobre uma sepultura e, de repente, começa a ouvir vozes vindas de debaixo da terra. É em torno desta situação, entre cômica e fantástica, que se desenvolve o conto BOBÓK, de Dostoiéveski.
Já tive a felicidade de nestes dois dias ler os livros Duas Narrativas e Bobók. Recomendo-os aos meus fiéis seguidores deste blog.
Ler, Ler, Ler e Ler... Exercício salutar e necessário para o desenvolvimento do cérebro e consequentemente da inteligência.
segunda-feira, 15 de agosto de 2016
INFÂNCIA... DAS COISAS QUE TENHO SAUDADES - SÃO LUIZ DO PARAITINGA
Dos 6 aos 8 anos de idade morei em São Luiz do Paraitinga. Meu pai era dentista do Grupo Escolar Cel. Domingues de Castro. Eu estudava no segundo ano do grupo. O meu professor era o Pedro que mais tarde se tornou Delegado de Polícia em Taubaté.
Ah, tempo bom. Tempo de muitas traquinagens pelas ruas dos casarões e, principalmente na Vargem dos Passarinhos. As ruas eram de terra batida e, quando chovia descia uma enxurrada do Morro do Cruzeiro. Assim, que a chuva passava nós (toda a garotada) descia o Morro sentado em folhas de Pita, deslizando pelo barro macio.
Ao lado da Igreja da matriz tinha um morro suave que descia até a Praça e, era nele que nós descíamos dentro de pneus, rodando vertiginosamente.
Aos Domingos eu ia assistir os seriados do Homem Foguete; do Tarzã; do Hopalong Cassyd e outros que nos deixavam em suspense. O cinema ficava lotado.
Sempre nas tardes de Domingo ia assistir o futebol. O campo ficava ao lado do Rio Paraitinga e, quando acontecia de um jogador chutar a bola para o rio, imediatamente um nadador se atirava em suas águas frias e nadava até pegar a bola e devolvê-la para os jogadores.
Frente ao Asilo , ao lado da casa do Pedro Costa tinha um terreno vazio onde se instalava circo, parques e arena de rodeio. Lembro-me de ir assistir uma peça de teatro com o famoso ator Casca Grossa. Era um drama e, eu, chorei muito.
Quando acontecia as festas tradicionais, às noites eu perambulava pelas barracas e, ficava procurando pelas ruas as moedas que alguém tinha deixado cair. Assim, que encontrava uma, corria para comprar um pirulito ou algodão doce.
Por Coisas da Vida voltei a São Luiz do Paraitinga após 40 anos como Diretor da Escola Monsenhor Ignácio Gióia. Foi lá que tive a grata satisfação de ter a competente Cida da Bitica como minha Assistente. Dizem as boas e más línguas que ela batia muito em mim quando eu era criança.
Ah, que saudades da Festa do Divino organizada pela professora DIDI; das cavalhadas no campo de futebol; dos afogados (carne com batata) no Mercado Municipal e, principalmente, das noites enluaradas da pequena, mas, aconchegante, cidade.
Das coisas que tenho saudades...
Ah, tempo bom. Tempo de muitas traquinagens pelas ruas dos casarões e, principalmente na Vargem dos Passarinhos. As ruas eram de terra batida e, quando chovia descia uma enxurrada do Morro do Cruzeiro. Assim, que a chuva passava nós (toda a garotada) descia o Morro sentado em folhas de Pita, deslizando pelo barro macio.
Ao lado da Igreja da matriz tinha um morro suave que descia até a Praça e, era nele que nós descíamos dentro de pneus, rodando vertiginosamente.
Aos Domingos eu ia assistir os seriados do Homem Foguete; do Tarzã; do Hopalong Cassyd e outros que nos deixavam em suspense. O cinema ficava lotado.
Sempre nas tardes de Domingo ia assistir o futebol. O campo ficava ao lado do Rio Paraitinga e, quando acontecia de um jogador chutar a bola para o rio, imediatamente um nadador se atirava em suas águas frias e nadava até pegar a bola e devolvê-la para os jogadores.
Frente ao Asilo , ao lado da casa do Pedro Costa tinha um terreno vazio onde se instalava circo, parques e arena de rodeio. Lembro-me de ir assistir uma peça de teatro com o famoso ator Casca Grossa. Era um drama e, eu, chorei muito.
Quando acontecia as festas tradicionais, às noites eu perambulava pelas barracas e, ficava procurando pelas ruas as moedas que alguém tinha deixado cair. Assim, que encontrava uma, corria para comprar um pirulito ou algodão doce.
Por Coisas da Vida voltei a São Luiz do Paraitinga após 40 anos como Diretor da Escola Monsenhor Ignácio Gióia. Foi lá que tive a grata satisfação de ter a competente Cida da Bitica como minha Assistente. Dizem as boas e más línguas que ela batia muito em mim quando eu era criança.
Ah, que saudades da Festa do Divino organizada pela professora DIDI; das cavalhadas no campo de futebol; dos afogados (carne com batata) no Mercado Municipal e, principalmente, das noites enluaradas da pequena, mas, aconchegante, cidade.
Das coisas que tenho saudades...
domingo, 14 de agosto de 2016
INFÂNCIA ... DAS COISAS QUE TENHO SAUDADES!
Neste final de domingo quando a tarde some e a noite chega com sua escuridão e seus incontáveis mistérios; quando a televisão só apresenta matérias frívolas, que nada acrescentam em nossa vida; quando os desafios da semana que está breve a nascer parecem intransponíveis; quando a "luta" árdua pela sobrevivência oprime os nossos corações, deixo a realidade tormentosa por uns instantes e passo a recordar os melhores momentos de minha também árdua mas benfazeja infância... infância passada na "ROÇA", mais precisamente no Sítio do Taquaral, no sítio dos Velosos, no Bairro do Pinheirinho e, finalmente no Sertão das Antas, todos no município de Redenção da Serra.
Era criança. Vivi esta vida entre os oito e doze anos de idade.
O que recordo com saudade e com um desejo enorme de voltar no tempo... ser criança novamente e me sentir livre para o que de melhor aconteceu comigo?
RECORDO:
1. O cheiro adocicado e penetrante do capim gordura quando eu ia buscar as vacas no pasto para a ordenha diária;
2. O leite quente e espumoso da vaca Favorita que espirrava na caneca de alumínio contendo no fundo um pouco de açúcar com uma pitada de chocolate em pó (tinha que economizar para que durasse o maior tempo possível.Chocolate era uma raridade);
3. O banho diário na Bica feita de Embaúba, onde escorria a água que vinha do grotão que chegava fria e prateada;
4. A pescaria de lambaris na lagoa após terminar as tarefas diárias ( raspar o esterco do curral, tratar do gado; tratar dos porcos e galinhas etc.);
5. Os mergulhos no ribeirão que serpenteava pelas árvores e matos rasteiros;
6. O almoço em que Mamãe fazia no prato de ágate um delicioso "sortido" onde nunca faltou um ovo frito de gema amarela, alguns torresmos e dois ou três pedaços de carne de porco tirados da lata de banha onde ficavam imersos para não estragarem;
7. Sair a cavalo para ir entregar o leite no "ponto" e me deliciar com o caminhão leiteiro do Juca Bé;
8. Após entregar o leite ir no armazém do João Corrêa para tomar um copo de água tirada da moringa com xarope de limão ou de groselha ( Sítio do Taquaral);
9. Todo dia montar a cavalo e ir até Redenção da Serra para estudar no quarto ano do Grupo Escolar- tinha 9 anos( um percurso de 30 km - ida e volta - Sítio dos Velosos);
10.Os momentos mágicos à beira do fogão de lenha à noite quando meu pai nos contava causos de assombração;
11. O sono delicioso e reconfortante à noite quando deitava na esteira e dormia ouvindo os pios das corujas e os mugidos das vacas chamando seus bezerros;
12. As caçadas com estilingue dos inúmeros tico-ticos que ciscavam os estrumes das vacas atrás dos bichinhos;
13. Assoar o nariz toda manhã na bica de água para tirar a "fuligem" que ficava grudada no nariz pela fumaça da luz da lamparina de querosene;
14. O primeiro sentimento de "amor" da menina vizinha do nosso sítio (Sertão das Antas - Eu tinha 12 anos) que se chamava Dorvalina;
15. A emoção quando deparava com uma cascavel no meio do samambaial ( Eu roçava o pasto toda tarde) e a matava com a foice...
Amigos, é bom eu ir parando com as minhas recordações, pois, os meus olhos já estão lacrimejando.
De tudo isto fica a assertiva: "EU ERA FELIZ E, NÃO SABIA!".
P.S. Na TV o âncora está falando dos corruptos da Lava Jato. Ninguém merece.
ARRE!!!!!!!!!!
Era criança. Vivi esta vida entre os oito e doze anos de idade.
O que recordo com saudade e com um desejo enorme de voltar no tempo... ser criança novamente e me sentir livre para o que de melhor aconteceu comigo?
RECORDO:
1. O cheiro adocicado e penetrante do capim gordura quando eu ia buscar as vacas no pasto para a ordenha diária;
2. O leite quente e espumoso da vaca Favorita que espirrava na caneca de alumínio contendo no fundo um pouco de açúcar com uma pitada de chocolate em pó (tinha que economizar para que durasse o maior tempo possível.Chocolate era uma raridade);
3. O banho diário na Bica feita de Embaúba, onde escorria a água que vinha do grotão que chegava fria e prateada;
4. A pescaria de lambaris na lagoa após terminar as tarefas diárias ( raspar o esterco do curral, tratar do gado; tratar dos porcos e galinhas etc.);
5. Os mergulhos no ribeirão que serpenteava pelas árvores e matos rasteiros;
6. O almoço em que Mamãe fazia no prato de ágate um delicioso "sortido" onde nunca faltou um ovo frito de gema amarela, alguns torresmos e dois ou três pedaços de carne de porco tirados da lata de banha onde ficavam imersos para não estragarem;
7. Sair a cavalo para ir entregar o leite no "ponto" e me deliciar com o caminhão leiteiro do Juca Bé;
8. Após entregar o leite ir no armazém do João Corrêa para tomar um copo de água tirada da moringa com xarope de limão ou de groselha ( Sítio do Taquaral);
9. Todo dia montar a cavalo e ir até Redenção da Serra para estudar no quarto ano do Grupo Escolar- tinha 9 anos( um percurso de 30 km - ida e volta - Sítio dos Velosos);
10.Os momentos mágicos à beira do fogão de lenha à noite quando meu pai nos contava causos de assombração;
11. O sono delicioso e reconfortante à noite quando deitava na esteira e dormia ouvindo os pios das corujas e os mugidos das vacas chamando seus bezerros;
12. As caçadas com estilingue dos inúmeros tico-ticos que ciscavam os estrumes das vacas atrás dos bichinhos;
13. Assoar o nariz toda manhã na bica de água para tirar a "fuligem" que ficava grudada no nariz pela fumaça da luz da lamparina de querosene;
14. O primeiro sentimento de "amor" da menina vizinha do nosso sítio (Sertão das Antas - Eu tinha 12 anos) que se chamava Dorvalina;
15. A emoção quando deparava com uma cascavel no meio do samambaial ( Eu roçava o pasto toda tarde) e a matava com a foice...
Amigos, é bom eu ir parando com as minhas recordações, pois, os meus olhos já estão lacrimejando.
De tudo isto fica a assertiva: "EU ERA FELIZ E, NÃO SABIA!".
P.S. Na TV o âncora está falando dos corruptos da Lava Jato. Ninguém merece.
ARRE!!!!!!!!!!
quinta-feira, 11 de agosto de 2016
PUXANDO A BRASA PARA A MINHA SARDINHA
Que me perdoem os meus leitores a "falsa" modéstia, mas, vou puxar a brasa para a minha sardinha. É o seguinte:
A Academia Taubateana de Letras da qual sou fundador e membro efetivo ( cadeira no. 1) publica bimestralmente o seu jornal denominado O EXPERIMENTAL. E, não é que, neste último eu fui citado por 3 vezes,o que muito me honrou e, feliz, gostaria de participar aos abnegados leitores os conteúdos.
São eles:
1. ACADÊMICO ALDO DE AGUIAR É HOMENAGEADO NO DIA DO ESCRITOR
A Câmara Municipal de Taubaté promoveu no dia 14 de Abril, quinta-feira, às 19 horas e trinta minutos, na Alameda Cultural do Taubaté Shopping, a solenidade comemorativa ao Dia do Jornalista Oswaldo Barbosa Guisard - 64 Semana Monteiro Lobato e ao Dia do Escritor e da Literatura.
Na ocasião os Acadêmicos Professor Aldo de Aguiar, da Academia Taubateana de Letras, ATL, e o Professor, José Eurico de Moraes, da Academia Valeparaibana de Letras e Arte, AVL, indicados pelos seus pares, foram também homenageados.
As Academias de taubaté se sentem honradas por tê-los entre os seus ilustres Acadêmicos.
2. ANIVERSÁRIO DA ACADEMIA TAUBATEANA DE LETRAS
No dia 24 de junho, em reunião mensal comum da nossa Academia, foi comemorado o aniversário de sua fundação. O fundador desta Academia foi o Acadêmico Prof. ALDO DE AGUIAR, que ocupa a cadeira no. 01, Patrono Monteiro Lobato, que, após inúmeras reuniões numa das salas do prédio onde se localizava o Departamento de Educação, sob a direção da Acadêmica Profa. Maria Mércia Agostinho, formalizou a criação da Academia, já tendo os frequentadores das reuniões levado vários nomes como sugestão para Patronos das 40 Cadeiras. Escolhidos estes, os que se achavam presentes fizeram a escolha de seus Patronos e foi marcada a sessão de instalação da Academia, que foi denominada - também por escolha da maioria - Academia Taubateana de Letras
Estávamos em Junho de 1998. Vale lembrar que o Prof. ALDO DE AGUIAR sempre foi um batalhador pela criação de uma Academia DE LETRAS, em Taubaté, e dessa vez obteve o sucesso desejado. Na comemoração deste 17 aniversário de sua criação ( a instalação foi em 1999), nossos parabéns ao Prof. ALDO DE AGUIAR e a todos os demais Acadêmicos que o ajudaram nessa nobre tarefa, bem como aos que, ao longo desses anos, foram-na engrandecendo cada vez mais
3. A VIDA COMO ELA É
ACADÊMICO TITULAR ALDO DE AGUIAR
CADEIRA No. 1 da ATL
A VIDA COMO ELA É:
É BELA;
É EXCITANTE;
É ROMÂNTICA;
É DESAFIADORA.
EU, SOU, COMO SOU:
APAIXONADO;
POETA;
ROMÂNTICO;
SONHADOR.
TANTO EU, QUANTO A VIDA,
SOMO O QUE SOMOS E, NADA MAIS.
Sempre, eu agradeço às forças do Universo que me deram a oportunidade de me envolver e sair vitorioso em projeto tão magnífico como a Idealização e posterior Fundação da Academia Taubateana de Letras.
A Academia Taubateana de Letras da qual sou fundador e membro efetivo ( cadeira no. 1) publica bimestralmente o seu jornal denominado O EXPERIMENTAL. E, não é que, neste último eu fui citado por 3 vezes,o que muito me honrou e, feliz, gostaria de participar aos abnegados leitores os conteúdos.
São eles:
1. ACADÊMICO ALDO DE AGUIAR É HOMENAGEADO NO DIA DO ESCRITOR
A Câmara Municipal de Taubaté promoveu no dia 14 de Abril, quinta-feira, às 19 horas e trinta minutos, na Alameda Cultural do Taubaté Shopping, a solenidade comemorativa ao Dia do Jornalista Oswaldo Barbosa Guisard - 64 Semana Monteiro Lobato e ao Dia do Escritor e da Literatura.
Na ocasião os Acadêmicos Professor Aldo de Aguiar, da Academia Taubateana de Letras, ATL, e o Professor, José Eurico de Moraes, da Academia Valeparaibana de Letras e Arte, AVL, indicados pelos seus pares, foram também homenageados.
As Academias de taubaté se sentem honradas por tê-los entre os seus ilustres Acadêmicos.
2. ANIVERSÁRIO DA ACADEMIA TAUBATEANA DE LETRAS
No dia 24 de junho, em reunião mensal comum da nossa Academia, foi comemorado o aniversário de sua fundação. O fundador desta Academia foi o Acadêmico Prof. ALDO DE AGUIAR, que ocupa a cadeira no. 01, Patrono Monteiro Lobato, que, após inúmeras reuniões numa das salas do prédio onde se localizava o Departamento de Educação, sob a direção da Acadêmica Profa. Maria Mércia Agostinho, formalizou a criação da Academia, já tendo os frequentadores das reuniões levado vários nomes como sugestão para Patronos das 40 Cadeiras. Escolhidos estes, os que se achavam presentes fizeram a escolha de seus Patronos e foi marcada a sessão de instalação da Academia, que foi denominada - também por escolha da maioria - Academia Taubateana de Letras
Estávamos em Junho de 1998. Vale lembrar que o Prof. ALDO DE AGUIAR sempre foi um batalhador pela criação de uma Academia DE LETRAS, em Taubaté, e dessa vez obteve o sucesso desejado. Na comemoração deste 17 aniversário de sua criação ( a instalação foi em 1999), nossos parabéns ao Prof. ALDO DE AGUIAR e a todos os demais Acadêmicos que o ajudaram nessa nobre tarefa, bem como aos que, ao longo desses anos, foram-na engrandecendo cada vez mais
3. A VIDA COMO ELA É
ACADÊMICO TITULAR ALDO DE AGUIAR
CADEIRA No. 1 da ATL
A VIDA COMO ELA É:
É BELA;
É EXCITANTE;
É ROMÂNTICA;
É DESAFIADORA.
EU, SOU, COMO SOU:
APAIXONADO;
POETA;
ROMÂNTICO;
SONHADOR.
TANTO EU, QUANTO A VIDA,
SOMO O QUE SOMOS E, NADA MAIS.
Sempre, eu agradeço às forças do Universo que me deram a oportunidade de me envolver e sair vitorioso em projeto tão magnífico como a Idealização e posterior Fundação da Academia Taubateana de Letras.
quarta-feira, 10 de agosto de 2016
INSIDIOSA INDIFERENÇA
Hoje, ela me trata com insidiosa indiferença
Desdenhando as atenções e carinhos oferecidos.
Sou, não mais o preferido e, tenho a crença
De que, aos poucos, serei um amor esquecido.
Antes, éramos um casal que vivia os encantos
Do amor perene, sublime: um idílio celestial.
Porém, sem mais nem menos, para o meu espanto
Ela, passou a me ignorar. Eu, pobre mortal.
Sim, um pobre mortal que se ajoelhou aos pés,
Na tentativa vã de resgatar a atenção sonhada.
Ah, triste quimera, pois, mesmo com a garrida fé,
Só tive dela o olhar mais frio na face enregelada.
Uma dia, não aguentando mais tão maléfica atitude
Disse-lhe, num débil sussurro embasado na crença
De que o amor por mais eterno que seja tem a finitude:
"Mulher, vai-te e leva contigo esta INSIDIOSA INDIFERENÇA!".
Desdenhando as atenções e carinhos oferecidos.
Sou, não mais o preferido e, tenho a crença
De que, aos poucos, serei um amor esquecido.
Antes, éramos um casal que vivia os encantos
Do amor perene, sublime: um idílio celestial.
Porém, sem mais nem menos, para o meu espanto
Ela, passou a me ignorar. Eu, pobre mortal.
Sim, um pobre mortal que se ajoelhou aos pés,
Na tentativa vã de resgatar a atenção sonhada.
Ah, triste quimera, pois, mesmo com a garrida fé,
Só tive dela o olhar mais frio na face enregelada.
Uma dia, não aguentando mais tão maléfica atitude
Disse-lhe, num débil sussurro embasado na crença
De que o amor por mais eterno que seja tem a finitude:
"Mulher, vai-te e leva contigo esta INSIDIOSA INDIFERENÇA!".
segunda-feira, 8 de agosto de 2016
O QUARTO DE JACK - FILME E LIVRO
Quando assisti o filme " O Quarto de Jack" fiquei impressionado pela saga que passam a mãe e seu filho Jack, enclausurados em um minúsculo quarto por um Psicopata de meia idade, que durante 7 anos mantém a moça prisoneira, abusando sexualmente dela a seu contento. Desta aberração sexual nasce um garoto que é chamado de Jack e que vive à margem da vida real, só assistindo TV. O filme é muito interessante, embora, em algumas cenas a gente chegue às lágimas.
Recomendo que assistem o filme e, se possível, leiam o livro, que é mais completo.
Sobre o livro:
Foi escrito pela escritora EMMA DONOGHUE e publicado pela VERUS EDITORA. O livro tem 350 páginas.
Resenha:
Para Jack, um esperto menino de cinco anos, o Quarto é o único mundo que existe. É onde ele nasceu e cresceu, e onde vive com sua mãe, enquanto eles aprendem, leem, comem, brincam e dormem. Ali há maravilhas infindáveis para soltar sua imaginação. À noite, sua Mãe o fecha em segurança no Guarda-Roupa, onde ele deve estar dormindo quando o velho Nick vem visitá-la.
O Quarto é o lar de Jack, mas, para sua mãe, é a prisão onde o velho Nick a mantém há sete anos. Com determinação, criatividade e um imenso amor maternal, a Mãe criou ali uma vida para Jack. Mas ela sabe que isso não é o suficiente, para nenhum dos dois. A curiosidade de Jack vai crescendo,
assim como o desespero da Mãe, e ela elabora então um ousado plano de fuga, que conta com a bravura de seu filho e com uma boa dose de sorte. O que ela não percebe, porém, como está despreparada para fazer o plano funcionar.
Narrado na voz terna, divertida e original de Jack, Quarto é a história de um amor imbatível em circunstâncias atrozes, bem como de laço entre uma mãe e seu filho, com a solidez do diamante. É um romance comovente que choca, arrebata e cativa - mas que é sempre profundamente humano e comovente. Quarto é um lugar que você jamais esquecerá.
Trata-se de ficção, porém, sabemos que hoje, neste instante em que escrevo, milhares de mulheres estão sendo submetidas a Psicopatas travestidos de ovelhas em imundos, horríveis e tétricos " Quartos de Jack".
Recomendo que assistem o filme e, se possível, leiam o livro, que é mais completo.
Sobre o livro:
Foi escrito pela escritora EMMA DONOGHUE e publicado pela VERUS EDITORA. O livro tem 350 páginas.
Resenha:
Para Jack, um esperto menino de cinco anos, o Quarto é o único mundo que existe. É onde ele nasceu e cresceu, e onde vive com sua mãe, enquanto eles aprendem, leem, comem, brincam e dormem. Ali há maravilhas infindáveis para soltar sua imaginação. À noite, sua Mãe o fecha em segurança no Guarda-Roupa, onde ele deve estar dormindo quando o velho Nick vem visitá-la.
O Quarto é o lar de Jack, mas, para sua mãe, é a prisão onde o velho Nick a mantém há sete anos. Com determinação, criatividade e um imenso amor maternal, a Mãe criou ali uma vida para Jack. Mas ela sabe que isso não é o suficiente, para nenhum dos dois. A curiosidade de Jack vai crescendo,
assim como o desespero da Mãe, e ela elabora então um ousado plano de fuga, que conta com a bravura de seu filho e com uma boa dose de sorte. O que ela não percebe, porém, como está despreparada para fazer o plano funcionar.
Narrado na voz terna, divertida e original de Jack, Quarto é a história de um amor imbatível em circunstâncias atrozes, bem como de laço entre uma mãe e seu filho, com a solidez do diamante. É um romance comovente que choca, arrebata e cativa - mas que é sempre profundamente humano e comovente. Quarto é um lugar que você jamais esquecerá.
Trata-se de ficção, porém, sabemos que hoje, neste instante em que escrevo, milhares de mulheres estão sendo submetidas a Psicopatas travestidos de ovelhas em imundos, horríveis e tétricos " Quartos de Jack".
sábado, 6 de agosto de 2016
OLIMPÍADAS NO BRASIL
A abertura dos jogos olímpicos 2016 no Brasil, no Estádio do Maracanã, surpreendeu-nos pela criatividade, riqueza de personagens e tema altamente voltado para o socorro do Planeta Terra.Sem margens de dúvidas nada ficou a desejar de outras "aberturas" em países mais ricos e desenvolvidos. Foi um espetáculo rara beleza apresentado pelos nossos artistas, voluntários e equipes técnicas. Agora, só nos resta torcer para que as medalhas cheguem aos borbotões e, atletas capacitados para isso temos, embora, a competição ocorra com atletas de países mais desenvolvidos na área esportiva como os são o Canadá, USA, Austrália , Japão, Coréia do Norte e principalmente a China. Como nada é perfeito ficou a impressão desagradável do logotipo da C & A no paletó dos nossos atletas (Patrocinadora?).
Que venham as medalhas,pois, o BRASILEIRO, não desiste nunca.
Parabéns aos organizadores desta memorável Olimpíada na Cidade Maravilhosa.
Que venham as medalhas,pois, o BRASILEIRO, não desiste nunca.
Parabéns aos organizadores desta memorável Olimpíada na Cidade Maravilhosa.
quinta-feira, 4 de agosto de 2016
O ESTOJO DE MAQUIAGEM
Quando ela partiu esqueceu o estojo de maquiagem
Sobre a penteadeira, ao lado do gato de porcelana.
Saiu, com os cabelos molhados, na doída friagem
Da noite de inverno e, desfilou, como, uma dama.
Sozinho, fiquei na alcova onde a penumbra reinava,
Como ela reinou nos momentos em que me fez feliz.
Embriagado pelo vinho e pelas ardentes carícias,
Sentia-me um robô e, assim já o vinha, pela tarde gris.
Antes de sair do ninho do amor inaudito, vislumbrei
O estojo prateado onde ficava o seu odor de fêmea,
Com gestos trêmulos tive-o nas mãos e, aspirei
Os eflúvios que saíram de sua pele suave e trêmula.
Oh, troféu bendito que hoje guardo em meu quarto
Como se fora o mais requisitado tesouro da Pérsia.
Tenho-o não como um frio objeto feito de alabastro,
Mas, sim, como, o corpo sedutor da mulher-fera.
Nunca mais a vi para lhe devolver o seu estojo fiel
Dela, as notícias feneceram como folhas secas na estiagem.
Porém, ela vive para mim ao lado de uma estrela no céu
E, nunca se apagará enquanto eu tiver o ESTOJO DE MAQUIAGEM.
Sobre a penteadeira, ao lado do gato de porcelana.
Saiu, com os cabelos molhados, na doída friagem
Da noite de inverno e, desfilou, como, uma dama.
Sozinho, fiquei na alcova onde a penumbra reinava,
Como ela reinou nos momentos em que me fez feliz.
Embriagado pelo vinho e pelas ardentes carícias,
Sentia-me um robô e, assim já o vinha, pela tarde gris.
Antes de sair do ninho do amor inaudito, vislumbrei
O estojo prateado onde ficava o seu odor de fêmea,
Com gestos trêmulos tive-o nas mãos e, aspirei
Os eflúvios que saíram de sua pele suave e trêmula.
Oh, troféu bendito que hoje guardo em meu quarto
Como se fora o mais requisitado tesouro da Pérsia.
Tenho-o não como um frio objeto feito de alabastro,
Mas, sim, como, o corpo sedutor da mulher-fera.
Nunca mais a vi para lhe devolver o seu estojo fiel
Dela, as notícias feneceram como folhas secas na estiagem.
Porém, ela vive para mim ao lado de uma estrela no céu
E, nunca se apagará enquanto eu tiver o ESTOJO DE MAQUIAGEM.
segunda-feira, 1 de agosto de 2016
A CAMPA
Era uma tarde fria e cinzenta que caía no cemitério.
Uma neblina toldava a visão que descortinava a paisagem,
Impedindo que os olhos vissem os totens funéreos,
Que se perfilavam dentre as raras e pobres folhagens.
Por entre as vielas repletas de tocos de vela derretidos,
Eu, seguia, como um autômato à procura da Campa Santa.
De quando em quando o meu coração sangrava, ferido,
Pela perda da moça da trança sedosa, comprida e, loura.
Sim, a perdi em um tempo remoto que não sei precisar,
Nem mesmo dela ainda hoje consigo uma imagem real.
Sei e muito sei que vivi só para a idolatrar...
Ah, destino ingrato que a levou para a morada celestial.
Num repente, eis-me frente à tumba encardida pelo tempo,
Pelas ervas e líquens que hoje formam sua bela trança.
Cabisbaixo, dobro os joelhos e relembro o belo rosto
E, choro, por ter herdado um cemitério de desesperança.
Uma neblina toldava a visão que descortinava a paisagem,
Impedindo que os olhos vissem os totens funéreos,
Que se perfilavam dentre as raras e pobres folhagens.
Por entre as vielas repletas de tocos de vela derretidos,
Eu, seguia, como um autômato à procura da Campa Santa.
De quando em quando o meu coração sangrava, ferido,
Pela perda da moça da trança sedosa, comprida e, loura.
Sim, a perdi em um tempo remoto que não sei precisar,
Nem mesmo dela ainda hoje consigo uma imagem real.
Sei e muito sei que vivi só para a idolatrar...
Ah, destino ingrato que a levou para a morada celestial.
Num repente, eis-me frente à tumba encardida pelo tempo,
Pelas ervas e líquens que hoje formam sua bela trança.
Cabisbaixo, dobro os joelhos e relembro o belo rosto
E, choro, por ter herdado um cemitério de desesperança.
domingo, 31 de julho de 2016
BEIJOS DE FEL
Ah, saudade que mata dos beijos que ela me dava
Nas carícias que trocávamos no banco do jardim.
Era quando o alvo colo em minha boca fremitava
E, o meu coração pulsava num compasso sem fim.
Vivíamos o amor em sua magia e feliz plenitude
Acreditando que um dia, teríamos as alianças
Em nossos dedos, reluzindo para a crível finitude,
Para o compromisso fiel e a eterna perseverança.
Mas, uma noite ela me beijou com os lábios frios
Como se fossem os mármores que recobrem as tumbas.
Atônito, senti uma aguilhoada no peito e o brio
Se fez em meu rosto e, sofri, e chorei, como nunca.
Acostumado que estava com os beijos doces como o mel,
Fui tomado pela dor insidiosa da carícia acre e gélida.
Num repente soltei-a e, senti, na boca, o gosto do fel.
O líquido amargo escorreu-me pelo corpo até a alma.
Hoje, saudoso, lembro dos beijos que me levavam ao céu,
No êxtase incontido de saber ser amado...Oh, ledo engano.
Se, hoje, beijo uma mulher, beijo-a, com beijos de FEL
E, remorsos?, não os sinto... Meus beijos, são, mentiras.
Nas carícias que trocávamos no banco do jardim.
Era quando o alvo colo em minha boca fremitava
E, o meu coração pulsava num compasso sem fim.
Vivíamos o amor em sua magia e feliz plenitude
Acreditando que um dia, teríamos as alianças
Em nossos dedos, reluzindo para a crível finitude,
Para o compromisso fiel e a eterna perseverança.
Mas, uma noite ela me beijou com os lábios frios
Como se fossem os mármores que recobrem as tumbas.
Atônito, senti uma aguilhoada no peito e o brio
Se fez em meu rosto e, sofri, e chorei, como nunca.
Acostumado que estava com os beijos doces como o mel,
Fui tomado pela dor insidiosa da carícia acre e gélida.
Num repente soltei-a e, senti, na boca, o gosto do fel.
O líquido amargo escorreu-me pelo corpo até a alma.
Hoje, saudoso, lembro dos beijos que me levavam ao céu,
No êxtase incontido de saber ser amado...Oh, ledo engano.
Se, hoje, beijo uma mulher, beijo-a, com beijos de FEL
E, remorsos?, não os sinto... Meus beijos, são, mentiras.
segunda-feira, 25 de julho de 2016
O CRUCIFIXO DE OURO
Carla a mulher que me enredou em sua teia
Vivia duas vidas distintas e, solitárias:
Na primeira, ela era a audaz e fugaz mariposa;
Na segunda, ela era de Deus, a fiel temerária.
Vivendo vidas distintas ela se fazia odiada
Pelas mulheres que nutriam inveja e aversão.
Porém, pelos homens como eu era desejada
Para uma noite de amor e intensa depravação.
Uma noite em que rolávamos sobre o lençol carmim
Ela, gemendo como uma gata no cio e, ronronando,
Pediu que a presenteasse com um crucifixo de marfim,
Nada mais que uma bijuteria que ornasse o belo colo.
Após muito procurar pelas lojas de bijuterias mil
Acabei por decidir em lhe dar uma rara joia de ouro.
Chegou a noite e, após o embate da posse febril
Pendurei em seu pescoço o refulgente crucifixo.
Emocionada, ela, retirou-o pálida de emoção
Dizendo que ele não era para a noite de pecado
E, sim, para ser usado durante a sagrada comunhão.
Assim, Carla, escolheu o melhor uso do crucifixo.
Vivia duas vidas distintas e, solitárias:
Na primeira, ela era a audaz e fugaz mariposa;
Na segunda, ela era de Deus, a fiel temerária.
Vivendo vidas distintas ela se fazia odiada
Pelas mulheres que nutriam inveja e aversão.
Porém, pelos homens como eu era desejada
Para uma noite de amor e intensa depravação.
Uma noite em que rolávamos sobre o lençol carmim
Ela, gemendo como uma gata no cio e, ronronando,
Pediu que a presenteasse com um crucifixo de marfim,
Nada mais que uma bijuteria que ornasse o belo colo.
Após muito procurar pelas lojas de bijuterias mil
Acabei por decidir em lhe dar uma rara joia de ouro.
Chegou a noite e, após o embate da posse febril
Pendurei em seu pescoço o refulgente crucifixo.
Emocionada, ela, retirou-o pálida de emoção
Dizendo que ele não era para a noite de pecado
E, sim, para ser usado durante a sagrada comunhão.
Assim, Carla, escolheu o melhor uso do crucifixo.
DIA DO ESCRITOR
Hoje, 25 de julho comemora-se o DIA DO ESCRITOR. À bem da verdade não há muita coisa para se comemorar, principalmente num país onde não se cultua o hábito salutar da leitura. Muitos são os motivos elencados para justificar a pequena demanda por livros tanto de autores estrangeiros, quanto, de autores brasileiros. Fala-se muito no preço do livro, o que não deixa de ser um entrave neste país que vive eternamente em crise financeira. Realmente, tirar do orçamento já mirrado da classe menos favorecida ( a predominante) 40,00 ou mais, abala o orçamento. Mas, o que realmente pesa na negação da leitura é a inexistência do hábito de se ler. Pesquisa recente mostrou que o brasileiro não lê dois livros por ano. Também, não existe a cultura de frequentar Bibliotecas, Academia de Letras e Livrarias. Volta e meia somos surpreendidos por esta ou aquela livraria que fechou suas portas. Esperar que um escritor não conhecido e divulgado pela mídia sobreviva de suas obras é uma utopia. Eu, particularmente, escrevo desde 1989 e, o meu primeiro livro posso dizer é um sucesso de vendas: A ECOLOGIA NO SÍTIO DO TAQUARAL que já atingiu a venda de 30.000 exemplares. Para um escritor interiorano é um belo feito. Isto só foi possível pelos Projetos que fiz junto às Prefeituras Municipais, tais como: INCENTIVO À LEITURA & DESARMAMENTO INFANTO-JUVENIL e O ESCRITOR VAI À ESCOLA. Depois deste livro escrevi e publiquei mais 13 obras e, neste ano vou lançar mais quatro obras sendo duas de Ecologia e duas de Poesia. Com muito sacrifício mantenho uma editora já por 14 anos : EDIVALE - EDITORA E DISTRIBUIDORA DE LIVROS DO VALE DO PARAÍBA.
A profissão de ESCRITOR é gratificante, porém, árdua, no que diz respeito a ganhos financeiros
Mas, como diz ARNALDO JABOR; "COM LICENÇA, VOU À LUTA"... E, que assim o façam todos os escritores deste nosso imenso BRASIL.
PARABÉNS A NÓS, ESCRITORES INQUEBRANTÁVEIS.
A profissão de ESCRITOR é gratificante, porém, árdua, no que diz respeito a ganhos financeiros
Mas, como diz ARNALDO JABOR; "COM LICENÇA, VOU À LUTA"... E, que assim o façam todos os escritores deste nosso imenso BRASIL.
PARABÉNS A NÓS, ESCRITORES INQUEBRANTÁVEIS.
sábado, 23 de julho de 2016
EVERESTE
Que frio! Acabei de assistir o filme EVERESTE e, confesso, que além do terror das cenas na montanha perigosa e coberta de neve, senti um frio intenso tanto no corpo quanto na alma. Fica a pergunta: Por que os homens se atiram em aventuras extremas; arriscando suas vidas, sabendo que a probabilidade de morrerem á alta? Parece que o destino já traça as linhas da vida de cada um e, ele, segue tal e qual um boi em direção ao matadouro para a sua inevitável morte. Muitas vezes, choramos a perda de um heroi de esportes radicais, embora saibamos de antemão de que é para isto que ele vive, da adrenalina do perigo iminente. Ayrton Senna sabia de cor e salteado que estava num esporte perigosíssimo; que a cada corrida sua vida corria perigo de morte e, no entanto, lutava com todas as suas forças para participar do campeonato. Assim, ocorre com milhares de esportistas tido como radicais.
O filme é interessante e baseado em fatos reais que aconteceram em 1.996. Vale a pena assisti-lo.
Quanto a mim vou me enfurnar embaixo das cobertas e dormir "quentinho". Espero não sonhar com tanto frio e gelo.
O filme é interessante e baseado em fatos reais que aconteceram em 1.996. Vale a pena assisti-lo.
Quanto a mim vou me enfurnar embaixo das cobertas e dormir "quentinho". Espero não sonhar com tanto frio e gelo.
terça-feira, 19 de julho de 2016
UMA SAUDADE SEM FIM...
Dela, sinto uma saudade sem fim
Dos beijos e dos abraços ternos.
Porém, ela se afastou de mim,
E, se aninhou nos braços de outro.
Escolheu viver um amor inconstante
De um homem que por ela nada sente.
Deixou-me sem notar o meu semblante
Carregado de dor pelo amor ausente.
Ah, querida mulher por que me deixastes
Nesta solidão que consome a minha crença?,
Que me empurra para o abismo em que nasce
Os desventurados e, que vivem, na indiferença.
Sou um homem que hoje amargo a desilusão
De ter um dia acreditado que seria feliz.
Oh, ledo engano... Ferido está o meu coração.
Dela, espero um dia, não ter, uma SAUDADE SEM FIM.
Dos beijos e dos abraços ternos.
Porém, ela se afastou de mim,
E, se aninhou nos braços de outro.
Escolheu viver um amor inconstante
De um homem que por ela nada sente.
Deixou-me sem notar o meu semblante
Carregado de dor pelo amor ausente.
Ah, querida mulher por que me deixastes
Nesta solidão que consome a minha crença?,
Que me empurra para o abismo em que nasce
Os desventurados e, que vivem, na indiferença.
Sou um homem que hoje amargo a desilusão
De ter um dia acreditado que seria feliz.
Oh, ledo engano... Ferido está o meu coração.
Dela, espero um dia, não ter, uma SAUDADE SEM FIM.
segunda-feira, 18 de julho de 2016
O ESPANTALHO
Pela sua ferrenha insistência em ter uma foto
De corpo inteiro e, nunca, de três por quatro,
Me postei frente a frente de um hábil profissional
E, fiz a pose de um elegante rapazote sensual.
Sem falsa modéstia afirmo que fiquei um "pão",
Um jovem de fazer inveja em qualquer finório.
Assim, de posse da foto fui até o modesto salão,
Onde ela dançava um "fox trote" com o Osório.
Osório era um moço sem eira e nem beira e, feio
Que a cortejava nas lidas da roça à beira dos Joás.
Com o rosto afogueado puxei-a pelos braços mornos
E, a trouxe para o meu regaço como uma trêmula preá.
Sem rodeios dei-lhe a fotografia tão pretendida
Acompanhado de um beijo na boca vermelha de batom.
Num ímpeto ela apertou-a na pequenina mão suada
E, em seguida me esbofeteou produzindo alto som.
Boquiaberto, refiz-me do susto e desapareci do baile
Indo aquietar minha alma num copo de "rabo de galo".
Porém, o meu infortúnio não sumiu nos ardentes goles
Da bebida que queimava-me a garganta... o meu sudário.
Dela, nunca mais tive notícias; escafedeu-se pelos ermos.
Uma tarde enquanto vagava sem rumo, um andarilho em frangalho
Deparei com uma estátua no meio de um milharal formoso,
Firmando dos olhos vi que, do retrato, ela me fez, ESPANTALHO.
De corpo inteiro e, nunca, de três por quatro,
Me postei frente a frente de um hábil profissional
E, fiz a pose de um elegante rapazote sensual.
Sem falsa modéstia afirmo que fiquei um "pão",
Um jovem de fazer inveja em qualquer finório.
Assim, de posse da foto fui até o modesto salão,
Onde ela dançava um "fox trote" com o Osório.
Osório era um moço sem eira e nem beira e, feio
Que a cortejava nas lidas da roça à beira dos Joás.
Com o rosto afogueado puxei-a pelos braços mornos
E, a trouxe para o meu regaço como uma trêmula preá.
Sem rodeios dei-lhe a fotografia tão pretendida
Acompanhado de um beijo na boca vermelha de batom.
Num ímpeto ela apertou-a na pequenina mão suada
E, em seguida me esbofeteou produzindo alto som.
Boquiaberto, refiz-me do susto e desapareci do baile
Indo aquietar minha alma num copo de "rabo de galo".
Porém, o meu infortúnio não sumiu nos ardentes goles
Da bebida que queimava-me a garganta... o meu sudário.
Dela, nunca mais tive notícias; escafedeu-se pelos ermos.
Uma tarde enquanto vagava sem rumo, um andarilho em frangalho
Deparei com uma estátua no meio de um milharal formoso,
Firmando dos olhos vi que, do retrato, ela me fez, ESPANTALHO.
segunda-feira, 11 de julho de 2016
STEPHEN HAWKING ... POR FAVOR, SALVE-ME!
Sim, apelo para o genial cientista dono do cérebro mais privilegiado deste planeta para me salvar. Não quero mais viver aqui, neste planeta infestado de ladrões de elevado nível intelectual voltado para o mal. Não aguento mais assistir o Jornal Nacional e ficar sabendo das aberrações cometidas pelas autoridades judiciais que se comprometeram a aplicar a justiça.É um samba do crioulo doido. A Justiça Federal manda prender... os Desembargadores mandam soltar.
Larápios que desviaram milhões de dólares saem das cadeias e vão cumprir pena em suas mansões. É um saco de gatos o que estamos vivenciando dia a dia. Estou ficando neurótico e sentindo uma saudade enorme quando ouvia os crimes cometidos pelos "pés de chinelos" nas rádios, ou, quando muito, nos jornais ensanguentados.Era um que roubava um galinheiro; outro que roubava, ou melhor, furtava roupas (principalmente calcinhas) de varais nos terreiros; aquele então, tinha surrupiado duas latas de sardinha da mercearia do Nho Quim e, assim, por diante. As penas, geralmente, eram mais pesadas do que as de hoje e aplicadas nos famigerados ladrões de colarinho branco.
Quero ir embora para outro planeta. Espero que o renomado cientista Stephen Hawking termine logo a teoria em que está trabalhando que possibilitará a nossa evacuação para outro Sistema Solar, outro planeta... que ainda não tenha a Petrobras e seus "eficientes" diretores.
Já pensei em pegar carona num rabo de foguete; num facho de luz (uma lanterna); na cauda de um Saturno na NASA; num foguete de São João (aproveitando que estamos em mês de festa junina), enfim, quero voar para os confins do Universo.
Só não quero mais ouvir falar em benevolências para as ratazanas.
Fica minha posição: Ao invés da Operação Lava jato, mudar para Operação de Lobotomia nos caras de paus que estão dilapidando as nossas instituições.
No lugar de lavarem dinheiro, vão sim, lavar a baba que vai escorrer de suas bocas imundas pela ausência de parte do cérebro pecaminoso que carregam dentro do crâneo.
Larápios que desviaram milhões de dólares saem das cadeias e vão cumprir pena em suas mansões. É um saco de gatos o que estamos vivenciando dia a dia. Estou ficando neurótico e sentindo uma saudade enorme quando ouvia os crimes cometidos pelos "pés de chinelos" nas rádios, ou, quando muito, nos jornais ensanguentados.Era um que roubava um galinheiro; outro que roubava, ou melhor, furtava roupas (principalmente calcinhas) de varais nos terreiros; aquele então, tinha surrupiado duas latas de sardinha da mercearia do Nho Quim e, assim, por diante. As penas, geralmente, eram mais pesadas do que as de hoje e aplicadas nos famigerados ladrões de colarinho branco.
Quero ir embora para outro planeta. Espero que o renomado cientista Stephen Hawking termine logo a teoria em que está trabalhando que possibilitará a nossa evacuação para outro Sistema Solar, outro planeta... que ainda não tenha a Petrobras e seus "eficientes" diretores.
Já pensei em pegar carona num rabo de foguete; num facho de luz (uma lanterna); na cauda de um Saturno na NASA; num foguete de São João (aproveitando que estamos em mês de festa junina), enfim, quero voar para os confins do Universo.
Só não quero mais ouvir falar em benevolências para as ratazanas.
Fica minha posição: Ao invés da Operação Lava jato, mudar para Operação de Lobotomia nos caras de paus que estão dilapidando as nossas instituições.
No lugar de lavarem dinheiro, vão sim, lavar a baba que vai escorrer de suas bocas imundas pela ausência de parte do cérebro pecaminoso que carregam dentro do crâneo.
sábado, 9 de julho de 2016
A VIDRAÇA
Toda tarde ela desfilava frente à vidraça
Do casarão onde eu me postava empertigado.
Para mim ela sempre foi um diamante sem jaça;
Uma joia para se ter incrustada no peito.
Vestida de normalista com a trança esvoaçante
Ela sabia que eu a observava pela vidraça.
Muitas vezes sorria provocando-me alhures
Sem se importar se emburrava ou achava graça.
Por ela eu me fazia estátua de mármore frio,
Embora o meu hálito turvasse a polida vidraça.
Assim, inertes, éramos, partes, do mesmo vidro.
Por um século em que me fiz jovem e adulto senil
Fui intrépido caçador e, ela, a minha sensual caça.
Porém, uma tarde, ela não passou e, a vidraça, se partiu.
quinta-feira, 7 de julho de 2016
UMA PREMIAÇÃO MERECIDA!
Acabei de ler na UOL que o brilhante escritor Ignácio de Loyola Brandão foi eleito pela Academia Brasileira de Letras para receber o prêmio pelo conjunto de sua obra. O prêmio é de R$ 300.000,00. O consagrado escritor merece tal honraria. Já li várias obras e tenho vários livros seus. O mais recente que adquiri e que li foi o romance VEIA BAILARINA, onde ele conta a sua aventura e expectativa em vencer um aneurisma no cérebro. O título do livro foi dado quando uma enfermeira não conseguia "pegar" sua veia para os procedimentos médicos antes da cirurgia e lhe disse: "A sua veia dança de um lado para outro, ela é bailarina." O romancista é um dos meus favoritos para ser agraciado com o Prêmio Nobel de Literatura, entre tantos outros que o fazem jus.
Parabéns!
Parabéns!
terça-feira, 5 de julho de 2016
UMA VONTADE DE NÃO FAZER NADA!
HÁ DIAS QUE VENHO SENTINDO UMA VONTADE ENORME DE NÃO FAZER NADA.
Assim é, que, deixei dos meus afazeres e me encontro em uma posição fetal, sem ânimo para reagir e sair desta gostosa modorra. Sei que não é bom para um escritor viver por um tempo que seja no ócio, mas, que fazer, se a inspiração deitou pés na estrada? Às vezes, penso que me entranhei cada vez mais neste lodaçal de insatisfação. É me, mais fácil, não reagir, do que ir à luta. Neste exato instante em que escrevo, sinto-me uma lesma enfurnada em seu caracol, se escondendo dos perigos do dia a dia: o sol, o vento, a lua, a aragem e, principalmente, dos pés desapiedados do menino que toca os bois na rua suja e poeirenta.
Nada me atrai. Até mesmo a lembrança de dias regozijados com grandes amores não me apetecem. Estou, por, assim dizer, inerte, amorfo e insípido às coisas que a vida teima em me oferecer. Nestes dias de enfado em que me encontro só tenho vontade de não sentir vontade e, para que isto se realize, desdenho os sentimentos mais superficiais que acometem o simples mortal: saudade, vontade de ver alguém, remorso de ser o que não se é, apatia insidiosa e, outras baboseiras que agora não vem ao caso.
Tenho ânsias de fechar os olhos e adormecer pela eternidade. Por incrível que possa parecer até a minha alma, guerreira e obstinada, pediu-me num soluço para ficar enrodilhada no âmago medonho da escuridão em que vivemos. Somente o coração, esse tolo incorregível é que teima em ficar pulsando, como se para ele este ócio doentio não lhe dissesse respeito. Mal sabe ele, que, tudo o que faço neste episódio de preguiça mental é com a finalidade de aniquilá-lo. Ele que espere, e verá!
Bem, como o ócio é idêntico a uma serpente e, ele está me enlaçando pouco a pouco, vou deixando de reagir e fico dormente, prostrado no chão da sala e, adormeço, para quem sabe, quando despertar, voltar a ser EU mesmo.
Eu criativo e, não mais EU, derrotado.
Assim é, que, deixei dos meus afazeres e me encontro em uma posição fetal, sem ânimo para reagir e sair desta gostosa modorra. Sei que não é bom para um escritor viver por um tempo que seja no ócio, mas, que fazer, se a inspiração deitou pés na estrada? Às vezes, penso que me entranhei cada vez mais neste lodaçal de insatisfação. É me, mais fácil, não reagir, do que ir à luta. Neste exato instante em que escrevo, sinto-me uma lesma enfurnada em seu caracol, se escondendo dos perigos do dia a dia: o sol, o vento, a lua, a aragem e, principalmente, dos pés desapiedados do menino que toca os bois na rua suja e poeirenta.
Nada me atrai. Até mesmo a lembrança de dias regozijados com grandes amores não me apetecem. Estou, por, assim dizer, inerte, amorfo e insípido às coisas que a vida teima em me oferecer. Nestes dias de enfado em que me encontro só tenho vontade de não sentir vontade e, para que isto se realize, desdenho os sentimentos mais superficiais que acometem o simples mortal: saudade, vontade de ver alguém, remorso de ser o que não se é, apatia insidiosa e, outras baboseiras que agora não vem ao caso.
Tenho ânsias de fechar os olhos e adormecer pela eternidade. Por incrível que possa parecer até a minha alma, guerreira e obstinada, pediu-me num soluço para ficar enrodilhada no âmago medonho da escuridão em que vivemos. Somente o coração, esse tolo incorregível é que teima em ficar pulsando, como se para ele este ócio doentio não lhe dissesse respeito. Mal sabe ele, que, tudo o que faço neste episódio de preguiça mental é com a finalidade de aniquilá-lo. Ele que espere, e verá!
Bem, como o ócio é idêntico a uma serpente e, ele está me enlaçando pouco a pouco, vou deixando de reagir e fico dormente, prostrado no chão da sala e, adormeço, para quem sabe, quando despertar, voltar a ser EU mesmo.
Eu criativo e, não mais EU, derrotado.
quinta-feira, 30 de junho de 2016
A ERA DE MUDISMO (NÃO CONFUNDIR COM MODISMO)
Tive a triste constatação de que entramos na "Era de Mudismo". E, tudo aconteceu quando estava numa dependência onde se encontravam 12 mulheres de todas as idades, credos e aparências. Estava lá para participar de uma palestra sobre um novo tipo de alimentação que emagrece (dizia o panfleto). Bem antes do início da palestra pude observar estarrecido que cada mulher e, alguns homens também, tinha um celular preso às mãos e usavam os dois polegares para digitarem com uma velocidade assustadora. Durante o tempo de espera nenhum deles se deu ao trabalho de levantar a cabeça e cumprimentar o seu colega sentado ao lado. A sala parecia ser mais propícia a um velório do que a uma palestra. Eu, que não tinha levado o celular e, sim, um livro do meu escritor preferido Tolstói, fiquei a ver navios e, claro, acometido de uma terrível solidão. Uma hora, achei por bem, dar uma tossida, esperando que alguém levantasse a cabeça do aparelho e, me olhasse, demonstrando curiosidade e, quem sabe, puxasse uma conversa. Tola pretensão! Ninguém, mas, ninguém mesmo se apercebeu da minha presença. Para meu consolo, se é que posso afirmar isso, quando o palestrante entrou na sala ele deu boa noite e, claro, só eu, respondi... Os "mudos" não desviaram os olhos do teclado do celular. Muitos dali, perderam o dinheiro da inscrição, pois, não escutaram uma palavra sequer do que estava sendo dito, a ponto de uma jovem dos seus 19 anos me perguntar na hora da saída : " Moço, do que o homem estava falando?"
Além de não mais se comunicarem oralmente, os jovens e também velhos de hoje, não escrevem com perfeição o nosso vernáculo. É tudo abreviado e cheio de gírias. Não é à toa que uma pesquisa mostrou que o brasileiro não lê um livro por ano. Quem não acredita é só pedir para um destes obsecados pelo "watsup" redigir uma redação. É só m.... que preenche o papel.
Em um ENEM passado 500 mil zeraram a redação... O que podemos esperar desta juventude??????
Abaixo a "ERA DE MUDISMO".
Além de não mais se comunicarem oralmente, os jovens e também velhos de hoje, não escrevem com perfeição o nosso vernáculo. É tudo abreviado e cheio de gírias. Não é à toa que uma pesquisa mostrou que o brasileiro não lê um livro por ano. Quem não acredita é só pedir para um destes obsecados pelo "watsup" redigir uma redação. É só m.... que preenche o papel.
Em um ENEM passado 500 mil zeraram a redação... O que podemos esperar desta juventude??????
Abaixo a "ERA DE MUDISMO".
segunda-feira, 27 de junho de 2016
PARA REFLEXÃO
" Nesta vida, nada fica, sem que algo se perca."
Assim é que, se fica, a rudeza, perde-se a doçura.
Se fica o sonho, perde-se a credulidade.
Tudo se comporta como um imenso areal que, quando perde um grão de areia, deixa de ser o Todo, para ser apenas uma parte.
Na vida procuramos incessantemente ser o Todo e, para isto, sofremos, quando algo se perde e, passamos, a ser apenas uma Parte.
Ser o Todo é alcançar a plenitude da existência.
Aldo Aguiar
Assim é que, se fica, a rudeza, perde-se a doçura.
Se fica o sonho, perde-se a credulidade.
Tudo se comporta como um imenso areal que, quando perde um grão de areia, deixa de ser o Todo, para ser apenas uma parte.
Na vida procuramos incessantemente ser o Todo e, para isto, sofremos, quando algo se perde e, passamos, a ser apenas uma Parte.
Ser o Todo é alcançar a plenitude da existência.
Aldo Aguiar
quarta-feira, 22 de junho de 2016
O HOMEM, O CACHORRO, O GATO, O PARDAL E A MINHOCA ... UMA TRAGÉDIA EM 3 ATOS
ATO I
UMA MINHOCA espevitada resolveu sair de seu buraco. Como uma contorcionista de circo russo ela num salto acrobático se viu livre num solo arenoso. Rebolando o corpo esbelto e afunilado ela se pôs em cambalhotas a deslizar pelo chão e, quando deu por si, estava à beira de uma estrada asfaltada.
Como uma dançarina inconsequente ela deu duas cambalhotas espetaculares e caiu de bruços ou, de lado, no asfalto liso e ardente. Imediatamente, certa do perigo que corria ela se contorceu em infinitas contorções do corpo esguio e molhado para sair da armadilha em que tinha caído por ser indômita. Com tantos requebros pelo ar o que realmente ela conseguiu foi atrair um pardal que estava tranquilo repousando numa placa de sinalização.
O PARDAL, no início não deu a mínima para o objeto que rastejava e pulava no asfalto fervente, mas, depois de alguns segundos, firmando mais os olhos, pôde ver que à sua frente se apresentava um suculento manjar e, diga-se de passagem, às 10 horas da manhã, horário em que seu estômago vivia a lhe cobrar uns petiscos. Incrédulo pela visão celestial que se descortinava à seus olhos, deu um voo rasante e se postou ao lado da infeliz contorcionista. Com uma bicada certeira segurou o apetitoso "churrasco" e, num outro voo rasante foi pousar no chão arenoso do acostamento da via, ao lado de um arbusto que lhe proporcionou uma sombra fresca e, calmamente, se pôs a degustar a deliciosa refeição.
O GATO rajado e sujo estava dormitando sob o arbusto quando foi acordado subitamente pelo chilreio do pardal que se deliciava com o inesperado petisco. Assim que ele abriu os olhos sonolentos viu-se defronte à avezinha que ocupada com o manjar não o presenciou,isto é, não se deu conta do perigo postado à sua frente. O gato, não se fez de rogado e com um gracioso salto prendeu o pardal em suas garras e pôs-se a devorá-lo com requintes de um rei. Terminado o delicioso almoço, o bichano se espreguiçou e, saiu da moita e foi deitar numa relva que recebia bastante raios do sol.
O CACHORRO vinha caminhando pelo acostamento, com o rabo dentre as pernas (tinha acabado de levar uma sova do Pit Bul frente ao armazém do Zé doido) quando deparou com o gato dormindo e ressonado como um anjo na grama verde e macia que fazia limite com o acostamento. De quando em quando o gato soltava um arroto e, em seguida lambia os beiços e coçava os bigodes, mostrando a satisfação gástrica de que estava tomado. Não acreditando no presente de deus que lhe assomava aos olhos remelentos e vítreos o cão sem maiores delongas saltou sobre o bichano e assim matou a sua fome de muitos dias. De barriga cheia o feliz felino foi descansar ao pé de uma árvore que lhe proporcionou uma ótima sombra.
O HOMEM estava lenhando e no exato instante em que o cão foi deitar-se sob a sombra frondosa, ele chegou com seu machado e se irritou com o o fato dele lhe arreganhar os dentes e, sem nenhuma contemplação ou dó, deu-lhe uma machadada dentre as orelhas, postando-o, morto, deitado sobre uma poça de sangue. Com movimentos lentos, porém, firmes, ele retalhou o infeliz cão com seu facão e, após acender uma pequena fogueira, colocou a anca do canídeo para assar. Pacientemente esperou por hora e meia e, então, com prazer desmedido, comeu a carne tenra e assada acompanhada de goles de pinga.
ATO II
O HOMEM, após descansar e alisar a barriga cheia das carnes dos animais envolvidos na "tragédia" e, secando a garrafa de pinga em longos tragos,
saiu, cambaleando e, num cambaleio sem controle, acabou entrando na estrada asfaltada; uma via de grande movimento de veículos, principalmente carretas carregadas de eucaliptos. O atropelamento foi inevitável. Uma carreta, ou melhor um bólido desgovernado o atingiu em cheio, jogando-o pelos ares, indo estatelar-se no acostamento. Imediatamente, assim que parou o veículo, o motorista foi socorrê-lo, mas, tudo em vão. O que deixou o motorista mais assustado (contou ao delegado) foi que antes de morrer a vítima vomitou um pedaço de minhoca; uma asa de pardal; um rabo de gato e uma perna de cachorro.
ATO III
No enterro do infeliz andarilho o povo da pequena Catirana, que estava no cemitério, ficou amedrontada quando sobre alguns túmulos dançavam os seguintes animais: Uma minhoca, um pardal, um gato; um cachorro e, sobre a capela, um vulto, com uma garrafa de pinga na mão.
UMA MINHOCA espevitada resolveu sair de seu buraco. Como uma contorcionista de circo russo ela num salto acrobático se viu livre num solo arenoso. Rebolando o corpo esbelto e afunilado ela se pôs em cambalhotas a deslizar pelo chão e, quando deu por si, estava à beira de uma estrada asfaltada.
Como uma dançarina inconsequente ela deu duas cambalhotas espetaculares e caiu de bruços ou, de lado, no asfalto liso e ardente. Imediatamente, certa do perigo que corria ela se contorceu em infinitas contorções do corpo esguio e molhado para sair da armadilha em que tinha caído por ser indômita. Com tantos requebros pelo ar o que realmente ela conseguiu foi atrair um pardal que estava tranquilo repousando numa placa de sinalização.
O PARDAL, no início não deu a mínima para o objeto que rastejava e pulava no asfalto fervente, mas, depois de alguns segundos, firmando mais os olhos, pôde ver que à sua frente se apresentava um suculento manjar e, diga-se de passagem, às 10 horas da manhã, horário em que seu estômago vivia a lhe cobrar uns petiscos. Incrédulo pela visão celestial que se descortinava à seus olhos, deu um voo rasante e se postou ao lado da infeliz contorcionista. Com uma bicada certeira segurou o apetitoso "churrasco" e, num outro voo rasante foi pousar no chão arenoso do acostamento da via, ao lado de um arbusto que lhe proporcionou uma sombra fresca e, calmamente, se pôs a degustar a deliciosa refeição.
O GATO rajado e sujo estava dormitando sob o arbusto quando foi acordado subitamente pelo chilreio do pardal que se deliciava com o inesperado petisco. Assim que ele abriu os olhos sonolentos viu-se defronte à avezinha que ocupada com o manjar não o presenciou,isto é, não se deu conta do perigo postado à sua frente. O gato, não se fez de rogado e com um gracioso salto prendeu o pardal em suas garras e pôs-se a devorá-lo com requintes de um rei. Terminado o delicioso almoço, o bichano se espreguiçou e, saiu da moita e foi deitar numa relva que recebia bastante raios do sol.
O CACHORRO vinha caminhando pelo acostamento, com o rabo dentre as pernas (tinha acabado de levar uma sova do Pit Bul frente ao armazém do Zé doido) quando deparou com o gato dormindo e ressonado como um anjo na grama verde e macia que fazia limite com o acostamento. De quando em quando o gato soltava um arroto e, em seguida lambia os beiços e coçava os bigodes, mostrando a satisfação gástrica de que estava tomado. Não acreditando no presente de deus que lhe assomava aos olhos remelentos e vítreos o cão sem maiores delongas saltou sobre o bichano e assim matou a sua fome de muitos dias. De barriga cheia o feliz felino foi descansar ao pé de uma árvore que lhe proporcionou uma ótima sombra.
O HOMEM estava lenhando e no exato instante em que o cão foi deitar-se sob a sombra frondosa, ele chegou com seu machado e se irritou com o o fato dele lhe arreganhar os dentes e, sem nenhuma contemplação ou dó, deu-lhe uma machadada dentre as orelhas, postando-o, morto, deitado sobre uma poça de sangue. Com movimentos lentos, porém, firmes, ele retalhou o infeliz cão com seu facão e, após acender uma pequena fogueira, colocou a anca do canídeo para assar. Pacientemente esperou por hora e meia e, então, com prazer desmedido, comeu a carne tenra e assada acompanhada de goles de pinga.
ATO II
O HOMEM, após descansar e alisar a barriga cheia das carnes dos animais envolvidos na "tragédia" e, secando a garrafa de pinga em longos tragos,
saiu, cambaleando e, num cambaleio sem controle, acabou entrando na estrada asfaltada; uma via de grande movimento de veículos, principalmente carretas carregadas de eucaliptos. O atropelamento foi inevitável. Uma carreta, ou melhor um bólido desgovernado o atingiu em cheio, jogando-o pelos ares, indo estatelar-se no acostamento. Imediatamente, assim que parou o veículo, o motorista foi socorrê-lo, mas, tudo em vão. O que deixou o motorista mais assustado (contou ao delegado) foi que antes de morrer a vítima vomitou um pedaço de minhoca; uma asa de pardal; um rabo de gato e uma perna de cachorro.
ATO III
No enterro do infeliz andarilho o povo da pequena Catirana, que estava no cemitério, ficou amedrontada quando sobre alguns túmulos dançavam os seguintes animais: Uma minhoca, um pardal, um gato; um cachorro e, sobre a capela, um vulto, com uma garrafa de pinga na mão.
quarta-feira, 15 de junho de 2016
CARTAS DE UM SEDUTOR - HILDA HILST
Hoje tive a satisfação de visitar a Livraria Saraiva no Shopping Center Vale em São José, quando comprei o romance CARTAS DE UM SEDUTOR de HILDA HILST. Trata-se de um romance inquietante escrito por uma das melhores escritoras do Brasil, infelizmente, já falecida.
Sobre o Livro - Orelha da Contra-capa:
Emulando o modelo do romance epistolar libertino do século XVIII e submetendo-o a procedimentos experimentais como os do mise em abime do nouvean romam francês, Cartas de um sedutor constitui-se no coroamento das obras obscenas de Hilda Hilst, que que fazem parte ainda O caderno rosa de Lory Lamby e Contos de escárnio/ textos grotescos, ambas em prosa, e Bufólicas, em poesia.
Nelas, a pornografia está pensada, dialeticamente, como uma injunção do mercado livreiro na liberdade do artista e também como um lugar de resistência da imaginação autocriadora contra a pudicícia e o moralismo das sociedades conservadoras. Cartas de um sedutor, apresenta, ademais, as bases da poética que orienta o conjunto das obras de Hilda Hilst e não apenas as que fazem parte da série obscena. Trata-se de uma poética de personagens sem histórias definidas, sem biografias individuais nítidas, sem mesmo profundidade psicológica, mas que se desdobram como formas breves do voo de uma inteligência radicalmente perscrutadora, que não admite separar pensamento e existência. Cartas de um sedutor é, principalmente, um romance de questões vivas.
SOBRE A AUTORA:
HILDA HILST nasceu em Jaú (SP) no dia 21 de abril de 1930. Radicada no município de Campinas(SP) desde 1965, vivia na Chácara CASA DO SOL. Formada em Direito pela USP, desde 1954 dedicou-se inteiramente à criação literária. É reconhecida hoje como um dos principais nomes da literatura brasileira contemporânea. Faleceu no dia 4 de fevereiro de 2004.
HILDA HILST
CARTAS DE UM SEDUTOR
EDITORA GLOBO
198 PÁGINAS
Aconselho esta leitura para todos que gostam de um romance picante.
Sobre o Livro - Orelha da Contra-capa:
Emulando o modelo do romance epistolar libertino do século XVIII e submetendo-o a procedimentos experimentais como os do mise em abime do nouvean romam francês, Cartas de um sedutor constitui-se no coroamento das obras obscenas de Hilda Hilst, que que fazem parte ainda O caderno rosa de Lory Lamby e Contos de escárnio/ textos grotescos, ambas em prosa, e Bufólicas, em poesia.
Nelas, a pornografia está pensada, dialeticamente, como uma injunção do mercado livreiro na liberdade do artista e também como um lugar de resistência da imaginação autocriadora contra a pudicícia e o moralismo das sociedades conservadoras. Cartas de um sedutor, apresenta, ademais, as bases da poética que orienta o conjunto das obras de Hilda Hilst e não apenas as que fazem parte da série obscena. Trata-se de uma poética de personagens sem histórias definidas, sem biografias individuais nítidas, sem mesmo profundidade psicológica, mas que se desdobram como formas breves do voo de uma inteligência radicalmente perscrutadora, que não admite separar pensamento e existência. Cartas de um sedutor é, principalmente, um romance de questões vivas.
SOBRE A AUTORA:
HILDA HILST nasceu em Jaú (SP) no dia 21 de abril de 1930. Radicada no município de Campinas(SP) desde 1965, vivia na Chácara CASA DO SOL. Formada em Direito pela USP, desde 1954 dedicou-se inteiramente à criação literária. É reconhecida hoje como um dos principais nomes da literatura brasileira contemporânea. Faleceu no dia 4 de fevereiro de 2004.
HILDA HILST
CARTAS DE UM SEDUTOR
EDITORA GLOBO
198 PÁGINAS
Aconselho esta leitura para todos que gostam de um romance picante.
quarta-feira, 8 de junho de 2016
NOTÍCIAS INUSITADAS
São duas notícias que considero inusitadas:
1. Uma mulher nos Estados Unidos da América do Norte leu em alguma revista científica de que a amamentação é ótima para estreitar os laços entre duas pessoas. Imediatamente ela abandonou o seu emprego e passou a se dedicar para o seu marido integralmente dando-lhe os seios para que deles ele se amamentasse o quanto quisesse.
Como ela não deu à luz, não tinha leite e, resolveu o impasse com o "sugamento" do marido e tomando alguns caldos. Ela afirma que o marido após muito sugar os seus seios, dorme como um anjo.
O que uma mulher não faz para conquistar o coração do seu homem?
O que ela não pode esquecer é de guardar dinheiro para algumas plásticas nos seios, pois, o "sugamento" de um homem é diferente de uma criança. Haja silicone para restaurar tais seios após alguns anos.
2. E, não é que o famoso Paladino da Justiça (até então) o "Japonês" da Lava Jato, teve ordem de prisão e a está cumprindo numa dependência da Polícia Federal do Paraná? O JAPA, é acusado de vários crimes ligados aos corruptos.
Em quem devemos acreditar? Será que não existe um ser mortal imune aos corruptores?
Parafraseando César, digo: "ATÉ TU, JAPONÊS?"
1. Uma mulher nos Estados Unidos da América do Norte leu em alguma revista científica de que a amamentação é ótima para estreitar os laços entre duas pessoas. Imediatamente ela abandonou o seu emprego e passou a se dedicar para o seu marido integralmente dando-lhe os seios para que deles ele se amamentasse o quanto quisesse.
Como ela não deu à luz, não tinha leite e, resolveu o impasse com o "sugamento" do marido e tomando alguns caldos. Ela afirma que o marido após muito sugar os seus seios, dorme como um anjo.
O que uma mulher não faz para conquistar o coração do seu homem?
O que ela não pode esquecer é de guardar dinheiro para algumas plásticas nos seios, pois, o "sugamento" de um homem é diferente de uma criança. Haja silicone para restaurar tais seios após alguns anos.
2. E, não é que o famoso Paladino da Justiça (até então) o "Japonês" da Lava Jato, teve ordem de prisão e a está cumprindo numa dependência da Polícia Federal do Paraná? O JAPA, é acusado de vários crimes ligados aos corruptos.
Em quem devemos acreditar? Será que não existe um ser mortal imune aos corruptores?
Parafraseando César, digo: "ATÉ TU, JAPONÊS?"
terça-feira, 7 de junho de 2016
UM CORAÇÃO EM DESASSOSSEGO
Um coração em desassossego não cabe dentro do peito;
É como uma colmeia de abelhas em febre de enxameação,
Ou, como, um potro em desabalado galope pelos eitos,
Ou, mesmo, um revoar de pardais em tarde de viração.
Um coração em desassossego reflete um amor perdido
No caminho longo de uma vida cruel e desditosa.
Tê-lo preso no âmago de um corpo gasto e sofrido
Faz com que a alma se lamente da sonhada vida airosa.
Um coração em desassossego mata lentamente o seu dono
Em forma de substâncias venenosas... Beijos letais.
Ah, quem me dera nunca tê-lo no meu peito cavernoso
Pulsando em descompasso célere à mercê do triste final
Que é reservado para os tolos em suas crenças banais.
Hoje, falta-me o sossego... Sou um infeliz mortal.
É como uma colmeia de abelhas em febre de enxameação,
Ou, como, um potro em desabalado galope pelos eitos,
Ou, mesmo, um revoar de pardais em tarde de viração.
Um coração em desassossego reflete um amor perdido
No caminho longo de uma vida cruel e desditosa.
Tê-lo preso no âmago de um corpo gasto e sofrido
Faz com que a alma se lamente da sonhada vida airosa.
Um coração em desassossego mata lentamente o seu dono
Em forma de substâncias venenosas... Beijos letais.
Ah, quem me dera nunca tê-lo no meu peito cavernoso
Pulsando em descompasso célere à mercê do triste final
Que é reservado para os tolos em suas crenças banais.
Hoje, falta-me o sossego... Sou um infeliz mortal.
quinta-feira, 2 de junho de 2016
TRÊS ROMANCES DIGNOS DE SEREM LIDOS... NESTES DIAS CHUVOSOS.
São três romances que tive o prazer de ler nestes dias chuvosos. Recomendo-os aos meus caros bloguistas. Caso desejem, é só me escrever que eu os empresto.
São eles:
1. BREVE ROMANCE DE UM SONHO do autor ARTHUR SCHNITZLER publicado pela Biblioteca Folha. O romance é de leitura fácil, cativante, contendo 95 páginas. Este romance deu origem ao filme dirigido pelo Cineasta Americano Stanley Kubrick em 1999 com o título de DE OLHOS BEM FECHADOS, com Tom Cruise e Nicole Kidman nos papéis principais.
2. O JOVEM TORLES do autor ROBERT MUSIL, publicado pela Biblioteca Folha. O romance é contagioso da primeira à última página. Contém 157 páginas.Foi publicado em 1906.
3. TREM NOTURNO PARA LISBOA - do autor PASCAL MERCIER E PUBLICADO PELA RECORD, contendo 460 páginas. O romance deu origem ao filme de mesmo nome dirigido por Bille August, com Jeremy Irons como protagonista. Eu assisti o filme e me encantei com o drama. O livro ainda é melhor, mais completo.
Em outra oportunidade descreverei os três livros com mais detalhes.
São eles:
1. BREVE ROMANCE DE UM SONHO do autor ARTHUR SCHNITZLER publicado pela Biblioteca Folha. O romance é de leitura fácil, cativante, contendo 95 páginas. Este romance deu origem ao filme dirigido pelo Cineasta Americano Stanley Kubrick em 1999 com o título de DE OLHOS BEM FECHADOS, com Tom Cruise e Nicole Kidman nos papéis principais.
2. O JOVEM TORLES do autor ROBERT MUSIL, publicado pela Biblioteca Folha. O romance é contagioso da primeira à última página. Contém 157 páginas.Foi publicado em 1906.
3. TREM NOTURNO PARA LISBOA - do autor PASCAL MERCIER E PUBLICADO PELA RECORD, contendo 460 páginas. O romance deu origem ao filme de mesmo nome dirigido por Bille August, com Jeremy Irons como protagonista. Eu assisti o filme e me encantei com o drama. O livro ainda é melhor, mais completo.
Em outra oportunidade descreverei os três livros com mais detalhes.
quinta-feira, 26 de maio de 2016
ENTRE ANJOS E QUERUBINS
Após assistir hoje o Jornal Nacional e tomar ciência dos políticos envolvidos na gravação de uma fita de um tal Sérgio, senti-me, como se estivesse no paraíso celestial, entre Anjos e Querubins. Sim, é de cortar o coração a honestidade dos "larápios" envolvidos na delação, quando os seus defensores usam dos mais cândidos e ternos adjetivos para torná-los aos nossos olhos os homens mais honestos e de caráter ilibado que este Brasil já produziu. Nenhum, mas, nenhum mesmo, está comprometido com as falcatruas. São todos anjos de candura que se sentem atacados em suas honras por pessoas inescrupulosas. Dá uma dor intensa no coração quando eles se defendem do "indefensável". Para eles, tudo são mentiras fantasiosas; perseguições políticas, ilações e, que, no momento certo demonstrarão suas inocências. O interessante é que, mesmo assim, caem nas "garras" certeiras do Dr. Sérgio Moro e, de mãos para trás, caminham para suas celas. É uma lástima, decerto, para seus filhos, netos e companheiras contemplarem tais "senhores" de cabelos brancos amargarem os restos de seus dias na cadeia. Haja visto o Zé Dirceu que parece mais um Zumbi, quando se desloca com as mãos para trás.
Fica a pergunta: Adiantou roubar tanto e hoje ser considerado um "trapo" pela sociedade brasileira e, pelos seus antigos amigos? Onde está o Zé Dirceu arrogante de outrora? Certamente, o mesmo destino, terão os vorazes ladrões das nossas Instituições. Amargar os restos de seus dias num cubículo frio até que a morte os liberte.
Hoje, eu contemplei o início da derrocada de vários Anjos e Querubins... todos de alta patente no cenário político nacional.
Fica a pergunta: Adiantou roubar tanto e hoje ser considerado um "trapo" pela sociedade brasileira e, pelos seus antigos amigos? Onde está o Zé Dirceu arrogante de outrora? Certamente, o mesmo destino, terão os vorazes ladrões das nossas Instituições. Amargar os restos de seus dias num cubículo frio até que a morte os liberte.
Hoje, eu contemplei o início da derrocada de vários Anjos e Querubins... todos de alta patente no cenário político nacional.
domingo, 22 de maio de 2016
RECOMEÇO
Por uma eternidade amarguei a dor da indiferença,
Que, ela, me tratou, após, o adeus inevitável.
Agoniado, chorei copiosamente, enquanto lamentava,
A perda, irreparável, de um amor doce e inefável.
Juntos construímos uma vida de momentos mágicos,
Onde o amor explodiu em chamas de ardente paixão.
Éramos amigos, companheiros e amantes fogosos,
Que, gemiam e gritavam possessos da intensa tesão.
Porém, por "coisas da vida", traí-a, futilmente,
Somente pelo ato animal de ser um idiota galanteador.
Tive as mulheres que desejei, sem amar ardentemente...
Casos esporádicos, triviais, que me impingiram esta dor.
Hoje, tento, conquistá-la, com promessas de fidelidade,
Mostrando-lhe, que o destino, nos reservou a feliz união.
Ajoelho-me aos seus pés e clamo e, oro, pela sua piedade,
Na espera, que ela, piedosa, me enclausure, no seu coração.
O tempo passou e, agora que tenho os cabelos encanecidos
Pelas agruras de viver um desamor que mata lentamente,
Tive, dela, um olhar, um gesto amoroso; nada altivo,
Que me fez crer que teria de novo o seu amor pujante.
E, assim, se sucedeu. A partir de então nos unimos
Numa feliz união abençoada pelo amor e apreço.
Somos felizes, embora os anos tenham nos judiado,
Mas, tudo é recompensado, pelo mágico RECOMEÇO!
Que, ela, me tratou, após, o adeus inevitável.
Agoniado, chorei copiosamente, enquanto lamentava,
A perda, irreparável, de um amor doce e inefável.
Juntos construímos uma vida de momentos mágicos,
Onde o amor explodiu em chamas de ardente paixão.
Éramos amigos, companheiros e amantes fogosos,
Que, gemiam e gritavam possessos da intensa tesão.
Porém, por "coisas da vida", traí-a, futilmente,
Somente pelo ato animal de ser um idiota galanteador.
Tive as mulheres que desejei, sem amar ardentemente...
Casos esporádicos, triviais, que me impingiram esta dor.
Hoje, tento, conquistá-la, com promessas de fidelidade,
Mostrando-lhe, que o destino, nos reservou a feliz união.
Ajoelho-me aos seus pés e clamo e, oro, pela sua piedade,
Na espera, que ela, piedosa, me enclausure, no seu coração.
O tempo passou e, agora que tenho os cabelos encanecidos
Pelas agruras de viver um desamor que mata lentamente,
Tive, dela, um olhar, um gesto amoroso; nada altivo,
Que me fez crer que teria de novo o seu amor pujante.
E, assim, se sucedeu. A partir de então nos unimos
Numa feliz união abençoada pelo amor e apreço.
Somos felizes, embora os anos tenham nos judiado,
Mas, tudo é recompensado, pelo mágico RECOMEÇO!
quinta-feira, 19 de maio de 2016
O PIANO
Soberbo e imponente como um Príncipe da Pérsia
O piano se fazia visualizar em seu mistério.
Num canto do salão, ele, belo, imperava,
Indiferente aos súditos: o seu séquito.
As teclas de marfim reluziam como estrelas
Incrustadas e refulgentes no manto cerúleo.
Por elas desfilaram mãos ágeis e possessas
No vaivém frenético dos acordes régios.
Por um tempo eu o tive em meu domínio,
Mesmo, escravo, dos meus anseios sem fim.
Para mim, ele se desdobrava, sem martírio,
No majestoso instrumento,como nada, afim.
Porém, um dia, em que deslizava pelas teclas
Meus dedos, já ressequidos, doídos e enregelados,
Notei que ele, chorava, a minha triste derrocada;
A minha senilidade que lhe tirava sons agoniados.
Incapaz de me ter ao seu lado nesta triste condição
Ele, num ato glorioso, se desfez em um monte de pó.
Chorando copiosamente, ali, depositei, o coração,
E, tamborilei no assoalho AVE MARIA e,jazi, SÓ!
O piano se fazia visualizar em seu mistério.
Num canto do salão, ele, belo, imperava,
Indiferente aos súditos: o seu séquito.
As teclas de marfim reluziam como estrelas
Incrustadas e refulgentes no manto cerúleo.
Por elas desfilaram mãos ágeis e possessas
No vaivém frenético dos acordes régios.
Por um tempo eu o tive em meu domínio,
Mesmo, escravo, dos meus anseios sem fim.
Para mim, ele se desdobrava, sem martírio,
No majestoso instrumento,como nada, afim.
Porém, um dia, em que deslizava pelas teclas
Meus dedos, já ressequidos, doídos e enregelados,
Notei que ele, chorava, a minha triste derrocada;
A minha senilidade que lhe tirava sons agoniados.
Incapaz de me ter ao seu lado nesta triste condição
Ele, num ato glorioso, se desfez em um monte de pó.
Chorando copiosamente, ali, depositei, o coração,
E, tamborilei no assoalho AVE MARIA e,jazi, SÓ!
segunda-feira, 16 de maio de 2016
UM DIA FRIO, CINZENTO E TRISTE... UM DIA DE LUTO!
Sim, hoje foi um dia frio, cinzento e triste. Hoje, foi também um dia de luto no Brasil.
Morreu neste sábado, de madrugada, o maior cantor brasileiro: CAUBY PEIXOTO. Hoje, foi enterrado com todas as glórias e homenagens de que era merecedor. Milhares de fãs foram até à Assembléia Legislativa de São Paulo, para o último adeus ao eterno ídolo.Eu, só tenho a lamentar a irreparável perda do meu querido cantor. Por décadas, desde os 15 anos que sou fã incondicional da voz mais bela já tocada em rádios e televisões. Atingi a adolescência, depois a mocidade, os "enta", amando e sonhando em sua voz e músicas, sempre acompanhado de um Campari, um Wiski, ou, então, uma deliciosa batida de limão. Nestes momentos vinha a inspiração e, eu, escrevia os meus poemas de amor. Muitas vezes, tendo uma taça de vinho tinto na mão, eu chorava copiosamente a saudade de algum amor que ficou pela estrada da vida. Cauby, sempre me inspirou a ser romântico. Pela vida, comprei os discos de vinil; as fitas cassetes e os CDs e DVDs, onde estavam gravados as músicas mais lindas e todas, indistintamente, "calientes" para o meu coração.
Por duas vezes tive oportunidade de vê-lo "cara a cara". A primeira vez no bar Brahma e, a segunda vez num espetáculo acompanhado da cantora e sua querida amiga Ângela
Maria no Espaço Bradesco, ambos em São Paulo.
Tenho um livro com a sua Biografia e algumas fotos que tirei ao seu lado no Bar Brahma.
Querido e Saudoso Cauby, siga a sua trajetória de excelente artista nos confins do Universo, que, certamente, se regozijará com a sua voz e interpretação magistral e, quem sabe, quando estiver repousando em uma estrela, encontre com a sua eterna CONCEIÇÃO.
ATÉ, QUEM SABE, UM DIA, NOS ENCONTRARMOS, NA CAUDA DE UMA ESTRELA CADENTE.
Obrigado, pelos excelentes e inolvidáveis momentos que você me proporcionou.
Morreu neste sábado, de madrugada, o maior cantor brasileiro: CAUBY PEIXOTO. Hoje, foi enterrado com todas as glórias e homenagens de que era merecedor. Milhares de fãs foram até à Assembléia Legislativa de São Paulo, para o último adeus ao eterno ídolo.Eu, só tenho a lamentar a irreparável perda do meu querido cantor. Por décadas, desde os 15 anos que sou fã incondicional da voz mais bela já tocada em rádios e televisões. Atingi a adolescência, depois a mocidade, os "enta", amando e sonhando em sua voz e músicas, sempre acompanhado de um Campari, um Wiski, ou, então, uma deliciosa batida de limão. Nestes momentos vinha a inspiração e, eu, escrevia os meus poemas de amor. Muitas vezes, tendo uma taça de vinho tinto na mão, eu chorava copiosamente a saudade de algum amor que ficou pela estrada da vida. Cauby, sempre me inspirou a ser romântico. Pela vida, comprei os discos de vinil; as fitas cassetes e os CDs e DVDs, onde estavam gravados as músicas mais lindas e todas, indistintamente, "calientes" para o meu coração.
Por duas vezes tive oportunidade de vê-lo "cara a cara". A primeira vez no bar Brahma e, a segunda vez num espetáculo acompanhado da cantora e sua querida amiga Ângela
Maria no Espaço Bradesco, ambos em São Paulo.
Tenho um livro com a sua Biografia e algumas fotos que tirei ao seu lado no Bar Brahma.
Querido e Saudoso Cauby, siga a sua trajetória de excelente artista nos confins do Universo, que, certamente, se regozijará com a sua voz e interpretação magistral e, quem sabe, quando estiver repousando em uma estrela, encontre com a sua eterna CONCEIÇÃO.
ATÉ, QUEM SABE, UM DIA, NOS ENCONTRARMOS, NA CAUDA DE UMA ESTRELA CADENTE.
Obrigado, pelos excelentes e inolvidáveis momentos que você me proporcionou.
quinta-feira, 12 de maio de 2016
NOSTALGIAS
Nostalgias... que sei eu das lembranças que vivem
Enclausuradas na masmorra de minha pobre alma,
São cenas de filmes em preto e branco que somem
Na névoa cinzenta dos neurônios: doentes células.
Nostalgias... rasgos de um sol que nunca se pôs
No ocaso das recordações que teimam em me trucidar.
Às vezes, sinto que se recordar terei um porto,
Ou, mesmo, uma pedra em que possa me amarrar.
Nostalgias... Um tango que vive na voz de Gardel
Na penumbra enovelada de rolos de fumaça escura.
Nos cantos, nas mesas sujas de pó, vê-se o farnel,
Dos desesperados, que não mais recordam, suas agruras.
Nostalgias... Nada sei do que nunca vivi, por ser só.
Apenas, um transeunte, da senda dos pobres descerebrados.
Tento, desmedidamente, recordar o incerto e tão surreal,
Que chego, a chorar, a gemer, tentando ser, um ser, concreto.
Nostalgias... A voz maviosa penetra-me pelos poros corporal
Atingindo a alma que não sabe se viveu ou morreu de tédio.
Inerte, deito-me e, jazo, possuído por uma modorra magistral
E, recordo, ou penso recordar de quando vivi um tempo régio.
Nostalgia... No espelho manchado de batom do salão grená,
Contemplo minha imagem dilacerada como se fora um espectro.
Que me importa se nada recordo? Basta-me ter a alma em paz
E, sair pelos becos, cantarolando NOSTALGIAS; o meu TANGO.
Enclausuradas na masmorra de minha pobre alma,
São cenas de filmes em preto e branco que somem
Na névoa cinzenta dos neurônios: doentes células.
Nostalgias... rasgos de um sol que nunca se pôs
No ocaso das recordações que teimam em me trucidar.
Às vezes, sinto que se recordar terei um porto,
Ou, mesmo, uma pedra em que possa me amarrar.
Nostalgias... Um tango que vive na voz de Gardel
Na penumbra enovelada de rolos de fumaça escura.
Nos cantos, nas mesas sujas de pó, vê-se o farnel,
Dos desesperados, que não mais recordam, suas agruras.
Nostalgias... Nada sei do que nunca vivi, por ser só.
Apenas, um transeunte, da senda dos pobres descerebrados.
Tento, desmedidamente, recordar o incerto e tão surreal,
Que chego, a chorar, a gemer, tentando ser, um ser, concreto.
Nostalgias... A voz maviosa penetra-me pelos poros corporal
Atingindo a alma que não sabe se viveu ou morreu de tédio.
Inerte, deito-me e, jazo, possuído por uma modorra magistral
E, recordo, ou penso recordar de quando vivi um tempo régio.
Nostalgia... No espelho manchado de batom do salão grená,
Contemplo minha imagem dilacerada como se fora um espectro.
Que me importa se nada recordo? Basta-me ter a alma em paz
E, sair pelos becos, cantarolando NOSTALGIAS; o meu TANGO.
UM NOVO PRESIDENTE PARA O BRASIL (NÃO TÃO NOVO)
Hoje, nós, esperançosos brasileiros, amanhecemos com a notícia de que Michel Temer, até então Vice-Presidente da República, será empossado como Presidente, no lugar da Presidenta afastada Dilma Roussef. Diz uma passagem da Bíblia de que "Basta a cada dia o seu mal". Acontece, que, estamos vivendo um "Mal", todos os dias. Já faz muito tempo que não temos uma notícia alentadora. São escândalos e mais escândalos de roubos milionários; de traições entre os aliados; de mentiras deslavadas ocultando a fragilidade das declarações de honestidade pelos larápios; de milhões de desempregados; da terrível carestia dos alimentos; das doenças que pipocam em todas as camadas da sociedade... enfim, o que podemos esperar do novo Presidente?
Se ele der conta de pelo menos 70% dos problemas elencados podemos nos dar por satisfeitos. O tempo, o maior de todos os juízes, dirá, se a troca foi benéfica ou maléfica.
Vamos aguardar com a esperança de que dias melhores virão, pois, do jeito que está, acredito, não pode piorar... OU PODE?
Se ele der conta de pelo menos 70% dos problemas elencados podemos nos dar por satisfeitos. O tempo, o maior de todos os juízes, dirá, se a troca foi benéfica ou maléfica.
Vamos aguardar com a esperança de que dias melhores virão, pois, do jeito que está, acredito, não pode piorar... OU PODE?
segunda-feira, 9 de maio de 2016
POR UMA PÉROLA FALSA
Por uma pérola falsa ganhei o maior tesouro
Já dado por uma garota na inocência pueril,
Dos sonhos ainda não vividos, porém, sonhados,
Nas tardes de anseios, sob o céu cor de anil.
Ela sempre desejou ter uma pérola como enfeite
Em seu colo marmóreo de veias finas e azuladas.
Inúmeras vezes pediu a joia com a voz fremente,
Acanhada, talvez, pela audácia, da súplica pertinaz.
Incontidas vezes tentei comprar uma única pérola
Que fosse... Uma bijuteria que imitasse a real,
Mas, pobretão que o era, esvaía-me, na cólera
De, não poder presenteá-la, com uma, sem igual.
Meses se passaram e, eu, sentia nela a frustração
Incrustada em seu belo rosto que muito me fascinava.
Um dia, vendi meus sapatos e corri com sofreguidão
Até uma loja de bijuterias para comprar a pérola...
Negaceie o preço por um tempo sem fim e agonizante
Venci. A vendedora se compadeceu de mim e a vendeu
Por um preço irrisório, rindo... um sorriso contagiante.
Tendo o coração célere caí de joelhos e agradeci a Deus.
Era noite de Lua cheia quando nos encontramos no jardim
E, sem rodeios a presenteei com a joia... a pérola falsa.
Tendo os olhos marejados ela me prometeu um amor sem fim,
E, trêmula, me retribuiu com outra joia, real: sua alma.
Já dado por uma garota na inocência pueril,
Dos sonhos ainda não vividos, porém, sonhados,
Nas tardes de anseios, sob o céu cor de anil.
Ela sempre desejou ter uma pérola como enfeite
Em seu colo marmóreo de veias finas e azuladas.
Inúmeras vezes pediu a joia com a voz fremente,
Acanhada, talvez, pela audácia, da súplica pertinaz.
Incontidas vezes tentei comprar uma única pérola
Que fosse... Uma bijuteria que imitasse a real,
Mas, pobretão que o era, esvaía-me, na cólera
De, não poder presenteá-la, com uma, sem igual.
Meses se passaram e, eu, sentia nela a frustração
Incrustada em seu belo rosto que muito me fascinava.
Um dia, vendi meus sapatos e corri com sofreguidão
Até uma loja de bijuterias para comprar a pérola...
Negaceie o preço por um tempo sem fim e agonizante
Venci. A vendedora se compadeceu de mim e a vendeu
Por um preço irrisório, rindo... um sorriso contagiante.
Tendo o coração célere caí de joelhos e agradeci a Deus.
Era noite de Lua cheia quando nos encontramos no jardim
E, sem rodeios a presenteei com a joia... a pérola falsa.
Tendo os olhos marejados ela me prometeu um amor sem fim,
E, trêmula, me retribuiu com outra joia, real: sua alma.
quinta-feira, 5 de maio de 2016
A REVOLUÇÃO DOS BICHOS - GEORGE ORWEL
Eis aqui um excelente livro para se ler. Embora escrito em 1945, ele ainda é atual nos dias de hoje. Sua leitura é importante para desmascarar os Ditadores e déspotas. Aconselho aos meus bloguistas a leitura deste romance.
Sobre a Revolução dos Bichos:
Num belo dia, os animais da fazenda do Sr. Jones se dão conta da vida indigna a que são submetidos: eles se matam de trabalhar para os homens, lhe dão todas as suas energias em troca de uma ração miserável, para ao final serem abatidos sem piedade. Liderados por um grupo de porcos, os bichos então expulsam o fazendeiro de sua propriedade e pretendem fazer dela um Estado em que todos serão iguais
Logo começam as disputas internas, as perseguições e a exploração do bicho pelo bicho, que farão da granja um arremedo grotesco da sociedade humana.
Publicada em 1945, A Revolução dos Bichos foi imediatamente interpretada como uma fábula satírica sobre os descaminhos da Revolução Russa, chegando a ter sido utilizada pela propaganda anticomunista. A novela de George Orwel de fato fazia uma dura crítica ao totalitarismo soviético; mas seu sentido transcende amplamente o contexto do regime stalinista. Mais do que nunca esta pequena obra-prima da ficção inglesa parece falar aos nossos dias, quando a concentração de poder e de riquezas, a manipulação da informação e as desigualdades sociais parecem atingir um ápice histórico.
Sobre o autor:
George Orwel, pseudônimo de Eric Arthur Blair, nasceu em 1903, em Bengala (Índia), filho de um funcionário britânico e uma francesa. Muda-se para a Inglaterra em 1911, e vai para o Internato. De 1917 a 1921, estuda no Eton College, uma das mais tradicionais escolas inglesas, onde tem aulas com o escritor Aldous Huxley. Em 1922, recusa uma bolsa para a Universidade e volta à Índia para trabalhar na polícia imperial.
Retorna à Inglaterra em 1928. Vivendo na pobreza - chega mesmo à mendicância -, vaga por Londres e Paris até meados de 1930. Em 1933, publica seu primeiro livro, "Na Pior em Paris e Londres".
Socialista, vai para a Espanha, em 1936, lutar na Brigada Internacional em apoio ao recém-eleito governo popular. "Lutando na Espanha" ( 1938), narra suas experiências na Guerra Civil Espanhola. Durante a Segunda Guerra Mundial, Orwel trabalha como correspondente de guerra para a BBC. Em 1945, publica a Revolução dos Bichos, até hoje sua obra mais popular. Outro livro conhecido em todas as línguas é seu romance 1984 (1949), uma sátira pessimista sobre a ameaça de tirania política no mundo.
George Orwel mOrreu em 1950, na Inglaterra, em consequência de uma tuberculose. Entre outras obras, escreveu também Dias na Birmânia (1934), O Caminho de Wigan (1937) e Por Que Escrevo (1946).
GEORGE ORWEL = A REVOLUÇÃO DOS BICHOS - 94 PÁGINAS.
BIBLIOTECA FOLHA
TEXTO SOBRE O ROMANCE : MAURÍCIO SANTANA DIAS
TEXTO SOBRE O AUTOR : BANCO DE DADOS DE SÃO PAULO
Sobre a Revolução dos Bichos:
Num belo dia, os animais da fazenda do Sr. Jones se dão conta da vida indigna a que são submetidos: eles se matam de trabalhar para os homens, lhe dão todas as suas energias em troca de uma ração miserável, para ao final serem abatidos sem piedade. Liderados por um grupo de porcos, os bichos então expulsam o fazendeiro de sua propriedade e pretendem fazer dela um Estado em que todos serão iguais
Logo começam as disputas internas, as perseguições e a exploração do bicho pelo bicho, que farão da granja um arremedo grotesco da sociedade humana.
Publicada em 1945, A Revolução dos Bichos foi imediatamente interpretada como uma fábula satírica sobre os descaminhos da Revolução Russa, chegando a ter sido utilizada pela propaganda anticomunista. A novela de George Orwel de fato fazia uma dura crítica ao totalitarismo soviético; mas seu sentido transcende amplamente o contexto do regime stalinista. Mais do que nunca esta pequena obra-prima da ficção inglesa parece falar aos nossos dias, quando a concentração de poder e de riquezas, a manipulação da informação e as desigualdades sociais parecem atingir um ápice histórico.
Sobre o autor:
George Orwel, pseudônimo de Eric Arthur Blair, nasceu em 1903, em Bengala (Índia), filho de um funcionário britânico e uma francesa. Muda-se para a Inglaterra em 1911, e vai para o Internato. De 1917 a 1921, estuda no Eton College, uma das mais tradicionais escolas inglesas, onde tem aulas com o escritor Aldous Huxley. Em 1922, recusa uma bolsa para a Universidade e volta à Índia para trabalhar na polícia imperial.
Retorna à Inglaterra em 1928. Vivendo na pobreza - chega mesmo à mendicância -, vaga por Londres e Paris até meados de 1930. Em 1933, publica seu primeiro livro, "Na Pior em Paris e Londres".
Socialista, vai para a Espanha, em 1936, lutar na Brigada Internacional em apoio ao recém-eleito governo popular. "Lutando na Espanha" ( 1938), narra suas experiências na Guerra Civil Espanhola. Durante a Segunda Guerra Mundial, Orwel trabalha como correspondente de guerra para a BBC. Em 1945, publica a Revolução dos Bichos, até hoje sua obra mais popular. Outro livro conhecido em todas as línguas é seu romance 1984 (1949), uma sátira pessimista sobre a ameaça de tirania política no mundo.
George Orwel mOrreu em 1950, na Inglaterra, em consequência de uma tuberculose. Entre outras obras, escreveu também Dias na Birmânia (1934), O Caminho de Wigan (1937) e Por Que Escrevo (1946).
GEORGE ORWEL = A REVOLUÇÃO DOS BICHOS - 94 PÁGINAS.
BIBLIOTECA FOLHA
TEXTO SOBRE O ROMANCE : MAURÍCIO SANTANA DIAS
TEXTO SOBRE O AUTOR : BANCO DE DADOS DE SÃO PAULO
quarta-feira, 4 de maio de 2016
TEMPO DAS NEGAÇÕES.
Realmente, estamos vivendo um TEMPO DAS NEGAÇÕES. A última negação que me lembro e que tem percorrido os séculos foi a negação de Pedro aos temíveis Romanos, quando perguntado se conhecia Cristo. Imediatamente o apóstolo negou Jesus 3 vezes. Naquele tempo, é de se considerar a atitude do apóstolo, pois, o castigo era ser açoitado, lanhado com espadas e lanças e, finalmente, ser crucificado. O castigo era indizível. Hoje, o que vemos é uma avalanche de negações por parte dos corruptos. Qualquer que seja ele; qualquer que seja o seu crime, ela NEGA a plenos pulmões ser culpado. Muitas palavras desconhecidas da maioria dos brasileiros são usadas para redimir seus pecados, tais como, ILAÇÕES, MENTIRAS DEFECTÍVEIS;
PERSEGUIÇÃO POLÍTICA; PREJUDICAR O BOM NOME; MENTIRAS FANTASIOSAS e, assim por diante. O interessante é que nenhum consegue explicar como possui Jatos, Iates, Carros importados, Dólares e, principalmente, conta no exterior. O que me deixa estupefato é a facilidade dos "velhos" corruptos que na maior cara de pau, desmentem tudo. Acho que acreditam que nós, "pobres" brasileiros, somos crédulos e possuidores de LOBOTOMIA. Às vezes, eu fico me perguntando, o porquê de não cair no jardim de minha casa ou na minha garagem tais bens milionários, já que, nos deles, isso aconteceu.
Negando, ou não, vão pagar seus atos rapineiros nos porões das cadeias e penitenciárias e, enquanto isto não acontecer vão amargar a vergonha perante seus familiares de usarem tornozeleiras eletrônicas.
Se, no lugar do corajoso Dr. Sérgio Moro( que está fazendo um trabalho hercúleo) estivesse um centurião romano, creio que, os larápios pensariam 10 vezes para cometerem seus crimes contra os brasileiros. O grande problema seria a devastação das matas para retirar madeira e construir as cruzes.
Senhores corruptos, vão NEGAR assim na...
PERSEGUIÇÃO POLÍTICA; PREJUDICAR O BOM NOME; MENTIRAS FANTASIOSAS e, assim por diante. O interessante é que nenhum consegue explicar como possui Jatos, Iates, Carros importados, Dólares e, principalmente, conta no exterior. O que me deixa estupefato é a facilidade dos "velhos" corruptos que na maior cara de pau, desmentem tudo. Acho que acreditam que nós, "pobres" brasileiros, somos crédulos e possuidores de LOBOTOMIA. Às vezes, eu fico me perguntando, o porquê de não cair no jardim de minha casa ou na minha garagem tais bens milionários, já que, nos deles, isso aconteceu.
Negando, ou não, vão pagar seus atos rapineiros nos porões das cadeias e penitenciárias e, enquanto isto não acontecer vão amargar a vergonha perante seus familiares de usarem tornozeleiras eletrônicas.
Se, no lugar do corajoso Dr. Sérgio Moro( que está fazendo um trabalho hercúleo) estivesse um centurião romano, creio que, os larápios pensariam 10 vezes para cometerem seus crimes contra os brasileiros. O grande problema seria a devastação das matas para retirar madeira e construir as cruzes.
Senhores corruptos, vão NEGAR assim na...
segunda-feira, 2 de maio de 2016
O ANEL DE FORMATURA
O dedo anular da mão direita não destoava do conjunto:
Era fino e terminava ostentando uma bela unha comprida,
Sempre pintada de rosa, como as demais, formando o todo
Que me cativava e, me lanhava, em inocentes carícias.
Normalista que era, a garota dos meus sonhos, uma noite,
Em que, nos amávamos, a luz do luar, num banco de jardim,
Pediu-me dengosa, em sua formatura, um anel de presente;
Um anel que marcasse a data e, o nosso amor, sem fim.
Os anos se passaram e a data chegou como num sopro outonal,
Levando-me a visitar joalherias em busca da joia reluzente.
Após tanto procurar encontrei o anel mais belo, sensacional,
E, despindo das economias o comprei e, me fiz, contente.
O baile estava apinhado de formandos e, eu, enlaçado nela
Rodopiava como se estivesse num carrossel desgovernado.
Ela, colando o rosto em meu rosto arguiu-me da promessa,
Que a ela fizera numa noite de beijos sufragados.
Sem titubear, embora a emoção marcasse os meus movimentos
Retirei do bolso um delicado estojo de veludo vermelho.
Esbaforida, porém, graciosa, abriu-o com as mãos tremendo
E, num arroubo de felicidade colocou o anel no lindo dedo.
Tempos se passaram e a minha normalista nas tardes gris
Ostenta sempre o anel de formatura que uniu nossas vidas.
Hoje, apesar dos estragos feitos pelo uso constante do giz
Ainda admiro os dedos e as unhas pintadas de cores vivas.
Era fino e terminava ostentando uma bela unha comprida,
Sempre pintada de rosa, como as demais, formando o todo
Que me cativava e, me lanhava, em inocentes carícias.
Normalista que era, a garota dos meus sonhos, uma noite,
Em que, nos amávamos, a luz do luar, num banco de jardim,
Pediu-me dengosa, em sua formatura, um anel de presente;
Um anel que marcasse a data e, o nosso amor, sem fim.
Os anos se passaram e a data chegou como num sopro outonal,
Levando-me a visitar joalherias em busca da joia reluzente.
Após tanto procurar encontrei o anel mais belo, sensacional,
E, despindo das economias o comprei e, me fiz, contente.
O baile estava apinhado de formandos e, eu, enlaçado nela
Rodopiava como se estivesse num carrossel desgovernado.
Ela, colando o rosto em meu rosto arguiu-me da promessa,
Que a ela fizera numa noite de beijos sufragados.
Sem titubear, embora a emoção marcasse os meus movimentos
Retirei do bolso um delicado estojo de veludo vermelho.
Esbaforida, porém, graciosa, abriu-o com as mãos tremendo
E, num arroubo de felicidade colocou o anel no lindo dedo.
Tempos se passaram e a minha normalista nas tardes gris
Ostenta sempre o anel de formatura que uniu nossas vidas.
Hoje, apesar dos estragos feitos pelo uso constante do giz
Ainda admiro os dedos e as unhas pintadas de cores vivas.
domingo, 1 de maio de 2016
DOR DE COTOVELO
Maldita dor de cotovelo que se apossou de mim,
Quando vi o meu ex-amor desfilar com outro bem.
No momento senti uma fisgada e uma dor sem fim,
Que me fez curvar como se tivesse dizendo; "AMÉM".
No momento tentei desviar os olhos do casal feliz,
Que passeava de braços dados pela alameda florida.
Porém, a curiosidade em desvelar aquele infeliz
Que, tomou o meu lugar no coração da mulher querida,
Atiçou os meus sentidos e fez o meu coração pulsar
Célere, de tristeza e, de ódio, pela cena "dantesca".
O que vi, foi assombroso e me deixou a lastimar
A mulher a quem tratei numa relação fria e quixotesca.
Nunca pensei que uma dor de cotovelo doía e sangrava
No meu peito amarfanhado pela desilusão do abandono.
Hoje, tento conviver com a dor, embora a alma é escrava
Do despeito da traição e da inimaginável dor de cotovelo.
Quando vi o meu ex-amor desfilar com outro bem.
No momento senti uma fisgada e uma dor sem fim,
Que me fez curvar como se tivesse dizendo; "AMÉM".
No momento tentei desviar os olhos do casal feliz,
Que passeava de braços dados pela alameda florida.
Porém, a curiosidade em desvelar aquele infeliz
Que, tomou o meu lugar no coração da mulher querida,
Atiçou os meus sentidos e fez o meu coração pulsar
Célere, de tristeza e, de ódio, pela cena "dantesca".
O que vi, foi assombroso e me deixou a lastimar
A mulher a quem tratei numa relação fria e quixotesca.
Nunca pensei que uma dor de cotovelo doía e sangrava
No meu peito amarfanhado pela desilusão do abandono.
Hoje, tento conviver com a dor, embora a alma é escrava
Do despeito da traição e da inimaginável dor de cotovelo.
quarta-feira, 27 de abril de 2016
QUE LÁSTIMA! SOU HUMANO, QUANDO O QUE EU QUERIA SER É UMA ÁRVORE.
É isso mesmo: lamento ser humano. Ser humano é carregar dentro de si todos os defeitos que vem se agravando pelo passar dos séculos. Ser humano é viver no pecado diuturnamente. É lutar constantemente para puxar o tapete do seu semelhante; é construir bombas potentes para arrasar com seus vizinhos. É passar dias e dias pensando na melhor maneira de dar um "golpe" no próximo; é "viver" constantemente aplicando a Lei de Gerson.
Ser humano é uma tragédia.
Já, ser uma árvore é um prêmio do Divino Criador. Uma árvore germina, nasce e cresce sem se preocupar com outras árvores. Para ela, não interessa se existem outras mais bonitas, mais frondosas, que dão frutos mais deliciosos e que são escolhidas para abrigar os pássaros mais bonitos. A árvore, independente do seu porte e de sua madeira; se de Lei, ou não, vive para servir os habitantes das matas. Assim é, que, uma árvore recebe em seus ramos os mais diversos espécimes de aves; de mamíferos; de insetos; de batráquios; de répteis e, mesmo daqueles tidos pelos humanos como horripilantes: o caso dos morcegos.
Quando a árvore está madura ela produz seus deliciosos frutos que alimentam os animais do habitat. Ela não cobra para isso. Produz também flores belas e exóticas que enfeitam o ambiente mágico.
Nunca em meus 70 anos ouvi falar que uma árvore preparou um plano maquiavélico para destruir outra de sua espécie, ou mesmo, de espécies diferentes. Entre elas existe a regra mais básica da sobrevivência: "VIVA, E, DEIXE, VIVER".
Ah!, se os humanos adotassem este lema talvez eu não reclamasse de ser humano.
Sei que neste mundo não me transmudarei em árvore, mas, quem sabe, em outra esfera do Universo?
Viva as árvores.
terça-feira, 26 de abril de 2016
UM NEGÓCIO LUCRATIVO
Sim, neste momento de crise Nacional espera-se que os brasileiros se "virem" em busca de um negócio lucrativo que os tirem do "sufoco" das contas negativadas e, das dificuldades em viver uma vida mais ou menos confortável. Muitos apelam para pequenas empresas; negócios caseiros caindo na informalidade. Dia a dia, notícias circulam de milhares de brasileiros desempregados e lutando arduamente por uma vaga nos mais diversos setores da sociedade.
Hoje, me veio na cabeça após assistir o Jornal Nacional um NEGÓCIO ALTAMENTE LUCRATIVO, que apresenta um futuro promissor: O DE TORNOZELEIRAS ELETRÔNICAS. Isto mesmo, caro leitor. Pelo número crescente e assustador de CORRUPTOS em todos os setores dos órgãos públicos e, da disposição incansável do Dr. Sergio Moro, apoiado pela Polícia Federal em enquadrá-los, chegará o dia em que faltarão as tais tornozeleiras. É acreditar e abrir uma firma produzindo o tal apetrecho. Certamente, o micro-empresário logo, logo, se tornará um abastado dono de uma senhora indústria.
Em contrapartida, não se deve abrir uma Editora e produzir livros que tratem de Licitações. Estes estarão fadados ao fracasso e certamente ficarão empoeirados nas prateleiras, pois, a bandidagem que frauda as licitações é pior e mais voraz do que os tubarões. Basta o governo em suas esferas de atuação anunciar uma obra qualquer e, os especialistas em fraudarem Licitações esfregam as mãos e já anteveem negócios escusos, porém, lucrativos.
Por isso é que o negócio do momento é abrir firmas e produzir tornozeleiras eletrônicas aos milhares.
Eu mesmo, já estou pensando em fechar a minha Editora, a Edivale, e abrir uma especificamente com o fim acima.
Para começar, vou atender Vereadores, depois Prefeitos e já solidificado no mercado os Deputados, Governadores e Senadores.
Ah, não podemos nos esquecer dos policiais corruptos que roubam dos bandidos.
Em tempo: Para não correr o perigo de algum funcionário de minha empresa fraudar as licitações, eu mesmo, vou me encarregar de todo o processo de venda.
Para entrar como funcionário na minha empresa o cidadão ou cidadã vai ter que passar por um só teste: Deixarei na sala de entrevista o candidato sozinho e no chão estará uma nota de $ 10,00. Se após pegá-la ele devolvê-la, será contratado.
Alguém devolverá?????????
segunda-feira, 25 de abril de 2016
QUEM CANTA OS SEUS MALES ESPANTA!
Realmente, quem canta os seus males espanta e, é por isto que eu CANTO:
Canto as flores em suas belezas simples, requintadas e perfumadas;
Canto as estrelas que resplandecem no céu escuro;
Canto as ondas ininterruptas do mar bravio que se quebram na praia;
Canto as miríades de borboletas que volteiam em torno das flores;
Canto os pássaros que não se cansam de emitir os seus gorjeios;
Canto os ventos e aragens que acariciam a campina verdejante;
Canto o Sol e a Lua que como amantes passionais nunca se encontram;
Canto os animais que habitam as matas, florestas e os desertos;
Canto o lamuriar dos rios preguiçosos quando se dirigem para o mar;
Canto as Sereias que só se mostram para os deuses dos oceanos;
Canto as abelhas nas suas labutas em busca do néctar;
Canto os gatos perdidos da noite atrás das fêmeas no cio;
Canto o balouçar dos galhos das árvores frondosas nas tardes outonais;
Canto as polpas adocicadas dos frutos que maduros, perpetuam a espécie;
Canto os "ais" e "uis" emitidos pelos amantes durante a posse carnal...
Enfim, canto tudo o que existe na natureza, pois ela é o "fruto" perfeito do Universo e,
Claro, não poderia deixar de cantar a maior criação da Divindade... A MULHER,
SIM, A MULHER EM TODA A SUA PLENITUDE... não importando a sua raça; a cor; a forma; o credo,o estado civil...
Cantar a MULHER é cantar o UNIVERSO.
Amigo leitor, cante, cante e cante e, verás, que, o UNIVERSO, conspirará a seu favor.
Canto as flores em suas belezas simples, requintadas e perfumadas;
Canto as estrelas que resplandecem no céu escuro;
Canto as ondas ininterruptas do mar bravio que se quebram na praia;
Canto as miríades de borboletas que volteiam em torno das flores;
Canto os pássaros que não se cansam de emitir os seus gorjeios;
Canto os ventos e aragens que acariciam a campina verdejante;
Canto o Sol e a Lua que como amantes passionais nunca se encontram;
Canto os animais que habitam as matas, florestas e os desertos;
Canto o lamuriar dos rios preguiçosos quando se dirigem para o mar;
Canto as Sereias que só se mostram para os deuses dos oceanos;
Canto as abelhas nas suas labutas em busca do néctar;
Canto os gatos perdidos da noite atrás das fêmeas no cio;
Canto o balouçar dos galhos das árvores frondosas nas tardes outonais;
Canto as polpas adocicadas dos frutos que maduros, perpetuam a espécie;
Canto os "ais" e "uis" emitidos pelos amantes durante a posse carnal...
Enfim, canto tudo o que existe na natureza, pois ela é o "fruto" perfeito do Universo e,
Claro, não poderia deixar de cantar a maior criação da Divindade... A MULHER,
SIM, A MULHER EM TODA A SUA PLENITUDE... não importando a sua raça; a cor; a forma; o credo,o estado civil...
Cantar a MULHER é cantar o UNIVERSO.
Amigo leitor, cante, cante e cante e, verás, que, o UNIVERSO, conspirará a seu favor.
domingo, 24 de abril de 2016
ALMAS BELIGERANTES
São duas almas beligerantes que se digladiam
A todo tempo como se fossem cães e gatos.
Por um "quase nada", vão às raias da ira
E, se portam, como cruéis lutadores inatos.
Quando iradas desprezam as nossas súplicas
Para que se aquietem; tenham paz e harmonia.
Mas, passionais que as são, vivem às turras
Com o "certo" e o "errado" em nossas vidas.
Muito sofremos , eu e ela, para as domarmos
Nas lides sem fim que as mantém contenciosas:
Eu, explicando que se todos nós brigarmos
A vida tornará-se um inferno; assaz horrorosa.
Ela dizendo que é melhor viver em paz duradoura
Do que imergir num oceano de tristes maledicências.
Porém, as almas, não nos ouvem e continuam loucas
A se lanharem; a se rasgarem sem dó e nem paciência.
Enfim, deve estar perguntando o arguto leitor
O motivo de tamanho embate tão tolo e prejudicial
E, eu respondo prontamente: Não é por rancor,
Mas, sim, pelo ciúme de nossas entregas, sem igual.
A minha alma não quer separar-se de mim e ficar à deriva
Por este mundo insonso; desumano e terrivelmente insano
E, para isto, ela quer a todo custo destruir a alma querida,
Embora, eu lhe tenha prometido o meu coração, o meu corpo.
Já, ela, explicou à sua alma medrosa da solidão
De que, nunca a abandonaria por um amor sem fim.
Finalmente, após as elucidações da terrível situação,
Ambas, fizeram as pazes e todos fomos felizes... POR FIM.
A todo tempo como se fossem cães e gatos.
Por um "quase nada", vão às raias da ira
E, se portam, como cruéis lutadores inatos.
Quando iradas desprezam as nossas súplicas
Para que se aquietem; tenham paz e harmonia.
Mas, passionais que as são, vivem às turras
Com o "certo" e o "errado" em nossas vidas.
Muito sofremos , eu e ela, para as domarmos
Nas lides sem fim que as mantém contenciosas:
Eu, explicando que se todos nós brigarmos
A vida tornará-se um inferno; assaz horrorosa.
Ela dizendo que é melhor viver em paz duradoura
Do que imergir num oceano de tristes maledicências.
Porém, as almas, não nos ouvem e continuam loucas
A se lanharem; a se rasgarem sem dó e nem paciência.
Enfim, deve estar perguntando o arguto leitor
O motivo de tamanho embate tão tolo e prejudicial
E, eu respondo prontamente: Não é por rancor,
Mas, sim, pelo ciúme de nossas entregas, sem igual.
A minha alma não quer separar-se de mim e ficar à deriva
Por este mundo insonso; desumano e terrivelmente insano
E, para isto, ela quer a todo custo destruir a alma querida,
Embora, eu lhe tenha prometido o meu coração, o meu corpo.
Já, ela, explicou à sua alma medrosa da solidão
De que, nunca a abandonaria por um amor sem fim.
Finalmente, após as elucidações da terrível situação,
Ambas, fizeram as pazes e todos fomos felizes... POR FIM.
OS GATOS
Os gatos estavam por todos os cantos do beco.
Alguns miavam; outros ronronavam em um barulho ensurdecedor.
A noite estava terrivelmente silente, embora os gatos gemessem.
A lua, por um momento apareceu altiva e, depois se escondeu.
Algumas estrelas mostraram coragem e, apareceram.
Porém, a maioria se recolheu no manto negro da noite sem fim.
Eu, amedrontado, me esgueirei para um canto e, fiquei.
Fiquei estático e mudo... era um poste sem lâmpada.
Algumas janelas dos casarões deixavam uma fresta imperceptível.
Dois ou três viventes mais ousados espionavam com os olhos esbugalhados.
O relógio da matriz soou as doze badaladas e imediatamente o bando miou.
Alguns miados entraram pelo meu corpo e se chocaram com os meus ossos.
Ossos que tiritavam de frio e claro, de medo, pelo que se avizinhava.
No início eram dezenas, mas, após a meia noite, eram centenas.
Tinha gato rajado, branco, preto, amarelo, e pintados.
Os olhos dos felinos ardiam tais quais brasas em uma fogueira extinta.
O medonho espetáculo estava para começar e, eu, estava paralisado de terror.
Num repente a bicharada se pôs a uivar em miados e gemidos assustadores.
A algazarra me fazia pensar que eu estava entrando no "Inferno de Dante".
Creio que cheguei a urinar nas pernas de tanto pavor que sentia de ser pressentido.
Deixei de respirar; de movimentar os músculos e dei ordens para o coração parar.
Poste sem lâmpada me tornei invisível para os terríveis gatos que uivavam...
Uivavam porque estavam todos sendo carcomidos pelo câncer terrível do CIO.
Sim, estavam todos no cio e clamavam em seu miados roucos a presença das gatas.
E, elas chegaram... Dezenas delas saltaram dos telhados dos casarões para o beco.
Em décimos de segundo a orgia se confirmou... A posse se fez total entre os felinos.
Enlouquecido cada qual lutava ferozmente pelo seu quinhão: uma fêmea bela e sedutora.
O embate sexual durou até o romper da madrugada, quando, todos se foram, extenuados e famintos.
Só, eu fiquei no palco dos amantes e das Messalinas e, também, envergonhado, senti desejos.
Pisando nos pelos que se desprenderam dos corpos tesos e suados fui para minha casa onde...
Onde me deitei e tive pelo resto do dia insônia...
Muito sonhei e, ao levantar-me contemplei com orgulho o meu gato rajado e todo ferido.
Sim, estava todo lanhado pelas unhas dos rivais, mas, pude perceber que estava feliz; muito feliz.
Uma noite, no mesmo beco, senti o cabelo eriçar quando vi dois gatos vindo na minha direção.
Num ato de defesa olhei-os profundamente nos olhos brilhantes e emiti vários miados.
A partir de então, tornei-me um gato e passei a perambular pela noite atrás de uma gata vadia.
Uma noite no beco...
quinta-feira, 14 de abril de 2016
DIA DO ESCRITOR E DA LITERATURA - HOMENAGEM
Neste dia 15, consagrado ao DIA DO ESCRITOR E DA LITERATURA, serei homenageado pela CÂMARA MUNICIPAL DE TAUBATÉ em uma solenidade no Espaço Cultural do Taubaté Shoping, às 19:30h - como ESCRITOR TAUBATEANO. Para que isto aconteça eu fui indicado por aclamação pela Academia Taubateana de Letras. Sinto-me honrado pela homenagem e, convido, os meus amigos leitores para me prestigiarem.
Do dia 15 ao dia 22 do corrente estarei ausente do Blog por motivo de viagem de férias. Estarei em Natal-RN, apreciando e desfrutando das belas paisagens.
Até...
Do dia 15 ao dia 22 do corrente estarei ausente do Blog por motivo de viagem de férias. Estarei em Natal-RN, apreciando e desfrutando das belas paisagens.
Até...
quarta-feira, 13 de abril de 2016
AS ARÉOLAS DA MARIANA
As aréolas da Mariana são lindas, perfumadas e pálidas.
Embora, estejam sempre guardadas pelo sutiã de bojo rendado,
Eu, as amo, pelo pouco que as vi, em horas furtivas e mágicas,
Mas, que me cativaram , fazendo-me amante febril e apaixonado.
Elas circundam os mamilos tesos, frementes e arrojados,
Que se projetam como dois rubis à espera do ourives
Que, os terá em sua mãos trêmulas, levando-os aos lábios,
Docilmente, sem a menor pretensão de mordê-los com avidez.
Tais aréolas, preciosidades de uma mulher bonita e requestada,
Inflamam os meus desejos de as possuírem numa redoma de cristal,
Ou, então, de serem as donas desta alma que delira inflamada,
Não suportando o tempo que delas se ausenta e, chora copiosa
Implorando a posse total dos seios: um presente assaz divinal.
Ah, espero com afã o dia em que terei eternamente, as belas aréolas.
P.S. Mariana, rogo-te: dá-me, as belas aréolas, para que eu possa ser feliz.
segunda-feira, 11 de abril de 2016
A MENINA CIGANA
A menina cigana tinha os cabelos pretos e lisos
Caídos sobre os ombros pequenos e frágeis.
Em uma das mãos magras trazia um baralho sujo
E, a pele, tiritando, pelo ardor da friagem.
Com um sorriso pálido disse saber o meu destino
Através das cartas que nunca mentem; são fiéis.
Enfeitiçado pelos olhos tristes, belos e frios
Da pequena cigana que pediu apenas alguns "réis".
Tirando da algibeira algumas moedas reluzentes
Paguei pelo desvendamento do meu futuro...
Num instante ela embaralhou por trás e frente
As cartas visguentas e após falou num sussurro:
- Moço, um grande amor vai surgir em sua vida
E, você vai ser muito feliz; o seu coração arderá
Pela paixão que que "Ela" moça meiga e bonita
Lhe dará. Um belo amor que nunca, nunca, jazerá.
Assim dizendo, foi se afastando e num átimo se confundiu
Com a multidão enlouquecida e, eu, nunca mais a encontrei.
Uma noite, contei à eterna esposa que, um dia existiu,
Uma menina cigana que previu nosso enlace e... ACREDITEI!.
Caídos sobre os ombros pequenos e frágeis.
Em uma das mãos magras trazia um baralho sujo
E, a pele, tiritando, pelo ardor da friagem.
Com um sorriso pálido disse saber o meu destino
Através das cartas que nunca mentem; são fiéis.
Enfeitiçado pelos olhos tristes, belos e frios
Da pequena cigana que pediu apenas alguns "réis".
Tirando da algibeira algumas moedas reluzentes
Paguei pelo desvendamento do meu futuro...
Num instante ela embaralhou por trás e frente
As cartas visguentas e após falou num sussurro:
- Moço, um grande amor vai surgir em sua vida
E, você vai ser muito feliz; o seu coração arderá
Pela paixão que que "Ela" moça meiga e bonita
Lhe dará. Um belo amor que nunca, nunca, jazerá.
Assim dizendo, foi se afastando e num átimo se confundiu
Com a multidão enlouquecida e, eu, nunca mais a encontrei.
Uma noite, contei à eterna esposa que, um dia existiu,
Uma menina cigana que previu nosso enlace e... ACREDITEI!.
segunda-feira, 4 de abril de 2016
DORIS DAY CANTA: PERHAPS, PERHAPS, PERHAPS.
Hoje, tive a grata satisfação e o deleite de ouvir a belíssima atriz e cantora DORIS DAY, interpretar a canção PERHAPS, PERHAPS, PERHAPS.
Deitado na rede e contemplando embevecido a Serra da Mantiqueira, do meu apartamento, no 5o. andar, recebia em meus ouvidos a voz maviosa e terna da artista. Neste ínterim, fechei os olhos e retornei a um passado distante e me vi num domingo, numa noite cálida, comprando ingresso no Cine Palas para assistir ao filme "CONFIDÊNCIAS À MEIA-NOITE", estrelado pelos atores Rock Hudson e Doris Day. Recordo estar trajando um terno azul-marinho com uma gravata azul "calcinha". A sessão das sete já estava quase iniciando quando entrei na sala e me instalei no meio, ao lado de uma jovem "coquete" deslumbrante. Antes, porém, passei na "bomboneria" e comprei um drops de hortelã. Durante o filme me apaixonei pela loura artista e, durante o filme todo, sonhei que um dia, ainda namoraria uma garota como aquela. Ah, sonho de adolescente difícil de se concretizar (como não se concretizou). Após o término da sessão, fiquei como todos os jovens , enfileirado na calçada, enquanto as jovens desfilavam suas graças, acompanhadas de vestidos belos e chamativos. Tudo isto durava até às 22:30h, quando cada qual ia saindo e se dirigindo para suas casas. Os mais felizes, iam acompanhados de sua namoradas. Eu, como sempre, tímido e pobre como o era, ia embora para casa, sonhando... sonhando que um dia, não importando quando, eu namoraria uma garota como DORIS DAY. Se, namorei ou não, não importa. O que importa é que vivi uma época de sonhos, de deslumbre, de inocência e, de muita esperança...
Como o nome da música "PERHAPS" eu sempre acreditei que um dia : "TALVEZ" o amor, resplandecesse em mim.
E, muito, resplandeceu!
O ano? 1962.
Deitado na rede e contemplando embevecido a Serra da Mantiqueira, do meu apartamento, no 5o. andar, recebia em meus ouvidos a voz maviosa e terna da artista. Neste ínterim, fechei os olhos e retornei a um passado distante e me vi num domingo, numa noite cálida, comprando ingresso no Cine Palas para assistir ao filme "CONFIDÊNCIAS À MEIA-NOITE", estrelado pelos atores Rock Hudson e Doris Day. Recordo estar trajando um terno azul-marinho com uma gravata azul "calcinha". A sessão das sete já estava quase iniciando quando entrei na sala e me instalei no meio, ao lado de uma jovem "coquete" deslumbrante. Antes, porém, passei na "bomboneria" e comprei um drops de hortelã. Durante o filme me apaixonei pela loura artista e, durante o filme todo, sonhei que um dia, ainda namoraria uma garota como aquela. Ah, sonho de adolescente difícil de se concretizar (como não se concretizou). Após o término da sessão, fiquei como todos os jovens , enfileirado na calçada, enquanto as jovens desfilavam suas graças, acompanhadas de vestidos belos e chamativos. Tudo isto durava até às 22:30h, quando cada qual ia saindo e se dirigindo para suas casas. Os mais felizes, iam acompanhados de sua namoradas. Eu, como sempre, tímido e pobre como o era, ia embora para casa, sonhando... sonhando que um dia, não importando quando, eu namoraria uma garota como DORIS DAY. Se, namorei ou não, não importa. O que importa é que vivi uma época de sonhos, de deslumbre, de inocência e, de muita esperança...
Como o nome da música "PERHAPS" eu sempre acreditei que um dia : "TALVEZ" o amor, resplandecesse em mim.
E, muito, resplandeceu!
O ano? 1962.
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